segunda-feira, 8 de julho de 2013

A vida sem Neymar

A segunda vitória do Santos depois da despedida de Neymar aconteceu graças à mesma política de revelações que fez surgir na Vila Belmiro o maior talento brasileiro dos últimos anos.
Ontem, o time campeão da Copa São Paulo, em janeiro, estava no Morumbi. O mesmo técnico, Claudinei Oliveira, e quatro destaques daquela campanha --Neílton, Leandrinho, Giva e Pedro Castro.
O firme zagueiro Gustavo Henrique completou a lista dos representantes das divisões de base. Antes do clássico, o presidente em exercício, Odílio Rodrigues, fez questão de tratar Claudinei Oliveira como "técnico do Santos." A médio prazo, a ideia pode mudar. Mas a atuação no Morumbi dá crédito a quem apostar na nova geração de meninos.
Claudinei escalou Leandrinho para fechar o lado direito e deixou Neílton atacar pela esquerda (veja ilustração). No segundo tempo, apostou em Giva como centroavante, substituto de Willian José. Em seu primeiro toque na bola, o primeiro gol santista.
Como o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro escreveu ontem na Folha, revelar e manter jogadores deu mais receita ao Santos do que a política exportadora de outros tempos.
O contraste com a falta de rumo do São Paulo se evidencia justamente nesse quesito.
Há quatro anos, uma das razões da troca de Muricy Ramalho por Ricardo Gomes era tentar melhorar a transição das divisões de base de Cotia para o CT dos profissionais.
Razão semelhante produziu a demissão de Muricy do Santos há um mês. O Santos sabe que só tem um caminho: revelar. Muito melhor do que contratar os jogadores medianos disponíveis no mercado que agradam a Muricy.
Às vezes, melhor até do que contratar craques consagrados, como Ganso. Ontem, Milton Cruz deslocou Ganso para a esquerda, por entender Jadson como seu armador mais produtivo.
O maior problema do São Paulo não parece ser a falta de talento, mas a ausência de alguém capaz de comprometer os jogadores e fazê-los se comportarem como um time.
Nos últimos quatro anos, Cotia forjou o melhor jogador do Tricolor --Lucas. Mas o baixo aproveitamento da base não ajudou a produzir um time vencedor.
Isso coloca Juvenal Juvêncio numa encruzilhada.
Contratar Muricy é voltar no tempo, de certa forma admitir o fracasso da operação Cotia, neste momento. Não o contratar é comprar briga com a arquibancada.
Ver nascer uma nova geração de garotos santistas justamente no clássico é perceber que o rival foi mais feliz na política que Cotia deveria representar.


Claro, é precoce dizer que os novos meninos da Vila representarão sucesso. Mas é justa a lembrança de que esse caminho levou o Santos a seus períodos mais vitoriosos, de Pelé a Neymar.

