segunda-feira, 21 de julho de 2014

Burn, Baby, Burn!

crowd-scene
A derrota do Flamengo no Beira Rio é uma tragédia anunciada que se repete ano após ano com monótona regularidade. Não deveria nem ser noticia, mas dessa vez foi. Porque essa derrota marcou a perda completa da razão por boa parte da torcida do Flamengo. Tá todo mundo louco.
Estou falando da parte boa da torcida, aquela que participa, apoia, incentiva, dá sustento pro Flamengo ser o que é e, por extensão, paga o salário de todos esses mulambos que tem envergonhado a Nação duas vezes por semana desde que esse maldito Brasileiro recomeçou. Depois de tanto vexame, de tanta palhaçada e de tanto descaso com a razão de viver de milhões de rubro-negros, até quem é do bem se deixa contaminar pelo desespero e a estreitar cada vez mais a visão.
Nada contra a livre troca de ideias, mas a troca desenfreada de ideias de jerico não traz qualquer beneficio à sociedade. Nisso daí a internet foi um tremendo retrocesso, porque espalha esterco sobre um enorme numero de pessoas. Um débil-mental qualquer diz que perder pro Inter é uma boa porque acelera a queda do Ney Franco e nego acha normal. Uma outra besta declara que ir pra 2a Divisão pode ser bom pra reestruturar o clube e nego acha normal. Marginais enfiam a porrada num jogador e nego acha normal. Ventila-se a possibilidade de um golpe de estado no clube, com deposição dos dirigentes eleitos e nego acha normal.
É como se o universo paralelo onde vive o torcedor de futebol, onde reina a absoluta relativização dos princípios básicos de convivência, se sobrepusesse sobre a dimensão do real. Nesse universo peculiar para o Flamengo não ser rebaixado é permitido remover, ultrapassar, derrubar e ignorar qualquer barreira ética e moral. E sem precisar deixar de ser uma pessoa legal, que respeita as leis e deseja a paz mundial. Todos fofos.
Parecem aqueles camponeses de filme de terror, que inflamados por um fofoqueiro da aldeia saem à noite em procissão macabra, com forcados, foices e tochas nas mãos em direção à casa mal assombrada mais próxima para queimar bruxas, vampiros ou cientistas loucos. Eles não sabem bem porque estão participando do pogrom, mas vão na onda e em 99% dos filmes estão cometendo uma injustiça ou uma covardia. Depois de consumada a covardia ficam sabendo da verdade e então se arrependem profundamente, o que rende um final moralista.
Bom, mas isso é no cinema, na vida real a parada é bem menos simples. Portanto, se estiver comprando tickets ou abadás para uma dessas excursões punitivas com tochas, verifique cuidadosamente em que ou em quem estão pretendendo botar fogo. Um provável rebaixamento do Flamengo é sim, uma tragédia. O apocalipse, o Ragnarök, o crepúsculo do deuses, mas não é motivo para apoiarmos violências, quarteladas ou fazer propaganda pros oportunistas de sempre nos venderem carnês do baú.
Eu adoraria ter uma solução pronta para acabar com essa vergonha que está acontecendo com o time do Flamengo, mas não tenho. Mas tenho uma ideia ou outra que talvez seja úteis para se começar a buscar a solução sem ninguém precisar queimar a Gávea.
O problema do Flamengo é localizado, fica no departamento de futebol. É nesse departamento que essa diretoria tem errado mais, e como o futebol é a razão de ser de todo o Flamengo, os erros que se cometem no futebol tem o poder de ofuscar, encobrir, obliterar qualquer acerto passado em qualquer outra área da gestão do clube. Pode soar meio injusto, mas lá na Gávea é assim.
A primeira coisa que precisa ser feita é designar imediatamente um VP de Futebol, seja ele quem for. A atividade-fim do Flamengo tem que ter uma cara, alguém de quem se possa cobrar resultados, apresentar sugestões e que fale em nome do clube nas coletivas pós-jogo. Quando a chapa esquenta não queremos ouvir funcionários, queremos falar com os patrões. Precisamos de um nome pra poder gritar Fora, Fulano! quando estamos perdendo de 4 x 0. Tava muito mal com o Wallim, mas tá muito pior sem ele, isso é evidente. Ponham logo alguém aí na linha de frente, que isso não é hora do futebol ficar acéfalo.
E esse alguém que vai segurar esse rabo de foguete tem que chegar com moral pra passar o rodo no elenco. É visível a olho nu que o Flamengo está refém de jogadores que já não servem ao Flamengo, apenas se servem do Flamengo. E que alguns estão nitidamente jogando de sacanagem! Como já fizeram comprovadamente inúmeras vezes, sempre que algo ou alguém não os agrada. E se o técnico atual não tiver estomago ou culhão pra executar a tarefa de afastar os indesejáveis e fazer o time jogar bola, então ele também faz parte do problema e não da solução. Logo, deve vazar também.
Por enquanto é isso, se eu por acaso tiver mais alguma ideia construtiva, não violenta e não atrabiliária, colocarei imediatamente na roda.
Mengão Sempre
≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈

≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈
Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo nosócio torcedor.

MUSAS DO ESPORTE

Petkovic avança para qfs Em Bad Gastein


caroline wozniacki na praia com as amigas (Foto: Reprodução/Twitter)
caroline wozniacki na praia com as amigas (Foto: Reprodução/Twitter)
caroline wozniacki na praia com as amigas (Foto: Reprodução/Twitter)

O discurso da inpotência venceu

Eis o resultado do pensamento pequeno. Demorou, mas o trabalho parece concluído. Opinião pública, torcida e, a julgar pela postura em campo, até jogadores já estão convencidos de que o Flamengo atual é uma instituição com aspirações menores, destinada ao papel de coadjuvante. E, sendo assim, perder um jogo após outro é normal.

No Beira-Rio, a exibição pálida, conformada, passiva deste Flamengo que já lida com uma fartura de limitações em seu elenco, foi reveladora. É o retrato de um clube. O discurso da terra arrasada realmente parecia conveniente a quem se propunha gerir o clube. Afinal, valorizaria qualquer tímido avanço. Na lógica do quanto pior, melhor. Dívida inflada e depois corrigida num passe de mágica, investimentos modestíssimos, tudo à feição. Só que, repetido à exaustão, o discurso agora cobra seu preço. O Flamengo se apequenou de vez. Levou o personagem pra cama. Pode acabar sendo fatal.

Hoje, o discurso soa tão frágil quanto o time que tem entrado em campo. Basta olhar os números e toda a realidade do clube soa injustificável. Sejamos coerentes. Quantas vezes a opinião pública cobrou o cumprimento de compromissos e a redução dos absurdos débitos dos clubes? Mas o Flamengo de hoje, conforme denuncia seu balanço, diminuiu muito menos do que o prometido a sua dívida. O elenco frágil, em tese explicado pela falta de dinheiro, é dos mais caros do Brasil. Ou seja, gasta-se muito com o time atual. Para completar, o planejamento financeiro, estrela da atual gestão, conduziu à repetição do filme dos atrasos nos salários.

É justa e elogiável a preocupação de não endividar o clube ainda mais. Aliás, deveria ser obrigação, embora no Brasil ainda soe como exceção. Mas os valores que giram anualmente no futebol do Flamengo não combinam tanto com a palavra austeridade. Quando avaliados tendo como parâmetro a qualidade do futebol que é jogado, combinam mesmo com a palavra equívoco.

Mas a naturalidade com que foi construída a goleada no Beira-Rio revela que, mais grave do que os erros na montagem do elenco, é a filosofia que reina no clube. Quando viajou a Porto Alegre, o Flamengo o fez como se dirigisse a um ritual sumário e inevitável de sacrifício, de execução. O discurso da impotência venceu.

O estrago está feito. É lógico que há sinais claros de acomodação em campo, é notório que Ney Franco carece tanto de peças quanto de convicções mesmo após 40 dias de treino. Mas o Flamengo de hoje não convida seus profissionais a ousar, a pensar grande. Convida todos a aceitarem as derrotas como banalidade. Como se a herança justificasse todas as limitações, mesmo aquelas que vêm de quem prometeu ser revolucionário na gestão. As promessas de um mundo novo tornam justas as expectativas de, ao menos, um pouquinho mais de ousadia e soluções criativas. Normal esperar mais de quem promete ser diferente.

Mergulhar na crise ainda no início do campeonato costuma oferecer mais chances de salvação aos clubes grandes. E o Flamengo pode se salvar. Afinal, se o objetivo que hoje soa mais realista é a simples permanência na Série A, a concorrência não é das mais brilhantes. Mas para vencê-la, o primeiro passo é romper com o pensamento tacanho.

