terça-feira, 21 de abril de 2015

LIBERTADORES

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LIGA DOS CAMPEÕES


BAYBayern de Munique6x1PortoPOR

LIGA DOS CAPEÕS

BARBarcelona2x0Paris Saint-GermainPSG

Dupla Fla-Flu tem projeto da Liga, já levou idéia à CBF, à Globo e deve apresentá-la a outros clubes

O Flamengo encontrou o formato para a criação da Liga dos Clubes de Futebol, que daria aos participantes a chance de disputar uma competição alternativa e provavelmente mais rentável no período dos Estaduais. O presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, deverá levar o projeto ao seu colega e aliado do Fluminense, Peter Siemsen. É possível, inclusive, que os dois presidentes façam, juntos, uma apresentação pública adiante.
Primeiro foi montado um grupo de trabalho no Flamengo, que subsidiou Bandeira com informações sobre a decadência do futebol do Rio, tanto do ponto de vista esportivo/financeiro quanto na formação de atletas. Em seguida, produziram uma proposta de criação de Liga, um estatuto ideal, também voltado à governança da mesma. Essas duas etapas já foram concluídas e encaminhadas ao presidente flamenguista para apresentá-las ao Fluminense.
Se o parceiro dos rubro-negro no duelo com a Federação do Rio de Janeiro (FFERJ) concordar com o que foi elaborado pela equipe da Gávea, os dois clubes chamarão outros interessados para uma apresentação detalhada. Além da dupla Fla-Flu, o trio curitibano Atlético, Coritiba e Paraná já demonstrou interesse em participar da nova competição que se esboça. Em guerra com a Federação de Minas Gerais, o atual bicampeão brasileiro, Cruzeiro, engrossaria o movimento.
Uma conversa entre Bandeira e Siemsen, estava prevista para esta quinta-feira, inclusive. E não apenas sobre tal assunto. A suspensão do artilheiro Fred pelo tribunal da FFERJ após críticas à entidade também entra na pauta, já que o Fluminense apoiou o Flamengo após a punição ao técnico Vanderlei Luxemburgo, com manifestação conjunta antes do recente Fla-Flu no Maracanã.
O avanço da idéia de uma Liga acontece, curiosamente, no dia da posse de Marco Polo Del Nero na presidência da CBF. E o novo presidente da Confederação talvez não seja um grande adversário da novidade, como se pode imaginar. Ele deverá priorizar as seleções brasileiras em seu mandato. Os clubes esperam dele receber sinal verde. O cartola já ouviu Fla e Flu sobre a Liga, idéia que também apresentaram à TV Globo.
Mas as federações irão se opor. E pedirão o apoio cebeefiano, naturalmente. Del Nero está ciente do crescimento desta ação e o documento agora elaborado funcionaria como uma carta de exigências à Federação do Rio. Obviamente a FFERJ irá contra a competição independente, cabendo à CBF deliberar sobre sua aprovação, ou não. Paralelamente, Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, prepara outro passo: a viabilidade jurídica (e não política) da Liga.
Para a dupla carioca o momento é ainda mais oportuno para se livrar do certame promovido pela Federação do Rio. Motivo: nos oito primeiro meses de 2016, Maracanã e Engenhão fecharão para obras voltadas aos Jogos Olímpicos. Forçados a buscar outras praças, Flamengo e Fluminense poderão deixar o Estadual e fazer amistosos no período, caso a nova competição só possa se tornar real em 2017.
Nas conversas da dupla Fla-Flu com CBF e Globo, a rede de TV alertou que saindo do campeonato os clubes abririam mão da quota de televisão (cerca de R$ 7 milhões) referente ao carioca do ano que vem. Siemsen, inclusive, disse no programa Bola da Vez, da ESPN, que os aliados estão dispostos a isso: "Há vezes que temos que dar um passo para trás para darmos dois para frente".
Por jogo do "Super Series", realizado em Manaus na abertura da temporada, o Flamengo arrecadou o dobro da média do Campeonato Carioca por partida. No torneio, disputado em janeiro, os rubro-negros enfrentaram Vasco e São Paulo. O sucesso da rápida competição os faz crer na possibilidade de êxito em mais experiências do gênero percorrendo outras cidades do país e do exterior. Na mesma época, o Flumiense jogou nos Estados Unidos, onde também esteve o Corinthians.
Além disso, principalmente no caso específico do Flamengo, cuja torcida se espalha pelo Brasil e é enorme no Norte/Nordeste, tais jogos poderiam alavancar os programas sócio-torcedor nessas regiões. Sem grandes atrativos, especialmente para quem não vive no Rio de Janeiro, o projeto rubro-negro não consegue superar a casa dos 60 mil, número pífio ante sua quantidade de fãs.
A entrada, até aqui improvável, de um grande clube paulista turbinaria a idéia. Dirigentes já conversaram sobre o tema. O Corinthians não se manifestou publicamente. Mas o ex-presidente e atual superintendente Andres Sanchez não foi à posse na CBF, que ele deixou quando a dupla José Maria Marin/Marco Polo Del Nero, seus desafetos, assumiu a Confederação. Num cenário desses não se pode descartar o clube alvinegro.
Já o São Paulo parece distante, como ficou claro na entrevista dada pelo presidente tricolor na quarta-feira, em Montevidéu. Um dos líderes do Clube dos Treze em 1987 e então grande defensor da criação de uma Liga, Carlos Miguel Aidar disse não existir, hoje, espaço para uma. Fica claro que deixar o Campeonato Paulista não passa por sua cabeça. É, quem te viu, quem te vê...
 