O futuro de Murray

O Everest da carreira de Andy Murray ficou para trás, finalmente. Ele foi campeão da edição mais insana de Wimbledon, que começou com o belga Steve Darcis batendo Rafael Nadal em três sets, passou por sete abandonos no mesmo dia, pelo saque-voleio de Sergiy Stakhovsky contra Roger Federer, pela virada de Sabine Lisicki contra Serena Williams, pelo título da excêntrica Marion Bartoli e terminou com o jejum de 77 anos dos britânicos em casa.
Todos sabemos como Murray chegou aqui. Ele sempre teve o talento, mas faltava a cabeça. Após ver Novak Djokovic sair do papel de coadjuvante e virar número 1 do mundo, o escocês decidiu contratar um treinador. O treinador: Ivan Lendl. Já no Australian Open de 2012, Murray levou Djokovic quase ao limite na semifinal. Então, ele fez sua primeira final em Wimbledon, superando o histórico de Tim Henman. Algumas semanas depois, jogou o melhor tênis de sua vida nas Olimpíadas. Finalmente, o primeiro Slam foi vencido de forma turbulenta e sob ventania no US Open.
O semestre inicial de 2013 não foi dos melhores e a temporada de saibro foi um desastre, mas tudo seria esquecido se ele fosse campeão de Wimbledon. Por isso, a decisão de não jogar Roland Garros foi um grande acerto (e acredito que Lendl teve um dedo nisso). Durante a campanha, para a surpresa de todos, o adversário que mais colocou o título em perigo foi o (agora não mais) decadente Fernando Verdasco.
A dúvida é para onde Murray vai agora. O maior objetivo de sua vida foi alcançado. Não é fácil reunir forças outra vez e procurar outras coisas com a mesma vontade. Mas há sim alguns feitos que Murray pode atingir para rechear seu currículo:
1. Ser número 1 do mundo
Neste ano, a tarefa parece impossível, já que Djokovic e Nadal estão bem acima, pois tiveram um grande primeiro semestre. Essa é uma missão que ficará para a próxima temporada, mas totalmente dependente da próxima meta.
2. Melhorar no saibro
A única temporada boa que Murray fez no saibro foi em 2011 (semifinais em Roland Garros e Monte Carlo). É um pedaço do ano que distribui mais de 5.000 pontos e faz uma diferença gigante no ranking (Nadal que o diga). Em 2013, fez sentido deixar o piso antes, porque ainda havia Wimbledon para vencer. Já no próximo ano, não.
3. Parar de perder finais no Australian Open
Chegar à decisão em Melbourne não é um problema para Murray, ele já fez isso três vezes. Mas saiu com o prato de vice em todas. Podemos dizer que enfrentar Djokovic na Austrália é um pouco (atenção, eu disse um pouco) como pegar Nadal em Paris. Porém, como vimos várias vezes, partidas entre Djokovic e Murray são decididas em detalhes.
4. Ser campeão do ATP Finals
Além de ser o torneio mais importante depois dos Slam, o evento é disputado em Londres (apesar do apoio da torcida ser bem menor do que em Wimbledon).
Sobre Djokovic, posso dizer essa foi sua pior final de Slam junto com o US Open de 2007, sua primeira. O sérvio foi uma máquina de erros não-forçados e seu saque não estava afiado como na semifinal. Mas em um mês começam os grandes torneios da América do Norte, onde ele é o melhor. Oportunidades não faltarão.
Mas, por enquanto, vamos aplaudir o campeão.
PS: Uma grande pena o título de Bruno Soares ter escapado, ainda mais pelos dois match-points perdidos. Mas sabemos que o mineiro continuará com enormes chances de vencer mais um Slam. Só que, com todo respeito a Lisa Raymond, eu sou mais a Makarova.
comentarios

Bruno desperdiça 2 match-points e fica com o vice

Londres (Inglaterra) - Não foi desta vez que o mineiro Bruno Soares conquistou seu segundo título de Grand Slam. Na final de duplas mistas deste domingo, ele a norte-americana Lisa Raymond foram derrotados de virada pelo canadense Daniel Nestor e pela francesa Kristina Mladenovic depois de perderem dois match-points no último set.
Principais favoritos ao título, a dupla do mineiro e da norte-americana não havia perdido sets até a decisão e logo no momento que não podiam perderam logo dois. Depois de 2h04 de confronto, Mladenovic e Nestor, cabeças de chave número 8, concretizaram a vitória, com placar final de 5/7. 6/2 e 8/6.
O jogo começou favorável para Bruno e Lisa, que logo no segundo game se aproveitaram de um game ruim de Nesto no saque para conseguir a quebra. Só que a vantagem não durou muito e logo em seguida a norte-americana também foi quebrada. Os cabeças de chave não desanimaram e ainda converteram mais um break-point, que lhes deram a vitória na parcial.
No segundo set, Soares e Raymond tiveram muita dificuldade para líder com os saques da duplas rival e faturaram somente 20% dos pontos na devolução. Por conta disso, eles não tiveram uma chance de quebra sequer, ao passo que Nestor e Mladenovic somaram quatro, das quais concretizaram duas, igualando assim o marcador.
A definição foi então para o terceiro set, no qual Mladenovic passou por apuros todas as vezes que foi aos serviços. Ela inclusive teve que salvar dois match-points sacando com placar contrário de 5/6, deixando a dupla franco-canadense na partida. Logo depois do sufoco, Bruno não confirmou o serviço e Nestor foi para o saque, confirmou e garantiu a conquista do título de Wimbledon.
Mladenovic e Nestor disputava sua segunda final seguida de Grand Slam, tendo batido na trave em Roland Garros, onde foram derrotados pelos tchecos Frantisek Cermak e Lucie Hradecka. Esta é a terceira vez que o canadense vence nas duplas mistas, tendo conquistado outros oito títulos de Slam nas duplas masculinas. Por sua vez, a francesa já venceu um dos quatro principais torneios do tênis, só que no juvenil, em que levantou a taça em Paris.

