segunda-feira, 7 de maio de 2012

Argentino - Clausura

20h15 Colón 2x0 Belgrano

Inglês

16h00 Blackburn Rovers 0x1 Wigan

Francês


14h00 Auxerre 2x4 Bordeaux
14h00 Lille 0x0 Caen
14h00 Saint-Etienne 0x0 Olympique
14h00 Sochaux 0x1 Nancy
14h00 Toulouse 0x0 Nice
14h00 Lorient 0x0 Dijon
16h00 Rennes 0x2 Montpellier

MUSAS DO ESPORTES

VÍDEO: Juventus se reergue e conquista 1º título após escândalo de arbitragem e calvário na Série B

O dia 6 de maio de 2012 ficará para sempre marcado na história da Juventus. Após ser uma das protagonistas de um dos maiores escândalos de arbitragem da Itália e viver seu calvário na segunda divisão do país, a Velha Senhora venceu o Cagliari por 2 a 0, contou com a derrota do Milan por 4 a 2 no clássico com a Inter e pode comemorar o título do Campeonato Italiano, o primeiro após o capítulo mais negro da história do clube.

Os gols que valeram o Scudetto foram marcados por Mirko Vucinic, que chegou ao clube de Turim nesta temporada, logo aos seis minutos de partida, e por Cossu, contra. A Juve, comandada pelo ex-jogador Antonio Conte, ainda pode confirmar o título de forma invicta: até agora, em 37 jogos, são 22 vitórias e 15 empates.

A Juventus chega assim aos 81 pontos, abrindo quatro de vantagem para o Milan. Já o Cagliari, com 42 pontos, não tem mais chances de cair e vai encerrando a temporada de forma melancólica.



Veja a vitória que deu à Juventus o 28º título do Campeonato Italiano!
Escândalo e calvário - Descoberto em maio de 2006, o escândalo de arbitragem na Itália ficou logo conhecido como Calciopoli. As investigações envolveram cinco times da Série A, e as punições acabaram sendo bastante pesadas para a Juventus. A equipe Turim havia sido campeão das duas temporadas comprometidas pela armação de resultados (2004-05 e 2005-06), perdeu estas duas taças e ainda acabou rebaixada para a segunda divisão.

Na Série B, a Juventus viveu seu pior momento da história. Longe da elite, a equipe de Turim perdeu muitos de seus ídolos. Eleito melhor jogador da Copa do Mundo de 2006, o zagueiro Fabio Cannavaro trocou a Velha Senhora pelo Real Madrid e ainda foi seguido pelo brasileiro Emerson. O sueco Zlatan Ibrahimovic e o francês Patrick Viera decidiram assinar pela rival Internazionale, enquanto o zagueiro Lillian Thurram e o lateral-direito Gianluca Zambrotta foram para o Barcelona.

Para piorar, a Juve ainda começou a segunda divisão com nove pontos a menos que todos os rivais. A campanha na Série B não teve grandes sustos – foram apenas quatro derrotas em 38 jogos -, mas as sequelas da queda ainda resistiram por um tempo. Desde o calvário, a equipe nunca mais havia sequer ficado na briga por um título.

Bem verdade, porém, que as duas temporadas seguintes ao acesso foram boas. Logo de cara, a Juve arrancou um terceiro lugar no Italiano e foi à Champions League. Na competição europeia, a equipe de Turim chegou até a ficar a frente do Real Madrid na fase de grupos, mas caiu nas oitavas de final diante do Chelsea.

A Juve ainda foi vice-campeã italiana em 2008-09, mas ficou longe da líder Inter na tabela de classificação – no fim, foram dez pontos de vantagem para a equipe de Milan. Na Champions do ano seguinte, a Velha Senhora foi mal e não passou da fase de grupos – ficou atrás de Bordeaux e Bayern de Munique e acabou caindo para o Fulham nas oitavas de final da Europa League.
Vucinic toca na saída do goleiro para fazer o primeiro gol da Juve em Cagliari
Vucinic toca na saída do goleiro para fazer o primeiro gol da Juve em Cagliari
Crédito da imagem: Reuters
Ainda restam três jogadores da equipe que viveu todo o drama do rebaixamento: o goleiro Gianluigi Buffon, o atacante Alessandro del Piero – ambos já consagrados à época e peças fundamentais na conquista da Itália da Copa do Mundo de 2006 – e o zagueiro Giorgio Chiellini – que começou a escrever a sua história em Turim justamente por conta do espaço deixado pela saída dos principais defensores da equipe.

Fim de jejum e hegemonia – Com a anulação dos Scudettos de 2004-05 (ficou sem dono) e de 2005-06 (foi para a Internazionale), a Juventus não conquistava um título desde 2003, quando levou a Série A e também a Supercopa. Assim, a Velha Senhora quebra neste domingo um incômodo jejum que já durava nove anos. Além disso, o triunfo acaba com o domínio de Milão na competição nacional. Afinal, as últimas sete taças da Série A ficaram na cidade devido às cinco conquistas da Inter e as duas do Milan.

O título desta temporada ainda amplia ainda mais a hegemonia da Juventus na Itália. A equipe de Turim é a maior campeã do país com 28 títulos e agora abre dez taças de vantagem para a própria Milan e para a Internazionale, que seguem com 18.

O maior artilheiro pós-Pelé ou o homem que mudou a história do Santos

Pelé parou e o Santos não acabou!
Longe,bem longe disso.
Mas a frase que abre este texto relembra um período difícil da vida de qualquer torcedor santista. Aqueles doídos anos 60 em que as torcidas rivais iam às arquibancadas gritar é, é, é, viúva do Pelé!

Ou dizer que o Santos tinha acabado, porque Pelé tinha parado.

Que nada!
O gol 104 da vida de Neymar pelo Santos faz dele o maior goleador da vida santista depois de Pelé.
Empate com João Paulo e Serginho Chulapa, goleadores de títulos solteiros nos anos 70 e 80. João Paulo fez gol na vitória por 3 x 1 sobre o Guarani, na semifinal de 1978.
Serginho marcou e deu a taça de 1984.

Neymar fez mais. Fez o Santos voltar a ser hegemônico, como confirma a iminente conquista do tricampeonato.
Depois da vitória sobre o Guarani, em que Ganso foi o melhor em campo, Muricy Ramalho esquivou-se de comparar o time atual com o tricampeão pela última vez, em 1969.

"Aquele era diferente, era uma máquina de jogar futebol", disse o treinador atual.

Era mesmo, mas a resposta de Muricy remete à comparação objetiva, que faz o tri de 1962 ser melhor do que o de 1969 e este melhor do que o de 2012.
Com pouca distância.

O time de 1969 já não era a máquina de Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio Coutinho, Pelé e Pepe, bicampeão mundial.
Era diferente e foi campeão com Cláudio, Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros; Toninho, Edu, Pelé e Abel, dirigido por Antoninho e tri com empate por 0 x 0 com o São Paulo, em 21 de junho de 1969.

Para ser tri em 1962, o Santos jogou vezes em três campanhas, com 71 vitórias, 14 empates e 9 derrotas, 84,4% de aproveitamento.
Para ser tri em 1969, o Santos jogou 81 vezes, com 57 vitórias, 14 empates e 10 derrotas, 76,1%.
Para ser tri em 2012, o Santos terá jogado 68 vezes. Se vencer domingo que vem, terá 48 vitórias, 11 empates e 10 derrotas, com 74,8% dos pontos conquistados.

O Santos de Neymar não é melhor. Mas é um timaço!

