terça-feira, 5 de junho de 2012

Brasilerão Série B


21h00 Goiás 2x0 Paraná Clube
21h00 Vitória 2x2 América-RN
21h00 São Caetano 1x1 América-MG
21h00 Joinville 1x0 ASA

Amistosos


12h00 Armênia 3x0 Cazaquistão
14h00 Suécia 2x1 Sérvia
15h00 Turquia 2x0 Ucrânia
15h30 Áustria 0x0 Romênia
16h00 França 4x0 Estônia

Ronaldinho e Flamengo, que todos tomem jeito

É verdade, todo mundo errou. O Flamengo, sua presidenta, seus diretores e pseudo-diretores, seus treinadores, todos. E, é claro, errou Ronaldinho Gaúcho. Agora, os dois lados brigam na Justiça dispostos a arrancar milhões do adversário. É compreensível.

Ressentimento é fogo, e tanto o Flamengo como Ronaldinho Gaúcho, cada qual com seus motivos, estão para lá de ressentidos.

Não se trata de ficar em cima do muro, fugindo de uma opção para lá ou para cá. A questão é que uma decisão justa é quase impossível. Por que Ronaldinho Gaúcho não foi no Flamengo o que o Flemengo esperava? Por que faltou a treinos, ou chegou atrasado, ou namorou no hotel, ou se desentendeu com Luxemburgo? Mais importante: por que não jogou o futebol no que o Flamengo sonhava quando o contratou espetacularmente no começo do ano passado? Por que, enfim, o ex-craque conseguiu fazer com que uma imensa torcida se voltasse contra ele?

Mas há outros porquês em cima do Flamengo. Um deles, o único a que vou me referir, é por que o Flamengo não lhe pagou o que devia? Esta, pessoalmente, é a questão mais grave de todos. Fica ameaçado de perder a razão todo empregador que não paga o que deve ao empregado, seja um real, seja um milhão. E é aí que a coisa pega. De um lado, é verdade que Ronaldinho renunciou inexplicavelmente ao futebol que jogou um dia, a alegria com que se dedicava à bola, ao Ronaldinho Gaúcho dos bons tempos. Uma pena. Mas, do outro, o Flamengo - que tolerou todas os devios do jogador, que fez vista grossa ao mau comportamento de seu craque - não tem o direito de deixar de lhe dar o cano.

É tudo uma questão de princípios, que não sei se caberá à Justiça julgar. Ronaldinho Gaúcho vai tentar provar no Atlético Mineiro que ainda é Ronaldinho Gaúcho. Faz bem. Mas é bom que tome jeito. Quanto ao Flamengo, no momento em que cita Deivid como modelo de bom profissional (por aceitar jogar sem receber o dinheiro que o clube não lhe pode pagar), também precisa tomar jeito

Salário baixo é suposta prova de que Ronaldinho quer jogo. Você aposta?

A informaç;ão de dentro do Atlético Mineiro é que Ronaldinho Gaúcho vai receber R$ 300 mil mensais por um contrato até o final do ano. O salário baixo é a suposta prova de que Ronaldinho quer jogo. Não quer grana, mas jogar um Brasileirão de primeiro nível, como não conseguiu fazer -- pelo menos não de maneira incontestável -- pelo Flamengo.

Quem sabe.

Opinião é opinião e este colunista, que não precisa responder a torcedores pelo sucesso ou pelo fracasso de negociações pode assumir o risco mais tranquilamente para afirmar: Não, eu não o contrataria.

O Atlético tem um time em construção, jogadores de bom nível como Bernard e André. Mas... Mas é claro que se Ronaldinho quiser calar este crítico jogando muito, terei de colocar um esparadrapo na boca.

A negociação começou -- sempre de acordo com fontes atleticanas -- na quinta-feira, numa conversa entre Assis e Cuca, que jogaram juntos na campanha do Grêmio campeão da Copa do Brasil.
Na sexta, Assis convidou o presidente Alexandre Kalil a ir a Porto Alegre e o presidente seguiu para a capital gaúcha no sábado.

Lá, foi questionado sobre quanto poderia pagar e colocou no papel: R$ 300 mil -- sempre de acordo com fonte atleticana.
Então, Assis e Ronaldinho disseram sim.
Ronaldinho e Assis desembarcaram nesta segunda-feira em Belo Horizonte.

Para um fantástico sucesso?
Ou para um retumbante fracasso?
Talvez para uma campanha mais ou menos.
A questão é que, para Ronaldinho e os atleticanos, se vier vaga na Libertadores ninguém considerará um fiasco.

