sexta-feira, 10 de maio de 2013

Argentino

21h15 Belgrano 0x0 Atlético Rafaela

Espanhol

16h00 Levante 0x0 Zaragoza

Francês

15h30 Lille 3x0 Reims

Real Garcilaso surpreende, elimina o Nacional nos pênaltis, e Peru vai às 4as da Libertadores após 16 anos


Reuters
Jogadores do Real Garcilaso correm para celebrar a classificação com Gamarra (à dir.)
Jogadores do Real Garcilaso correm para celebrar a classificação com Gamarra (à dir.)
Estreante na Libertadores, o Real Garcilaso fez história nesta quinta-feira ao eliminar o tricampeão Nacional, em pleno Estádio Centenário, em Montevidéo. O time peruano perdeu por 1 a 0, mas como ganhou pelo mesmo placar em casa, levou a decisão para os pênaltis.

Perfeito em quatro penalidades, o novato clube de Cuzco viu Álvaro Recoba e Diego Arismedi isolarem suas cobranças e garantiu o Peru pela primeira vez nas quartas desde 1997. À época, o Sporting Cristal conseguiu chegar à final do torneio, mas perdeu para o Cruzeiro.

Reuters
Jogadores do Nacional o gol de Bueno sobre o Real Garcilaso no Centenário
Bueno fez o único gol do tempo normal no Centenário
O Nacional teve a posse de bola durante quase todo o duelo no Estádio Centenário, mas as chances de gol no primeiro tempo foram parcas. A pressão do Nacional no começo da etapa final deu resultado: aos 10 minutos, Álvarez cobrou escanteio, Arismendi desviou e Bueno, no segundo pau, balançou a rede.

O técnico Rodolfo Arruabarrena, então, colocou os veteraníssimos Álvaro Recoba e 'Loco' Abreu em campo, e o clube uruguaio seguiu pressionando, mas o goleiro Carranza foi bem. A partir da metade do segundo tempo, as equipes diminuíram o ritmo, e a decisão da vaga foi para os pênaltis.

Ramos, Ferreira (chutou na trave, a bola bateu nas costas de Bava e entrou), e Vildoso fizeram para o Real Garcilaso. Recoba isolou, Romero anotou, e Arismendi também chutou por cima do travessão. Gamarra foi o responsável por balançar a rede e classificar os peruanos.

Agora, o Real Garcilaso - fundado apenas em 28 de julho de 2009 - enfrentará nas quartas o vencedor do confronto entre Independiente Santa Fé e Grêmio. Na ida, o time gaúcho ganhou por 2 a 1 em seu estádio e joga por qualquer empate na volta, semana que vem, na Colômbia.
Getty
Atletas do Real Garcilaso se cumprimentam: primeira aparição na Libertadores e já nas quartas
Atletas do Real Garcilaso se cumprimentam: primeira aparição na Libertadores e já nas quartas

Divulgação
Murilo Becker, do São José, e Alex Garcia, do Brasília, durante as quartas de final
Murilo Becker, do São José, e Alex Garcia, do Brasília, durante as quartas de final
A espera durou quase um ano, mas finalmente São José teve sua revanche contra o Brasília no NBB. Nesta quinta-feira, jogando na capital federal, a equipe paulista venceu por 98 a 81 , fechando por 3 a 2 a série melhor-de-cinco das quartas de final. 

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Com o resultado, São José devolve a derrota sofrida em 2012, quando perdeu por 78 a 62, em casa, no jogo único que definiu Brasília como campeão da última temporada; o time do Distrito Federal havia vencido os três últimos campeonatos. 

Nesta quinta, o time do interior paulista entrou para o quinto jogo com a ingrata missão de, pela primeira vez na série, superar o fator quadra: até então, apenas quem jogava em casa havia conseguido vencer. Por isso, a vitória foi ainda mais especial – em 2012, o São José perdeu a decisão do NBB jogando em Mogi.

O cestinha da partida foi o norte-americano Andre Laws, com 29 pontos; ele também contribuiu com seis assistências. Jefferson William, com 21 pontos e seis rebotes, também se destacou. Pelo Brasília, o melhor pontuador foi Nezinho, com 16 pontos; Guilherme Giovanonni, melhor jogador das duas últimas finais, fez 12 pontos e pegou sete rebotes. 