Imbatível, Gabriel Medina vence em Lowers

Mais um dia histórico para o surf brasileiro começou com o sol aparecendo, esquerdas e direitas de 4 a 5 pés, terral. O último dia do Nike Lowers Pro prometia ser um show na corrida pelos 40 mil dólares, o troféu de ouro e 6500 pontos para o Ranking Mundial. Foi o show do GabriAir.

Medina e Miguel podem começar uma nova ferrovia, de ouro, no Brasil.
Medina e Miguel podem começar uma nova ferrovia, de ouro, no Brasil.
Crédito da imagem: DaTela
Estávamos nas quartas. Glenn dominou as esquerdas e a prioridade. Mesmo manobrando longe do pocket fez mais pontos. Jeremy pegou o primeiro e único tubo do evento. Ontem venceu a bateria com a prancha da Lisa Anderson, deveria ter surfado com ela hoje. Depois de quebrar sua prancha na bateria ficou a pé. Gosto mais do surf do Jeremy, mas Glenn foi mais eficiente e Jeremy ainda fez uma interferência achando que tinha a prioridade. [13.30 X 12.67]

Jeremy pegou o único tubo do evento.
Jeremy pegou o único tubo do evento.
Crédito da imagem: Hilleman
Contraste interessante. Dinamismo de Florence X power de Tanner. Gudauskas pegou a melhor da bateria logo de cara [7.67], mas, só depois de uma eternidade, faltando 6 minutos para o fim da bateria, Tanner pegou sua segunda onda. Enterrou-se. Esperou a boa, mas esperou demais. Florence estava passeando seu estilo pelas ondas simpáticas e já tinha 13.20 e a prioridade. Tanner perdeu precisando de apenas 5.53. Ainda foi numa menor e bateu na trave, fazendo 5.33. Mereceu perder. [13.20 X 13.00]

Gabriel Air Force detona novamente. Esse evento lembrou o de Imbituba
Gabriel Air Force detona novamente. Esse evento lembrou o de Imbituba, só que dessa vez ele estava muito mais calmo. Isso foi fatal para todos os seus oponentes.
Crédito da imagem: Hilleman
Lá foi Medina, abrindo a bateria com 9.00. Chega a ser desconcertante, para os outros competidores, claro. Dois gênios, um com objetivo, outro sem. Dane Reynolds estava fora de sincronia com as poucas ondas que surgiram. GabriAir foi perfeito em sua tática. Dane nem deveria estar ali. Quer dar show? Ótimo, mas então que o dê. Boiar na bateria toda sem fazer nada me parece falta de respeito com quem quer competir de verdade. GabriAir colocou o último prego no caixão do Dane ao esculhambar uma direita e afundá-lo de vez em “comboland”, com mais 9.20. Bem feito. [18.20 X 11.13]

Dane é um surfista incrível, mas um péssimo competidor.
Dane é um surfista incrível, mas um péssimo competidor.
Crédito da imagem: Hilleman
As ondas estavam menores, mas Adrian tirou tudo o que podia delas. Mesmo errando o ângulo de algumas manobras conseguiu demonstrar vontade e finalizar convincentemente. A escolha de ondas começou a pesar cada vez mais e não parecia ser o dia da família Gudauskas. Patrick mostrou o que sabe só numa direita e, faltando 3 segundos, quase virou numa esquerda, como fez ontem contra Occy. [13.83 X 13.50]

SEMIS

De todos na lista das dez melhores notas do evento [4 são do GabriAir], só Medina, descaradamente favorito, estava nas semis, onde chegou como único a fazer somatória na casa dos 18 e não 13 pontos como os outros nas quartas. Três desses atletas nas semis são goofys.
Florence, único regular no jogo, errou 3 ondas. Com mais de metade da bateria corrida quase acertou um rodeo de back. Glenn, com apenas 4.17 estava praticamente na frente. Precisava de apenas 0.40. Mandou “7.77 Occy Style” numa direita. Poucas ondas. Flo precisava de 9.44. Daí, Glenn foi numa direita deixando a de trás para Flo. Grande erro. Aéreo rodando, sem grab, monstro para marcar 9.00, numa só manobra. Faltando 2 minutos ele precisava fazer 2.94. E fez 3.17. Glenn, precisando de 4.41, nos últimos segundos, fez 4.83. Bateria esquisita, mas foi isso. Pensei que Flo estava escondendo o jogo na maior parte do evento, na real não encontrou seu jogo, mesmo acertando manobras sobrenaturais.

Nos primeiros segundos GabriAir fez o que fez o evento todo. Levantou o público. Aéreo rodando, estratosférico, variação de manobras assombrosa, fechando com outro aéreo improvável pela falta de tamanho da coitada da onda no inside. O primeiro 10 do evento era dele. Comecei a lembrar de Imbituba. Outro reverse, depois de duas rasgadas, mais 8.90. Ace havia marcado 6.00 pontos e ainda havia 22 minutos de bateria pela frente. Medina, aéreo rodando quase rotação total sem as mãos, tail slide reverse, air reverse [9.80]. Maior somatória do campeonato [19.80]. Assim não dá, deve ter pensado Ace, que não conseguiu se recuperar do choque de estar na maior combi, percisando de 19.81. Que massacre [19.80 X 8.43].

FINAL DO MEDINA
 


Esses foram os primeiros movimentos da final.
Medina estava de lycra amarela.
Foto: DaTela
Como deter esse cara? Deve ter pensado Glenn antes da bateria de 30 minutos. Nem os locutores, imparciais em teoria, acreditavam que havia jeito. Já sei, pensou Glenn: “vou fazer interferência na primeira onda que vier, assim acabo com meu desespero rapidamente”. E foi o que ele fez, mas os juízes não deram, ainda não entendi como. Medina parecia um pouco mais tenso. Eu estava muito. Em quatro ondas ele ainda não tinha nada maior que 6 pontos, diferente de todo o resto do evento. Numa onda menor Gabriel fez mais 6.30. Glenn ainda não tinha nada, só a prioridade. Mas Medina não parou e aumentou mais 7.17. com segurança nas rasgadas e fechando com aéreo rodando, claro. Glenn remou numa, não perdeu a prioridade [?], pegou a seguinte, uma boa direita, mas surfou como eu teria surfado [5.10]. Talvez eu não chegasse tão atrasado nas manobras. Metade de bateria. Série ao fundo. Medina foi, mas a onda miou. Glenn foi na onda errada. Sobrou a de trás para o Medina. Com cuidado, mandou duas manobras antes do slop air [8.50]. Faltando 3 minutos Glenn procurava um 9.90 num aéreo que nunca acertou. Gabriel, com calma, surfou outra esquerda, já como campeão. Não foi a final que eu esperava, mas valeu pela incrível campanha desse brasileiro que deixou os gringos de cabelo em pé. Festa verde e amarela nas areias da Califórnia. “I feel better than ever”, disse Madina.
Parabéns Gabriel Medina.

Medina fez justiça à fama que vem ganhando. Glenn levou a Irlanda à sua melhor colocação na ASP.
Medina fez justiça à fama que vem ganhando. Glenn levou a Irlanda à sua melhor colocação na ASP. Crédito da imagem: DaTela

Medina não foi só aéreos.
Medina não foi só aéreos.
Crédito da imagem: Hilleman
Os pais de Medina e toda a família estavam lá para comemorar mais esse feito do GabriAir.
Os pais de Medina e toda a família estavam lá para comemorar mais esse feito do GabriAir.
Crédito da imagem: DaTela
[  ]´s + (_ (__ (____ + PAZ > FUN
EdiMilk

Operários e um grande maestro. É a Juve campeã!

