19h05 Belgrano 0x1 All Boys |
21h15 Lanús 1x1 Atlético Rafaela |
Falamos campeonatos das séries A B C D campeonatos internacionais todos Português todos os resultados do Paulista da segunda divisão e ainda Futebol Internacional como Futebol Inglês Espanhol Italiano Portugal e o Argentino e campeonatos Importantes falaremos do Regional do Rio Grande do Norte do Cearense do Pernambucano e do Carioca e falamos da copa do nordeste
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Viva la vida
Martin Ainslet é um jornalista argentino, residente em Madri e acompanha o Barcelona há oito anos. Estava tanto em Munique, quanto em Dortmund, nas goleadas alemãs sobre os gigantes espanhóis, semana passada.
Quando Lewandowski marcou pela quarta vez e configurou o 8x1 do placar agregado, Ainslet pensou em Guardiola: "Ele já sabia. Muito antes de nós, ele sabia".
Martin refere-se ao conhecimento de que alguma coisa séria estava em andamento na Alemanha.
Bayern e Borussia não têm o estilo do Barcelona, e nem terão.
Os alemães bebem de várias fontes, abandonaram o uso do líbero, passaram a marcar por zona e por pressão. Usam boa parte do repertório espanhol, uma parte da história do futebol brasileiro, mas são e sempre foram mais verticais.
Guardiola sabia de tudo isso, porque, desde 2011, os alemães passeiam pelo mundo afirmando que a Bundesliga será a liga mais assistida do planeta. Em 2011, estavam na Copa América da Argentina.
Lá, o agente de jogadores Johan Loesch afirmou: "A Alemanha será a primeira. O Brasil pode ter a quarta melhor liga".
Guardiola observou a tudo e aceitou trabalhar no Bayern, durante a passagem de seu ano sabático, em Nova York.
Trabalhar na Bundesliga pode significar estar no lugar certo na hora certa. Ou a necessidade de se adaptar e montar um time diferente do que está acostumado, menos posse de bola, mais sede de gol.
Do melhor Barcelona, a qualidade mais presente no Bayern não é o tempo com bola no pé, mas a marcação por pressão. O Barça sem pressão é como o Corinthians de Parreira, ou a seleção de 1994. Toca-toca, tiki-taka, muitas vezes sem sair do lugar. Em outras, reclama de o adversário manter dez jogadores atrás da linha da defesa.
O Borussia Dortmund menospreza a bola. Dos quatro semifinalistas da Liga dos Campeões, é o único com média inferior a 50% do tempo com bola no pé.
Controla as partidas à base da pressão no adversário. Desarma e, depois, acelera o jogo --Felipão gosta mais desse estilo.
Certamente Guardiola sabe de tudo isso. Mérito seu, sempre esteve à frente de seu tempo e buscou experiências em outros lugares. Atuou pela Roma, pelo Brescia, no Qatar. Como a música do Coldplay, seu hit no vestiário do Barça por quatro anos, Guardiola é um viva la vida.
A Liga dos Campeões pode anunciar um domínio alemão na terça e quarta-feiras. A chegada de Guardiola avisa que esse domínio pode ter uma mescla de estilos --meio germânico, meio espanhol.
A Alemanha é contraponto ao tiki-taka espanhol.
A pergunta é se Guardiola vai adaptar os alemães ao Barcelona ou se adaptar ao Bayern e fazer um time que marque por pressão, tenha a posse de bola, mas acelere o máximo possível. Mais moderno ainda.
MAIS COMPACTO
Tecnicamente, Pato mostrou de novo que o Corinthians não possui ninguém melhor do que ele. A questão é organizar a equipe com ele e Guerrero. Por minutos, com o jogo resolvido, é mais simples do que no início. Com a formação inicial, o time é mais compacto. Mas que Pato dá gosto, isso dá.