Como o São José era o time nas quartas de final com o pior desempenho na primeira fase do NBB (sétimo colocado), o próximo adversário da equipe do Vale do Paraíba será o Flamengo, líder da etapa inicial do torneio.

A primeira partida entre Flamengo e São José, nas semifinais do NBB, será disputada na próxima terça-feira, às 19h, no ginásio Lineu de Moura, em São José dos Campos.

Flamengo confirma chegada de Marcelo Moreno


Divulgação
Marcelo Moreno, atacante do Grêmio
Marcelo Moreno é o novo reforço do Flamengo 
Em seu site oficial, o Flamengo confirmou na manhã desta quinta-feira a contratação do atacante Marcelo Moreno, de 25 anos, que estava no Grêmio. O jogador chega no Rio ainda nesta quinta, assina contrato e segue para Pinheiral, onde o elenco rubro-negro treina sob o comando do técnico Jorginho. A apresentação do jogador deve ser realizada nesta sexta-feira pela manhã, em Pinheiral. Moreno chega por empréstimo até o fim da temporada com a opção de compra dos direitos econômicos em outubro.

O jogador ainda mantém vínculo com o Grêmio até 2015, mas os rubro-negros passam a ter opção de compra de 55% dos direitos do atleta em outubro deste ano. O Grêmio tinha 70% do valor do atacante, mas na negociação para a chegada de Barcos com o Palmeiras, 15% foram destinados ao clube paulista.

Para realizar a compra, o clube rubro-negro poderá fazer valer direito uma antiga dívida do qual é credor do Grêmio, referente à transferência do meia-atacante Rodrigo Mendes, nos anos 2000. A questão parou na Justiça e os cariocas tiveram vitórias em várias instâncias.

Corrigido, o valor chega a cerca de R$ 10 milhões. A demora no anúncio de Marelo Moreno se deveu aos acertos no contrato de empréstimo do jogador, que deveria contar com a anuência do Shakthar Donetsk. O Grêmio ainda deve cerca de R$ 4 milhões aos ucranianos por ter adquirido Marcelo Moreno de forma definitiva.

No fim de abril, o atacante, em entrevista ao ESPN.com.br, já demonstrava a vontade de vestir a camisa do Flamengo após ser afastado do Grêmio por decisão do técnico Vanderlei Luxemburgo. O jogador também garantiu que não via problemas em chegar à Gávea após seu pai, Mauro Martins, ter declarado que Palmeiras e Flamengo eram "times fracassados".

Confira a ficha de Marcelo Moreno

Ficha Técnica
Nome completo: Marcelo Martins Moreno
Data de nascimento: 18.06.1987
Posição: Atacante (centroavante)
Altura: 1.87 m
Peso: 82 kg
Carreira: Vitória, Cruzeiro, Shakhtar Donetsk (Ucrânia), Werder Bremen (Alemanha), Wigan (Inglaterra) e Grêmio

Santos pressiona, e CBF pode vetar presença são-paulina na Copa Audi


A participação do São Paulo na Copa Audi está ameaçada. Apesar de o clube e a organização do torneio já terem anunciado datas e horários das partidas de modo oficial, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não concedeu autorização para a equipe atuar em Munique nos dias 31 de julho e 1º de agosto, quando tem compromisso no Campeonato Brasileiro.

A aprovação é exigida no regulamento geral da entidade: "Compete à DCO decidir sobre os pedidos dos participantes das competições para, no curso destas, realizarem partidas amistosas". Não seria permitido, por exemplo, entrar em campo com juniores no Brasileiro e, sem a devida liberação, disputar paralelamente o torneio na Alemanha com o grupo principal.

O Santos diz ter recusado convite da Audi justamente por não ter o aval, está atento aos desdobramentos e pressiona a CBF a adotar a mesma medida com relação ao São Paulo.

"Tínhamos interesse em participar. Enviamos um ofício, mas nossa ida foi vetada, porque teriam que mudar dois jogos no Brasileiro, em um ano em que o calendário está comprometido pela Copa das Confederações", disse o superintendente de esportes santista, Felipe Faro, à GE.Net. "Então me estranha muito o São Paulo divulgar que vai participar. Não acredito que dois afiliados possam ser tratados de maneiras tão distintas".