Eles sempre tremem diante da amarelinha


'A chegada do Dunga é um gancho no fígado. Recorremos ao passado', analisa Hofman
Admito que senti o golpe.

Como um gancho bem aplicado no fígado.

E não me refiro ao 7 a 1, mas sim aos dias seguintes.

Primeiro a permanência de José Maria Marin e o futuro com Marco Polo del Nero.

Depois o imediatismo de Gallo em sua apresentação, mostrando que o principal objetivo é a conquista da medalha de ouro olímpica.

Na sequência, o anúncio do ex-empresário de jogadores Gilmar Rinaldi como novo Coordenador das Seleções Brasileiras.

Por fim, o soco melhor aplicado: Dunga está de volta.

Falávamos em renovação, novas ideias, revolução, novas táticas. Recorremos ao passado.

Reinicia-se agora uma discussão de quatro anos atrás. Estamos analisando se Dunga fez ou não fez um bom trabalho no comando do escrete canarinho e se merecia outra oportunidade.

Não é esse o ponto. Não é essa a discussão. Não era esse o caminho.

DIVULGAÇÃO
Escrevi isso no dia da queda de Felipão
Escrevi isso no dia da queda de Felipão
Dunga fez um bom trabalho, com um desfecho terrível por conta de suas próprias escolhas na formação do elenco. Ponto. Acabou. É passado.

Depois do que fez a Alemanha na Copa, o Brasil precisava de algo novo. Mentalidade nova, ideias diferentes. Todo um trabalho novo.

Revolução é o termo que prefiro nesse momento. Passando pelas federações estaduais e pela base dos clubes. Avançando pela estrutura do futebol brasileiro. A Seleção seria consequência.

Temos pessoas capacitadas, mas estas não são "amigas" da CBF. Existem ideias colocadas na mesa, como a democratização da CBF, já bem explicada pelo Bom Senso. Nem de perto é cogitada pelos dirigentes.

Nada vai mudar. Tudo continuará como antes, ou até pior.

E o que mais me entristece é perceber que estamos, mais uma vez, perdendo o bonde da história.

Dunga e companhia podem conquistar tudo nos próximos quatro anos e ficarem com o hexa. Provavelmente teremos gritos de "essa é para vocês, seus traíras". A população sairá às ruas para comemorar. Não basta.

O possante treinador seguirá achando que os rivais sempre tremem diante da amarelinha. Que isso é o suficiente.

Precisávamos de mais. Muito mais. E isso não vai acontecer.

Em 2018, independentemente do resultado, falaremos novamente em mudanças, renovação...

Poucas vezes o abatimento tomou conta de mim como agora.

MOWA SPORTS
Triste demais
Triste demais

Na derrota do São Paulo, o dilema de Muricy, que tenta se afastar do "Muricybol"

