Era a morte anunciada. Só faltava mesmo fechar o caixão e tocar a marcha fúnebre para uma campanha tão medíocre – nenhuma vitória fora de casa. Até a sempre acolhedora mídia vermelha, branca e preta já havia jogado a toalha.

Sabia que seria uma missão impossível mesmo se Rogério Ceni soltasse o grito de ‘mayday’ aos Vingadores: transformar o Galo bom de bico numa sopa e carimbar a vaga para as quartas de final da Libertadores.

O sonho do tetra sucumbiu aos pés de Jô, Tardelli, Ronaldinho Gaúcho & Cia., no caldeirão do Independência.

Pela sexta vez, desde o título de 2005, o carrasco foi um brasileiro. Mas nenhum com ‘requintes de crueldade’, como a equipe do mestre Cuca.

Simplesmente avassaladora desde os dois minutos de jogo, quando mandou a primeira de duas bolas na trave, ela trucidou o soberano São Paulo. Deixou o coirmão de quatro. E foi pouco.

A superioridade foi tamanha que o tricampeão do torneio parecia mais perdido em campo que macumbeiro em igreja.

De volta à Libertadores após 13 anos, o Galo bom de bico segue para as quartas com a crista de favorito brilhando mais que nunca. Azar de Palmeiras ou Tijuana. Caiu no Horto, tá morto. É bullying de bola.

No porto alugado de São Januário, diante de 12.323 pagantes, o Fluminense despachou o Emelec, com gols de Fred e Carlinhos. Fez a lição de casa. Nada mais. Os equatorianos terminaram com nove.

Depois de duas derrotas seguidas, a torcida voltou a gritar ‘time de guerreiros’. Nas quartas, o Tricolor carioca vai pegar o ganhador de Tigre x Olímpia. Se os argentinos se classificarem, o Flu decidirá a vaga em casa. Caso os paraguaios passem, o primeiro jogo será sob as bênçãos do Cristo Redentor.
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Que venha a Copa 1. Brasil comemora na mídia os 400 dias que faltam para começar a grande festa da mamãe Fifa: recursos podem livrar mensaleiros da cadeia; 1.505 estupros foram registrados na Cidade Maravilhosa das balas perdidas nos três primeiros meses deste ano; funcionários do Senado recebem entre R$ 14 mil e R$ 20 mil para ajudar os senadores no aeroporto de Brasília (check-in); papa Francisco vai visitar ‘faixa de Gaza’ carioca – favela de Varginha; ; 92% dos motoboys da Pauliceia entregue ao bangue-bangue estão irregulares; operação ‘Leite Compen$ado’ caça fraudadores de leite no RS – adicionavam formol ao produto.

Que venha a Copa 2. Mais flores: cidades-sedes da Copa das Confederações reclamam da baixa procura turística; mais de 250 mil crianças e adolescentes trabalham como domésticos no país; cônsul-geral em Sydney, Américo Dyott Fontelle, acusado de assédio sexual e homofobia contra funcionários do consulado brasileiro; nos três primeiros meses, pelo menos um consumidor foi vítima de tentativa de fraude no setor de telefonia a cada 15,3 segundos; Polícia Federal investiga denúncias de irregularidades no programa Minha Casa Minha Vida; governo de São Paulo pagará ‘bolsa’ (R$ 1.350) para tratar viciado em crack; Brasil tem 3.073 livrarias, o que representa uma loja para cada 63.113 habitantes. A Copa é deles, a conta é nossa.

Sugismundo Freud. Quem vive no país do futebol sempre leva bola nas costas

Chama o Pateta! O governo federal comemorou em grande estilo os 400 dias para o pontapé inicial do Mundial: simplesmente esqueceu um título conquistado pela equipe nacional. ‘O Brasil é o único país tetracampeão da Copa do Mundo de futebol’, mandou ver no Twitter. Pouco depois, pediu desculpas pela monumental gafe: ‘Gente, na empolgação pelos 400 dias colocamos tetra. Sabemos que o Brasil tem cinco estrelas no peito e agora rumo ao hexa! Obrigado’.

Pica-Pau. O mandachuva e raios do soberano São Paulo, o popular ‘Juvenal Antena’, até agora tenta digerir, com sal de fruta, a decisão do ‘professor’ Ney Franco de ter sacado Lúcio da semifinal contra o Corinthians, pelo Paulistinha. Ele foi pego de surpresa e torceu o nariz como o zagueiro – só na preleção soube que esquentaria o bumbum no banco de reservas. Ney Franco aceitou a contratação de Lúcio por livre e espontânea exigência de Juvenal.

Dona Fifi. Placar do batizado: Brasileirão/Petrobras R$ 21 mi x R$ 7 mi Copa do Brasil/Perdigão.

Vale tudo. UFC, a Conmebol do ‘mata-leão’: distribui multas a torto e a direito. Campeão dos médios, o brasileiro Anderson Silva ficou R$ 100 mil mais pobre por não comparecer a uma papagaiada para divulgar a luta contra o americano Chris Weidman, em julho, na cidade de Las Vegas. Silva simplesmente não estava sabendo de nada.

Só pra contrariar. Zé da Medalha ou ‘sargento’ Felipão: quem cai primeiro?

Gilete press. De Renato Maurício Prado, no ‘Globo’: “Alex Silva, Cris, Lúcio... A xepa da feira, em termos de zagueiros em final de carreira, voltou ao Brasil para distribuir pontapés e furadas. De quebra, provoca expulsões, pênaltis e, muitas vezes, derrotas...” Há controvérsias?

Tititi d’Aline. O hilário ‘Juvenal Antena’ decretou a morte do ‘titio’ Teixeira, o eterno rei da bola, em entrevista ao BB2, da ESPN Brasil, no hotel do soberano São Paulo em BH. Lá pelas tantas, o mandachuva e raios soltou: ‘... Ricardo Teixeira, que Deus o tenha’. Amém.

Você sabia que... vereadores do Rio apresentaram projeto de lei para retirar o nome de João Havelange do estádio olímpico, alegando que o batismo remete a investigações de fraude e escândalos na Fifa?

Bola de ouro. Alex Ferguson. Aos 71 anos, Sir anunciou a aposentadoria. Deixará o comando dos Diabos Vermelhos após 26 anos. O fabricante de chicletes perderá seu principal garoto-propaganda.

Bola de latão. Palmeiras. Por falta de patrocínio, os periquitos em revista podem fechar as portas do basquete e do judô.

Bola de lixo. Engenhão. A pérola do Pan (demônio) de 2007 deve consumir R$ 160 milhões para abrir novamente as portas. O estádio já devorou R$ 380 milhões. Por enquanto, serve de galpão para a gravação de comerciais.

Bola sete. “Rogério Ceni 3D: mais adiantado que o goleiro só o fuso horário do Japão” (do tricolor José Simão, na ‘Folha’ – pano rápido).

Dúvida pertinente. Ney Franco, um bom nome para substituir Alex Ferguson?

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jose.r.malia@espn.com