segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Um grande Fla-Flu ou o Fla-Flu em tempos de arena



Fico sabendo, por alguns jornais, que o Maracanã reviveu domingo seus grandes dias de Fla-Flu. Mas como? Com meros 38.715 pagantes, num estádio onde cabem 78.838, ou seja, mais que o dobro, como pode este clássico ter revivido um espetáculo que, desde que o Maracanã existe, sempre se caracterizou por plateias à altura de sua tradição.
É verdade, o jogo foi disputado, bom na maior parte do tempo, com o Flamengo sempre melhor e merecendo a vitória sobre um Fluminense perto de ruim. As torcidas cantaram, entoaram gritos de guerra e paz, fizeram a sua parte. Mas, como vi o jogo pela TV (e as câmeras de agora já não nos dão uma visão ampla do estádio, como acontecia antes de ele virar arena), não pude ver nem sentir a carga de emoção que, repito, alguns jornais me passaram sobre este Fla-Flu.
Como sou de outros tempos, volta e meia recorro à memória para entender o presente. Não que seja saudosista. Costumo dizer, e repetir, que o saudosista e o modernoso são dois chatos que se opõem, de modo que me empenho muito para não ser nenhum dos dois. Mas lembrar certos momentos podem ajudar a rever alguns conceitos emitidos por aí. Como o que compara o último Fla-Flu aos grandes Fla-Flus.
No dia 15 de junho de 1969, um domingo, a turma do "Jornal do Brasil" levou o jornalista escocês Hugh McIlvanney para ver o Fla-Flu decisivo do Campeonato Carioca. No Maracanã, claro. Ele já havia estado lá na quarta-feira, de noite, para cobrir para o "Observer" o amistoso entre Brasil e Inglaterra, aquele em que Tostão marcou o gol da vitória (2 a 1) caído diante de Gordon Banks. Mas um amistoso entre Brasil e Inglaterra, de noite, jamais terá a mesma força visual e emocional de um grande Fla-Flu à luz do sol.
O cicerone de Hugh ao estádio foi João Saldanha, então treinador da seleção brasileira. O jornalista escocês levava uma missão que nosso amigo comum José Inácio Werneck lhe dera: escrever um artigo para ser publicado numa das páginas de esporte do "Jornal do Brasil". E assim foi. Público daquele Fla-Flu? Digo logo para que se entenda melhor o primeiro parágrafo do artigo: 171.599 pagantes.
"Enorme, esmagador, capaz de transformar em carnaval um espetáculo de futebol, o Maracanã é já uma lenda entre os torcedores do mundo. A realidade contudo é muito maior. Quando subíamos o elevador para o sexto andar, João Saldanha virou-se e disse: "É fantástica a hora em que as portas se abrem e sofremos o impacto da multidão". Alguns segundos mais tarde as portas se apartaram e de súbito o ruído, a cor, a excitação puramente animal do momento nos atingiram. Tudo mais naquela tarde foi em consequência disto. A memória que em mim para sempre ficará do Fla-Flu e, mais, do próprio futebol brasileiro, será desta enorme, pungente, feliz experiência humana".
É nessas horas que é impossível não ser saudosista.

Melhor

Faltou marcação por pressão e criatividade para o Bayern de Munique na estreia de Guardiola no Campeonato Alemão. A Europa também avaliou assim a vitória por 3 a 1 sobre o Borussia Monchengladbach.
Faltou lembrar que o primeiro jogo de Guardiola como técnico do Barcelona, no Campeonato Espanhol de 2008, foi uma derrota para o modesto Numancia. Depois vieram 16 títulos em quatro anos.
Cobrou-se de Guardiola humildade para manter o time com que Jupp Heynckes ganhou tudo na temporada passada. Pois foi exatamente o que mostrou contra o Borussia Monchengladbach, na primeira partida de verdade na temporada 2013/14. A única mudança tática em comparação com a equipe campeã da Europa foi Toni Kroos no lugar de Javi Martínez.
Saiu um volante, entrou um meia que era escalado muitas vezes como segundo homem de meio-de-campo no passado.
Com Guardiola, Toni Kroos é meia e Thomas Muller também. Jogam juntos. O Bayern venceu o Borussia Monchenglacbach --com algum sofrimento-- com dois meias e um sistema 4-1-4-1 (veja ilustração 1).
Sutil diferença em relação à temporada passada, a melhor da história. O Bayern marcava mais forte com seus atacantes do que fez na sexta-feira (ilustração 2). A pressão menor pode ser pela fragilidade física do início de temporada.
Ribéry estranhou Guardiola mudar posições demais de jogadores adaptados apenas a uma posição. Cruyff fazia isso no Barcelona e Arrigo Sacchi, no Milan, nos seus melhores momentos.
Cruyff foi um sucesso durante sete anos no Barça. No oitavo, ficou atrás de Atlético de Madrid e Valencia no Campeonato Espanhol.
Sacchi é hoje colunista do jornal italiano "La Gazzetta dello Sport". Defende até hoje a capacidade de todos jogarem em todas as posições. Nem sempre funciona. Quando foi diretor-esportivo do Real Madrid, aconselhou vender o volante Makelele, um especialista. Durante anos, o Real Madrid sentiu falta de um volante marcador.
A carreira da maioria dos técnicos vencedores foi uma gangorra. Não quer dizer que seja assim com todo mundo. Ser técnico muitas vezes exige mais esforço para seduzir os jogadores a executarem funções diferentes do que para treiná-los. Puskas contava em seu livro que Jeno Kalmar mudava as posições de todos nos treinamentos. Não repetia isso nas partidas. Guardiola parece ser igual.
É impossível saber se o treinador catalão terá no Bayern o mesmo sucesso do Barcelona. Mais difícil ainda é imaginar isso depois de um período curto de pré-temporada, que incluiu uma derrota na final da Supercopa e um jogo instável na estreia na Alemanha.


