terça-feira, 24 de novembro de 2015

Del Nero não quer bustos

Hoje Walter Feldman, o secretário-menor da CBF, justificou as ausências do presidente da entidade na premiação do Campeonato Brasileiro e nos jogos da Seleção disputado no país.
“O Marco quer apenas parar de personificar a função e institucionalizar tudo que for ligado à CBF. Não há essa necessidade de ficar aparecendo. O importante não é estar na foto ou na fita, mas sim estar trabalhando, como ele vem fazendo”, explicou.
E completou, candidamente:
  
“O presidente não quer nomes, bustos, apenas a CBF presente”.
“Marco” (não é linda a intimidade?), que adorava desfilar com namoradas extravagantes, teve, segundo seu fiel secretário, um surto de humildade e não quer mais “bustos”.
Pobre presidente, pobre secretário.
O primeiro talvez entre para um mosteiro franciscano e o segundo, bem, o segundo perdeu completamente o senso do ridículo.

Série B

20h30



Boa Esporte ClubeBOA
ABCABC

Liga dos Campeões

17h45

LyonLYO
Gent



Liga dos Campeões

17h45

Maccabi Tel Aviv 0x4 Chelsea 

Liga dos Campeões

17h45


PortoFCP
Dynamo KievDYN



Liga dos Campeões

17h45



Bayern de MuniqueMUN
OlympiacosOPC

Liga dos Campeões

17h45




ArsenalARS
Dinamo ZagrebDZG

Liga dos Campeões


17h45
BarcelonaBAR
RomaROM


Liga dos Campeões

15h00




ZenitZEN
ValenciaVAL

Liga dos Campeões

15h00



BATE BorisovBAT
Bayer Leverkusen

A escolha depois do vexame

Sofrer a maior goleada da história do clássico contra o time reserva do Corinthians exige reflexão. Também deixa a disputa pela vaga na Libertadores bem mais complicada. Se não pela matemática, pelo desânimo.
O São Paulo já tem pouco dinheiro e terá menos visibilidade no ano que vem se não for à Copa Libertadores da América –menos chance de bom contrato de patrocínio. Nada disso pode impedir de pensar bem sobre o futuro.
Com Milton Cruz, o time deveria ser mais parecido com o tempo de Juan Carlos Osório do que quando estava sob a direção de Doriva. Também deveria ter mais vibração.
Qualidade de jogo precisa existir por filosofia. Por isso é indispensável escolher bem o novo técnico.
O São Paulo deu sinal a Diego Aguirre de que pode contratá-lo e, por isso, o uruguaio pediu mais uma semana para selar seu destino. Mas Aguirre não é o nome número um.
"Do Al Gharrafa tenho proposta concreta", diz Diego Aguirre.
Claro que ele prefere o São Paulo ao futebol do Qatar. A pergunta é o que o São Paulo prefere. A escolha do novo técnico não pode depender de estar ou não na Libertadores.
O São Paulo é o time de mais posse de bola do Brasileirão, mas é apenas o oitavo em finalizações. É o terceiro em desarmes, mas a combinação significa que o time recupera a bola na defesa e demora para chegar ao gol do adversário. Mudar isso, ter mais marcação por pressão no campo de ataque, mais chutes e gols, depende da escolha do jeito de jogar a partir de 2016.
Não pode ser como ontem.
Quando Joan Laporta assumiu o Barcelona, impôs o estilo que faria o time ser admirado globalmente: atacar. Quando Silvio Berlusconi comprou o Milan, fez o mesmo. Queria pressionar o adversário e fazer gols. Mais do que títulos, isso traria prestígio internacional.
Escolher o técnico exige sacrifício. Uma maneira é decidir pelo nome imponente. Muricy, Tite, Mano... Isso protege o dirigente. O jeito certo –e difícil– é definir o estilo como se pretende fazer a equipe jogar e a partir dela escolher quem vai treiná-la para executar o plano de jogo.
É o dirigente quem deve proteger o técnico. No Brasil, é quase sempre o contrário. O "nomão" serve como respaldo para o cartola.
Aguirre é uma opção, mas não é a única. É mais fácil saber os nomes descartados. Paulo Roberto Falcão não será o novo técnico, nem Cuca, dificilmente será Paulo Autuori. O novo treinador ganhará menos do que recebiam os últimos, porque a conta bancária não ajuda. Ele não precisa ser caro. Precisar ser bom.
Durante vários anos, entre os Menudos de Cilinho e o bi mundial de Telê, o São Paulo foi o time mais alegre do Brasil. Jogava no ataque e era veloz, sempre. De Muricy para cá, o time ficou mais duro, pesado.
Quem tem só memória recente pode preferir o estilo de Muricy. A pergunta não é se você quer ver seu time ganhar. Isso todo mundo quer. É como você pretende ver seu time jogar.
Disso dependerá a escolha do treinador e contratações de jogadores. Se os zagueiros forem lentos, é impossível marcar no ataque. Se não houver quem prenda a bola na frente, não dá para jogar com posse de bola.
Se o São Paulo vai para a Libertadores ou não, é uma decisão que ainda dependerá dos resultados das próximas duas rodadas. Como o São Paulo vai jogar nos próximos dez anos, depende desta semana.
Não pode incluir vexames como o de ontem.
Editoria de Arte/Folhapress
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O SANTOS DA FINAL
O Santos continua favorito para a decisão da Copa do Brasil contra o Palmeiras, mas diminuiu sua força nas últimas rodadas do Brasileiro. Pode ser a ânsia de ganhar o título. É mais rápido e tem mais talento. Dos clubes do Brasil, é quem mais preza pelo seu próprio estilo de jogar.
E O PALMEIRAS?
Para o Palmeiras, conquistar o título da Copa do Brasil é decisão para o futuro. O clube também precisa definir qual é o seu estilo, afinal. Pode ser acadêmico, como manda a sua própria tradição. Mas, para conseguir esta paz, é preciso ganhar uma taça o mais brevemente possível.