INCONSISTENTE
O Santos não chega às semis deste ano com a cara de favorito dos três anos anteriores. Tem a vantagem de pegar o intruso Mogi, mas não pode descuidar. O Mogi tem bons atletas. O desafio é ver Neymar e Montillo jogando juntos o que já mostraram separados. Se acontecer, o tetra pode chegar.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Mataram meu Maracanã. Podem chamar de Estádio Justo Veríssimo
Tem mais de um ano. Falava aqui dos vendilhões do templo. Para ser mais exato, em 2 de março de 2012. “Os vedilhões do templo – como querem acabar com o carnaval carioca” tratava também do Maracanã. Escrevi outros tantos textos sobre o fim do Maracanã. O sábado que passou foi o dia de enfim passar da teoria para a prática, confirmar tais expectativas.
Minto. Não era necessário confirmar tais expectativas. O fim do templo onde cultuávamos nossos deuses, o sagrado e o profano se misturavam na geral e arquibancada e tanto reis quanto plebeus estavam juntos já havia se confirmado. Na arquitetura do novo estádio que destruiu o antigo e muito mais do que isso: no papel, oficialmente, como no estudo de viabilidade econômica para o futuro administrador, curiosamente feito pela IMX, de Eike Batista, onde qualquer máscara vai abaixo, ao expressar “mudança do perfil do público”. Está lá no tal estudo, acima de qualquer discussão teórica. A constatação da elitização daquele que foi símbolo da mistura de classes na cidade não é passível de argumentação. Está no papel. É oficial.
Com muito penar percorri caminhos de uma vida toda no último sábado, quando o Maracanã seria reinaugurado”. Sabia que ia rever a velha namorada, ainda que ela não fosse mais a mesma. Mas amores são assim, é possível passar por cima de tudo. No fundo, ainda guardava a ilusão que aquela história de amor entre nós podia voltar. Como se o tempo voltasse...Pensava no momento em que sairia do túnel tantas vezes atravessado e daria de cara com aquele monumento. Encontrei tanta gente no caminho. Segurei o passo. Encontrar a velha namorada exige solenidade. Tinha que ser sozinho. Os versos de Vinícius não saiam da cabeça. Ia dar o último passo no túnel e o Maracanã seria como nas palavras do poetinha, a “me entreabrir a porta como uma velha amante”.
Bobagem, sabia tanto que a “velha amante”, a namorada dos melhores anos de nossas vidas não estava mais ali. Mas amantes são assim mesmo, só materializam ao constatar que acabou e se descobre a amada nos braços de outro.
Me desprovi de todos os conceitos anteriores. Se já era sabido que o sentido do velho Maracanã tinha ido abaixo com sua elitização, ao menos talvez fosse possível, com todas as ressalvas, constatar que realmente o novo estádio é bonito, moderno. Tudo o que se diz dos novos estádios por aí: ainda que matem tradições, histórias, são belos, funcionais, modernos.
Entrei com esse sentimento, tentando me desarmar de minhas ideias sobre o tema o mais possível. E aqui deixo meu relato do que vi, deixando para trás até mesmo a convicção de que nada desculparia tal mudança: o Maracanã acabou. Mataram o Maracanã. Se essa ideia de beleza do novo, moderno, apesar dos pesares, vale para outros, não vale para o Maracanã.
Pois obviamente o que fazia o belo, o impressionante do Maracanã era exatamente sua exuberância. Era ser monumental. Majestoso. Algo impressionante. Se sentir pequeno diante de tal obra. A epifania que era cruzar aquele túnel e se sentir tão pequeno. E ser abraçado pelo canto daquela gente. Epifania sim, sem medo de exagerar ou blasfemar. Algo que só se sente diante da força das águas das cataratas do iguaçu ou como chegar no último degrau de Machu Picchu. Ou do sol morrendo atrás dos Dois Irmãos. Poucas coisas podiam ser igual aquele momento. Exagero? Quantos e quantos vindos de fora se exatasiaram com tal visão? Quantos craques tremeram ao deixar o túnel e cegar-se com a majestade do Maracanã? Quantos deram tanto de sua vida para um dia viver aquilo, seja no gramado ou na arquibancada...