O São Paulo fez 30 cruzamentos na área da Chapecoense, sábado, no Morumbi. A simples apresentação de tal número leva muitos a uma conclusão que pode ser precipitada: "Ah foi só Muricybol". Será? O time não tem sido apenas isso e vale ressaltar que tal conceito futebolístico não se limita à bola cruzada. O time batido em casa gosta de ficar com a bola. Nesta derrota por 1 a 0 foram 585 passes, com 91% de acerto. Os tricolores finalizaram 11 vezes, três no alvo, perdendo no único arremate certo do time catarinense, que somou quatro tiros na direção da meta são-paulina. Os números são do Footstats.
Terceira no ranking de passes certos (atrás de Flamengo e Fluminense), a equipe do Morumbi tem média de 367 por cotejo. No Brasileiro do ano passado, o São Paulo liderou esse ranking com 370 a cada jogo. Antes do retorno do treinador a média era de 369 e praticamente não se alterou com a reestréia de Muricy na 21ª rodada. O problema? Muitos toques laterais, posse de bola sem produtividade. O perfil não se modificou mas o time saiu da zona do rebaixamento com o novo-velho "professor". E melhorar isso é o desafio do técnico conhecido pelo estilo de jogo competitivo, mas duro, pragmático.
A exemplo do Santos de Muricy em 2012, no ano passado os são-paulinos ficaram apenas no 17º posto do ranking de times que mais cruzaram. Só Bahia, Santos e Ponte Preta levantaram menos a bola na área inimiga nas 38 rodadas de 2013. Neste campeonato o São Paulo tem cruzado mais e a derrota para a trancada equipe de Chapecó fez o time entrar no "top 5" das pelotas alçadas. No mapas de movimentação (abaixo) você observa por onde o time paulista atuou, mais pela esquerda, com Álvaro Pereira, Osvaldo e Souza.
ESPN TRUMEDIA
O time do São Paulo na derrota para a Chapecoense: mais à frente pela esquerda
O time do São Paulo na derrota para a Chapecoense: mais à frente pela esquerda
Os catarinenses, observe (abaixo), jogaram em seu campo, fechadinhos. Mesmo com apenas 34% de posse de bola, a Chapecoense desarmou menos do que o São Paulo, que recuperou a bola 19 vezes contra 17. Paulo Henrique Ganso, ao lado de Douglas, apareceu entre os melhores neste fundamento, com quatro cada. A pressão fez o time de Santa Catarina rebater a bola 56 vezes! Número elevadíssimo. Quem mais a rechaça para longe de sua área, o Atlético Paranaense, tem média 52 por peleja.
ESPN TRUMEDIA
Chapecoense em campo contra o São Paulo: jogo concentrado na defesa
Chapecoense em campo contra o São Paulo: jogo concentrado na defesa
Fica claro que o sistema defensivo bem montado pela Chapecoense barrou um São Paulo que tentou fazer o seu jogo. O time de Muricy já tem a bola. Precisa se aprimorar para saber exatamente o que fazer com ela, principalmente diante de defesas fechadas. Desde a goleada por 4 a 0 que sofreu em 2011, no comando do Santos, quando perdeu a decisão do torneio Mundial da Fifa, o treinador tenta mudar o perfil de suas equipes. Com os jogadores que conta, pelo menos em tese, ele tem essa chance. Terá capacidade? Tempo? Imprensa e torcida demonstrarão paciência? Taí o problema.
DIVULGAÇÃO
Muricy Ramalho lamentou a falta de chances claras para o São Paulo
Muricy Ramalho lamentou a falta de chances claras para o São Paulo: posse de bola sem ameaçar