Certeza, apenas, que o Guardiola vai colocar seu Bayern nos livros de história. Seja pelo sucesso dos próximos meses. Seja por um eventual fracasso.

Pelo retrospecto, o São Paulo já caiu?! Palmeiras do ano passado era "melhor"



Times que chegam à 12ª partida do campeonato brasileiro com nove pontos costumam cair? Desde que o certame passou a contar com 20 equipes, ou seja, 38 rodadas, turno e returno, quatro foram os clubes que atigiram a primeira dúzia de jogos disputados com tal pontuação. Dois escaparam do rebaixamento à Série B. Mas não costuma ser algo tranquilo...
Dos quatro o único que fechou a temporada sem sustos foi o Corinthians, que na rodada derradeira em 2006 tinha 14 pontos de diferença para a zona da degola. O Santa Cruz caiu como lanterna e o Náutico três anos depois foi para a segunda divisão como penúltimo colocado. O Fluminense, por sua vez, se safou em 2008 por um ponto apenas.
Já na temporada 2009, o tricolor carioca fez espetacular campanha de recuperação e evitou a queda com uma sequência de bons resultados na reta final do campeonato. E quando tinha 12 cotejos disputados, o Fluminense acumulava 10 pontos, um a mais do que possui o São Paulo atual. O Palmeiras, que no ano passado caiu, também tinha uma dezena de pontos após uma dúzia de compromissos disputados.
Veja quem tinha nove após 12 partidas nos campeonatos disputados por 20 clubes e em pontos corridos, ou seja, desde 2006.
2006 - Corinthians (9º ao final) e Santa Cruz (rebaixado)
2008 - Fluminense (14º ao final)
2009 - Náutico (rebaixado)
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Gazeta Press
Rogério Ceni perdeu um pênalti no jogo diante da Portuguesa: campanha inferior à do Fluminense em 2009
Rogério Ceni perdeu um pênalti no jogo diante da Portuguesa: campanha do São Paulo é inferior à do Fluminense em 2009

Mano Menezes saiu da seleção e disse ser um técnico melhor. O Flamengo confirma que sim



Semanas depois de deixar a seleção brasileira, Mano Menezes era um homem triste com a substituição, mas realista com o que a passagem pela CBF lhe produziu. "Hoje sou um treinador muito mais atento ao futebol internacional. Sou um técnico melhor", disse Mano.
O início do trabalho no Flamengo confirma que Mano é um técnico capaz de organizar uma equipe,como fazia no Grêmio e no Corinthians. Mas ainda mais antenado com o que está se passando no futebol mundial. Contra o Fluminense, o Fla jogou escalado num 4-1-4-1, com uma linha de quatro armadores formada por Gabriel, Elias, André Santos e Nixon, Luís Antônio um pouco atrás, Hernane à frente.
PVC
O Flamengo no 4-2-4-1: Elias mais meia do que volante
O Flamengo no 4-2-4-1: Elias mais meia do que volante
É claro que você pode observar o posiconamento de Elias e André Santos e chamar o sistema de 4-3-3. A questão é quando o time tem a bola e quando não tem. Nixon voltou marcando Julião,Luís Antônio ocupava-se da marcação de Eduardo, Gabriel marcava o lateral Carlinhos. Há dedicação à marcação. 
E Elias é muito mais um armador do que um volante. 
É provável que Mano Menezes nunca tenha dirigido uma equipe com tantas limitações na Série A. Mais limitados eram o Grêmio de 2005 e o Corinthians de 2008, na Série B. O Flamengo poderia mesmo ter uma equipe mais talentosa. Isso provavelmente causará novas oscilações. O Flamengo do segundo tempo excelente contra o Botafogo e da boa partida contra o Fluminense foi também a que jogou pessimamente na derrota por 3 x 0 para o Bahia.
Mesmo com mais qualidade, dificillmente seria uma equipe mais adaptada taticamente ao que se pratica no futebol internacional.

