sexta-feira, 29 de junho de 2012

Brasilerão Série B


21h00 América-RN 1x0 Guarani
21h00 ASA 3x1 ABC

Pirlo, Balotelli e Buffon deixam Alemanha no chão

Lembra-se daquela máxima de que "futebol é um jogo de onze em cada time e que, no final, os alemães vencem"? Se tem um momento em que ela falha, é quando a Itália está do outro lado. Mais uma vez, a Azzurra levou a melhor no clássico europeu, classificando-se para a final da Eurocopa graças a uma série de atuações inspiradas.

Mesmo com os dois gols de Mario Balotelli, Andrea Pirlo foi eleito o melhor em campo pela Uefa. Não por acaso: conseguiu ditar o ritmo da partida mais uma vez, mesmo com o técnico Joachim Löw armando a Alemanha pensando em limitar suas ações. Reus, que estava com moral elevado após o jogo contra a Grécia, saiu do time e viu entrar Kroos, que deveria ajudar o time a ganhar o controle do meio.

Não foi o que aconteceu. A Itália, que não usa pontas e por isso gosta de um jogo mais central, viu a partida ficar à sua feição. Pirlo teve todo o espaço para fazer o lançamento para Chiellini no lance do primeiro gol. Cassano recebeu a bola, passou como quis por Hummels (em rara falha em seu bom torneio) e cruzou para Balotelli se antecipar a Badstuber.

Depois, coube a Montolivo fazer um lançamento perfeito de 40 metros para Balotelli ampliar a vantagem com uma conclusão indefensável. O meia, que defenderá o Milan na próxima temporada, usou seu pé direito, o mesmo que leva uma chuteira com a bandeira alemã, país de sua mãe. No lance, Lahm falhou duplamente: ao dar condição a Balotelli e perdê-lo de vista.

Balotelli, que tirou a camisa para celebrar o gol (em possível alusão à incrivelmente infeliz charge da Gazzetta dello Sport que o retratava como King Kong), recompensou a confiança de Cesare Prandelli, depois de tantas dúvidas sobre sua capacidade de manter os nervos no lugar na hora de uma decisão.

Antes de abrir 2 a 0, porém, a Itália contou com as defesas de Gianluigi Buffon. Sem espalhafato, mas sempre bem colocado para fazer as defesas, o juventino mostrou porque é o maior goleiro de sua geração - e possivelmente o maior a surgir nos últimos 30 anos.

As alterações desesperadas de Löw no segundo tempo não bastaram para que a Alemanha desse a impressão de que poderia reagir. Schweinsteiger, apagado, decepcionado. As inúmeras chances perdidas pela Itália evitaram uma goleada e garantiram um final dramático, após o pênalti convertido por Özil.

Para a Alemanha, aumenta o jejum de conquistas que já dura desde 1996, e desta vez não bastará dizer que o time teve momentos inspirados de futebol. O que conta, para um país de tanta tradição futebolística, é a vitória. O consolo - que não serve para hoje, mas para o futuro - é saber que vários destes jogadores têm muita estrada a percorrer, e a equipe continuará forte.

No domingo, Itália e Espanha ficarão frente a frente pelo título e, por mais estranho que isso pudesse soar no passado, agora é fato: o futebol dos italianos é o mais atraente. O pragmatismo está do outro lado. Na fase de grupos, um grande jogo no empate por 1 a 1. Favoritismo para a decisão? Impossível.

Mas uma coisa é certa: aconteça o que acontecer no domingo, Pirlo é o melhor jogador do torneio

Resultado excelente para o Corinthians, que não jogou bem e precisa fazer mais

Para o Corinthians o resultado foi bom. Bom não, ótimo, aliás, excelente. O time brasileiro não apresentou futebol compatível com o 1 a 1, especialmente pelo segundo tempo, quando permitiu ao Boca Juniors dar as cartas e dominar as ações com um Riquelme boa parte do tempo solto, à vontade. Empatou graças ao talento do trio Paulinho-Emerson-Romarinho e pelo ótimo desempenho defensivo, com destaque para um primoroso Leandro Castan.

