domingo, 15 de junho de 2014

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Calor? Manda mais: Itália e Inglaterra fazem jogaço e Balotelli decide em Manaus

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Balotelli comemora gol de cabeça contra a Inglaterra
Balotelli comemora gol de cabeça contra a Inglaterra
Calor em Manaus? Sim, teve. 32 graus no pontapé inicial, com umidade de 49% no ar. Aliadoa um gramado que não apresentava as condições ideais até dias antes da partida e que chegou a ser molhado no intervalo, esses eram fatores que, sugeriam, poderiam prejudicar um dos mais aguardados jogos da Copa, o confronto entre Inglaterra e Itália, neste sábado, na Arena da Amazônia.
Não poderiam estar mais equivocados.
Não foi um grande jogo. Foi um jogaço. No sentido mais literal do termo que possa se aproximar. O placar ficou em 2 a 1 para os italianos, mas acabou sendo o de menos ao fim dos noventa minutos. Teve Wayne Rooney, enfim, participando de seu primeiro gol em Mundiais - ainda que não marcando -, Pirlo esbanjando classe no meio-campo e um confronto entre dois estilos.
Enquanto a Itália tentava controlar o jogo e trocava praticamente o dobro de passes, a Inglaterra apostava no contra-ataque em velocidade com o seu quarteto Rooney-Sterling-Welbeck-Sturridge.
Não é demais repetir. Foi um jogaço.
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Buffon sorri no banco de reservas; ele ficou fora do jogo por conta de uma lesão no tornozelo
Buffon sorri no banco de reservas; ele tem lesão no tornozelo
A ausência mais marcante em campo ficou por conta de Buffon, com uma lesão no tornozelo e substituído por Sirigu. Antes da partida, ainda houve momentos de tensão no entorno do estádio com uma denúncia de carro bomba não confirmada. Dentro do palco, o drama acabou sendo a pane de energia elétrica em boa parte da tribuna de imprensa.
Nada disso conseguiu tirar, no entanto, o brilho de um jogo marcado pelo equilíbrio e pelas chances dos dois lados. A primeira delas veio logo aos três minutos, em chute de fora da área de Sterling que bateu na rede do lado de fora e arrancou o grito de gol na Arena da Amazônia.
Com 15 minutos, os ingleses já tinham quatro finalizações contra apenas uma dos italianos.
Mais perigosos, os comandados de Roy Hodgson quase inauguraram o placar aos 20, em lance individual de Welbeck, drible da vaca em Paletta e passa para Sterling no meio da área. Barzagli faz corte providencial, contudo. Na cobrança de escanteio, dividida e Sirigu toma um susto mais uma vez.
A resposta foi imediata. Balotelli recebeu passe de Marchisio na intermediária, girou em cima da marcação e mandou perto da trave.
Aos 31, ele teve chance clara em lançamento de Verratti, descida de Darmian pela direita e cruzamento rasteiro, mas furou na hora de empurrar para as redes.
Logo em seguida, veio, então, o toque de craque - ou a ausência dele, no caso. Depois de escanteio curto, Verratti tocou para a entrada da área, Pirlo fez lindo corta-luz e Marchisio acertou o canto de Hart, que nada pôde fazer. Uma mostra de como o craque às vezes decide sem tocar na bola aos 35 minutos.
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Sturridge fez o seu, mas não impediu a vitória italiana
Sturridge fez o seu, mas não impediu a vitória italiana
E o craque também resolveu aparecer do outro lado. Rooney, até então sumido em campo, recebeu enfiada na esquerda, avançou e meteu no meio da área para Sturridge, em velocidade, chutar de bate-pronto com a perna direita para deixar tudo igual aos 37 minutos.
Antes do intervalo, Balotelli ainda esteve perto de anotar um golaço ao tentar encobrir Hart e ver Jagielka salvar em cima da linha. Na sequência, Candreva ainda deu outro susto e acertou o pé da trave.
Não demorou e, na volta dos vestiários, Balotelli, disparado o nome mais aplaudido pelos torcedores, enfim, desencantou. Candreva, um dos destaques em campo, fez jogada individual pela direta e cruzou com açúcar para o atacante do Milan complementar, deixar os italianos mais uma vez na frente e cabecear para o gol.
Sem as mesmas saídas em velocidade da etapa inicial, a Inglaterra ameaçava de longe e, por duas vezes, quase empatou novamente com Rooney e a revelação Ross Barkley, que entrou no segundo tempo. Ficou nisso, no entanto, com Gerrard e companhia forçando demais pelo lado direito e tornando os ataques previsíveis. Em cobrança de falta, Pirlo ainda acertou o travessão.
Com o resultado, a Itália chegou aos três pontos no grupo D e se igualou com três pontos à Costa Rica, que surpreendeu e bateu o Uruguai por 3 a 1 mais cedo, na Arena Castelão, em Fortaleza. Ao lados dos sul-americanos, a Inglaterra permanece sem marcar na chave.


Na próxima rodada, Itália e Costa Rica fazem o tira-teima pela liderança na sexta-feira, às 13h (de Brasília), na Arena Pernambuco, no Recife. O jogos dos desesperados entre ingleses uruguaios acontece na quinta, às 16h, na Arena Corinthians, em São Paulo.