Dias atrás, Antonio Conte afirmou que um título da Juventus nesta temporada lembraria a inesperada conquista do Verona em 1985. Naturalmente, é um exagero. Não dá para comparar mais uma conquista do maior campeão italiano da história à de um time pequeno. Ao usar a hipérbole, Conte remete ao fato de que poucos seriam capazes de apostar na Juve no início da temporada.

Uma desconfiança que soava natural, depois de dois anos consecutivos passando vergonha. Os bianconeri pareciam distantes de recuperar a grandeza de outros tempos, a força arrancada pelos atos inconsequentes dos dirigentes que levaram o time à segunda divisão.

Até mesmo a escolha de Conte, que vinha de um ótimo trabalho com o Siena, era motivo para ficar com o pé atrás. A aposta em um antigo jogador do clube já havia sido feita com Ciro Ferrara, e os resultados não apareceram. Conte, porém, foi capaz de construir uma equipe à sua imagem e semelhança, aguerrida e disciplinada.

O mercado conduzido por Beppe Marotta foi crucial para que tivesse as peças necessárias. Desde operários valiosos como Vidal e Lichtsteiner até o maestro Pirlo, que acabou com as dúvidas de quem o via em declínio. Quem não estivesse disposto a se sacrificar pelo time teria de ficar de fora - que o digam Krasic e Elia, por exemplo.

Conte não foi refém de um esquema. Assim que notou que seu 4-4-2 com ares de 4-2-4 não teria sucesso, adaptou suas peças a um 4-3-3 com Pirlo em sua posição ideal, de armador recuado. Marchisio e Vidal completaram um sólido meio-campo, de um time caracterizado por ser uma cooperativa de gols - o artilheiro, Matri, fez apenas 10.

Uma conquista especial para estandartes como Buffon e Del Piero, que estavam em campo no último título oficial, em 2003, e viveram junto com o torcedor a agonia de ter conquistas cassadas e ter de jogar a Serie B. Del Piero foi um profissional modelo ao aceitar um papel de coadjuvante no elenco, mesmo depois de saber que não teria seu contrato renovado.

A Juve conquista o scudetto contra um Milan de maiores meios técnicos - e um Ibrahimovic que, pela primeira vez, não se sagra campeão italiano em campo. Um time de história gigantesca soube identificar a necessidade de se impor na vontade e na determinação para terminar na frente.

E assim foi. Uma história que ainda não termina aqui, já que na próxima semana o time pode se confirmar campeão invicto contra a Atalanta, antes de decidir a Copa da Itália contra o Napoli. É possível até terminar toda a temporada com dobradinha e sem derrota em jogos oficiais. Um brinde à Velha Senhora!

'Pistoleiro' Neymar mata Índio no primeiro duelo; Flu massacra Bota

Há coisas que não necessitam nem de um empurrãozinho de tarólogo, astrólogo, cartomante, pai de santo, mãe Dinah e, por que não dizer, sexólogo.

Estava escrito no bico da chuteira dos deuses da bola que seria preciso acontecer uma hecatombe para Neymar & Cia. deixarem escapar o tricampeonato paulista. Principalmente depois que os sábios da FPF tomaram do Índio campineiro a única arma que poderia complicar a festa dos santistas, o Brinco de Ouro da Princesa.

Depois dos 3 a 0 no primeiro duelo, só mesmo aqueles que acreditam em Papai Noel, duende e chuva de canivete podem esperar por uma reviravolta no segundo jogo. Evidentemente que a esperança é a última que morre... mas também morre.

O Santos jogou apenas um tiquinho do que sabe para chegar à vitória. No toque de bola, comandado por Ganso e Neymar, matou o adversário com três balaços.

Dois deles partiram do ‘pistoleiro’ Neymar, que chegou aos 104 gols com a camisa do Santos e igualou Serginho Chulapa e João Paulo no topo da lista dos maiores artilheiros do time após a era Pelé.

Se no Morumbi não houve surpresas, no Carioquinha a torcida do Botafogo ficou de queixo caído: o time não só perdeu a invencibilidade de 23 jogos como também deixou o Fluminense preparando o gogó para soltar o grito de campeão.

Até que o Bota chegou a deixar a galera animada, com um gol de Renato. Mas tomou o empate numa bike de Fred e depois ficou de quatro.

Pela primeira vez o time das Laranjeiras bateu o coirmão no Engenhão – antes, havia colecionado três derrotas e seis empates.

A tranquila missão dos botafoguenses no segundo embate: vencer por três gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis.

Outra surpresa aconteceu na Ressacada: o Leão rugiu como nunca, engoliu fácil o Figueirense (3 a 0) e só falta colocar a faixa no peito, transformando o adversário em belo cavalo paraguaio – ganhou os dois turnos da primeira fase.

Já no Frasqueirão, o América precisava de um simples empate para confirmar o título potiguar, mas voltou a ensinar o abecedário do ludopédio ao ABC e papou o caneco depois de nove anos.

Quanto ao resto da rodada, é outra história que fica para o próximo domingo, já que todo mundo ficou no tico-tico sem fubá.
                                                                  ########
Pif-Paf. Ao longo da semana, uma brincadeira tomou conta do CT santista. Após homenagear Juari, com uma corridinha ao redor da bandeira de escanteio, como Neymar iria lembrar Serginho Chulapa ao marcar o gol de número 104: com um soco em Domingos ou uma cabeçada num jornalista? Nem uma coisa nem outra. A pérola do Santos apenas estrebuchou no gramado.

Sugismundo Freud. A vida é imprevisível e curta: coma a sobremesa antes.

Só no sapatinho. E o soberano São Paulo, hein? Vive fase esplendorosa: quatro anos sem levantar um mísero caneco, voa no bico do corvo na Copa do Brasil, briga com o garoto Oscar, arruma quiproquó com o rei Leão, devolve a Taça das Bolinhas, procura patrocinador master há muito tempo, capitão Rogério Ceni responde processo por falsidade ideológica em multa... Desde que mandou ‘Muriçoca’ Ramalho embora, em 2009, acumulou uma montanha de erros e reforços que nada acrescentaram. Isto posto, segue o baile.

Twitface. A nobre Federação Paulista de Futebol, capitaneada pelo impoluto Marco Polo Del Nero, fez de tudo, e mais um pouco, para lotar o Morumbi. E não deu outra: 40.146 pagantes – sobraram apenas 20 mil, um terço do estádio vazio.

Ave-Maria. Pelo jeito, os chineses ainda não abriram devidamente os olhos para o esporte bretão. O Shangai Shenhura ofereceu um contrato de dois anos a Ronaldinho Gaúcho, com salários de R$ 1,3 milhão e adiantamento de R$ 5,8 milhões. Nem em decisão de título São Judas Tadeu foi tão procurado por rubro-negros para dar uma forcinha ao negócio, já que o clube também embolsaria uma bela grana.

Tiro curto. Não há dúvida: rebaixamento em Primeiro Mundo é bem diferente. Torcedores do Colônia tocaram fogo no próprio estádio.

Gilete Prees. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’: “Antigamente havia mais craques em um grande time ou na seleção, mas havia também muitos pernas de pau. Os espaços maiores serviam para os craques mostrarem seus talentos e, para os medíocres, suas limitações. Ninguém enganava. Medíocre tinha jeito e cara de medíocre. Não fazia pose de craque.” Na mosca, como sempre.

Tititi d’Aline. Marias-chuteiras e que tais em alerta: pesquisa mostrou que 58% dos homens adoram faróis originais. Nada de silicone.

Você sabia que... o Paulistinha não tem um tricampeão desde 1969, quando o Santos de Pelé ganhou três títulos consecutivos?