A CBF ainda não se pronuncia a respeito. Na tabela do Brasileiro, no entanto, ainda constam compromissos do São Paulo em 31 de julho (contra o Náutico, no Recife) e 4 de agosto (diante do Bahia, na capital paulista), além de duelo com o Internacional, em 7 de agosto. Este certamente será adiado, tendo em conta que nesta data a equipe encara o Kashima Antlers (vencedor da Copa da Liga Japonesa), no Japão, pelo título da Copa Suruga, chancelada pela Conmebol.

José Francisco Manssur, assessor da presidência, não demonstra preocupação. "A Audi não teria oficializado nossa participação se não tivéssemos entregado todas as garantias de que poderemos disputá-la. Parece óbvio, não?", respondeu o são-paulino.

Não é bem assim. Embora o clube tenha reforçado nesta quinta-feira que estará ao lado de Bayern de Munique, Milan e Manchester City no torneio, ainda não há sinal verde da CBF nem das emissoras de televisão que detêm os direitos de transmissão do Brasileiro. Marco Polo Del Nero, vice da entidade e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), é quem tenta costurar acordo entre as partes e o Santos, que se vê prejudicado.

Galo dá show e deixa soberano Tricolor mais perdido que macumbeiro em igreja


Era a morte anunciada. Só faltava mesmo fechar o caixão e tocar a marcha fúnebre para uma campanha tão medíocre – nenhuma vitória fora de casa. Até a sempre acolhedora mídia vermelha, branca e preta já havia jogado a toalha.

Sabia que seria uma missão impossível mesmo se Rogério Ceni soltasse o grito de ‘mayday’ aos Vingadores: transformar o Galo bom de bico numa sopa e carimbar a vaga para as quartas de final da Libertadores.

O sonho do tetra sucumbiu aos pés de Jô, Tardelli, Ronaldinho Gaúcho & Cia., no caldeirão do Independência.

Pela sexta vez, desde o título de 2005, o carrasco foi um brasileiro. Mas nenhum com ‘requintes de crueldade’, como a equipe do mestre Cuca.

Simplesmente avassaladora desde os dois minutos de jogo, quando mandou a primeira de duas bolas na trave, ela trucidou o soberano São Paulo. Deixou o coirmão de quatro. E foi pouco.

A superioridade foi tamanha que o tricampeão do torneio parecia mais perdido em campo que macumbeiro em igreja.

De volta à Libertadores após 13 anos, o Galo bom de bico segue para as quartas com a crista de favorito brilhando mais que nunca. Azar de Palmeiras ou Tijuana. Caiu no Horto, tá morto. É bullying de bola.

No porto alugado de São Januário, diante de 12.323 pagantes, o Fluminense despachou o Emelec, com gols de Fred e Carlinhos. Fez a lição de casa. Nada mais. Os equatorianos terminaram com nove.

Depois de duas derrotas seguidas, a torcida voltou a gritar ‘time de guerreiros’. Nas quartas, o Tricolor carioca vai pegar o ganhador de Tigre x Olímpia. Se os argentinos se classificarem, o Flu decidirá a vaga em casa. Caso os paraguaios passem, o primeiro jogo será sob as bênçãos do Cristo Redentor.
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Que venha a Copa 1. Brasil comemora na mídia os 400 dias que faltam para começar a grande festa da mamãe Fifa: recursos podem livrar mensaleiros da cadeia; 1.505 estupros foram registrados na Cidade Maravilhosa das balas perdidas nos três primeiros meses deste ano; funcionários do Senado recebem entre R$ 14 mil e R$ 20 mil para ajudar os senadores no aeroporto de Brasília (check-in); papa Francisco vai visitar ‘faixa de Gaza’ carioca – favela de Varginha; ; 92% dos motoboys da Pauliceia entregue ao bangue-bangue estão irregulares; operação ‘Leite Compen$ado’ caça fraudadores de leite no RS – adicionavam formol ao produto.

Que venha a Copa 2. Mais flores: cidades-sedes da Copa das Confederações reclamam da baixa procura turística; mais de 250 mil crianças e adolescentes trabalham como domésticos no país; cônsul-geral em Sydney, Américo Dyott Fontelle, acusado de assédio sexual e homofobia contra funcionários do consulado brasileiro; nos três primeiros meses, pelo menos um consumidor foi vítima de tentativa de fraude no setor de telefonia a cada 15,3 segundos; Polícia Federal investiga denúncias de irregularidades no programa Minha Casa Minha Vida; governo de São Paulo pagará ‘bolsa’ (R$ 1.350) para tratar viciado em crack; Brasil tem 3.073 livrarias, o que representa uma loja para cada 63.113 habitantes. A Copa é deles, a conta é nossa.