RENOVAÇÃO PRA COPA DA RUSSIA

Rio - Não é só a seleção brasileira que passará por renovação para a Copa na Rússia. As demais campeãs mundiais e a Holanda já articulam mudanças. Bruscas, em alguns casos — como na Espanha e Itália, eliminadas de forma precoce no Mundial do Brasil. Em outros, há a continuação de um planejamento bem-sucedido — como na campeã Alemanha, recompensada por uma reestruturação que começou há dez anos.
Com o fim da Copa, despedem-se da competição nomes de peso: o italiano Pirlo, esteio da Azzurra; Xavi, principal nome da Fúria que dominou o esporte por seis anos; Klose, maior artilheiro da história dos Mundiais e o alemão Lahm; a dupla Gerrard e Lampard, referências da Inglaterra que, novamente, decepcionou.
O desafio das seleções é fazer com que a reciclagem seja pouco perceptível dentro de campo, sobretudo no âmbito dos resultados. Até porque, ano que vem, haverá a Copa América, e em 2016 a Eurocopa. Primeiras prévias do que poderá acontecer na Rússia.
ALEMANHA
Os alemães largam de antemão como favoritos. Da base que venceu a Copa, apenas Neuer, Schweinsteiger, Khedira e Lahm estarão com mais de 30 anos. Mas deverão jogar na Rússia. Kroos, Müller, Özil, Götze, Schürrle e Hummels seguem na equipe, que ainda contará com Marco Reus (cortado agora por lesão). O jovem Julian Draxler, pouco usado no Brasil, é uma das principais revelações do futebol europeu, e Gundogan, do Borussia Dortmund, é nome certo para a Rússia.
Lahm anunciou aposentadoria da seleção alemã
Foto:  Reuters
ARGENTINA
Lionel Messi completará 31 anos durante a Copa da Rússia. O argentino já será um veterano de quatro Mundiais e nenhuma conquista. Um peso que se acumula nas costas de Messi desde 2006, quando estreou na competição. Em 2018, deverá capitanear os hermanos novamente ao lado de Di María, Agüero e Higuaín. Todos já na casa dos 30 anos.
Contudo, não está garantida a presença do xerife Mascherano, e vários nomes da defesa serão substituídos.
O setor ofensivo apresenta as principais revelações, como o atacante Mauro Icardi, da Inter de Milão, o apoiador Lamela, do Tottenham, e Juan Manuel Iturbe, que já defendeu a seleção paraguaia e, depois, atuou nas categorias de base da Argentina. E acabou de assinar contrato com a Roma.
No comando, é quase certa a saída de Alejandro Sabella, e Tata Martino é o favorito para o posto. Corre por fora o nome do ídolo Diego Simeone.
Messi terá 31 anos na próxima Copa do Mundo
Foto:  Reuters
ESPANHA
Na Fúria, a necessidade de renovação é urgente. O elenco campeão do mundo em 2010 fez feio no Brasil, e mesmo os mais jovens estarão com mais de 30 anos em 2018, como os zagueiros Piqué e Sergio Ramos e o apoiador Fàbregas. Terá 34 anos o astro Iniesta, e Diego Costa, se receber novas oportunidades, somará 29 anos.A esperança dos espanhóis reside no meio-campo: Koke, Isco, Iturraspe e Thiago Alcântara, filho de Mazinho, já brilham na Europa, mas receberam poucas chances na seleção.
Iniesta poderá estar no Mundial da Rússia
Foto:  Márcio Mercante / Agência O Dia
URUGUAI
A Celeste que saiu do Brasil nas oitavas participou da Copa com 15 remanescentes de 2010. Houve pouca renovação, e muitos veteranos não estarão na Rússia, como o zagueiro Lugano e o ídolo Diego Forlán. Godín, referência da defesa, estará com 32 anos, mas os atacantes Edinson Cavani e Luis Suárez, os dois principais craques, são retornos quase certos, e uma das principais revelações do país, o apoiador Giorgian de Arrascaeta, é cotado para assumir uma vaga de destaque. Técnico da equipe desde 2006, Oscar Tabárez segue com respaldo.
HOLANDA
Um dos craques da Copa, Robben não descartou jogar a edição da Rússia com 34 anos. Mesma idade de Robin, van Persie e Wesley Sneijder. O recém-contratado Guus Hiddink conta com ótimos jovens em outras posições do campo, que serão bons escudeiros dos veteranos em 2018. A exemplo de Kevin Strootman e do armador Marco van Ginkel. Na defesa, praticamente não haverá mudanças em relação a agora. Todos estarão em condições de participar da próxima Copa.
FRANÇA
Os franceses deixaram o Brasil otimistas. Os ‘Bleus’ mostraram plenas condições de fazer uma boa Eurocopa em casa, em 2016. Sobretudo pela emergência da dupla Pogba e Matuidi. No ataque, Benzema servirá como referência em 2018, e Griezmann ganhou pontos com Didier Deschamps. Na defesa, enquanto medalhões como Evra e Sagna estão se despedindo, Värane, de 21 anos, é incontestável. Já Ribéry, a maior estrela, machucou-se antes do Mundial e estará com 35 anos na edição da Rússia. Dificilmente será protagonista.
Revelação da Copa, Pogba estará no próximo Mundial
Foto:  Reuters
ITALIA
Azzurra, a principal dúvida é a permanência de Buffon, já com 36 anos e cinco Copas no currículo. Antonio Conte, contratado para o lugar de Cesare Prandelli, perderá ainda as referências Pirlo e De Rossi, e nomes importantes como Cassano, Barzagli e Chiellini dificilmente ficarão para a Rússia. Resta contar com o explosivo Balotelli para liderar a Itália e investir no jovem Marco Verratti para a vaga de Pirlo. Ciro Immobile e Insignesão boas opções para o ataque. Na defesa, eterna marca dos italianos, as opções são bem mais escassas.
INGLATERRA
A imprensa inglesa já banca que caberá a Wayne Rooney liderar os jovens do país. O craque fará 33 anos em outubro de 2018 e será o único ‘sobrevivente’ da geração que, ao longo dos anos 2000, prometeu muito e entregou pouco.
Rooney deve atuar em 2018
Foto:  Efe
Roy Hodgson, mesmo contestado, está garantido no cargo ao menos até a Eurocopa de 2016 e já iniciou o processo de renovação. Wilshere, Sturridge, Welbeck, Lallana, Barkley e Oxlade-Chamberlain vieram ao Brasil, adquiriram experiência e formarão a base da Inglaterra na Rússia. Um desafio é encontrar substitutos para os zagueiros Jagielka e Cahill. O principal nome é Phil Jones, do Manchester United. Nas laterais, Kyle Walker e Luke Shaw despontam como os sucessores de Johnson e Baines.