Acabou. Quem viveu isso vai constatar e ver o mesmo. Acabou. Quando se chega ao fim do túnel, o Maracanã não está mais ali. Um estádio acanhado, bonitinho como outro qualquer. Bonitinho mas ordinário. Como será que deixou-se fazer isso? Quem cometeu essa boçalidade? “A força da grana que ergue e destrói coisas belas”. O Maracanã não era um estádio qualquer. Transformar o Maracanã numa “arena” (eles merecem mesmo esse nome ridículo) e achar que ficou mais bonito do que era, é destruir Machu Picchu, é achar que se pode deixar o pôr do sol mais bonito.
Talvez o argumento valesse para qualquer outro estádio. “Mudou tudo, elitizou-se, mas é preciso reconhecer que está mais bonito”. Não, no Maracanã não vale. Ora, será que não é tão óbvio saber que a beleza do Maracanã era aquilo tudo. Era seu aspecto monumental. Vejam que não estou falando de coisas imateriais, ainda que não se possa separar a beleza do Maracanã do grito da geral, da gente misturada. Estou falando sobre a boçalidade de destruir algo monumental, diferente de tudo para deixá-lo igual a outros tantos.
Pois eles conseguiram. O Maracanã agora é igual a outros tantos. Não chamem aquilo lá de Maracanã, por favor. Chamarei de Estádio Justo Veríssimo, aquele personagem do Chico Anísio que defendia a morte dos pobres, “quero que pobre se exploda”, dizia ele. È esse o novo espírito do monstrengo moderno que conceberam. Inócuo, um dragão que não cospe mais. Mataram o meu Maracanã, amor de toda uma vida.
Nesse momento, só me ocorre a frase do Dr Ulisses ao promulgar a constituição de 1988. “Tenho ódio e nojo à ditadura”. Pois como cidadão, carioca, brasileiro, traços indissolúveis de minha identidade, tenho ódio e nojo de quem fez isso com o Maracanã. Como jornalista, ainda que não acredite que uma profissão possa estar separada da cidadania, tenho apenas que contar essa história. Como fizeram isso? Quem fez isso?
Como fizeram isso com o Maracanã? Ele agora é mais um. Uma arena. Igualzinha a todas as outras. Não era. Era diferente de tudo. Mataram o amor de toda uma vida dos cariocas e dos brasileiros. Presidenta, você estava lá aplaudindo isso. Governador, você assina isso e responderá por todas as suas gerações. Todas as noites, até seu último dia, você vai ouvir o Gerdau, geraldino histórico do Maracanã gritando no seu ouvido, como fazia na geral: “Pra frente, chuta....!!!”. Todos os seus ouvirão. Não adianta botar o guardanapo na cabeça. O Gerdau estará lá. “Pra frente, chuta”...
Trataremos desse funeral com os rituais com que os povos conseguem superar seus dramas. Nenhum lugar, nenhuma cidade do mundo amou tanto um estádio como o Rio amou o Maracanã. Vivia no seu imaginário. Nenhuma cidade tinha em seus cantos um estádio. Como fizeram isso? É essa a modernidade? Lamento por alguns do bem que vejo ouvir o canto da sereia.
Trataremos desse funeral. Não sei como ainda. Mas esse povo sempre soube se reinventar. Sempre que a vida foi negada por aqui, em São Sebastião do Rio de Janeiro. Metáfora de um Brasil. E o Maracanã era a metáfora maior disso tudo. Acabou. Não sei como terá de ressurgir. Assim sempre foi a gente daqui. Lembrei-me de “Os Bestializados – O Rio de Janeiro e a República que não foi”, trabalho maior de José Murilo de Carvalho. Que nos dá conta de nossa história. De como fizemos e nos reinventamos em ginga, samba, futebol, capoeira quando tudo era negado. Mais uma vez estamos diante disso, como lá atrás. De alguma forma nos reinventaremos. Ainda que agora seja tão difícil aceitar uma das maiores violências já cometidas contra a população do Rio, do Brasil. E contra a história. Mataram o Maracanã.