Sugismundo Freud. Quem vive no país do futebol sempre leva bola nas costas

Chama o Pateta! O governo federal comemorou em grande estilo os 400 dias para o pontapé inicial do Mundial: simplesmente esqueceu um título conquistado pela equipe nacional. ‘O Brasil é o único país tetracampeão da Copa do Mundo de futebol’, mandou ver no Twitter. Pouco depois, pediu desculpas pela monumental gafe: ‘Gente, na empolgação pelos 400 dias colocamos tetra. Sabemos que o Brasil tem cinco estrelas no peito e agora rumo ao hexa! Obrigado’.

Pica-Pau. O mandachuva e raios do soberano São Paulo, o popular ‘Juvenal Antena’, até agora tenta digerir, com sal de fruta, a decisão do ‘professor’ Ney Franco de ter sacado Lúcio da semifinal contra o Corinthians, pelo Paulistinha. Ele foi pego de surpresa e torceu o nariz como o zagueiro – só na preleção soube que esquentaria o bumbum no banco de reservas. Ney Franco aceitou a contratação de Lúcio por livre e espontânea exigência de Juvenal.

Dona Fifi. Placar do batizado: Brasileirão/Petrobras R$ 21 mi x R$ 7 mi Copa do Brasil/Perdigão.

Vale tudo. UFC, a Conmebol do ‘mata-leão’: distribui multas a torto e a direito. Campeão dos médios, o brasileiro Anderson Silva ficou R$ 100 mil mais pobre por não comparecer a uma papagaiada para divulgar a luta contra o americano Chris Weidman, em julho, na cidade de Las Vegas. Silva simplesmente não estava sabendo de nada.

Só pra contrariar. Zé da Medalha ou ‘sargento’ Felipão: quem cai primeiro?

Gilete press. De Renato Maurício Prado, no ‘Globo’: “Alex Silva, Cris, Lúcio... A xepa da feira, em termos de zagueiros em final de carreira, voltou ao Brasil para distribuir pontapés e furadas. De quebra, provoca expulsões, pênaltis e, muitas vezes, derrotas...” Há controvérsias?

Tititi d’Aline. O hilário ‘Juvenal Antena’ decretou a morte do ‘titio’ Teixeira, o eterno rei da bola, em entrevista ao BB2, da ESPN Brasil, no hotel do soberano São Paulo em BH. Lá pelas tantas, o mandachuva e raios soltou: ‘... Ricardo Teixeira, que Deus o tenha’. Amém.

Você sabia que... vereadores do Rio apresentaram projeto de lei para retirar o nome de João Havelange do estádio olímpico, alegando que o batismo remete a investigações de fraude e escândalos na Fifa?

Bola de ouro. Alex Ferguson. Aos 71 anos, Sir anunciou a aposentadoria. Deixará o comando dos Diabos Vermelhos após 26 anos. O fabricante de chicletes perderá seu principal garoto-propaganda.

Bola de latão. Palmeiras. Por falta de patrocínio, os periquitos em revista podem fechar as portas do basquete e do judô.

Bola de lixo. Engenhão. A pérola do Pan (demônio) de 2007 deve consumir R$ 160 milhões para abrir novamente as portas. O estádio já devorou R$ 380 milhões. Por enquanto, serve de galpão para a gravação de comerciais.

Bola sete. “Rogério Ceni 3D: mais adiantado que o goleiro só o fuso horário do Japão” (do tricolor José Simão, na ‘Folha’ – pano rápido).

Dúvida pertinente. Ney Franco, um bom nome para substituir Alex Ferguson?

O que você achou?
jose.r.malia@espn.com

São Paulo, fraco na Libertadores, presa fácil para um Galo que faz o sofrimento ter valido a pena


O torcedor do Clube Atlético Mineiro é sofrido, todo mundo sabe. Um título brasilero no remoto ano de 1971 e de lá para cá esse cidadão viu o rival, Cruzeiro, crescer em popularidade, colecionando títulos, como as quatro Copas do Brasil, um nacional e duas Libertadores, além da presença em mais um par de finais. Dos anos 1990 para cá, o cenário piorou com sete sete títulos mineiros do Galo e 13 conquistas estaduais celestes.