Escândalo da Fifa faz Conmebol mudar acordo com Fox na Libertadores

Crédito da foto: Andre Penner / AP
A Fox Sports é a mais nova parceira da Conmebol. Ela refez seu acordo com a entidade máxima do futebol Sul-Americano e garantiu os direitos de transmissão de todos os torneios de clubes organizados na América do Sul até 2018.
A emissora já tinha fechado um acordo para ter a Libertadores até 2018, mas o contrato tinha a Tyc Sports como intermediário. A Conmebol quis romper a relação com a empresa argentina por ela estar sendo investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Neste novo acordo entre as duas partes, os valores do acordo foram aumentados, mas não foram divulgados pela emissora. A Fox também será responsável pela distribuição mundial do sinal.
Além da Libertadores, a Fox Sports terá o direito de transmissão da Copa Sul-Americana, Recopa, Libertadores feminina e sub-20, e torneios de futsal e futebol de areia.
Em 2015, o domínio da Fox Sports na Libertadores conseguiu até tirar o Corinthians da Globo. O primeiro jogo contra o Guarani, por exemplo, não foi televisionado em TV aberta e a Fox teve exclusividade, assim como o jogo de volta entre São Paulo e Cruzeiro.
Os acordos de repasse da transmissão para o SporTV, que televisionou a Libertadores, mas sem prioridade de escolha das partidas da rodada. O acordo entre as emissoras será mantido.