Nada de fantasma: sem Suarez, Uruguai faz feio, perde da Costa Rica e protagoniza 1ª zebra da Copa

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Campbell comemora gol de empate contra o Uruguai
Campbell comemora gol de empate contra o Uruguai
A primeira zebra da Copa do Mundo no Brasil desfilou na tarde deste sábado, no Castelão, em Fortaleza. Sem Luis Suárez, o Uruguai fez feio, jogou mal e acabou derrotado de virada pela Costa Rica: 2 a 1. Cavani, de pênalti, até abriram o placar, mas Joel Campbell e Oscar Duarte garantiram a surpreendente vitória costarriquenha.
Como esperado, a seleção celeste sentiu muito a falta de Luis Suárez. O atacante ficou o tempo inteiro no banco de reservas porque ainda não está 100% recuperado de uma cirurgia no joelho que fez no dia 22 de maio. O substituto Diego Forlán seguiu de mal com as redes e não conseguiu comandar o ataque uruguaio ao lado de Cavani.
A derrota já joga uma pesada pedra em cima do sonho uruguaio de protagonizar um novo Maracanazzo. Em um grupo da morte com mais dois campeões mundiais (Inglaterra e Itália, que ainda se enfrentam neste sábado), a vitória contra Costa Rica era mais que obrigação. O revés também quebra uma marca de 44 anos sem a seleção celeste tomar uma virada em Copa do Mundo - a última havia sido contra o Brasil, na semifinal de 1970.
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Suárez no banco de reservas durante Uruguai x Costa Rica
Suárez viu derrota uruguaia do banco
O que não é novidade, porém, é uma estreia mal sucedida em um Mundial. Os uruguaios não sabem o que é ganhar o primeiro jogo da Copa justamente desde 1970, quando bateram Israel por 2 a 0. Desde então, são três empate e agora três derrotas.
O Uruguai volta a campo agora na próxima quinta-feira para enfrentar a Inglaterra, em São Paulo. E sem Maxi pereira, expulso por perder a cabeça e acertar um pontapé em Campbell já no fim do jogo. No dia seguinte, a Costa Rica vai até Recife para tentar surpreender mais uma campeã do mundo, a Itália.
O jogo
Mesmo sem seu principal jogador do momento, o Uruguai comprovou logo no começo do jogo o motivo de ser o favorito do dia. A Costa Rica até ensaiou algumas jogadas de efeito, com direito a chapéu no meio de campo, e empolgo o torcedor, que, em minoria, soltou a voz nas arquibancadas aos gritos de ‘Si, se puede'.
Mas a Costa Rica não podia segurar o Uruguai por muito tempo. E o primeiro a mostra isso foi Godín. Após cobrança da área, Cavani desviou, e o zagueiro ficou livre para estufar as redes. O juiz, porém, já parava o lance marcando impedimento, desta vez corretamente. O lance quase se repetiu logo na sequência, mas desta vez com outro personagem e em posição legal. Forlán cruzou rasteio, a zaga desviou para trás, e Cavani ficou livre na direita, mas errou o chute, pegou muito mal na bola e mandou para longe.
O caminho, porém, estava claro e foi aproveitado aos 22 minutos. Cobrança de falta na área, e Lugano correu para cabecear, mas foi segurado por Díaz. O juiz marcou o pênalti e, na cobrança, Cavani bateu muito bem no canto esquerdo do goleio Navas, que até acertou o lado, mas não evitou o gol.
O que a Costa Rica poderia fazer era aproveitar os espaços que tinha e agredir. E foi isso que a seleção fez logo após sair atrás no placar, criando três boas chances. Na primeira delas, Campbell teve espaço na entrada da área e encheu o pé. A bola passando raspando o gol de Muslera. Depois, Gonzalez aproveitou sobra na área em cobrança de falta, mas acabou travado pela zaga, e o chute foi na rede pelo lado de fora.
O melhor lance costarriquenho, porém, foi já aos 43 minutos do primeiro tempo. Bolaños cobrou escanteio da esquerda, Muslera se atrapalhou todo com Godín, e a boal passou na frente do gol do Uruguai, sem ninguém para empurrar para as redes. Forlán ainda deu a resposta na jogada seguinte, em chute de fora da área que desviou e quase encobriu o goleiro, mas o primeiro tempo acabou mais com a vantagem mínima para a Celeste.
Os lances mostraram que os costarriquenhos tinham capacidade para fazer algo melhor, e o começo de segundo tempo comprovou: si, se pude mismo! Logo aos 5 minutos, Bolaños colocou a bola na área, e Oscar Duarte ficou livre para mandar para o gol, mas o defensor acabou finalizando em cima do goleiro Muslera.
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Óscar Duarte, de cabeça, virou o jogo para a Costa Rica
Óscar Duarte, de cabeça, virou o jogo no Ceará
Quatro minutos depois, porém, o Uruguai não conseguiu segurar a empolgação costarriquenha. Gamboa correu como nunca, salvou uma bola que ia saindo pela linha de fundo e ainda descolou um cruzamento de primeira perfeito. A bola passou pelo zagueiro que cobria a primeira trave e sobrou para Campbell, livre, encher o pé e estufar as redes de Muslera, que nem pulou para tentar a defesa.
Três minutos depois, a virada. De novo em cruzamento na área, desta vez em cobrança de falta de Bolaños, Oscar Duarte apareceu mais uma vez livre na segunda trave. De peixinho, o zagueiro não desperdiçou a segunda chance que teve no jogo: virada e explosão vermelha nas arquibancadas do Castelão.


O Uruguai sentiu muito a virada, mas mesmo assim partiu para cima e até criou uma boa chance em finalização de cabeça de Cavani que parou em boa defesa de Navas. A ducha de água fria, porém, viria aos 40 minutos. Em contra-ataque, Campbell deu passe primoroso para Ureña, que havia acabado de entrar em campo. De primeira, o atacante aproveitou péssima saída do gol de Muslera e decretou o triunfo.