O Corinthians não marcou no campo de ataque como Tite prometera. Isso aconteceu poucas vezes nos 90 minutos. Na etapa final o Boca empurrou os corintianos para o próprio campo e fez seu jogo característico, costurando, tocando, buscando o espaço. O gol saiu na bola parada, mas houve mais chances, com direito a bola na trave, e um volume de jogo superior. O empate é para o corintiano comemorar, a atuação não. É preciso jogar mais na quarta-feira que vem.

As atuações de Santiago Silva e principalmente Mouche mascaram o bom futebol apresentado por Riquelme. “El Diez” jogou muito bem, mesmo sem ser tão brilhante quanto pode ser e já foi tantas vezes. Ele ainda é capaz de desequilibrar. Por essas e outras, Tite precisará fazer com que seu time acerte a marcação no principal jogador adversário e agrida mais no Pacaembu, diferentemente do que vimos no primeiro tempo diante do Santos, por exemplo.

Nesse Corinthians meio "Chelsea", Romarinho foi o verdadeiro "Drogbinha", veio do banco e ofereceu a opção ofensiva que faltava. Declarações equilibradas de jogadores experientes como Alex e Emerson após a peleja reforçam a tese da necessidade de um futebol melhor na finalíssima. Não há há motivos para festejar, de um lado, tampouco do outro. Sobram motivos para se preocupar, de um lado e do outro. Não haverá favorito no duelo da quarta-feira que vem.

Rankings
Passes certos:
Riquelme 64
Clemente Rodríguez 41
Ledesma 37
Alessandro 33

Desarmes certos:
Somoza 6
Alessandro 5
Leandro Castan 5
Ledesma 4

Cruzamentos certos:
Riquelme 3
Danilo 2
Clemente Rodríguez 2

Finalizações certas:Santiago Silva 2

Fonte: Footstats

Reuters
Romarinho comemora o gol que garantiu o empate do Corinthians contra o Boca Juniors na Bombonera

O "filho" de Romário

É o que alguns jornais argentinos publicaram. O Corinthians foi a Buenos Aires com o “filho” de Romário na delegação, o dono da virada sobre o Palmeiras, no domingo.

Descobrir que aquele garoto de 21 anos, de cabelo espetado, não era o filho do rei da área deve ter sido uma tremenda decepção, além de um erro de informação.

O gol, entretanto, deixou algumas dúvidas.

Romarinho parece ainda não entender o que está acontecendo. Como quem disputa um Bragantino x Mogi Mirim, entrou aos 40 minutos do segundo tempo e tocou por cima do goleiro para empatar, aos 42.

O futebol tem dessas coisas. O Corinthians não estava bem. Não marcava como de costume e permitia a Riquelme circular de um lado para o outro.

O camisa 10 argentino escapava da marcação e fazia o que se esperava dele, o passe.

É preciso entender também que havia uma instituição de dez finais de Libertadores contra o peso da ansiedade corintiana. Não é simples enfrentá-la.

A equipe de Tite não conseguiu adiantar a marcação porque o Boca simplesmente não saia jogando, tocando a bola a partir da defesa.

A transição ao ataque era feita por bolas longas. Então, marcar a quem? Se o time subisse muito, seria batido em velocidade. Ofereceria espaço.

É uma estratégia, também adotada pelo Corinthians. A bola é lançada em direção à defesa contrária, o time avança um pouco e tenta ganhar a segunda bola. Se recuperá-la, evita o risco e a pressão na última linha.

Chicão deveria ter sido expulso por ter colocado a mão na bola antes do gol argentino? Se tivesse evitado o gol, sim. Não foi o caso.

O empate é bom resultado, mas ainda não definiu o título para o Corinthians. O Boca joga bem fora de casa.

A vantagem corintiana é que agora não basta esperar e marcar. É necessário jogar.

Se for o caso, até com o “filho” de Romário, o fato novo.

O que parecia loucura para um time organizado, com um sentido de justiça muito bem definido por Tite, pode virar solução.