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Siemsen acredita em liga com apenas dois grandes do Rio: passo para trás e passos para a frente
 

Vasco: 8 pênaltis em 17 jogos. Não poderia ser de outro jeito. Garfadas no Fla e principalmente no Flu

O tradicional campeonato carioca já teve momentos terríveis. Como em 1998, quando times se recusavam a disputar partidas nas condições estipuladas à época. O certame foi um festival de jogos definidos no "WO", com equipes simplesmente não aparecendo e entregando os pontos sem constrangimento.
Houve também o de quatro anos depois, que de tão ruim ficou popularmente conhecido como "Caixão 2002". Acabou com erros absurdos de arbitragem e numa espécie de semi-anonimato, ignorado pela torcida e até pela mídia, mais atenta ao torneio Rio-São Paulo e à Copa do Mundo, que se aproximava.
Esse disputado em 2015 é de jogar a tolha. Novamente marcado por arbitragens tétricas, decisões de bastidores e tribunais que interferiram diretamente no andamento da competição. Difícil esperar que o torcedor leve esse negócio a sério. Como falar do que se passa nas quatro linhas ignorando o entorno?
Nas semifinais o Fluminense foi a maior vítima. Primeiro com a mudança do segundo jogo com o Botafogo para o Engenhão, o que seria aceitável caso tal decisão não fosse tomada entre as duas partidas, numa canetada. Depois veio a absurda suspensão de Fred por declarações naturais em qualquer ambiente democrático.
Para completar, o Botafogo venceu por 2 a 1 com o primeiro gol numa jogada irregular. O impedimento foi ignorado pela arbitragem. Na segunda etapa, com os alvinegros se arrastando em campo, os tricolores perderam a chance de vencer. Foram incapazes, é óbvio. Mas o que aconteceria se Fred estivesse em campo?
Jamais saberemos, mas podemos imaginar. Como é de se imaginar num ponto do Rio de Janeiro alguém celebrando com euforia a presença de dois aliados em sua festinha particular. O futebol carioca virou mero feudo de alguns. A administração no caos é sempre conveniente para certos personagens.
Flamengo x Vasco. Primeiro vamos deixar claro que esta é a análise dos confrontos decisivos de 2015. Erros do passado, como os que beneficiaram os rubro-negros em 2014 e outros momentos, citamos antes. É só navegar aqui pelo blog para reler. Olhando para os dois últimos jogos, o prejuízo é dos flamenguistas.
Na primeira partida Jonas deveria ter sido expulso. Não foi. Como no segundo o vascaíno Christiano, ao enfiar a chuteira nas costas de Anderson Pico. Gilberto idem, por comemorar o gol lá na torcida, o que deveria lhe custar o segundo cartão amarelo. Discordo de tal recomendação, mas ela existe, logo, deveria ser seguida.
E tudo depois do pênalti absurdamente marcado e que definiu o clássico. É claro que a falha do apito no segundo jogo foi maior e mais decisiva do que a do primeiro duelo. Fica com jeito de "Lei da compensação". Nada surpreendente. "Erraram contra o Vasco, então se agora foi a favor, qual o problema?", perguntam alguns.
Infelizmente o torcedor, que na absoluta e massacrante maioria não freqüenta os estádios, ignora isso. Reflexos de nossa sociedade, onde levar vantagem é visto como virtude em muitos casos. No futebol então, poucos ligam para um triunfo conseguido de forma irregular. O importante é vencer, não são poucos os que seguem tal lema.