Bruno desperdiça 2 match-points e fica com o vice

Londres (Inglaterra) - Não foi desta vez que o mineiro Bruno Soares conquistou seu segundo título de Grand Slam. Na final de duplas mistas deste domingo, ele a norte-americana Lisa Raymond foram derrotados de virada pelo canadense Daniel Nestor e pela francesa Kristina Mladenovic depois de perderem dois match-points no último set.
Principais favoritos ao título, a dupla do mineiro e da norte-americana não havia perdido sets até a decisão e logo no momento que não podiam perderam logo dois. Depois de 2h04 de confronto, Mladenovic e Nestor, cabeças de chave número 8, concretizaram a vitória, com placar final de 5/7. 6/2 e 8/6.
O jogo começou favorável para Bruno e Lisa, que logo no segundo game se aproveitaram de um game ruim de Nesto no saque para conseguir a quebra. Só que a vantagem não durou muito e logo em seguida a norte-americana também foi quebrada. Os cabeças de chave não desanimaram e ainda converteram mais um break-point, que lhes deram a vitória na parcial.
No segundo set, Soares e Raymond tiveram muita dificuldade para líder com os saques da duplas rival e faturaram somente 20% dos pontos na devolução. Por conta disso, eles não tiveram uma chance de quebra sequer, ao passo que Nestor e Mladenovic somaram quatro, das quais concretizaram duas, igualando assim o marcador.
A definição foi então para o terceiro set, no qual Mladenovic passou por apuros todas as vezes que foi aos serviços. Ela inclusive teve que salvar dois match-points sacando com placar contrário de 5/6, deixando a dupla franco-canadense na partida. Logo depois do sufoco, Bruno não confirmou o serviço e Nestor foi para o saque, confirmou e garantiu a conquista do título de Wimbledon.
Mladenovic e Nestor disputava sua segunda final seguida de Grand Slam, tendo batido na trave em Roland Garros, onde foram derrotados pelos tchecos Frantisek Cermak e Lucie Hradecka. Esta é a terceira vez que o canadense vence nas duplas mistas, tendo conquistado outros oito títulos de Slam nas duplas masculinas. Por sua vez, a francesa já venceu um dos quatro principais torneios do tênis, só que no juvenil, em que levantou a taça em Paris.

Bia Haddad é principal atração no ITF de Campinas

Campinas (São Paulo) - Tenista que aparecerá nesta segunda-feira como segunda brasileira mais bem colocada no ranking mundial, a canhota Beatriz Haddad Maia será a principal atração da etapa de Campinas do Circuito Mundial de Tênis Feminino, torneio com premiação de US$ 25 mil que começa nesta segunda-feira, nas quadras de saibro da Sociedade Hípica.

Com fortes concorrentes estrangeiras inscritas, Bia não figura entre as cabeças de chave e terá estreia difícil contra a experiente argentina Mailen Auroux. Em caso de vitória, enfrentará quem passar do jogo entre a boliviana Maria Fernanda Alvarez, cabeça 6, e a paulista Nathalia Rossi.

Paula Gonçalves e Nanda Alves duelam entre si na rodada de abertura, enquanto Laura Pigossi aguarda uma qualificada e Ana Clara Duarte encara a cabeça 1, a argentina Maria Irigoyen. A organização deu convites à nova geração: Carolina Alves, Luísa Stefani e Manoela Chiacchio.

Rio Preto - A argentina Fernanda Molinero conquistou seu primeiro título da temporada e o terceiro da carreira de nível US$ 25 mil, ao ganhar de virada a etapa de Rio Preto do Circuito Mundial na manhã deste domingo. Ela derrotou Irigoyen, que era a principal inscrita na semana, por 0/6, 6/2 e 6/3.

Molinero, de 24 anos, defendeu assim o título que havia conquistado em Rio Preto no ano passado. Ela é a atual 233ª do ranking, mas já figurou como 170ª no ano passado.

A segunda edição do Circuito Mundial de Tênis Feminino do Interior é apresentada pela Usina Colombo/Açúcar Caravelas por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, através do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, e conta com o patrocínio das empresas Mahle, Romi, Tilibra, Poty, Supermercados Sonda e Correios. O apoio é da Confederação Brasileira de Tênis, Federação Paulista de Tênis, do Clube Monte Líbano de São José do Rio Preto e da Sociedade Hípica de Campinas. A organização é da Associação Saque de Ouro.

