sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Brasilerão Série B

19h30 Avaí 2x0 Guaratinguetá
21h00 Joinville 3x1 Paraná Clube
21h00 ABC 3x1 Guarani

Argentino

19h10 Belgrano 1x0 Godoy Cruz
21h15 Atlético Rafaela 3x0 Tigre

Português

16h15 Moreirense 0x1 Vitória de Guimarães

Francês

15h45 Montpellier 1x1 Saint-Etienne

Alemão

15h30 Nuremberg 1x2 Eintracht Frankfurt

O desafio de Ganso

Paulo Henrique Ganso, agora, é do São Paulo e terá um novo desafio. Veja a análise!
Clique no player e veja a análise!

Fantasma de Felipão entra em cena e já atazana Mano dos manos

Antes das tradicionais chorumelas da Pachecada, é bom que se diga: o ‘Superclássico das Américas’ é um caça-níquel disputado por um grupo de brasileiros e uma turma de hermanos, com um pouco de rivalidade, e olhe lá! Genéricos com camisas tradicionais.

Isto posto, segue o baile. A vitória dos tupiniquins no Serra Dourada, conquistada na bacia das almas, serviu apenas para aliviar a barra do Mano dos manos.

A torcida já enchia o peito para homenageá-lo com uma estrepitosa vaia por causa da burocrática bolinha do time, quando o juiz marcou um pênalti em Damião – dificilmente seria assinalado se fosse na casa do tango, ainda mais aos 48min do segundo tempo. 

Em noite de chuteiras normais, Neymar cobrou e garantiu a virada por 2 a 1. Que começou com o apito amigo do trio paraguaio comandado por Carlos Amarilla: Paulinho, impedido, empatou. 

Mas Mano já sentiu na pele que não será nada fácil conviver com o fantasma de Felipão. Ao trocar Lucas ‘Marcelinho’ por Wellington Nem, mesmo num amistoso chinfrim, o ‘professor’ foi saudado aos gritos de ‘burro’, ‘adeus, Mano’ e ‘volta Felipão’ pela maioria dos torcedores (37.871). 

De nada adiantou a campanha do governo de Goiás para incentivar a equipe, ‘aconteça o que acontecer’, subsidiando mais da metade dos ingressos – gastou R$ 2 milhões. O fantasma de Felipão está mais vivo do que nunca. 
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Fumaça verde 1. Depois de uma chuva de raios, finalmente a chaminé do ninho dos periquitos em revista soltou a fumacinha verde: habemus ‘professor’. O cardeal Arnaldo Tirone, o popular Pituca, anunciou Gilson Kleina até dezembro de 2013. Ao lado de San Gennaro, o ex-treinador da Macaca terá a missão de salvar o clube da segunda degola em 10 anos. Se conseguir, ganhará até um busto no Palestra; se afundar com o time, dificilmente permanecerá, mesmo conhecendo o borbulhar do caldeirão do diabo (subiu com a Ponte em 2011), já que o clube elegerá novo presidente em janeiro. Kleina receberá R$ 300 mil por mês, R$ 200 mil a menos do que Falcão exigiu. Ele pintou como quarta opção, depois de Jorginho, Carpegiani e Falcão. Se não tem tu, vai tu mesmo. 

Fumaça verde 2. Aos 44 anos, Kleina, campeão alagoano pelo Coruripe (único título da carreira), será o 13 ‘professor’ dos periquitos em revista desde 2003, quando começou a era dos pontos corridos no Brasileirão. O troca-troca:

2003: Jair Picerni 
2004: Jair Picerni e Estevam Soares 
2005: Estevam Soares, Candinho, Bonamigo e Emerson Leão 
2006: Emerson Leão, Tite e Jair Picerni 
2007: Caio Júnior 
2008: Vanderlei Luxemburgo
2009: Vanderlei Luxemburgo e ‘Muriçoca’ Ramalho 
2010: ‘Muriçoca’ Ramalho, Antonio Carlos Zago e Felipão
2011: Felipão
2012: Felipão e Gilson Kleina

Fumaça verde 3. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, por que não dizer, um tiro no escuro a contratação de Gilson Kleina num momento de tamanha turbulência. O Palmeiras deveria ao menos ter tentado convencer a dupla Marcos/Evair a comandar o time nos 13 jogos que faltam no Brasileirão. ‘São Marcos’ ficaria encarregado das palestras motivacionais, enquanto Evair sentaria no banco para comandar o time, já que chegou a dirigir algumas equipes. A escalação ficaria sob o crivo dos dois. Dois palmeirenses que certamente nenhum palmeirense (de verdade) contestaria num momento tão delicado.