Com apoio de Comaneci, tricampeã olímpica Catalina Ponor retorna aos Jogos após oito anos

Depois de lutar com sintomas de abstinência durante os últimos oito anos, a ginasta tricampeã olímpica Catalina Ponor vai reabastecer seu vício na Olimpíada de Londres. "Catalina se deu conta de que não vive sem a ginástica. Em um certo momento ela me disse 'é como uma droga sem a qual não vivo'", disse Nadia Comaneci, lenda romena da ginástica, em entrevista à 'Reuters' por telefone de Oklahoma, nos Estados Unidos.

"Se alguns anos atrás você tivesse dito a alguém que Catalina estaria voltando depois de oito anos sem competir, diria que não é possível. Na ginástica, mesmo um mês ou um ano é um tempo longo", acrescentou Comaneci, que tem sido um ombro amigo na retomada de Ponor.

Desde que Comaneci hipnotizou o mundo aos 14 anos flutuando por cima e por baixo das barras assimétricas e obtendo a primeira nota 10 da modalidade na Olimpíada de Montreal em 1976, o esporte foi dominado por clones esqueléticas de Nadia. Ponor, ex-rival da brasileira Daiane dos Santos e agora com 24 anos, nunca se encaixou no molde convencional da ginástica.

Reuters
Romena Catalina Ponor é tricampeã olímpica na ginástica artística
Romena Catalina Ponor é tricampeã olímpica na ginástica
Enquanto muitas aspirantes olímpicas sujeitam seus corpos a um regime de treinamento implacável a partir dos quatro ou cinco anos, Ponor nem sequer foi apontada como futura campeã até os 15 anos. Em 2002 ela foi selecionada em Constanta, e não em Deva ou Onesti - os principais celeiros das ginastas romenas - pelos treinadores da seleção Octavian Belu e Mariana Bitang. Fruto tardio em um esporte no qual as meninas costumam se aposentar quando chegam ao fim da adolescência, Ponor sabia ter uma curta janela de oportunidade para deixar sua marca no palco mundial.

Ela mal recebeu um segundo olhar de suas rivais internacionais quando arrebatou três pratas - equipe, solo e trave - no campeonato mundial de Anaheim em 2003, já que não tinha competido contra elas nas várias ligas juvenis por que passou. Mas ginastas do calibre da rainha russa Svetlana Khorkina e da favorita norte-americana Carly Patterson não puderam ignorar Ponor quando ela obteve o ouro com suas piruetas na trave, atingiu a glória com sua desenvoltura no solo e levou a equipe feminina da Romênia ao topo do pódio na Olimpíada de Atenas de 2004.

DESEJO ARDENTE

Ela pode ter sido considerada uma "forasteira" por suas concorrentes, mas Ponor se tornou a primeira ginasta desde 1988 - e ainda a última - a desfilar pela vila olímpica com três reluzentes medalhas de ouro ao redor do pescoço. Mas tudo acabou em um estalo. Aos 18 anos, Ponor decidiu que já bastava, e no campeonato mundial de 2005 estava mais interessada em dançar noite afora nos clubes da moda de Melbourne do que acordar com a batuta do então técnico romeno Nicolae Forminte.

Ponor trocou o uniforme colante pelo biquíni à medida que sua vida se tornou alvo dos tabloides de fofoca e suas fotos na praia viraram uma constante na imprensa romena.

Mas a mulher que achava que os três ouros em Atenas e cinco títulos europeus que conquistou entre 2004 e 2006 seriam seu legado no esporte começou a ficar irrequieta após passar algum tempo com Comaneci nos Estados Unidos em 2010, quando flertou com a profissão de treinadora.

O desejo ardente de sucesso pulsava forte novamente. Mas seria ela capaz de competir com a atual elite de adolescentes capazes de contorcer o corpo de uma maneira que ela já não podia?

Comaneci disse que Ponor tem uma grande vantagem. "Ela tem sorte de não ter ficado muito, muito alta. Manteve a forma mignon e não sofreu grandes lesões, e isso a ajudou a voltar", disse Comaneci