Isso é sofrimento para o torcedor alvinegro. Aliás, era sofrimento. Hoje o atleticano se orgulha do time que tem e vê que os momentos difíceis, como o do rebaixamento à Série B, valeram a pena. Não se segue um time só porque ele costuma vencer. A pessoa torce por uma camisa ao se apaixonar por ela. Futebol sem amor incondicional não é futebol. E só quem já passou por isso entende a dimensão do sentimento que o atleticano tem hoje.

Mas ainda falta algo, ou melhor, falta muito. Até aqui o Galo vive uma ótima fase, como em outras décadas quando apresentou um dos melhores times e no final, ficou sem a taça. O triunfo sobre o São Paulo, da forma como aconteceu, num 6 a 2 em dois jogos, foi passo muito importante.

Há maneiras e maneiras de se classificar. O Atlético avançou no certame da forma mais espetacular. Massacrando, esmagando, amassando o rival. Sem dó nem piedade. Como se o time de hoje pagasse as prestações de alegria que o clube deve à sua torcida. Uma vitória aqui, um troféu ali, uma goleada acolá, até alcançar o objetivo principal, um título nacional ou internacional.

Divulgação/Atlético-MG
Jô e Ronaldinho comemoram na goleada do Atlético-MG sobre o São Paulo na Libertadores
Jô e Ronaldinho comemoram na goleada do Atlético-MG sobre o São Paulo na Libertadores: time forte que sonha alto

Ah, o tricolor paulista... O que se falava sobre o clube há algum tempo ficou lá atrás. A conversa de que o São Paulo é forte na Libertadores, "gosta" da competição, etc e tal, hoje é só história. O público nos jogos do Morumbi ainda tem sido bom, mas já foi maior e os resultados... Com as derrotas para o Atlético, os são-paulinos alcançaram a sexta eliminação seguida no torneio diante de times brasileiros. Uma espécie de freguesia diversificada.

Algozes domésticos do São Paulo:
2006 - Internacional
2007 - Grêmio
2008 - Fluminense
2009 - Cruzeiro
2010 - Internacional
2013 - Atlético-MG 

Na campanha (pífia) deste ano foram 10 partidas. Perdeu seis, três para o Galo e duas na Bolívia! Venceu apenas três vezes e não foi capaz de derrotar o Arsenal de Sarandí, onde também caiu derrotado. Depois de ver o time humilhado no Horto, o torcedor tricolor esfria a cabeça e percebe mais detalhes relevantes após a pior derrota são-paulina na história da Libertadores. Fica claro que o São Paulo não tinha condições de lutar pelo título.

Hoje em dia, na Libertadores da América, as glórias do São Paulo... vêm do passado.

Reprodução
Ney Franco concede entrevista coletiva após derrota do São Paulo para o Atlético-MG
Ney Franco concede entrevista coletiva após derrota do São Paulo para o Atlético-MG: humilhação em BH

Fluminense segue forte na Libertadores, mas não é time sólido e confiável


EFE
Fred comemora o gol do Fluminense sobre o Emelec em São Januário
Fred comemora o gol do Fluminense sobre o Emelec em São Januário
O campeão brasileiro tem Fred. Minimalista e decisivo. Uma finalização, o gol que o Fluminense precisava. Também segurou os zagueiros do Emelec e reteve a bola na frente enquanto teve fôlego em sua volta ao time. Mesmo fora de forma impõe respeito.

Diego Cavalieri mantém regularidade impressionante. Em São Januário, ainda contou com as finalizações imprecisas ou fracas dos atacantes adversários e não trabalhou como de costume para compensar o desequilibrado sistema defensivo.

Jean marca, joga e torna o meio-campo tricolor dinâmico. Também cobra faltas e colocou a bola na cabeça do artilheiro tricolor no primeiro tempo.

O volante se sacrifica pelo time. Com Valencia e De Jesus explorando o lado esquerdo, foi auxiliar o lento Leandro Euzébio na cobertura - difícil entender por que Digão, zagueiro bem mais rápido, não foi deslocado - enquanto Edinho vigiava o bom meia-atacante argentino Mondaini do lado oposto. No final, voltou a ser lateral direito com a contusão de Bruno e a entrada de Diguinho.