A coluna desta segunda-feira em O Estado de S. Paulo

O grande acerto da seleção nos amistosos contra Dinamarca e Estados Unidos foi a marcação por pressão. Tentar fazer o mesmo contra o México custou a quarta derrota da era Mano Menezes. A cada vez que a seleção se posicionava para retomar a bola no ataque, o México alongava o passe e colocava seus atacantes no mano a mano com a zaga brasileira.


O primeiro gol do México, marcado por Giovanni dos Santos, foi exatamente assim. Lançamento longo, Giovanni ficou só contra Danilo, ponto mais vulnerável da defesa. Danilo não conseguiu tomar a bola e a tentativa de cruzamento enganou o goleiro Rafael.

É correto avançar a marcação, mas é preciso medir os jogos em que a estratégia funciona. O Brasil seguiu usando a mesma tática, mas levou o segundo gol de maneira diferente. Foi o México quem marcou por pressão, o passe de Sandro veio na fogueira para Juan e o zagueiro campeão mundial sub-20 atrapalhou-se diante de Giovanni. Fez pênalti.

A derrota não apaga o que se fez de bom nos dois amistosos recentes, que mostraram que a crise do futebol brasileiro não é de talento, mas de maturidade. Defeito óbvio para uma seleção com referências como Oscar e Neymar, de 20 anos, Leandro Damião, de 23. Oscar não conseguiu sair de marcação mexicana. Neymar e Damião têm dificuldade contra marcadores mais rodados.

Ontem, por exemplo, os dribles de Neymar não colaram. Damião se enfiava entre os beques e sofria. Francisco Rodriguez e Moreno jogaram 26 e 35 partidas da temporada europeia, o primeiro pelo Stuttgart, o segundo pelo Espanyol. Desse ponto de vista, o melhor remédio é seguir o que costumava falar Nelson Rodrigues aos jovens: envelheçam!

Federer e Djokovic se salvaram em dia complicado

Dois dos melhores jogadores do mundo entraram em quadra quase juntos. Os dois tinham jogos contra adversários bons, mas que ninguém esperava muito esforço.

Na quadra central Roger Federer tinha um quase desconhecido dos grandes eventos, o belga Gofin. Não se esperava nada diferente a uma vitória do suíço sem muitos sustos. Que nada. Em um certo momento o placar mostrava 5/7 4/5 e a partir daquele momento tudo poderia acontecer. Um bom game e o belga estaria 2/0 em sets e mesmo tendo um Federer pela frente a zebra poderia acontece. Nessa hora o suíço se acalmou, colocou bolas na quadra e viu seu adversário sentir o momento. Se precipitou, errou e em pouco tempo viu seu sonho desmoronar. Ele ficou triste? Nem um pouco. A sua entrevista foi espetacular. Disse que tem um pôster do gênio no seu quarto e estava muito feliz de estar ali.

Agora Federer pega o vencedor do Del Potro e Berdych. Grandes emoções?

Ao mesmo tempo o mais do que improvável acontecia na outra quadra. Djokovic e Seppi jogavam e mostravam que jogo se ganha na quadra. Em um dia não tão espetacular o sérvio tinha muitos problemas. Perdeu o primeiro o segundo e se viu tendo que virar um 0/2 em sets muito desagradável. Em Paris contra um italiano que jogava muito no jogo e com a pressão de se manter no topo e lutar pelo seu primeiro Roland Garros. Nada fácil. Aí aparecem os campeões. Venceu o terceiro, mudou a tática, se acalmou mentalmente e foi buscando game a game. Ele conseguiu virar um jogo duríssimo e complicado. Complicado porque não jogou seu melhor tênis, mas tirou forças de um campeão.

Agora Djokovic pega o vencedor do Tsonga e Wawrinka. Os dois tiveram que parar o jogo 4/2 no quinto set quando o francês vencia. Que momento

Hoje muito tênis vai rolar. Estarei comentando o jogo do Nadal. Vamos curtir comigo

O Flamengo foi tão incompetente quanto Ronaldinho foi irresponsável


Ronaldinho durante a entrevista ao Fantástico (reprodução)


Ronaldinho, sabe-se lá por que, resolveu conceder entrevista ao Fantástico neste domingo. Nada disse, como de costume. Foi bastante questionado sobre o que deveria, sua conduta como atleta (?) do Flamengo, mas preferiu não falar a respeito.

Negou todas as polêmicas, exceto a que diz respeito ao fato de ter recebido mulheres em seu quarto na concentração do Flamengo. Essa ele explicou: foi só bater um papo rápido com uma velha conhecida no quarto dela e logo voltou ao seu para dormir. Beleza. Pouco importa.