Teliana vence, fica perto do top 100 e do US Open

Denain (França) - Mais uma vez a pernambucana Teliana Pereira vai poder passar o domingo comemorando. Assim como fez na semana passada em Perigueux, a número 1 do Brasil faturou o título do ITF de US$ 25 mil de Denain, o segundo deste porte na temporada. Com a conquista, ela se aproxima de um lugar no top 100 pela primeira vez na carreira e praticamente se garante na chave do US Open.
Na final deste domingo, a pernambucana derrubou a italiana Alberta Brianti, que já foi 55 do mundo e tem um título de WTA no currículo, por sets diretos, com placar final de 6/4 e 7/5. O grande trunfo de Teliana, principal favorita no evento, durante a partida foi seu excelente aproveitamento nos break-points, concretizou todos os seis que teve a seu favor e ainda salvou três dos sete que enfrentou contra.
Teliana deverá aparecer no 110º posto no ranking a ser divulgado nesta segunda-feira, após Wimbledon, que será o mais alto de sua carreira. Com mais 50 pontos de Denain, que só serão computados na outra lista, ela deve aparecer bem perto do top 100, o que teoricamente já lhe daria vaga direta no US Open de agosto. Vale lembrar que o tênis brasileiro não disputa um torneio de Grand Slam desde 1993.
Ainda na briga por melhores colocações no ranking, a pernambucana radicada em Curitiba vai ter a próxima semana para somar mais pontos no WTA de Palermo. Teliana estreia no saibro italiano contra a atleta da casa Karin Knapp e se passar tem uma segunda rodada complicada contra quem vencer o duelo entre a local Flavia Pennetta e a tcheca Klara Zakopalova, cabeça de chave 4.
Na atual temporada, além dos dois títulos conquistados recentemente, Teliana tem como resultados mais expressivos as quartas de final obtidas no WTA de Cali e as semifinais no WTA de Bogotá, logo na semana seguinte, chegando à penúltima rodada na capital colombiana tendo saído do qualificatório.