Corinthians fecha amistoso e vai enfrentar time de Ronaldo nos EUA

O Corinthians fechou o amistoso contra o Fort Lauderdale Strikers, o time dos Estados Unidos que tem como um dos sócios o ex-atacante Ronaldo.
Não está descartado que o Fenômeno participe alguns minutos do confronto, atuando por seu ex-time. Ele esteve na festa corintiana após o hexacampeonato.
O jogo será no dia 23 de janeiro, depois da presença corintiana na Florida Cup — partidas dia 17 de janeiro, contra o Atlético-MG, e dia 20 frente ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
O Strikers participa de uma divisão intermediária de futebol nos EUA e receberá o Corinthians no Lockhart Stadium, em Fort Lauderdale, cidade próxima a Miami.
Os ingressos estão à venda por meio do site futebolcard.com, empresa brasileira que fez parceria com o time de Ronaldo para a venda online de bilhetes dos jogos da equipe. Os preços vão de US$ 10 (R$ 37) a US$ 20 (R$ 74).

Hexa com chocolate!

A época é de Natal, a Páscoa já passou.
Só que não avisaram o time misto do Corinthians, com nada menos que oito jogadores diferentes em relação ao jogo contra o Vasco.
A missão deles, não perder no dia da festa do hexacampeonato para o arquirrival São Paulo em luta pelo G4, era complicada.
Empatar estaria de bom tamanho. Vencer seria divino.
Mas Bruno Henrique, Romero, Edu Dracena, Lucca e Cristian, nenhum deles titular, fizeram mais, muito mais. Fizeram 6 a 1 no São Paulo.
Não bastasse a goleada história e impiedosa, Cássio, o único titular remanescente do bicampeonato mundial, ainda defendeu um pênalti cobrado por Alan Kardec, cujo gol, pelo Vasco, em 2007, praticamente derrubou o Corinthians e, na quinta-feira passada, marcou duas vezes para tirar o Galo do páreo.
O jogo foi de um time só, do campeão brasileiro de 2015, agora com 80 pontose 70 gols, saldo de 42.
Um chocolate como poucas vezes se viu num clássico do futebol mundial, desses que serão lembrados para sempre, como o 7 a 1 no Santos, para não falar de outro num momento destes.
Falar de Tite é chover no molhado, mas obrigatório.
A confiança dele no padrão que estabeleceu para o time é tamanha que pôs para jogar dois laterais que não jogavam havia tempo (Fágner e Uendel); não escalou o paredão Gil, para poupá-lo, além de Elias e Renato Augusto, todos vindo de jogos na terça-feira e na quinta; mas deixou de fora também Jadson e, se não bastasse, Vágner Love.
O veterano Danilo entrou para fazer 90 minutos e coroou sua participação com o passe de calcanhar para Lucca fazer 4 a 0, no segundo tempo.
Ah, sim, porque o vareio de bola foi na base do vira três acaba seis, como se seis fosse um número mágico no ano do hexa.
Lucca e Romero nos lugares de Love e Malcom parecia um exagero. Qual o quê!
Os dois jogaram uma barbaridade e o quase pequeno paraguaio ainda fez um gol de cabeça no grandão Lucão, que de aumentativo só tem o nome e talvez preferisse se chamar Lucca.
Com seis (olhaí de novo) pontos a ainda a disputar, o Corinthians precisa de apenas mais um, contra o Sport, no Recife, ou, em Itaquera, contra o Avaí, para passar a ter a melhor campanha da história do Brasileirão com 20 times em pontos corridos.
O corintiano gosta de cantar que é maloqueiro e sofredor, embora não tenha sofrido quase nada neste campeonato e agora desfrute de uma casa que chama de Palácio de Mármore.
Desde 1990, quando comemorou seu primeiro Brasileirão, tem festejado o título do campeonato mais importante do país, em média, a cada quatro anos, para não falar de Libertadores, Mundiais de Clubes, Recopa Sul-Americana, cuja importância maior esteve exatamente no fato de ter sido obtida contra o São Paulo.
Imagine o dia em que o futebol corintiano tiver uma administração profissional de cima abaixo, com capacidade de explorar o que o maior mercado consumidor do Brasil pode proporcionar.
Aí se poderá cumprir o que um dia foi prometido e ficou na promessa: fazer do Corinthians uma das maiores potências do futebol mundial.