Há até quem endosse as palavras de Felipe, ex-goleiro do Flamengo. No ano passado ele disse que "roubado é mais gostoso". Foi logo após ganhar o título sobre o Vasco graças a um gol em impedimento de Márcio Araújo. Situações assim, mais comuns do que gostaríamos, proporcionam a proliferação de personagens nocivos ao futebol.
E eles são os maiores vencedores desse campeonato pífio e patético.
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Vanderlei Luxemburgo não fez o Flamengo jogar uma vez sequer de maneira realmente convincente em 2015. Nem nos 3 a 0 sobre o Fluminense, facilitados pela injusta expulsão de Fred. Na coletiva após perder para o Vasco, dividiu a responsabilidade com o clube inteiro, do presidente ao porteiro. Mas o maior culpado é ele, que inexplicavelmente se valorizou com o interesse do São Paulo, algo que nos ajuda a entender o atual mau momento do time paulista.
Mas a vida de Luxemburgo poderia ser um pouco mais complicada se os repórteres fizessem perguntas mais ligadas ao trabalho dele, aos seus erros e acertos. O técnico ainda se safa com as velhas muletas, desviando do assunto central e levando a conversa para outro lado. Ele é esperto. Cabe aos cartolas serem mais inteligentes. Alguém vai cobrar o treinador? Não pela eliminação, mas devido ao futebol fraco do Flamengo no ano até aqui. Inclusive nos dois jogos ante o Vasco, que fora o pênalti, jogou melhor.
***
Em apenas 17 jogos disputados no Carioca 2015, o Vasco teve oito pênaltis a seu favor, média de quase um a cada duas partidas. O número, altíssimo, é identico à quantidade de penalidades máximas assinaladas para os vascaínos nas 38 rodadas da Série B 2014, quando só a Ponte Preta teve mais (nove). E igual ao número de penais dados a Fluminense e São Paulo, os que mais tiveram esse tipo de infração a favor nas 38 partidas que disputaram na Série A do ano passado. O que você acha disso?
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Em 17 jogos os vascaíno igualaram marca dos 38 da Série B 2014
Em 17 jogos os vascaíno igualaram marca dos 38 da Série B 2014
Dos oito penais, dois foram indiscutivelmente bem marcados: o último dos três assinalados contra o Friburguense, que Gilberto desperdiçou; e o diante do Nova Iguaçu, que abriu o placar. Outros dois são discutíveis, na vitória sobre o Fluminense, com o agarra-agarra na área ao ser cobrado um escanteio e que os árbitros eventualmente resolvem apontar, sem muito critério; e o do duelo com o Boavista. Na ocasião, Thales caiu numa jogada na qual a imagem da televisão não deixa claro se realmente ele é tocado por Vitor Faísca. Bem polêmico, mas o árbitro foi muito convicto. Aos 46 minutos do segundo tempo!
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Contra quem foram os pênaltis e quais eram os árbitros
Contra quem foram os pênaltis e quais eram os árbitros nesas partidas do Vasco
A penalidade máxima apontada para os vascaínos diante de Bonsucesso, aos 47 da etapa final, foi absurda, como sem sentido as duas primeiras no jogo com o Friburguense e finalmente o da partida com o Flamengo. Detalhe, dos oito pênaltis dados para o Vasco, quatro proporcionaram vitórias ao time, contra o Fluminense, Flamengo, Boavista e Bonsucesso, os dois últimos nos acréscimos do segundo tempo de partida. Os vascaínos venceram cinco dos seis jogos nos quais tiveram penalidades assinaladas ao seu favor. Somados no campeonato carioca deste ano, Botafogo, Flamengo e Fluminense têm sete penais contra os oito do Vasco da Gama.
 
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Mauro critica Carioca: 'Federação deve estar feliz com final entre os aliados'