musa do esporte










Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki vão à semifinal dos 100m no Mundial

Getty Images
Troféu Brasil Ana Claudia Lemos 100m 28/06/12
Ana Cláudia Lemos está na semifinal dos 100m do Mundial
As velocistas Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki conseguiram neste domingo se classificar para as semifinais dos 100m rasos do Mundial de Atletismo, em Moscou, na Rússia. Elas fizeram bons tempos e entram com boas chances na disputa de segunda-feira que definirá as oito finalistas que brigarão por medalha.
Com o tempo de 11s08, o segundo melhor de sua carreira, Ana Cláudia Lemos passou no quarto posto da classificação geral. Franciela, por sua vez, registrou 11s17, seu terceiro melhor resultado, e avançou na nona posição. Os resultados deixaram o técnico Katsuhico Nakaya animado.

"Ana Cláudia e Franciela mostraram novamente que estão muito bem e que têm chance de chegar à final, mas terão que fazer marcas ainda melhores para isso, e podem fazer", afirmou. "Será preciso correr em 11 segundos cravados ou um pouco menos", completou Ana Cláudia.
Eduardo Biscayart
Atletismo Mundial Moscou Rússia 400m Anderson Henriques 11/08/13

Anderson Henriques avançou em quarto nos 400m  

Anderson Henriques avança nos 400m

O brasileiro Anderson Henriques também conseguiu passar pela primeira rodada dos 400m. Com o tempo de 45s13, ele avançou na quarta colocação da classificação geral.

"Ele fará a semifinal amanhã e vai muito confiante", avisou o técnico Leonardo Ribas.

A performance de Anderson chamou a atenção do medalhista olímpico Claudinei Quirino, que acompanha a delegação nacional na Rússia.

"Foi uma corrida fantástica. Agora é o quarto melhor da história da prova no Brasil", lembrou.

Os primeiros são Sanderlei Parrela, com 44s29, Inaldo de Sena, com 45s02, e Robson Caetano, com 45s06.

Chinin na briga no decatlo; Geisa Arcanjo é eliminada no arremesso de peso
No decatlo, Carlos Chinin recuperou algumas posições. Na primeira prova do dia (sexta do geral), os 100m com barreiras, ele fez 14s05, recorde pessoal, e em seguida alcançou 45,84m no lançamento do disco, voltando ao sexto lugar com 6.003 pontos.

No arremesso de peso, Geisa Arcanjo ficou no oitavo posto de sua bateria com 17,55m e, portanto, acabou eliminada.

Van Persie decide, United ganha Supercopa da Inglaterra e celebra 1ª conquista com David Moyes

Assista aos gols de Manchester United 2 x 0 Wigan Athletic
Com dois gols de Robin van Persie, o Manchester United passou fácil pelo Wigan neste domingo em Wembley, ganhou por 2 a 0 e sagrou-se pela 20ª vez na história campeão da Supercopa da Inglaterra, duelo que abre a temporada do futebol no país e que reúne os campeões do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra.

É o primeiro título do clube após a saída de Alex Ferguson, que aposentou-se ao final da última jornada depois de 27 anos comandando o time. E o primeiro de importância conquistado por seu sucessor, o também escocês David Moyes.

Técnico desde 1998, o ex-jogador só havia ganhou uma taça até este domingo, a da terceira divisão inglesa com o Preston North End.

O título sobre o Wigan, que apesar da conquista da Copa da Inglaterra - sobre o manchester City - acabou rebaixado na Premier League, ainda faz o clube de Manchester ampliar para cinco a vantagem que tem sobre o Liverpool como o maior ganhador do torneio.

No jogo, o diferencial, mais uma vez, foi Van Persie. Logo aos seis minutos, o holandês pegou a bola na intermediária, tocou para Evra, na esquerda, e projetou-se para dentro da área. Quando o cruzamento veio, ele, mesmo longe do gol, acertou cabeçada indefensável para fazer 1 a 0.

Infitamente inferior tecnicamente, o Wigan não oferecia qualquer trabalho, e o United seguia criando suas chances de gol, mas sem convertê-las. O gol que definiu o triunfo aconteceu apenas na etapa final.

Aos 14, novamente em jogada que começou na esquerda do ataque, a bola chegou até os pés de Van Persie, que, já dentro da área, cortou para dentro e bateu forte, viu a bola desviar e acabar dentro do gol.