segunda-feira, 7 de maio de 2012

'Pistoleiro' Neymar mata Índio no primeiro duelo; Flu massacra Bota

Há coisas que não necessitam nem de um empurrãozinho de tarólogo, astrólogo, cartomante, pai de santo, mãe Dinah e, por que não dizer, sexólogo.

Estava escrito no bico da chuteira dos deuses da bola que seria preciso acontecer uma hecatombe para Neymar & Cia. deixarem escapar o tricampeonato paulista. Principalmente depois que os sábios da FPF tomaram do Índio campineiro a única arma que poderia complicar a festa dos santistas, o Brinco de Ouro da Princesa.

Depois dos 3 a 0 no primeiro duelo, só mesmo aqueles que acreditam em Papai Noel, duende e chuva de canivete podem esperar por uma reviravolta no segundo jogo. Evidentemente que a esperança é a última que morre... mas também morre.

O Santos jogou apenas um tiquinho do que sabe para chegar à vitória. No toque de bola, comandado por Ganso e Neymar, matou o adversário com três balaços.

Dois deles partiram do ‘pistoleiro’ Neymar, que chegou aos 104 gols com a camisa do Santos e igualou Serginho Chulapa e João Paulo no topo da lista dos maiores artilheiros do time após a era Pelé.

Se no Morumbi não houve surpresas, no Carioquinha a torcida do Botafogo ficou de queixo caído: o time não só perdeu a invencibilidade de 23 jogos como também deixou o Fluminense preparando o gogó para soltar o grito de campeão.

Até que o Bota chegou a deixar a galera animada, com um gol de Renato. Mas tomou o empate numa bike de Fred e depois ficou de quatro.

Pela primeira vez o time das Laranjeiras bateu o coirmão no Engenhão – antes, havia colecionado três derrotas e seis empates.

A tranquila missão dos botafoguenses no segundo embate: vencer por três gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis.

Outra surpresa aconteceu na Ressacada: o Leão rugiu como nunca, engoliu fácil o Figueirense (3 a 0) e só falta colocar a faixa no peito, transformando o adversário em belo cavalo paraguaio – ganhou os dois turnos da primeira fase.

Já no Frasqueirão, o América precisava de um simples empate para confirmar o título potiguar, mas voltou a ensinar o abecedário do ludopédio ao ABC e papou o caneco depois de nove anos.

Quanto ao resto da rodada, é outra história que fica para o próximo domingo, já que todo mundo ficou no tico-tico sem fubá.
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Pif-Paf. Ao longo da semana, uma brincadeira tomou conta do CT santista. Após homenagear Juari, com uma corridinha ao redor da bandeira de escanteio, como Neymar iria lembrar Serginho Chulapa ao marcar o gol de número 104: com um soco em Domingos ou uma cabeçada num jornalista? Nem uma coisa nem outra. A pérola do Santos apenas estrebuchou no gramado.

Sugismundo Freud. A vida é imprevisível e curta: coma a sobremesa antes.

Só no sapatinho. E o soberano São Paulo, hein? Vive fase esplendorosa: quatro anos sem levantar um mísero caneco, voa no bico do corvo na Copa do Brasil, briga com o garoto Oscar, arruma quiproquó com o rei Leão, devolve a Taça das Bolinhas, procura patrocinador master há muito tempo, capitão Rogério Ceni responde processo por falsidade ideológica em multa... Desde que mandou ‘Muriçoca’ Ramalho embora, em 2009, acumulou uma montanha de erros e reforços que nada acrescentaram. Isto posto, segue o baile.

Twitface. A nobre Federação Paulista de Futebol, capitaneada pelo impoluto Marco Polo Del Nero, fez de tudo, e mais um pouco, para lotar o Morumbi. E não deu outra: 40.146 pagantes – sobraram apenas 20 mil, um terço do estádio vazio.

Ave-Maria. Pelo jeito, os chineses ainda não abriram devidamente os olhos para o esporte bretão. O Shangai Shenhura ofereceu um contrato de dois anos a Ronaldinho Gaúcho, com salários de R$ 1,3 milhão e adiantamento de R$ 5,8 milhões. Nem em decisão de título São Judas Tadeu foi tão procurado por rubro-negros para dar uma forcinha ao negócio, já que o clube também embolsaria uma bela grana.

Tiro curto. Não há dúvida: rebaixamento em Primeiro Mundo é bem diferente. Torcedores do Colônia tocaram fogo no próprio estádio.

Gilete Prees. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha’: “Antigamente havia mais craques em um grande time ou na seleção, mas havia também muitos pernas de pau. Os espaços maiores serviam para os craques mostrarem seus talentos e, para os medíocres, suas limitações. Ninguém enganava. Medíocre tinha jeito e cara de medíocre. Não fazia pose de craque.” Na mosca, como sempre.

Tititi d’Aline. Marias-chuteiras e que tais em alerta: pesquisa mostrou que 58% dos homens adoram faróis originais. Nada de silicone.

Você sabia que... o Paulistinha não tem um tricampeão desde 1969, quando o Santos de Pelé ganhou três títulos consecutivos?

Bola de ouro. Messi. Cinquenta gols no Campeonato Espanhol e 72 na temporada. Menção honrosa: Juventus. Mais um scudetto na coleção.

Bola de latão. Cuba. Tricampeã mundial e olímpica, a seleção desistiu de brigar por uma vaga em Londres no Pré mundial do Japão. Falta de dinheiro.

Bola de lixo. Olimpíada. Os organizadores investiram US$ 1,6 bilhão na segurança dos Jogos, mas não conseguiram evitar que uma falsa bomba entrasse com um motorista no parque olímpico de Londres.

Bola sete. “Existem dois tipos de treinadores: o que está demitido e o que vai ser demitido” (do ‘professor’ Vagner Mancini, balançando mais que rabo de boi na Toca da Raposa – faz sentido)

Dúvida pertinente. Palmeirenses, são-paulinos e corintianos, componentes do badalado ‘Trio de Ferro Velho’, se esbaldaram no domingo legal?