Sugismundo Freud. Só os traidores não falam cara a cara.

Pif-Paf. Vice-presidente corintiano, Luiz Paulo Rosenberg confessou estar na torcida por uma grande virada palmeirense na reta final do Brasileirão. Entre tapas e beijos: ‘A maior sacanagem que o Palmeiras pode fazer com o Corinthians é voltar para a Série B. Jogar contra eles é certeza de seis pontos garantidos’. Caravaggio!

Dona Fifi. Novo hit domina os funcionários do Vasco: ‘Lata d'água na cabeça, lá vai Dinamite, lá vai Dinamite. Paga a conta e não reclama. Pela mão leva a grana, lá vai Dinamite...’ Clube espera normalizar a situação nesta quinta, após uma semana de seca.

Jambalaia. O rei Leão vai matar a saudade dos engomadinhos do Morumbi em 15 de outubro. O tenro encontro será na Justiça. Leão cobra uma grana do Tricolor, algo em torno de R$ 800 mil. O clube garante que não deve nada. Pagou o aviso prévio e a multa do FGTS. 

Tiro curto. Batismo do tatu-bola: Zé da Medalha.

Gilete press. “Santista fanático, daqueles que dedica uma parede em sua casa para fotos, camisas e objetos do time autografados por Pelé, Gilmar Mendes [ministro do STF] tem se queixado a colegas sobre a novela que se transformou a saída de Ganso do clube. Apesar de elogiar bastante o que Ganso fez pelo Santos, quer ele fora do time o mais rápido possível.” Faz sentido.

Twitface. Urubu confirma zagueiro Renato Santos e meia Cléber Santana na luta contra degola. Eles estavam no Avaí, disputando a série B. Tudo a ver.

Tititi d’Aline. Quem pode, pode, quem não pode se sacode. Quando tem vontade de saborear uma boa pizza, Ronaldinho aluga um jatinho, aterrissa no Rio, fecha um restaurante na Barra, devora alguns pedaços e volta para BH. 

Você sabia que... o goleiro Júlio César recusou proposta do Palmeiras antes de trocar a Inter de Milão pelo Queens Park Rangers?

Bola de ouro. Dilma Rousseff. A presidenta torpedeou a ideia de o governo perdoar a monstruosa dívida de R$ 5 bilhões dos clubes.

Bola de latão. Fluminense. Em apenas seis meses, a dívida do clube das Laranjeiras pulou de R$ 361 milhões para R$ 389 milhões.

Bola de lixo. Vasco. Mais um dia sem água e com humilhações nas redes sociais: ‘Torcedor que levar uma garrafa de água contra a Ponte entra de graça’.

Bola sete. “Não vou acompanhar o jogo porque irei ao cinema com uma amiga. Vou assistir ‘Intocáveis’. Mas vou torcer, pois tenho muitos amigos lá” (de Fred ‘Slater’, preocupadíssimo com o Superclássico das Américas). 

Dúvida pertinente. Palmeirense: dá para apostar em Gilson Kleina?

Lembra do time de Dunga? Quais daqueles jogadores você convocaria hoje?

Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto SIlva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luis Fabiano (Nilmar).

Foi com esse time que a seleção brasileira perdeu para a Holanda na Copa do Mundo de 2010, sendo eliminada na África do Sul. Terminava ali a "Era" Dunga como técnico da equipe cebeefiana. E vários jogadores sumiriam das convocações.

Mano Menezes tem trabalhado com muitos jovens. Mesmo no duelo com a Argentina, contando apenas com atletas que atuam no país, manteve os garotos como maioria. Já técnico "hermano", Alejandro Sabella, optou por um grupo repleto de "trintões".

Mas e se Mano quisesse um time mais velho e "cascudo". Poderia contar com os ex-Dunga's Boys? De 2010 para vá, exceto por Daniel Alves, que costuma se chamado pelo treinador, todos estão em fases piores do que as que viviam na última Copa do Mundo.

Você chamaria alguns daqueles jogadores para a seleção de hoje? 
Reprodução
Júlio César posa com a camisa do Queens Park Rangers
Júlio César com a camisa do Queen's Park Rangers: do campeão europeu para um pequeno time londrino

O que se tira de bom do amistoso da seleção brasileira contra a Argentina

A vaia e o grito de Felipão aconteceram logo depois da  troca de Lucas por Wellington Nem e, do nado, a notícia de Goiânia passou a ser o pedido pelo ex-técnico do Palmeiras: "Volta, Felipão!" 
E, a partir desse momento, pouca gente perguntou se a reclamação pela saída de Lucas era justa ou se justo é o pedido por Felipão, demitido do Palmeiras em 19o lugar no Brasileirão.