CBF vai conversar com Globo para acabar com jogos das 22 horas de quarta-feira

NELSON ALMEIDA/AFP/GETTY IMAGES
Marco Polo Del Nero Coletiva Fifa Legado Copa 20/01/2015
Marco Polo Del Nero assumiu a CBF na última quinta-feira
Sob nova gestão, a CBF vai conversar com a Globo para tentar mudar o horário das transmissões do futebol. Marco Polo Del Nero, que assumiu a presidência na última quinta-feira, disse que jogos às 22 horas de quarta-feira não agradam mais o torcedor e, por isso, vai negociar com a emissora para acharem uma alternativa.
De acordo com o cartola, a TV nunca fez nenhuma exigência de nada e o relacionamento permite que mudanças sejam discutidas. 
"Olha, com a Globo, pelo menos em São Paulo, ela nunca nos exigiu nada. Nada mesmo. A gente manda a nossa programação, ela nos pede alguns ajustes e nós devolvemos com o que podemos mexer. Mas não há exigência", afirmou Del Nero, em entrevista exclusiva para o ESPN.com.br.
"Lá atrás, o horário das 22 horas era o melhor para o torcedor, a gente tinha estatísticas nesse sentido. Mas hoje isso mudou. Esse horário já não é mais o melhor. Então, se não é o melhor, vamos tentar mudar com a Rede Globo. Temos que discutir esse problema. [Tem que ser] Um horário que o torcedor goste. Das 21h30, por exemplo. Até 21h30 eu acho que já ajuda", completou.
Ele ainda revelou que gostou do horário das 11 horas do domingo, em que o Palmeiras atuou duas vezes em São Paulo, por conta dos protestos contra Dilma Rousseff.
"11h da manhã do domingo virou um sucesso de público. Então, por que não repetir?", completou.

Sabella não responde. E aumenta pressão por Luxemburgo dentro do SP

  • Gilvan de Souza/ Flamengo
    São Paulo tem pressão interna por Luxemburgo à medida que Sabella não responde
    São Paulo tem pressão interna por Luxemburgo à medida que Sabella não responde
O São Paulo não teve até o início da noite desta segunda-feira uma resposta do argentino Alejandro Sabella e viu crescer entre vice-presidentes, diretores e conselheiros a pressão pela contratação de Vanderlei Luxemburgo, técnico do Flamengo.
A mudança no Morumbi acompanha uma situação que acontece na Gávea: a diretoria do Flamengo já não tem mais a confiança que tinha há duas semanas - quando Muricy Ramalho deixou o cargo do São paulo - de que Luxemburgo cumprirá o contrato até o fim do ano. 
A pressão pela contratação de Vanderlei Luxemburgo recai sobre o vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro. É ele quem negocia com Alejandro Sabella há duas semanas e quem ainda não conseguiu arrancar do argentino uma resposta definitiva. Hoje, segundo integrantes da diretoria que defendem a contratação de Luxemburgo, é imensa a pressão para que o vice de futebol desista de Sabella e negocie com o brasileiro.
 
Esses membros da diretoria, próximos do presidente Carlos Miguel Aidar, trabalham com a informação que Luxemburgo aceitaria de imediato uma proposta do São Paulo agora que foi eliminado do Campeonato Carioca (o Fla perdeu para o Vasco no domingo). Aidar gosta da ideia de contratar Sabella, mas prefere Luxemburgo. Ataíde não veta Luxemburgo, mas tem ampla preferência pelo argentino. 
 
A diretoria do Flamengo se sente neste momento em situação desconfortável. Os dirigentes não conseguem mais uma resposta contundente de Luxemburgo sobre continuar à frente da equipe, situação diferente da vivida antes do contato do São Paulo - Aidar e Luxemburgo conversaram diretamente por telefone, segundo o próprio presidente são-paulino. Incomoda aos dirigentes flamenguistas o fato de Luxemburgo ter declarado nas últimas semanas que poderia ouvir propostas de outros clubes, se fosse procurado. O assédio do São Paulo e a abertura dada pelo treinador a Aidar abalou a confiança do Fla. 
 
A posição oficial do Flamengo, no entanto, ainda é a de que o treinador fica, apesar de hoje a relação não ser a mesma. No São Paulo, o próprio Aidar chegou a declarar publicamente que Luxemburgo estava descartado depois de ter dito que cumpriria o contrato. Mas as portas ao técnico do Flamengo nunca foram de fato fechadas. Toda a diretoria, incluindo o presidente Carlos Miguel Aidar, nunca deixou de considerar Luxemburgo como opção após o fim do Campeonato Carioca em caso de resposta negativa de Sabella. 
 
A resposta negativa de Sabella não veio. Tampouco a positiva. A espera do argentino fez com que membros da diretoria se irritassem especialmente após a eliminação para o Santos, na semifinal do Paulistão, no último domingo. Agora, a pressão é para que o São Paulo tenha um técnico definido até quarta-feira, dia em que joga ainda sob o comando de Milton Cruz contra o rival Corinthians, pela última e decisiva rodada da Copa Libertadores - se não vencer, clube pode ser eliminado ainda na primeira fase, algo que não acontece desde 1987.