Bola de ouro. Messi. Cinquenta gols no Campeonato Espanhol e 72 na temporada. Menção honrosa: Juventus. Mais um scudetto na coleção.

Bola de latão. Cuba. Tricampeã mundial e olímpica, a seleção desistiu de brigar por uma vaga em Londres no Pré mundial do Japão. Falta de dinheiro.

Bola de lixo. Olimpíada. Os organizadores investiram US$ 1,6 bilhão na segurança dos Jogos, mas não conseguiram evitar que uma falsa bomba entrasse com um motorista no parque olímpico de Londres.

Bola sete. “Existem dois tipos de treinadores: o que está demitido e o que vai ser demitido” (do ‘professor’ Vagner Mancini, balançando mais que rabo de boi na Toca da Raposa – faz sentido)

Dúvida pertinente. Palmeirenses, são-paulinos e corintianos, componentes do badalado ‘Trio de Ferro Velho’, se esbaldaram no domingo legal?

Da fragilidade de Galo e Cruzeiro à cartolice crônica do São Paulo

O Atlético sofreu nas semifinais do Campeonato Mineiro diante do Tupi, que recentemente subiu da quarta para a terceira divisão nacional. Dias depois foi eliminado da Copa do Brasil pelo Goiás, atualmente na segundona.

O Cruzeiro foi despachado da competição estadual pelo América, outro time da Série B do Brasileiro. Cerca de 72 horas após foi ao Paraná perder para o Atlético, outro da segunda divisão, pela Copa do Brasil, ficando sob séria ameaça de eliminação.

Os dois times de Minas Gerais que seguem na primeira divisão nacional passaram 2011 ameaçados por rebaixamento e, hoje, dão sinais de que poderão repetir a dose. São equipes frágeis, sem sinais de que devam melhorar logo.

O Campeonato Mineiro tem calendário mais leve do que a maioria dos estaduais, mas semanas inteiras livres para treinamentos não se refletem em melhor futebol. Salvo uma reação imediata e o ano será novamente longo em Belo Horizonte.

No São Paulo, que se não lutou contra o rebaixamento jamais deu sinais reais de que iria pelo menos à Libertadores em 2011, o problema está fora do campo. Paulo Miranda é execrado pelos mesmos dirigentes que o contrataram.

Juvenal Juvêncio já demonstrou comportamento semelhante ao dos velhos cartolas brasileiros ao ampliar seu mandato no clube graças a uma interpretação estatutária. Agora resolveu interferir no futebol afastando um atleta.

Se fosse Eurico Miranda em seus tempos de manda-chuva de São Januário seria tão desastroso quanto. Em 2000 o ex-dirigente do Vasco tornou a atmosfera por lá irrespirável para Oswaldo de Oliveira, que saiu mesmo às vésperas das decisões do Brasileiro e da Copa Mercosul.

Já Leão preferiu engolir o sapo tricolor.


Emerson Leão mostrou seu apetite por anfíbios similar ao oriental da foto acima
Leão com apetite por anfíbios similar ao do oriental

América-RN volta a vencer ABC e conquista o Potiguar depois de 9 anos

Depois de ter vencido a partida de ida em casa por 2 a 1, o América-RN voltou a bater o ABC, neste domingo, dessa vez, por 2 a 0, no Estádio Frasqueirão e ficou com o título do Campeonato Potiguar, o seu primeiro desde 2003. O clube chegou à sua 33ª conquista no Estadual na história. Somente o ABC, com 52, possui mais troféus.

O triunfo deste domingo foi todo construído na etapa final. Aos sete minutos, Wanderson abriu o marcador para os visitantes. A vitória foi consolidada aos 45, com um gol de Fabinho.

O América-RN se classificou à final depois de conquistar o título do segundo turno do estadual, enquanto o ABC faturou o primeiro.

VÍDEO: Oscar marca na volta, Inter empata com Caxias e joga por 0 a 0 para levar título

Com uma dose especial de emoção, o Internacional buscou um empate por 1 a 1 com o Caxias no primeiro jogo da decisão do Campeonato Gaúcho e agora joga por uma igualdade sem gols no Beira-Rio para levar o título. Mateus marcou o gol dos donos da casa, e Oscar deixou tudo igual para o time colorado.

Como já era de se esperar, Oscar foi o centro de todas as atenções neste domingo. Depois de um mês e meio afastado por conta da briga judicial com o São Paulo, o meia voltou a campo e comando o time colorado. Todas as bolas passavam pelo pé do jovem jogador, que até sentiu um pouco a falta de ritmo no começo, mas se soltou bem durante a partida.

E foi do pé de Oscar que acabou saindo o único gol do Inter. O meia recebeu um passe de Jajá, ainda deu um drible em um zagueiro do Caxias e bateu cruzado para marcar. Na comemoração, o jogador não conteve a emoção e caiu no choro em meio a abraços dos companheiros.



Assista aos gols do 1º jogo da final do Gaúcho entre Caxias e Internacional
Com o placar deste domingo, o Internacional tem a vantagem de jogar por um empate sem gols no Beira-Rio, no jogo decisivo do próximo domingo. No Gaúcho, o gol fora de casa conta como critério de desempate. Assim, um novo 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis, e qualquer outra igualdade dá o título ao Caxias. Quem vencer, claro, levanta a taça.

O Inter já é o maior campeão gaúcho e busca o seu 41º título, o segundo consecutivo. Antes disso, porém, terá que mudar o foco e pensar na Libertadores. O time colorado vai até o Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense no meio da semana pela partida de volta das oitavas de final. Na ida, empate sem gols no Beira-Rio.

Do outro lado, o Caxias busca apenas o seu segundo título estadual. A equipe foi campeão pela única vez em 2000 e terá a semana inteira livre para se preparar para o segundo jogo da decisão.
Oscar voltou depois de um mês e meio afastado e marcou para o Inter
Oscar voltou depois de um mês e meio afastado e marcou para o Inter
Crédito da imagem: Divulgação
O jogo - Contando com a volta de Oscar, o Inter começou o jogo centrando todas as jogadas no meia, mas tinha dificuldades para passar pela zaga rival. E o Caxias foi quem acabou chegando pela primeira vez com mais perigo, aos dez minutos. Justamente em uma bola perdida por Oscar, o lateral-esquerdo Fabinho driblou Nei, invadiu a área colorada e bateu cruzado, com bastante perigo para Muriel.

No lance seguinte, o Inter deu a resposta. Muriel deu um chutão na direção de Jô, e o centroavante acabou derrubado na entrada da área. Na cobrança da falta, Nei obrigou Paulo Sérgio a fazer uma belíssima defesa e mandar a bola para escanteio.

O jogo seguiu bastante estudo até o final do primeiro tempo. O Inter apostava em Oscar para organizar o jogo, mas tomava sustos com as bolas aéreas na defesa. Em lances quase seguidos, Wangler assustou Muriel. Aos 33, o meia do Caxias cobrou falta na área, e a bola acabou passando na frente de todo mundo, obrigando o goleiro colorado a fazer grande defesa. Depois, foi a vez de Wengler cruzar para Caion girar e bater rasteiro, pelo lado do gol.

Aos 36, Jô ainda assustou em uma cabeçada após cruzamento de Nei. Quando parecia que o jogo iria empatado para o intervalo, o Caxias surpreendeu. Em um contra-ataque, o lateral Fabinho avançou em velocidade pela direita e tocou para Mateus. O volante acertou um forte chute, sem chances para Muriel.

