Gazeta Press
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Botafogo, de Seedorf, está com receitas bloqueadas
O reconhecimento pelo profissionalismo e postura profissional é unânime. No entanto, os jogadores do Botafogo, líderes do campeonato apesar dos salários atrasados, tem cada vez menos perspectivas e luz no fim do túnel para receber os salários que tem direito e os próximos. Uma situação que pode custar um tão esperado título nacional, que não vem desde 1995. Desde o último dia 31 de julho, o clube tem boa parte de suas receitas bloqueadas com a revogação, por parte do Tribunal Regional do trabalho (TRT), de ato que impede ao Botafogo seguir, assim como os demais clubes do Rio, centralizando as execuções por parte da justiça do trabalho.
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O Ato significa que o Botafogo está excluído de ser beneficiário da resolução que permitia aos clubes, no lugar de ter receitas penhoradas, (tais como verba de direitos de transmissão e rendas), passarem a ter uma porcentagem (no caso do Botafogo, 20%) do arrecadado diretamente distribuída para pagamento das dívidas trabalhistas. Pelo acordo, os clubes pagavam a porcentagem estipulada e evitavam a penhora dessas outras receitas. Desde o último 31 de julho, o Botafogo está excluído do ato que beneficiava também o clube e permitia a entrada de renda sem risco de penhora.
Em vigor desde a publicação pelo Diário Oficial do Estado do Rio, no dia 31, o Ato permitirá a penhora dessas diversas fontes de renda do clube, no lugar do então vigente ato para pagamento apenas da porcentagem.
A resolução foi tomada em razão de o Botafogo ter criado empresas que passaram a receber as rendas do clube e estas empresas não repassarem a porcentagem devida para execução. Considerado como uma estratégia que não cumpria o Ato nº 837, de 2007, o clube foi excluído do acordo.
Assim, no lugar de pagar apenas porcentagem das suas rendas para suas dívidas trabalhistas, o clube poderá novamente ver penhoradas suas rendas para pagamento da enorme fila de processos na justiça trabalhista.
Uma fonte do TRT ouvida pela reportagem diz que a exclusão do Botafogo de tal ato e do benefício é devastador para as finanças do clube e mesmo para o futuro próximo, com desdobramentos imediatos para a entrada de novas receitas. "Está quebrado. Literalmente. Caso não consiga reverter tal decisão, o Botafogo está quebrado."
Procurado pela reportagem através de sua assessoria de imprensa, o departamento jurídico do Botafogo respondeu que "está recorrendo da decisão que o excluiu do Ato Trabalhista, esclarecendo que a empresa da qual é acionista (Companhia Botafogo) foi constituída em 28/01/2004 atendendo ao disposto na Medida Provisória no. 79/2002. Cabe ressaltar que o Ato Trabalhista teria sua vigência encerrada em dezembro de 2013."