O Flu conta com Carlinhos, lateral que ganha liberdade total de Abel Braga. Joga como ala, mesmo em uma linha de quatro na retaguarda. Se cria problemas atrás, apesar dos sete desarmes corretos, o camisa seis ataca com desenvoltura. Aproveitou o corredor deixado por Wagner, deslocado pela esquerda para Thiago Neves entrar no centro da articulação do 4-2-3-1, e foi o único a dar profundidade às jogadas.

Com a má fase de Wellington Nem, referência de velocidade na frente, o time procura Carlinhos. Ele vai ao fundo, apoia por dentro e ainda aparece para fazer o gol do alívio. Sentimento que move o torcedor tricolor desde a conquista do título nacional em 2012.

Olho Tático
Jean ajudou Euzébio pela esquerda na cobertura a Carlinhos, que foi a referência de velocidade do Fluminense na frente.
Jean ajudou Euzébio pela esquerda na cobertura a Carlinhos, que foi a referência de velocidade do Fluminense na frente.

Porque o Flu é forte, porém não empolga nem é confiável. Tem personalidade em jogos decisivos e talentos que desequilibram. Pode até vencer a Libertadores jogando desta maneira. Mas continua sem solidez.

A equipe desce em bloco, mas tem poucas jogadas combinadas. Quando perde a bola, até Fred dá combate. No entanto, as linhas não são compactas e bem coordenadas.

Por isso o sufoco e as muitas defesas de Cavalieri na maioria das vitórias em grandes jogos. Nos primeiros cinco minutos do segundo tempo, a pressão do Emelec e as chances seguidas poderiam ter complicado de vez uma disputa que, em tese, não parecia tão difícil.

Abel diz que seu time é muito vertical e valoriza pouco a posse da bola, que bate e volta. Sem Deco, suspenso preventivamente por doping, o problema se agrava.

Só com a vantagem numérica depois das expulsões de Achilier e Quiñonez e a entrada de Rhayner na vaga do apagado Thiago Neves, que trouxe Wagner para o centro e abriu o jogo com velocidade pelos flancos, o time se impôs de fato e garantiu a classificação.

Nas quartas-de-final, Tigre ou Olimpia pela frente. Será mais uma vez no limite, com sofrimento? Como superstição, para reforçar a imagem de “time de guerreiros” ou agradar o torcedor que aprecia os triunfos sofridos pode ser válido. Mas até quando?

O Fluminense tem qualidade e entrosamento para fazer mais e melhor coletivamente e levar menos sustos no torneio continental.

O Atlético atropelou o São Paulo jogando o mais puro futebol europeu... Digo, brasileiro!


Mesa de restaurante, quarta à tarde, alguns metros à frente a conversa em voz alta envolve a Libertadores. Um dos personagens afirma, sem medo de errar: "O Atlético, sim! Esse está jogando o mais puro futebol europeu!"

Ops!
Como o assunto era futebol e veio parar em mim, não aguentei e tentei corrigir, minutos depois. "Futebol europeu, não. Futebol brasileiro!"

Horas depois, lá estava o melhor estilo Atlético. Marcação forte, no campo de ataque, deslocamentos e muita, muita velocidade. Essa foi a receita de Cuca para atropelar o São Paulo.
E veja que quando até o técnico adversário admite que seu time foi atropelado é porque a coisa foi feita.

Corrijo, de novo. Foi bonita!
Passes e dribles de Ronaldinho Gaúcho, atuação de gala de Jô, autor de três gols, Bernard saindo da esquerda para fazer o pivô como se fosse centroavante, Diego Tardelli entrando em diagonal. E o que está jogando o mais discreto dos talentos do Atlético, Leandro Donizete!!!???

O Atlético jogou como campeão da Libertadores, embora ainda faltem seis jogos para chegar à conquista. Mas mostrou que também se pode jogar no Brasil o futebol mais moderno do planeta.

O futebol atual, brasileiro e europeu, precisa de uma característica que o trabalho de Cuca teve na Cidade do Galo: tempo. Como é bom ver um time que joga de memória, porque joga junto há quase dois anos.
E já são 47 partidas sem perder como mandante, 33 no estádio Independência.