Em desvantagem, o Inter voltou para a segunda etapa em cima do Caxias e chegou ao empate logo aos 10 minutos. E o gol não poderia ser mais especial para a equipe. De volta após um mês e meio afastado por conta da briga judicial com o São Paulo, Oscar balançou as redes. O meia recebeu de Jajá, driblou o zagueiro e chutou rasteiro, no cantinho do goleiro Paulo Sérgio. Na comemoração, lágrimas para o jogador colorado.

O Inter apostava todas as fichas em Oscar, e o meia correspondia. Aos 24, o colorado deu um belo drible na lateral-esquerda e cruzou na cabeça de Jô. O centroavante obrigou um zagueiro do Caxias salvar quase em cima da linha e, no rebote, João Paulo ainda mandou a bola na trave.
Oscar não aguentou a emoção e chorou na comemoração do gol
Oscar não aguentou a emoção e chorou na comemoração do gol
Crédito da imagem: Divulgação
O Caxias partiu para cima em busca da vitória, proporcionando espaços ao Inter. O domínio colorado era evidente, mas também era só físico e territorial e não se traduzia em situações de gol. Somente aos 40 houve uma nova chance no jogo: Paraná bateu falta no cantinho e Muriel encaixou. O placar, porém, seguiu sem mais alteração até o final.

FICHA TÉCNICA
CAXIAS 1 x 1 INTERNACIONAL

Local:
Estádio Centenário, em Caxias do Sul
Data: 6 de maio de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima
Assistentes: Júlio César dos Santos e José Franco Filho
Cartão amarelo: Lacerda, Paraná, Umberto, Michel e Mateus (Caxias); Jô, Índio e Bolívar (Internacional)
Gols: CAXIAS: Mateus, aos 43 minutos do primeiro tempo
INTERNACIONAL: Oscar, aos 11 minutos do segundo tempo

CAXIAS: Paulo Sérgio; Michel, Lacerda, Jean e Fabinho; Umberto, Mateus, Paraná e Wangler (Juninho); Caion (Rafael Santiago) e Vanderlei (Marcos Paulo). Técnico: Mauro Ovelha

INTERNACIONAL: Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Fabrício; Sandro Silva, Guiñazu, Tinga (João Paulo), Oscar e Jajá (Gilberto); Jô. Técnico: Dorival Júnior 

Fortaleza e Ceará empatam sem gols no primeiro clássico da final do Estadual

Na primeira partida da final do Campeonato Cearense 2012, Fortaleza e Ceará entraram em campo no estádio Presidente Vargas na tarde deste domingo e não conseguiram mexer no marcador. Embora tenha sido mais ofensivo na partida, o time tricolor, que era o mandante desta primeira partida, não foi eficaz e amargou o empate que favorece o Ceará.

Agora, para levantar a taça do Estadual e igualar a quantidade de conquistas do grande rival, o Fortaleza precisa vencer a segunda partida da final. Outro empate rende o título do Campeonato Cearense ao Ceará, por causa da melhor campanha na primeira fase da competição.

O segundo Clássico-Rei da final acontece no próximo domingo, às 16 horas (de Brasília), também no estádio Presidente Vargas, na capital cearense, mas agora com mando de campo do Vozão.

O jogo - Apesar de não ter saído do 0 a 0, o primeiro tempo da partida começou agitado e logo aos quatro minutos de jogo o atacante Jaílson foi protagonista da primeira jogada de perigo, quando tirou a bola de Márcio Careca e chutou forte, exigindo do goleiro Fernando Henrique uma boa defesa.

A segunda boa chance foi do Ceará, a única de real perigo da equipe. Aos 17 minutos, o atacante Mota cruzou para o seu companheiro ofensivo Felipe Azevedo, que dentro da área cabeceou e obrigou o zagueiro tricolor João Carlos a chutar a bola para escanteio.

Aos 32 minutos o jogo começou ficar mais agitado e nervoso, principalmente por causa da expulsão, por reclamação, do técnico Paulo César Gusmão, do Ceará. Nos últimos minutos, o Leão chegou com perigo em outras duas oportunidades, com o meia Geraldo, de cabeça, e com Mariélson, que no rebote deu trabalho ao camisa 1 alvinegro.

No retorno do intervalo, as equipes retornaram aos gramados do estádio Presidente Vargas dispostas a mexer no marcador e tentavam desesperadamente chega à meta adversária, embora sem sucesso. O Fortaleza continuou melhor no jogo e Jaílson arrancou suspiros da torcida do Tricolor, quando, mesmo atrapalhado pela defesa, conseguiu tocar para Rafinha, que alcançou a bola, mas já estava sem ângulo para acertar o gol.

Vinte minutos se passaram até que outra chance acontecesse, e dessa vez foi a mais perigosa do jogo, em um chute forte do atacante alvinegro Misael, que parou na trave. Os últimos minutos foram os mais agitados da partida e o Vozão, contando com os atacantes Misael e Romário, que entraram no segundo tempo, levou perigo à meta defendida por João Carlos.

Mesmo com a intensa pressão nos dez minutos finais de jogo, que obrigaram o Fortaleza a atuar mais recuado, focando a defesa, o Ceará não conseguiu finalizar conclusivamente e a partida terminou com o empate por 0 a 0.

VÍDEO: Com maestro Ganso e Neymar recordista, Santos vence Guarani e fica perto do tri

O Santos deu um passo importantíssimo para conquistar o tricampeonato paulista, neste domingo. Regido por Ganso e com Neymar multiplicado em campo, o vencedor das últimas duas edições do torneio venceu o Guarani por 3 a 0, no Morumbi. No segundo jogo, no próximo domingo, também na capital paulista, até uma derrota por dois gols de diferença dá o título aos santistas. O Paulista não tem um tricampeão desde 1969, quando o Santos – então comandado por Pelé – ganhou três títulos em sequência.

Para se aproximar de um feito que só conquistou em sua melhor versão, o Santos contou com a dupla que faz do clube um dos melhores do Brasil: Ganso e Neymar. O meio-campista marcou o primeiro gol e regeu o time na comemoração; o atacante, que participou do primeiro gol, apareceu para empurrar a bola para a rede no segundo, após jogada do amigo e “maestro”. No fim, Neymar ainda marcou o 104º gol pelo clube, igualando-se a Serginho Chulapa e João Paulo, os maiores artilheiros do clube pós Era Pelé.

O jogo - A partida começou com grande expectativa sobre a atuação de Neymar. Destaque da semifinal com três gols sobre o São Paulo, o jovem craque santista apareceu bem logo na primeira vez que tocou na bola no campo de ataque. Aos dois minutos, ele driblou quatro adversários até ser derrubado. Na cobrança de falta, Elano acertou o travessão. 


Veja os gols da vitória do Santos contra o Guarani na 1ª partida da final do Paulista
O Santos pressionava no início da partida e voltou a ter uma boa oportunidade aos 14 minutos, quando Paulo Henrique Ganso arriscou de fora da área. A bola foi para fora. Dois minutos depois, o Guarani teve sua melhor chance até então: Medina, herói da semifinal, recebeu na área para falhou na conclusão.

Aos 22 minutos, o Guarani teve uma baixa importante. O zagueiro Neto, um dos destaques da grande campanha bugrina, saiu machucado, dando lugar a André Leone.

Mesmo sem o ímpeto dos minutos iniciais, o Santos levava mais perigo. Aos 42 minutos, Neymar – que se multiplicava em vários lugares do campo – avançou pela esquerda e encontrou Arouca na área. O volante protegeu a bola, e Paulo Henrique Ganso bateu de primeira, de fora da área, para marcar um belo gol. Na comemoração, o meia fez o gesto de um maestro, regendo os companheiros.