Minto. Não era necessário confirmar tais expectativas. O fim do templo onde cultuávamos nossos deuses, o sagrado e o profano se misturavam na geral e arquibancada e tanto reis quanto plebeus estavam juntos já havia se confirmado. Na arquitetura do novo estádio que destruiu o antigo e muito mais do que isso: no papel, oficialmente, como no estudo de viabilidade econômica para o futuro administrador, curiosamente feito pela IMX, de Eike Batista, onde qualquer máscara vai abaixo, ao expressar “mudança do perfil do público”. Está lá no tal estudo, acima de qualquer discussão teórica. A constatação da elitização daquele que foi símbolo da mistura de classes na cidade não é passível de argumentação. Está no papel. É oficial.
Com muito penar percorri caminhos de uma vida toda no último sábado, quando o Maracanã seria reinaugurado”. Sabia que ia rever a velha namorada, ainda que ela não fosse mais a mesma. Mas amores são assim, é possível passar por cima de tudo. No fundo, ainda guardava a ilusão que aquela história de amor entre nós podia voltar. Como se o tempo voltasse...Pensava no momento em que sairia do túnel tantas vezes atravessado e daria de cara com aquele monumento. Encontrei tanta gente no caminho. Segurei o passo. Encontrar a velha namorada exige solenidade. Tinha que ser sozinho. Os versos de Vinícius não saiam da cabeça. Ia dar o último passo no túnel e o Maracanã seria como nas palavras do poetinha, a “me entreabrir a porta como uma velha amante”.
Bobagem, sabia tanto que a “velha amante”, a namorada dos melhores anos de nossas vidas não estava mais ali. Mas amantes são assim mesmo, só materializam ao constatar que acabou e se descobre a amada nos braços de outro.
Me desprovi de todos os conceitos anteriores. Se já era sabido que o sentido do velho Maracanã tinha ido abaixo com sua elitização, ao menos talvez fosse possível, com todas as ressalvas, constatar que realmente o novo estádio é bonito, moderno. Tudo o que se diz dos novos estádios por aí: ainda que matem tradições, histórias, são belos, funcionais, modernos.
Entrei com esse sentimento, tentando me desarmar de minhas ideias sobre o tema o mais possível. E aqui deixo meu relato do que vi, deixando para trás até mesmo a convicção de que nada desculparia tal mudança: o Maracanã acabou. Mataram o Maracanã. Se essa ideia de beleza do novo, moderno, apesar dos pesares, vale para outros, não vale para o Maracanã.
Pois obviamente o que fazia o belo, o impressionante do Maracanã era exatamente sua exuberância. Era ser monumental. Majestoso. Algo impressionante. Se sentir pequeno diante de tal obra. A epifania que era cruzar aquele túnel e se sentir tão pequeno. E ser abraçado pelo canto daquela gente. Epifania sim, sem medo de exagerar ou blasfemar. Algo que só se sente diante da força das águas das cataratas do iguaçu ou como chegar no último degrau de Machu Picchu. Ou do sol morrendo atrás dos Dois Irmãos. Poucas coisas podiam ser igual aquele momento. Exagero? Quantos e quantos vindos de fora se exatasiaram com tal visão? Quantos craques tremeram ao deixar o túnel e cegar-se com a majestade do Maracanã? Quantos deram tanto de sua vida para um dia viver aquilo, seja no gramado ou na arquibancada...
Acabou. Quem viveu isso vai constatar e ver o mesmo. Acabou. Quando se chega ao fim do túnel, o Maracanã não está mais ali. Um estádio acanhado, bonitinho como outro qualquer. Bonitinho mas ordinário. Como será que deixou-se fazer isso? Quem cometeu essa boçalidade? “A força da grana que ergue e destrói coisas belas”. O Maracanã não era um estádio qualquer. Transformar o Maracanã numa “arena” (eles merecem mesmo esse nome ridículo) e achar que ficou mais bonito do que era, é destruir Machu Picchu, é achar que se pode deixar o pôr do sol mais bonito.