Definitivamente, não é a hora de Felipão na seleção.
E Lucas fazia lances de efeito, não mais do que isso.

A alteração foi normal, até para ver Wellington Nem em ação.
De bom do ponto de vista individual, entre as atuações da seleção de ontem, Paulinho. A cada atuação, mais o volante do Corinthians parce tomar conta da posição.

Neymar foi o cara do jogo, mas sem ser o craque do Santos. Decidiu com o gol de pênalti - que houve -- no último minuto do jogo. Também houve impedimento no gol de Paulinho, o do empate por 1 x 1. A seleção controlou o jogo, teve o pecado de levar o contra-ataque do gol argentino. Pecado também da dificuldade de entrar na cerrada defesa adversária. Mas jogou bem.

Quanto aos pedidos de Felipão, a torcida de Goiânia, que aplaudiu, é um retrato da torcida da seleção brasileira. Tire Mano Menezes e escale Felipão como técnico. E no terceiro jogo haverá uma faixa pedindo Muricy... ou Dunga...

Vida longa no circuito versus as lesões

Fui fazer um evento estes dias com o Dr. Rogerio Teixeira, que está no mundo do tênis há muito tempo e tem muita experiência no nosso esporte, e conversando com ele me deu vontade de escrever sobre um assunto muito discutido na nossa viagem.

Vida longa no circuito contra lesões.

Com a lesão do Nadal, a vida longa do Federer, a velocidade em quadra do Djokovic e as costumeiras lesões da grande maioria dos atletas, uma discussão importante vem sendo colocada sobre a mesa.
Será que o tênis está no caminho certo? Será que um jogo de mais de 5 horas permite um atleta a viver por muitos anos no circuito?

Estive vendo os jogos bem de perto neste US Open e pude constatar que a velocidade do jogo e principalmente a velocidade dos jogadores aumentaram muito. Na minha época (10 anos atrás), e nem preciso ir mais pra trás, o esporte não era tão veloz e os jogadores não se desgastavam tanto quanto agora.

No lado técnico é humanamente impossível conseguir um rendimento alto por muito tempo (anos). Obviamente que existem vários estilos de jogadores, e os que menos armas e mais pernas têm sofrem mais. Se colocamos Nadal, Djoko, Murray, Ferrer e outros desse estilo que ficam em média mais de 3 horas nos jogos duros, percebemos que o desgaste físico é muito grande. Fica até difícil explicar como eles conseguem jogar no dia seguinte. A galera que saca mais e não se desgasta correndo acaba desgastando muito articulações, ombro, punho, cotovelo, ao sacar o tempo todo a mais de 220 por hora. Se não sofre tanto com as pernas, sofre com o resto do corpo.

Do lado clínico, acho e conversando com médicos percebo que a vida do atleta ficou mais curta. Alguns médicos dizem que é muito difícil manter a excelência por mais de 5 anos. Não tem como não pagar o preço pela velocidade do jogo.

Outro ponto claro é ver que os jogadores mais altos se machucam mais. Isso sempre foi assim e só tem a piorar. 

Solução? Não tem como não achar que o calendário tem que mudar. Para mim os jogos de GS têm que continuar sendo melhor de 5 sets, mas de alguma maneira o circuito ter que ser encurtado. Não se pode pedir para um Nadal, Djoko, Murray jogar de 1 de janeiro até 20 de Novembro em um nível alto por muitos anos. Em poucos anos eles vão quebrar. O Nadal já deixa claro isso e não nos enganemos, o Djoko vai pelo mesmo caminho e o Murray também.

Alguns vão dizer. O Federer consegue. Ele realmente não se machuca, mas tenho certeza que ele jogaria muito mais se pudesse ter mais tempo livre sem ter que pular torneios.

Infelizmente, a ATP não pensa assim. Tanto se fala em encurtar o circuito, mas está aprovando a mudança do circuito sul-americano para dezembro. Se for mesmo pra dezembro, o tenista descansa quando? 

Pelo visto vamos ver jogadores incríveis abandonando a carreira em menos de 5 ou 6 anos. Quem perde é o atleta e principalmente o amante do esporte.