A segunda etapa começou com os dois times mais abertos, o que resultou em boas chances logo nos minutos iniciais. Logo no primeiro minuto, Fábio Bahia cruzou e Beuno Mendes chutou na trave, desperdiçando grande chance para o Guarani.

O Santos respondeu aos 6 minutos com Elano. Em mais uma boa cobrança de falta, o meia exigiu ótima defesa do goleiro Émerson, que mandou a bola para escanteio.

Aos 20 minutos, o Santos conseguiu ampliar. E, mais uma vez, pelos pés de Neymar e Ganso. Depois de ótimo passe de Juan, o meio-campista entrou livre na área. O goleiro Émerson conseguiu evitar a conclusão, mas a bola sobrou para Neymar, que chutou cruzado, de forma precisa, para fazer seu 103º gol com a camisa do Santos.

O jovem craque estava a apenas um gol de igualar Serginho Chulapa e João Paulo como maior artilheiro do Santos pós Era Pelé. Aos 45, ele igualou-se aos dois ídolos, marcando seu segundo gol na partida, o 104º com a camisa do clube.

Avaí vence clássico contra o Figueirense na Ressacada e fica muito perto do título

O Avaí deu um passo muito importante para ficar com o título do Campeonato Catarinense de 2012. Neste domingo, em jogo disputado no estádio da Ressacada, o Avaí derrotou o rival Figueirense pelo placar de 3 a 0, com gols de Nunes, Felipe Alves e Cléber Santana. Os rivais não decidiam um título estadual desde 1999, quando o Figueirense levou a melhor.

As equipes voltam a se enfrentar no próximo final de semana, no estádio Orlando Scarpelli. O Figueirense precisará vencer por mais de três gols de diferença para levantar o troféu. Os alvinegros tiveram a melhor campanha nos dois turnos do Catarinense, mas agora se encontram em uma situação bastante delicada.

O jogo - Em partida que começou bastante movimentada, com chances de gols para ambas equipes, os goleiros Wilson e Diego realizaram boas defesas já no início do embate. Apesar do número excessivo de faltas, o jogo seguiu com bom ritmo até que, aos 31 minutos, Nunes, sozinho na grande área, tocou na saída do goleiro alvinegro e abriu o marcador. Quatro minutos mais tarde, Ygor teve chance de empatar para o Figueirense, mas Mika salvou em cima da linha.

A equipe comanda por Branco seguiu pressionando até o final do primeiro tempo e teve nos pés de Roni duas chances para igualar o marcador. Aos 40 minutos, o meia chutou forte no canto esquerdo de Diego, que fez bela defesa. Na última chance da etapa inicial, o atleta cobrou falta rente a meta do goleiro adversário.

Já na segunda etapa, o Avaí apresentou ritmo avassalador. Com dez minutos de disputa, o placar da Ressacada já apontava 3 a 0. O atacante Felipe Alves escorou chute cruzado de Cleber Santana, aos três minutos, e anotou o segundo gol da equipe de Hemerson Maria, enquanto o próprio meia marcou o terceiro, seis minutos mais tarde, em cobrança de falta frontal.

O placar poderia ter sido ainda mais elástico se Nunes aproveitasse as oportunidades que teve aos 35 e aos 40 minutos, quando falhou no momento da finalização. Ouvindo gritos de olé da torcida rival, o Figueirense nada pode fazer até o final do embate, aos 47 minutos, quando o árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra ergueu os braços.

Avaí fez 3 a 0 no jogo de ida e colocou uma mão no título do Catarinense
Avaí fez 3 a 0 no jogo de ida e colocou uma mão no título do Catarinense
Crédito da imagem: Divulgação

Coritiba arranca empate com o Atlético-PR no primeiro jogo da decisão

O Coritiba suou, mas conseguiu arrancar um empate por 2 a 2 no clássico com o Atlético no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paranaense. Jogando fora de casa, o time alviverde abriu o placar com Everton Ribeiro, mas deixou os rivais virarem com Bruno Mineiro e Liguera. A igualdade veio já aos 34 minutos da etapa final com Anderson Aquino.

O resultado deste domingo não favorece ninguém para o segundo jogo da decisão. O Campeonato Paranaense não leva em consideração os gols fora de casa como critério de desempate. Assim, se houver nova igualdade no próximo domingo, no Couto Pereira, a decisão do título vai para a disputa de pênaltis.

Apesar de não jogar pelo empate, o Coritiba, claro, leva pequena vantagem para a volta. Primeiro, por decidir o título em casa, com o apoio de sua torcida – o time alviverde teve a melhor campanha na soma dos dois turnos do estadual. Depois, a equipe tem a semana inteira livre para se preparar para o confronto.

Por outro lado, o Atlético-PR terá que entrar em campo na quarta-feira para enfrentar o Cruzeiro, em Belo Horizonte, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. A equipe rubro-negra venceu por 1 a 0 em casa e joga por um empate para avançar na competição.

O Coritiba é o atual bicampeão paranaense e também é a equipe com mais títulos na competição: 35. Já o Atlético aparece em segundo na lista de maiores campeões e busca a sua 23ª taça.

Atletiba terminou empatado na primeira decisão do Paranaense
Atletiba terminou empatado na primeira decisão do Paranaense
Crédito da imagem: Divulgação Atlético-PR
O jogo - Os dois times começaram o clássico de forma quente, com entradas um pouco mais duras e reclamações dos dois lados. O Atlético começou com maior posse de bola, mas tomou um susto ao ver Lincoln receber livre dentro da área, driblar Vinícius e tocar para o fundo do gol. A jogada, porém, já estava anulada, por impedimento marcado pela arbitragem.

A primeira oportunidade real de gol saiu para o Atlético-PR. O atacante Bruno Forlán se aproveitou do vacilo de Lucas Mendes e teve, livre, a bola quicando em sua frente, dentro da área. O jogador rubro-negro, porém, tentou tocar por cobertura, e o goleiro Vanderlei estava atento, dando um leve desvio na bola, para evitar o primeiro rubro-negro.

A displicência de Forlán custou caro ao time atleticano, aos 19 minutos. Everton Ribeiro carregou pela entrada da área e viu Roberto se desvencilhar da marcação pela direita. O camisa 11, porém, preferiu arriscar na meia-lua, em vez de fazer o passe, e acertou o canto direito de Vinícius, que pulou, mas não evitou o primeiro tento coxa-branca no Durival de Britto.

Mesmo com a desvantagem, o Atlético não se intimidou e levou perigo em falta de Paulo Baier. O empate chegaria aos 25 minutos, quando Ligüera invadiu a área pelo lado esquerdo, cruzou para Bruno Forlán. O atacante pegou mal na bola e ela sobrou para Bruno Mineiro, que empurrou para o fundo das redes.

Embora fosse o Coritiba o time que teve mais posse de bola, o Atlético levava perigo ao gol de Vanderlei, como no chute de Ligüera, que fez o camisa 1 coxa-branca voar no canto esquerdo para evitar a virada. Aos 37, em falta lateral, Paulo Baier cobrou com veneno e fez o arqueiro novamente trabalhar, desta vez com uma ‘manchete’, como no vôlei, na última grande chance da etapa inicial.

No segundo tempo, o Atlético voltou melhor, pressionando os visitantes. Aos seis minutos, porém, o time sofreu um susto em jogada rápida pela esquerda, quando Everton Ribeiro cruzou fechado. Roberto chegou atrasado e desperdiçou a chance da retomada da vantagem pelo Coritiba.