Bartoli conquista Wimbledon, põe fim a longa seca e deixa Lisicki chorando

Seis anos depois da primeira participação em uma final de Wimbledon, Marion Bartoli enfim pode soltar o grito de campeã. A número 15 do mundo, que perdeu a decisão de 2007 para Venus Williams, superou neste sábado, sem problemas, Sabine Lisicki por 6/1 e 6/4, na final do Grand Slam britânico. Vibrando muito com o título inédito no All England Club, em Londres, a francesa deixou aos prantos a alemã, que até então era só alegria, principalmente depois de ter tirado ninguém menos que Serena Williams nas oitavas de final do torneio. A 24ª do ranking mundial se prejudicou bastante com os prórpios erros e provocou a derrota muito por ficar visivelmente abalada depois de ter perdido o primeiro set.
tênis marion bartoli troféu final wimbledon (Foto: Agência AFP)Bartoli mostra o sorriso com o troféu de Wimbledon conquistado pela primeira vez (Foto: Agência AFP)
Extasiada com o título inédito, Bartoli foi comemorar a façanha com a equipe que a acompanhou na quadra central do All England Club, com direito a abraço na ex-tenista Amélie Mauresmo, campeã de Wimbledon em 2006, e na compatriota Kristina Mladenovic, que vai disputar a final de duplas mistas contra o brasileiro Bruno Soares, neste domingo. Sentada no banco, Lisicki não segurou as lágrimas, nem mesmo na hora de dar entrevista após o jogo.
- Acho que eu estava sobrecarregada por toda essa situação, mas dou crédito para Marion, ela esteve nessa situação antes e lidou com a situação perfeitamente. Ela merece. Espero ter uma chance novamente. Ainda amo este torneio, eu ainda amo esta quadra. Quero agradecer a toda a minha equipe por estar aqui. Nós já passamos por tanto, altos e baixos. Esta foi a minha primeira final de Grand Slam, mas espero que tenhamos uma outra oportunidade mais uma vez - comentou Lisicki.
tênis sabine lisicki final wimbledon (Foto: Agência Reuters)Lisicki chora ao perder o primeiro set da decisão
por 6/1 (Foto: Agência Reuters)
Com o primeiro triunfo em Wimbledon, Bartoli acabou com uma grande seca na carreira. Somente na 47ª participação em Grand Slams é que a tenista de 28 anos conseguiu conquistar um título de um dos quatro torneios mais importantes do circuito (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open). Nenhuma tenista passou por tantas tentativas até obter o troféu inédito.
- Honestamente, eu não posso acreditar ainda. Sonhei com isso por tanto tempo. Tem sido meu sonho desde que eu tinha seis anos de idade. Eu estava na final, em 2007, eu sei como se sente, Sabine, e eu tenho certeza que você vai estar lá mais uma vez, eu não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Quando eu comecei esta campanha jogando na quadra 14, se tivessem me dito que eu iria ganhar, eu acharia isso impossível - revelou Bartoli.
Depois das entrevistas, as duas cumpriram o protocolo de Wimbledon, de saírem ao mesmo tempo de quadra. Mas elas se despediram do local da final mais do que juntas, abraçadas.
tênis marion bartoli final wimbledon (Foto: Agência Getty Images)Na 47ª participação em Grand Slams, Bartoli enfim conquistou o título de Wimbledon (Foto: Getty Images)
O jogo
Em busca do título inédito, Bartoli e Lisicki sentiram de imediato a tensão de uma final de Grand Slam. As duas começaram a partida pecando nas duplas faltas: a francesa cometeu duas e a alemã, uma. Ambos os erros fizeram as tenistas perderem seus respectivos primeiros games de serviço. Na sequência, Bartoli foi ganhando confiança à medida que via as bolas aceleradas surtirem efeito. Ela achou o ritmo em quadra e dominou a adversária. Com mais uma quebra no segundo break point que teve no terceiro game, a número 15 do mundo passou a frente sem sofrer muito. Somente quando estava atrás por 4/1 é que Lisicki se soltou mais, acertando boas deixadas, mas os erros não forçados e uma nova dupla falta a fizeram ser derrotada em outro game de saque. Depois, ao perder o primeiro set por 6/1, em 30 minutos, a alemã completou sete pontos desperdiçados de forma seguida por falhas próprias. Foram 14 erros não forçados dela na parcial, contra apenas quatro da francesa, em 48 pontos jogados.
tênis marion bartoli amelie mauresmo final wimbledon (Foto: Agência AFP)Bartoli dá um beijo na compatriota Mauresmo, que
a incentivou durante a decisão (Foto: Agência AFP)
A apatia de Lisicki nem lembrava a valente tenista que superou Serena Williams nas oitavas. No intervalo entre os sets, ela até foi chorando para o vestiário. O tempo solitária acalmou a alemã, que conseguiu confirmar o primeiro game de serviço da segunda parcial. Mas as dificuldades continuaram. Bartoli impediu que a adversária convertesse quatro break points em um segundo game de cerca de 10 minutos e ainda conquistou uma quebra com tranquilidade na sequência.
As lágrimas de Lisicki no término do primeiro set se transformaram em intenso pranto quando ela estava sacando com 3/1 contra e cometeu uma dupla falta. Era mais uma nova oportunidade de quebra para Bartoli. Lisicki lutou, salvou alguns break points, mas sofreu a quebra.
A francesa aproveitou o abalo emocional da adversária e chegou a fazer 15-40 quando tinha 5/1. Lisicki respirou fundo e salvou três match points no game antes de confirmar o serviço. O triunfo pareceu renovar o espírito da tenista. O público também fez sua parte e tentou incentivar a alemã. Mais estável, Lisicki conseguiu devolver uma das quebras e vibrou bastante com o feito. Nesse momento, Bartoli pouco produzia em quadra. Lisicki, em reação, estava melhor. Porém, a francesa encontrou seu jogo, pontuou três vezes consecutivas e enfim fechou a partida, com um ace.

Autuori fala em tom de despedida; reunião e coletiva devem selar saída na segunda-feira