Também negou que tenha chegado à Gávea sem condições de treinar, como disse o novo diretor de futebol do Flamengo, Zinho. É a palavra de Ronaldinho contra a de Zinho, e cada um que acredite em quem preferir.

De mais relevante na tal entrevista, talvez o fato de Ronaldinho ter dito que sua postura desde a chegada ao Flamengo não teve relação alguma com a falta de pagamento. Coisa que, aliás, já sabíamos.

Porque a postura de Ronaldinho no Flamengo não é diferente da postura de Ronaldinho no Milan ou mesmo no Barcelona – não sou eu quem diz, mas gente que seguia Milan e Barça de perto nos tempos do Gaúcho. E tanto em Milão como em Barcelona, Ronaldinho recebia em dia.

A impressão é que o ex-craque cansou há um bom tempo. Não quer mais jogar. Ou melhor: talvez até queira jogar uma partidinha aqui e outra ali, mas não está disposto a fazer os sacrifícios necessários a um atleta profissional de alto nível.

Talvez Ronaldinho adorasse dar uma basta em todas as cobranças e encheções que dirigentes, técnicos, imprensa e torcida lhe impõem diariamente. Talvez quisesse ir torrar sua grana, recebida honestamente, como bem entender. Sem ter que aturar pressões, cobranças ou vigilância.

E se ele quer isso, deveria fazê-lo, mesmo que seu ambicioso irmão o azucrine. Porque é direito de Ronaldinho parar e gastar sua fortuna quando e como bem entender.

Agora, convenhamos, deve ser duro parar enquanto você tem quem lhe ofereça salários na casa de 1,2 milhão de reais por mês, certo? E aí o problema está exclusivamente em que oferece essa grana para um “atleta” como Ronaldinho, não em quem a aceita.

O Flamengo foi o último pato. Não só ofereceu o tal salário, como o fez sem ter as garantias financeiras de que conseguiria pagá-lo – como, por exemplo, assinar um contrato decente com a ex-parceira Traffic. Para superar logo a concorrência de Grêmio e Palmeiras, o Flamengo acelerou. E bateu na terceira curva.

Não há motivos para aliviar a barra para algum dos lados, porque não há mocinhos no imbróglio Flamengo x Ronaldinho.

O Flamengo foi tão incompetente quanto Ronaldinho foi irresponsável. O jogo entre incompetência e irresponsabilidade até parecia equilibrado. Mas, encerrada a partida, tenho a impressão, foi o clube quem quebrou a cara. E a banca.


NA REVISTA


Para entender mais sobre o caso e os bastidores da relação de Ronaldinho Gaúcho com colegas, técnico e dirigentes do Flamengo, vale ler a reportagem de Aydano André Motta e Maurício Fonseca na revista ESPN deste mês. Ela chega às bancas a partir de hoje. Também é possível assiná-la pelo site http://assinerevistaespn.com.br/ e quem assinar até o dia 15 recebe inclusive esta edição.

Eliminatórias da Oceania


01h00 Taiti 4x1 Vanuatu
22h00 Papua-Nova Guiné x Fiji

No Galo, Kalil não resistiu e foi atrás de R10. Você, atleticano, aprovou?

Há pouco mais de dois anos o Atlético Mineiro começou a temporada com Vanderlei Luxemburgo no comando técnico. Meses antes, fechara uma temporada digna sob a batuta de Celso Roth. Não foi campeão, como a torcida sonhou, tampouco obteve a vaga na Libertadores, mas a sétima colocação de 2009 ainda é a melhor posição alcançada pelo Galo em pontos corridos, igualando 2003.

Luxemburgo era, então, o técnico que os times de São Paulo não queriam, tampouco os do Rio de Janeiro. Estava em baixa, mas o presidente Alexandre Kalil o contratou como "grife". Uma "grife" fora de moda, talvez, mas para ele e os que acreditam em suas estrategias, um grande passo. O time só escapou do rebaixamento depois que o técnico foi substituído pelo discreto Dorival Júnior.

A chegada de Ronaldinho Gaúcho à Cidade do Galo, batendo bola com uniforme de treinos do Atlético, causa furor. Kalil, claro, dirá à torcida que o seu clube dá um passo importante ao buscar um camisa 10 que já foi o melhor do mundo, apesar da passagem nada brilhante pelo Flamengo e da rejeição demonstrada por grande parte dos torcedores dos mais diversos clubes brasileiros.

Ronaldinho Gaúcho é uma "grife" fora de moda? Você, atleticano, aprova sua chegada ao Galo?


Luxemburgo não deu certo no Galo. E Ronaldinho Gaucho?
Luxemburgo não deu certo no Galo. O que fará Ronaldinho Gaucho?