Após o perigo, a virada atleticana. Aos nove minutos, o atacante Ricardinho arriscou de fora da área e Vanderlei falhou, espalmando a bola para a entrada da área. Com isso, Ligüera foi oportunista e se antecipou à marcação, para tocar e virar a partida no Durival de Britto.

Com o segundo gol do Furacão, as duas partidas continuaram em busca, tanto do terceiro, quanto do empate. A primeira boa chance saiu para o Coritiba, quando Everton Ribeiro, livre na segunda trave, desperdiçou a cabeçada. Pouco depois, Taiberson, que entrou no início da etapa final, arriscou de longa distância e acertou a junção entre trave e travessão de Vanderlei, que só torceu.

O técnico Marcelo Oliveira tentou ainda realizar algumas mudanças, deixando sua equipe mais ofensiva, para empatar. Uma das armas que estava no banco foi decisiva para o 2 a 2: Anderson Aquino aproveitou o vacilo da defesa o Atlético-PR, o atacante bateu colocado, no canto esquerdo de Vinícius, para definir o placar no Durival de Britto.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO PARANAENSE 2 X 2 CORITIBA

Local:
Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba (PR)
Data: 6 de maio de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman
Assistentes: José Carlos Dias Passos e Moisés Aparecido de Souza
Gols:ATLÉTICO-PR: Bruno Mineiro, aos 24 minutos do primeiro tempo e Ligüera, aos nove minutos do segundo tempo
CORITIBA: Everton Ribeiro, aos 19 minutos do primeiro tempo e Anderson Aquino, aos 34 minutos do segundo tempo

ATLÉTICO-PR: Vinícius; Pablo, Manoel, Bruno Costa e Héracles; Deivid, Paulo Baier e Ligüera (Renan); Bruno Furlán (Taiberson), Bruno Mineiro e Ricardinho (Zezinho). Técnico: Juan Carrasco

CORITIBA: Vanderlei; Gil, Démerson, Emerson e Lucas Mendes; Júnior Urso (Marcel), Tcheco, Djair (Anderson Aquino); Lincoln (Renan Oliveira), Roberto e Everton Ribeiro. Técnico: Marcelo Oliveira

Atlético-MG vacila e cede empate no final para o América-MG

Dono da melhor campanha na primeira fase do Campeonato Mineiro, o Atlético-MG precisa de mais um empate para ficar com o título da competição estadual. Neste domingo, no Independência, na primeira partida da final, Atlético-MG e América-MG ficaram no empate em 1 a 1, sendo que o gol dos americanos aconteceu aos 48 minutos do segundo tempo.

O gol do Atlético-MG aconteceu aos 34 minutos da segunda etapa. Após cobrança de escanteio de Mancini, Réver desviou de cabeça na primeira trave e André, livre no segundo poste, apenas empurrou para o fundo do gol de Neneca. Mas o América-MG não desistiu e alcançou o empate aos 48 minutos. Bruno Meneghel aproveitou sobra dentro da área e igualou.

O Atlético-MG tenta erguer a taça do Estadual pela 41ª vez. Já o América-MG, que busca o seu 16º título, sai com moral pelo gol no final e mais confiante para obter uma vitória simples.

As duas equipes estarão desfalcadas no próximo fim de semana: suspensos, o volante Dudu e o atacante André não poderão defender América e Atlético, respectivamente.

O jogo
América e Atlético, que não se enfrentavam no Independência desde 2002, presentearam os torcedores com muita disposição desde o apito inicial. Tanto que o primeiro tempo teve algumas jogadas de força excessiva e nada menos que seis cartões amarelos distribuídos pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento, três para cada lado.

Cuca armou o Atlético-MG com três zagueiros (Réver, Lima e Rafael Marques) pela primeira vez em 2012, apostando na velocidade de Bernard, na técnica de Guilherme e na presença de área de André no setor ofensivo, sem um armador de ofício. O volante Serginho foi outra arma importante, principalmente quando se aproximava do lateral Marcos Rocha pela direita.

Apesar de não exercer grande pressão, o Atlético foi superior e mais perigoso na primeira etapa. O zagueiro Réver foi o responsável por levantar a torcida pela primeira vez, aos dez minutos, quando apareceu como atacante para sair cara a cara com Neneca após receber de Guilherme e exigir grande defesa do goleiro.
André fez o gol da vitória do Atlético-MG
Atacante André fez o gol do Atlético-MG
Crédito da imagem: Divulgação
Aos 25, Bernard assustou ao disparar chute colocado que quase acertou o ângulo direito do arqueiro, que voltou a aparecer aos 33 minutos, com linda defesa após cabeçada precisa de André, esta buscando o ângulo esquerdo. Do outro lado, Giovanni também apareceu bem quando preciso, aos 38, para espalmar chute de longe de Moisés.

No segundo tempo, as duas equipes demonstraram a mesma vontade, mas o critério da arbitragem foi diferente. Muito rigoroso na primeira metade do jogo, Francisco Carlos Nascimento nada fez quando André, já com cartão amarelo, chegou firme e atirou Bryan para o banco de reservas do estádio, aos sete minutos. Logo depois, o mesmo Bryan sofreu falta dura de Marcos Rocha, outro que foi perdoado pelo juiz.

Faltas à parte, o jogo se manteve aberto. Se Guilherme quase surpreendeu Neneca com um chute colocado, Giovanni precisou trabalhar para evitar que a falta cobrada com força por Rodrigo Heffner movimentasse o placar. Cuca não se satisfez e mudou o time em dose dupla aos 20 minutos: trocou um lateral por outro com Carlos César na vaga de Marcos Rocha e deu mais cadência ao meio-campo com Mancini no lugar de Bernard.

O América-MG voltou a assustar aos 22, mas Serginho surgiu em cima da linha para evitar um gol de cabeça de Rodrigo Heffner. Cinco minutos depois, Givanildo mexeu no ataque, com Bruno Meneghel na posição do apagado Alessandro. Não surtiu efeito e o Atlético cresceu.

Enquanto a torcida chiava nas arquibancadas, pedindo a contratação de reforços, os alvinegros retomavam o domínio da partida. Aos 33 minutos, Neneca saltou bonito para jogar para escanteio o chute de Mancini em cobrança de falta. Antes da batida do tiro de canto, Richarlyson saiu muito vaiado para a entrada de Dudu Cearense, mas a insatisfação seria abafada logo em seguida.

Mancini cobrou escanteio da direita e André apareceu sozinho e em posição legal na pequena área para completar para a rede após desvio de Réver no primeiro pau. O que era bronca virou festa atleticana. No América, o que era tranquilidade virou desespero.

Givanildo trocou Bryan e Rodriguinho por Pará e Romão e quase foi premiado aos 43 minutos. Em sua primeira participação no jogo, Romão recebeu cruzamento de Fábio Júnior e, livre na pequena área, sem o goleiro à frente, cabeceou para fora. O América-MG pressionou e, aos 48, não teve jeito: Fábio Júnior bateu cruzado após confusão na área e Bruno Meneghel só empurrou para a rede.

FICHA TÉCNICA:
AMÉRICA-MG 1 x 1 ATLÉTICO-MG

Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 06 de maio de 2012 (domingo)
Horário: 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (FIFA/AL)
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (FIFA/BA) e Dibert Pedrosa Moisés (FIFA/RJ)
Cartões Amarelos:Rafael Marques, André, Serginho, Pierre e Giovanni (Atlético-MG); Dudu, Rodriguinho, Gabriel e Bruno Meneghel (América-MG)
Gols:ATLÉTICO-MG: André, aos 35 minutos do segundo tempo.
AMÉRICA-MG: Bruno Meneghel, aos 48 minutos do segundo tempo.