Os dias do técnico Paulo Autuori no Vasco parecem estar contados. Insatisfeito com os constantes atrasos salariais, o comandante havia estabelecido o mês de julho como limite para que a situação fosse resolvida. Como o clube ainda deve dois meses de bonificações, ele se reunirá nesta segunda-feira com o presidente Roberto Dinamite, o diretor geral Cristiano Koehler e o diretor executivo de futebol Ricardo Gomes para discutir o futuro.
"Não vamos nos posicionar hoje, só amanhã [segunda]. Vamos ter uma conversa amanhã, com o presidente, Autuori e Ricardo. Talvez nem seja amanhã, [a definição] pode acontecer só na terça", revelou Koehler, por telefone, ao ESPN.com.br.
O próprio Autuori falou em tom de despedida na entrevista coletiva após a derrota por 5 a 3 para o Internacional, em Caxias do Sul, neste domingo. O comandante voltou criticar a inabilidade do Vasco de cumprir com as suas obrigações financeiras, e revelou que já comunicou à diretoria a sua decisão sobre o futuro.
"A situação do clube não é de hoje, vem de longo tempo,. Eu me sinto, como todos os outros, completamente impotente para fazer coisas quando minimamente a gente não consegue cumprir com as nossas obrigações. Em relação à minha posição, a direção já sabe aquilo que eu já defini com eles", afirmou.
Getty
Paulo Autuori, técnico do Vasco, no jogo contra o Internacional em Caxias do Sul
Paulo Autuori, técnico do Vasco, no jogo contra o Internacional em Caxias do Sul
Questionado sobre qual seria a sua posição, o treinador disse que a diretoria se pronunciará na segunda-feira, e lembrou que o respeito ao "deadline" para a quitação de dívidas estava previsto no seu contrato.
"Eles vão falar. Quando eu acertei publicamente ficou claro que, se não cumprissem, teriam que asssumir, porque isso está no meu contrato. Eu não vim aqui para ser mais mais um, para empurrar as coisas com a barriga. Desde sempre eu disse que não vou ficar de papo, ou de palavras, ou empurrar as coisas com a barriga", completou, misterioso.
Paralelamente, a assessoria de Autuori anunciou que o treinador concederá entrevista coletiva na segunda-feira. O evento, no entanto, não acontecerá em São Januário. A tendência é que o técnico aproveite a ocasião para anunciar a sua saída do Vasco.
O clube, por sua vez, vive a expectativa de obter na próxima semana certidões negativas de débito, que permitiriam a renegociação da dívida com o Ministério da Fazenda e desbloqueariam a receita penhorada do ex-patrocinador Eletrobras. Essa verba seria aplicada justamente na quitação de dívidas com funcionários e jogadores.

Teliana: 'Cada semana sinto estar crescendo mais'

Denain (França) - A pernambucana Teliana Pereira, atual 124 do mundo, conquistou neste domingo, mais um título no circuito profissional. A número 1 do Brasil ergueu o troféu no ITF de Denain, na França, evento sobre o saibro e com premiação de US$ 25 mil. É sua segunda conquista no local repetindo o feito de 2011.
Teliana superou uma dura batalha de dois sets contra a experiente italiana Alberta Brianti, de 33 anos e que já foi 55 do mundo, com parciais de 6/4 7/5. "O jogo hoje foi muito no mental. A Alberta é uma ótima tenista, varia bem o jogo e sabia que não poderia vacilar. Entrei bem focada, jogando firme todos os pontos e pressionando ela o tempo todo", afirmou a pernambucana.
Em duas oportunidades, a brasileira esteve abaixo na segunda etapa, com 0/2 e depois com 3/5, mas virou e fechou em sets diretos. "Sabia, mesmo perdendo, que se jogasse ponto a ponto, sem errar, ela poderia sentir o momento. Então procurei ficar tranquila e jogar solta", acrescentou Teliana, que faturou o segundo na temporada
"Estou muito feliz, jogando muito bem, a cada semana sinto estar crescendo mais", comemorou. Com a conquista, Teliana somará 50 pontos no ranking da WTA do próximo dia 15 de julho e pode aparecer dentro do grupo das 100 melhores do mundo. Nesta segunda-feira, dia 8, ela soma os pontos do quali de Wimbledon e do título em Perigeaux , ficando provavelmente na 110ª colocação.
"A evolução no ranking é fruto do trabalho que está sendo feito por toda minha equipe. Patrocinadores e empresários que acreditaram no meu potencial, graças a essas pessoas posso sempre viajar com meus treinadores e ter todo o suporte para ir bem nas competições", continuou Teliana, que segue direto para Palermo, onde irá disputar o WTA local, no saibro.
No torneio italiano, Teliana vai abrir campanha contra a italiana Karin Knapp, 104ª, que perdeu nas oitavas de Wimbledon para a campeã Marion Bartoli. "Depois de semanas em challengers, voltarei aos WTAs agora mais forte e confiante. Vou procurar jogar o meu melhor para seguir evoluindo e crescendo. A Knapp joga muito bem, está numa grande fase. Agora vou recuperar as energias para começar tudo de novo em mais uma semana", finalizou.

Musas do Esporte

MONTAGEM Marta Domachowska e Kim sears (Foto: Agência Getty Images)Kim Stears e Marta Domachowska: as belas namoradas de Murray e Janowickz (Foto: Agência Getty Images)
reprodução playboy Marta Domachowska  (Foto: Divulgação)Marta Domachowska é capa da Playboy polonesa de fevereiro (Foto: Divulgação)