Talvez o argumento valesse para qualquer outro estádio. “Mudou tudo, elitizou-se, mas é preciso reconhecer que está mais bonito”. Não, no Maracanã não vale. Ora, será que não é tão óbvio saber que a beleza do Maracanã era aquilo tudo. Era seu aspecto monumental. Vejam que não estou falando de coisas imateriais, ainda que não se possa separar a beleza do Maracanã do grito da geral, da gente misturada. Estou falando sobre a boçalidade de destruir algo monumental, diferente de tudo para deixá-lo igual a outros tantos.
Pois eles conseguiram. O Maracanã agora é igual a outros tantos. Não chamem aquilo lá de Maracanã, por favor. Chamarei de Estádio Justo Veríssimo, aquele personagem do Chico Anísio que defendia a morte dos pobres, “quero que pobre se exploda”, dizia ele. È esse o novo espírito do monstrengo moderno que conceberam. Inócuo, um dragão que não cospe mais. Mataram o meu Maracanã, amor de toda uma vida.
Nesse momento, só me ocorre a frase do Dr Ulisses ao promulgar a constituição de 1988. “Tenho ódio e nojo à ditadura”. Pois como cidadão, carioca, brasileiro, traços indissolúveis de minha identidade, tenho ódio e nojo de quem fez isso com o Maracanã. Como jornalista, ainda que não acredite que uma profissão possa estar separada da cidadania, tenho apenas que contar essa história. Como fizeram isso? Quem fez isso?
Como fizeram isso com o Maracanã? Ele agora é mais um. Uma arena. Igualzinha a todas as outras. Não era. Era diferente de tudo. Mataram o amor de toda uma vida dos cariocas e dos brasileiros. Presidenta, você estava lá aplaudindo isso. Governador, você assina isso e responderá por todas as suas gerações. Todas as noites, até seu último dia, você vai ouvir o Gerdau, geraldino histórico do Maracanã gritando no seu ouvido, como fazia na geral: “Pra frente, chuta....!!!”. Todos os seus ouvirão. Não adianta botar o guardanapo na cabeça. O Gerdau estará lá. “Pra frente, chuta”...
Trataremos desse funeral com os rituais com que os povos conseguem superar seus dramas. Nenhum lugar, nenhuma cidade do mundo amou tanto um estádio como o Rio amou o Maracanã. Vivia no seu imaginário. Nenhuma cidade tinha em seus cantos um estádio. Como fizeram isso? É essa a modernidade? Lamento por alguns do bem que vejo ouvir o canto da sereia.
Trataremos desse funeral. Não sei como ainda. Mas esse povo sempre soube se reinventar. Sempre que a vida foi negada por aqui, em São Sebastião do Rio de Janeiro. Metáfora de um Brasil. E o Maracanã era a metáfora maior disso tudo. Acabou. Não sei como terá de ressurgir. Assim sempre foi a gente daqui. Lembrei-me de “Os Bestializados – O Rio de Janeiro e a República que não foi”, trabalho maior de José Murilo de Carvalho. Que nos dá conta de nossa história. De como fizemos e nos reinventamos em ginga, samba, futebol, capoeira quando tudo era negado. Mais uma vez estamos diante disso, como lá atrás. De alguma forma nos reinventaremos. Ainda que agora seja tão difícil aceitar uma das maiores violências já cometidas contra a população do Rio, do Brasil. E contra a história. Mataram o Maracanã.
Espanyol de Barcelona tem estádio invejável que custou menos de 26% do "novo" Maracanã
O Espanyol é o primo pobre de Barcelona. Time de pequena torcida, chega a ser ignorado pela maioria dos turistas que vêm do mundo inteiro conhecer a bela Catalunha e o badalado Barça. Mas ainda assim o time catalão que leva a palavra "Real" no nome tem um estádio de causar inveja na maioria dos times brasileiros.