AMÉRICA-MG: Neneca; Rodrigo Heffner, Gabriel, Everton e Bryan (Pará); Dudu, Leandro Ferreira, Moisés e Rodriguinho (Romão); Alessandro (Bruno Meneghel) e Fábio Júnior
Técnico: Givanildo Oliveira

ATLÉTICO-MG: Giovanni; Réver, Lima e Rafael Marques; Marcos Rocha (Carlos César), Pierre, Serginho, Bernard (Mancini) e Richarlyson (Dudu Cearense); Guilherme e André
Técnico: Cuca

Sport segura o Santa Cruz no Arruda lotado e fica a um empate do título

Mesmo jogando contra um Estádio do Arruda lotado, o Sport conseguiu sair com um bom resultado da primeira partida da final do Campeonato Pernambucano, contra o Santa Cruz. As equipes ficaram no 0 a 0, e agora um empate, na Ilha do Retiro, basta para o time rubro-negro ser campeão.

Buscando reverter a vantagem do Sport, neste domingo, o Santa Cruz se lançou ao ataque desde o início. Dênis Marques arriscou a primeira finalização com menos de um minuto de jogo. Aos sete, o zagueiro Vágner teve outra chance de abrir o placar para o time tricolor, mas acabou chutando para fora após rebote de Magrão.

Daí em diante o grande nome do primeiro tempo passou a ser o goleiro Tiago Cardoso, do Santa Cruz. Aos 39 minutos, aconteceu a melhor chance do jogo para o Sport. A bola sobrou limpa para Jael que só não foi às redes porque o arqueiro tricolor impediu. O mesmo aconteceu com Marcelinho Paraíba, um minuto mais tarde.

A etapa complementar teve história semelhante ao tempo, com as duas equipes desperdiçando as poucas oportunidades geradas. Dênis Marques ainda tentou surpreender o goleiro Magrão em alguns lances, mas falhou em suas tentativas e viu o jogo terminar com o placar inalterado.

No próximo domingo, às 16h, o Santa Cruz vai precisar de uma vitória sobre o Sport, na Ilha do Retiro, para soltar o grito de bicampeão, novamente sobre os rivais. Na fase de classificação do Estadual, o time rubro-negro somou seis pontos a mais do que os tricolores.

VÍDEO: Com bicicleta de Fred, Flu goleia, põe a mão na taça e derruba invicto Botafogo

Caiu o último invicto das Séries A e B do futebol brasileiro. O Botafogo até saiu vencendo o Fluminense neste domingo, no Engenhão, pela primeira partida da final do Campeonato Carioca, mas levou a virada por 4 a 1. Com o resultado, o time tricolor, que chegou ao quinto triunfo nos últimos seis jogos, pode até perder a segunda partida por dois gols de diferença que ficará com o título estadual, o seu primeiro desde 2005.

Depois de passar os primeiros 24 jogos da temporada invicto, o Botafogo foi o último time entre os 40 das duas principais divisões do futebol nacional a perder uma partida em 2012. O último revés havia ocorrido em 27 de novembro de 2011 diante do Atlético-MG por 4 a 0, no Campeonato Brasileiro.

Neste domingo, o Botafogo saiu na frente com um gol de Renato, mas Fred empatou com um belo gol de bicicleta. Na etapa final, o time alvinegro ficou com um jogador a menos depois da expulsão de Lucas. O Fluminense aproveitou a vantagem numérica, marcou duas vezes com Rafael Sóbis, uma com Marcos Junio e definiu a vitória. 


Veja os gols da vitória do Fluminense contra o Botafogo na 1ª partida da final do Carioca
A final deste ano pode ser considerada histórica, pois apesar de reunir dois clubes de tradição, a última vez que eles decidiram o torneio foi em 1971, quando o Flu ficou com o título. Naquela ocasião o triunfo foi por 1 a 0, com um gol cercado de polêmica, já que os botafoguenses reclamam até hoje de uma falta do lateral Marco Antônio no goleiro Ubirajara. Se o Fluminense ganhou aquela edição, na última final entre eles quem levou a melhor foi o Glorioso, que fez 1 a 0 ganhando a Taça Rio de 2008.

O duelo de volta da final do Campeonato Carioca ocorrerá no próximo domingo, às 16h (de Brasília), também no Engenhão.

O jogo
Animado com o bom momento, o Botafogo tomou a iniciativa na partida e precisou de apenas oito minutos para abrir o placar. Fellype Gabriel cruzou na área, Carlinhos cortou parcialmente e, no rebote, Renato concluiu no canto para superar o goleiro Diego Cavalieri.

A vantagem parece ter mexido com a mentalidade do time alvinegro que passou a ser mais defensivo e viu o adversário ficar com maior posse de bola e criar boas chances de empatar o confronto. Três minutos depois, Fred ajeitou, Carlinhos finalizou e Jefferson espalmou. Aos 22, Thiago Neves, que estava praticamente descartado para a partida, chutou forte e exigiu boa defesa de Jefferson.

Dominando o jogo, o Fluminense seria recompensado aos 43 minutos e em grande estilo. Thiago Neves cruzou na área e Fred finalizou de bicicleta. Jefferson ficou parado e viu a bola entrar no canto direito. Ao término da primeira etapa, o time tricolor criou 12 oportunidades de gol, enquanto o adversário apenas duas.

Na volta para os últimos 45 minutos, o Botafogo mudou a postura e passou a se lançar mais ao ataque para buscar o segundo gol. Aos seis minutos, Maicosuel cobrou falta na área e Loco Abreu cabeceou para defesa de Diego Cavalieri. Porém, a tentativa do time alvinegro em buscar a vitória começou a desmoronar quando Lucas calçou Thiago Neves por trás, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo, aos dez.

Mal sentiu o baque de ficar com um jogador a menos e o Botafogo levou a virada. No minuto seguinte, Deco fez ótimo passe na área e Rafael Sóbis concluiu, com categoria, no ângulo direito da meta adversária. Embalado, os comandados de Abel Braga ampliaram a vantagem pouco depois. Aos 19, foi a vez de Thiago Neves dar boa assistência e ver Rafael Sóbis driblar o goleiro e concluir para as redes.

Na parte final do duelo, o Fluminense ainda explorou o fato de ter um jogador a mais e criou chances de transformar a vitória em goleada, e conseguiu isso aos 38 minutos, quando Marcos Junio foi acionado por Fred, tocou na saída de Jefferson e deixou o time tricolor próximo do título estadual.


FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 4 X 1 BOTAFOGO

Local:
Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 6 de maio de 2012 (Domingo)
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Luis Antônio Silva dos Santos (RJ)
Assistentes: Ediney Mascarenhas (RJ) e Marco Aurélio Pessanha (RJ)
Público: 23 mil pagantes
Renda: R$ 732.015,00
Cartões Amarelos: Rafael Sóbis, Carlinhos e Leandro Euzébio (Fluminense) Lucas (Botafogo)
Cartão Vermelho: Lucas (Botafogo)
Gols: FLUMINENSE: Fred, aos 43 do primeiro tempo, Sóbis, aos 11 e aos 20, e Marcos Júnior, aos 38 minutos do segundo tempo
BOTAFOGO: Renato. aos oito minutos do primeiro tempo

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Valencia, Jean e Deco (Wagner); Thiago Neves (Marcos Junior), Rafael Sobis e Fred (Rafael Moura)
Técnico: Abel Braga

BOTAFOGO: Jéfferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Fellype Gabriel, Elkeson (Caio) e Maicosuel (Jadson); Loco Abreu (Herrera)
Técnico: Oswaldo de Oliveira