Inaugurado em 2009, o Cornellà-El Prat comporta 40,5 mil pessoas e custou o equivalente a R$ 209 milhões. A reconstrução do Maracanã para a Copa de 2014 está orçada em R$ 808,4 milhões. É quase inacreditável que os espanhóis tenham erguido aquele estádio há tão pouco tempo por menos de 26% do dinheiro torrado no Rio de Janeiro.
O Sarriá, onde o Brasil perdeu para a Itália na Copa do Mundo de 1982, era a antiga casa do Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona (seu nome oficial atual, após várias mudanças). Endividado, o "Periquito", como também é chamado, vendeu o Sarriá e jogou por alguns anos no estádio Olímpico, até concluir a nova casa a 12 quilômetros do centro de Barcelona.
O Portal 2014 calculou o custo de cada lugar em estádios - cliqueaqui e leia. Os números são assustadores, ainda mais se compararmos aos R$ 5,1 mil de cada assento do Cornellà-El Prat. O do Corinthians terá o preço médio de R$ 17,1 mil por cada banco nele instalado, superando Allianz Arena (R$ 13,9 mil) e Soccer City (R$ 8,9 mil) na África do Sul.
E o estádio do Espanyol, que conheci neste domingo, durante a derrota do time catalão para o Granada por 1 a 0, é ótimo, exemplar. Clubes como Flamengo, Fluminense, Atlético e Cruzeiro, por exemplo, deixariam seus torcedores extremamente orgulhosos se fizessem um idêntico. E foi "barato"... Será que tem alguém fazendo milagres nas construções de estádios por aí?
Mauro Cezar Pereira
Inaugurado em 2009, o Cornellà-El Prat comporta 40,5 mil pessoas e custou o equivalente a R$ 209 milhões. A reconstrução do Maracanã para a Copa de 2014 está orçada em R$ 808,4 milhões. É quase inacreditável que os espanhóis tenham erguido aquele estádio há tão pouco tempo por menos de 26% do dinheiro torrado no Rio de Janeiro.
Mauro Cezar Pereira
O Sarriá, onde o Brasil perdeu para a Itália na Copa do Mundo de 1982, era a antiga casa do Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona (seu nome oficial atual, após várias mudanças). Endividado, o "Periquito", como também é chamado, vendeu o Sarriá e jogou por alguns anos no estádio Olímpico, até concluir a nova casa a 12 quilômetros do centro de Barcelona.
Mauro Cezar Pereira
O Portal 2014 calculou o custo de cada lugar em estádios - cliqueaqui e leia. Os números são assustadores, ainda mais se compararmos aos R$ 5,1 mil de cada assento do Cornellà-El Prat. O do Corinthians terá o preço médio de R$ 17,1 mil por cada banco nele instalado, superando Allianz Arena (R$ 13,9 mil) e Soccer City (R$ 8,9 mil) na África do Sul.
Mauro Cezar Pereira
E o estádio do Espanyol, que conheci neste domingo, durante a derrota do time catalão para o Granada por 1 a 0, é ótimo, exemplar. Clubes como Flamengo, Fluminense, Atlético e Cruzeiro, por exemplo, deixariam seus torcedores extremamente orgulhosos se fizessem um idêntico. E foi "barato"... Será que tem alguém fazendo milagres nas construções de estádios por aí?
Mauro Cezar Pereira
O Corinthians chegou. O melhor time, sem os maiores craques, pode ganhar o Paulista
O São Paulo avançou às semifinais com um magrinho 1 x 0 sobre o Penapolense. Pode ganhar o título, é claro. Mas terá de passar pelo time mais forte, o Corinthians.
Quando se fala do atraso do futebol brasileiro, é preciso lembrar da demora para se perceber que o Corinthians é o melhor time do país.
O mais coletivo, o que marca por pressão, não dá espaço para o adversário, mescla posse de bola com velocidade. Não é Barcelona. Está mais para Borussia Dortmund, a grosso modo, só para comparar estilos.
No ano passado, quando a semifinal da Libertadores colocou frente a frente Corinthians e Santos, muita gente apostou em Neymar. Era o melhor time, porque tinha os melhores jogadores? Não era.
Hoje, na possível final Corinthians x Santos – o Corinthians tem de vencer o São Paulo primeiro – o Corinthians é de novo mais time.
Mais equipe também em comparação com o São Paulo, que tem mais craques. E cresce quando tem de crescer.
O Corinthians está nas finais e é o time mais forte.
Se vai ganhar o título? A agenda menos exigente do Santos e o craque Neymar podem dizer o contrário
Quando se fala do atraso do futebol brasileiro, é preciso lembrar da demora para se perceber que o Corinthians é o melhor time do país.
O mais coletivo, o que marca por pressão, não dá espaço para o adversário, mescla posse de bola com velocidade. Não é Barcelona. Está mais para Borussia Dortmund, a grosso modo, só para comparar estilos.
No ano passado, quando a semifinal da Libertadores colocou frente a frente Corinthians e Santos, muita gente apostou em Neymar. Era o melhor time, porque tinha os melhores jogadores? Não era.
Hoje, na possível final Corinthians x Santos – o Corinthians tem de vencer o São Paulo primeiro – o Corinthians é de novo mais time.
Mais equipe também em comparação com o São Paulo, que tem mais craques. E cresce quando tem de crescer.
O Corinthians está nas finais e é o time mais forte.
Se vai ganhar o título? A agenda menos exigente do Santos e o craque Neymar podem dizer o contrário
Sharapova derrota chinesa e fatura o bicampeonato na Alemanha
A russa Maria Sharapova, número dois do mundo, derrotou a chinesa Li Na, quinta do ranking, neste domingo, por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/3, e conquistou o bicampeonato do torneio de Stuttgart, na Alemanha.
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Sharapova precisou de uma hora e 32 minutos para bater a adversária e conquistar o seu 29º título como profissional. Este é o seu segundo troféu neste ano. Ela já havia vencido em Indian Wells, nos estados Unidos.
Thomas Kienzle/AFP | ||
A russa Maria Sharapova comemora um ponto contra a chinesa Li Na, em Stuttgart, na Alemanha |
Depois de ganhar todos os jogos do torneio em três sets, Sharapova finalmente encontrou o seu melhor tênis e conseguiu bater a chinesa em sets direto.
"Eu pensei que eu ia jogar três sets hoje. Li é uma grande adversária. Eu sabia que ia ser um dos jogos mais difíceis porque ela teve uma grande semana. Nosso confronto direto é bem parelho. Ela me venceu na Austrália e eu queria vingança", disse a russa após a partida.
Com o triunfo, Sharapova se tornou a primeira tenista a ganhar o torneio de Stuttgart por dois anos consecutivos desde o feito conquistado em 2004 e 2005 pela norte-americana Lindsay Davenport.
O torneio de Stuttgart é disputado no saibro e divide 795 mil euros (R$ 2 milhões) em premiação. A russa saiu de quadra com um carro da Porsch
Sharapova se vinga de Na Li, fatura troféu e até Porshe
Empenhada em rapidamente decidir o jogo a seu favor, Sharapova conquistou uma quebra logo no primeiro game de partida. Pouco depois, a russa abriu 4-1 com novo break, dando passo importante para sair na frente na decisão. Nem mesmo devolução de Na Li, logo em seguida, impediu que a número dois do mundo abrisse 1 a 0.
Getty
Mais cautelosa na segunda parcial, Sharapova só partiu para cima de Li na segunda metade do set. Após desperdiçar break point no quinto game, a russa enfim conseguiu a quebra para fazer 4-3. Após confirmar com tranquilidade, aproveitou a pressão sobre a rival para conquistar nova quebra de saque e manter-se no topo em Stuttgart.
Este é o segundo título de Sharapova em 2013. A russa disputou cinco torneios na temporada, caindo nas semifinais do Aberto da Austrália e do Premier de Doha, vencendo em Indian Wells e ficando com o vice em Miami. Já Na Li segue apenas com o troféu do WTA de Shenzhen, conquistado na primeira semana do ano em seu país.
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