terça-feira, 1 de julho de 2014

Copa do Mundo

17h00

2 BEL Bélgica X Estados Unidos EUA 1

Copa do Mundo

13h00


1 ARG Argentina X Suíça SUI 0

No meio da Copa do Mundo, Flamengo e CBF se enfrentam na Suíça

O presidente do STJD, Flávio Zveiter, durante o julgamento que pode salvar ou rebaixar a Portuguesa
O presidente do STJD, Flávio Zveiter, no dia do julgamento da Portuguesa e do Flamengo
A Confederação Brasileira de Futebol e o Flamengo se encontraram nesta segunda-feira, em Lausanne, na Suiça, e tiveram a audiência sobre o Campeonato Brasileiro de 2013 no Tribunal Arbitral do Esporte. O clube busca a devolução dos quatro pontos que perdeu no STJD no ano passado, por causa da escalação irregular de André Santos. 
A CBF até tentara mudar a data da sessão, por ser no meio da Copa do Mundo, mas não conseguiu. A entidade mandou Amilar Fernandes, do jurídico interno, para representá-la. Mas foi o espanhol Juan Crespo, especialista no assunto, quem fez a defesa. Diferente de um julgamento na Justiça Desportiva brasileira, o resultado da corte internacional demora pelo menos dois meses para sair. 
"Ocorreu de forma tranquila o julgamento. Durou cerca de três horas e meia e discutimos se o jogador tinha ou não tinha condições de jogo. O resultado não é imediato, demora dois meses, mas ocorreu tudo de maneira normal", afirmou Juan ao blog. 
Os casos no TAS são julgados por três árbitros: um indicado por cada parte e um terceiro nomeado pelo próprio tribunal. Às decisões não cabem recurso.

'A vaca está tossindo': Colômbia se sobressai um pouco aos demais, mas talvez sofra por não ter trajetória campeã

Nesta segunda-feira, no 'Linha de Passe', José Trajano usou o termo 'a vaca está tossindo' para adjetivar o 'negócio impressionante' que está esta Copa do Mundo. O especialista exaltou as seleções pequenas que têm dado trabalho às grandes e a forma como têm 'caído de pé' após as derrotas. Além disso, Trajano disse que a Colômbia se sobressai um pouco aos demais nesta Copa, mas que a seleção pode sofrer para ir longe por não ter uma trajetória campeã. Assista à análise completa!

Trajano: 'Colômbia se sobressai aos demais, mas sofre por não ter trajetória campeã'

A coluna que seria publicada na Folha de S. Paulo hoje antes do encontro com Felipão

Antes do encontro com Felipão, no final da tarde de segunda-feira na Granja Comary, havia uma coluna escrita para a Folha de S. Paulo sobre a partida entre Argentina x Suíça. Foi contra a Suíça, em 1980, o cruzamento de letra mais famoso de Maradona, aquilo que se chama na Argentina de La Rabona. Veja o lance e leia a coluna que estaria hoje nas páginas da Folha de S. Paulo.
O JOGO DOS GÊNIOS
Não espere um ferrolho suíço hoje para parar Messi. Ottmar Hitzfeld tem uma equipe talentosa, que marca, mas também gosta de jogar e se expõe a sofrer goleadas com os 5 x 2 para a França. Nos últimos 35 anos, foi apenas a terceira vez que a Suíça levou cinco gols em uma mesma partida.
Em 1980, amistoso em Córdoba, a Argentina fez 5 x 0 nos suíços numa partida marcada por uma obra prima de Maradona.
Recebeu na meia direita e arrastou a marcação para a ponta direita. Na linha de fundo e sem espaço para cruzar com a canhota, passou o pé esquerdo por trás da perna direita e de letra colocou a bola na cabeça de Ramón Diaz: gol da Argentina!
O cruzamento de letra de Diego é conhecido em Buenos Aires como La Rabona e aconteceu contra a Suíça no último amistoso antes da estréia argentina no Mundialito, contra o Brasil - empate por 1 x 1, golaço de Maradona.
A Suíça também já conheceu a genialidade de Messi. O último encontro entre as duas seleções aconteceu em Berna, em 2012. Os suíços resistiam no 1 x 1, gols de Messi e Shaqiri, quando Aguero recuperou uma bola no ataque a três minutos do fim. Aguero passou a Messi que driblou Senderos e tocou caprichosamente por baixo da bola, encobrindo o goleiro. Messi faria seu terceiro gol no jogo com um pênalti nos acréscimos: Argentina 3 x 1.
A grande atuação de Shaqiri contra Honduras e a lembrança de faltarem só três minutos para o empate em 2012 dão idéia de que pode haver um jogo difícil hoje, em Itaquera. Mas os suíços também sabem que toda vez que enfrentam os argentinos são vítimas de jogadas históricas produzidas por craques geniais.
Foi assim com a rabona de Maradona e com o golaço de Messi.
"Messi está num momento especial e isso entusiasma o time inteiro", disse Di Maria dois dias atrás.
Na Copa dos grandes jogos e do equilíbrio entre grandes e pequenos, ter um gênio pode ser a diferença.

Diário alemão da Copa: Dia #26, A Batalha de Porto Alegre

Joachim Low, técnico da Alemanha, durante jogo contra a Argélia
Joachim Low, técnico da Alemanha, durante jogo contra a Argélia
Foi, acima de tudo, um espetacular jogo de futebol.

Se Alemanha e Argélia têm em suas histórias a "Vergonha de Gijón", passaram a ter a partir desta segunda-feira "A Batalha de Porto Alegre".

Os alemães têm um time melhor do que os argelinos. Foram melhores. Criaram mais oportunidades, finalizaram mais, tiveram mais posse de bola e trocaram bem mais passes. No entanto, estamos falando de futebol. Esporte no qual um time inferior em diversos aspectos é capaz de jogar de igual para igual com outro mais forte. Foi o que aconteceu.

Alemanha 2x1 Argélia

Posse de bola 63% x 37%
Finalizações 29 x 11
Finalizações certas 22 x 7
Passes 940 x 504
Aproveitamento nos passes 82% x 66%
Cruzamentos 30 x 21
Bolas recuperadas 68 x 65
Distância percorrida 127420m x 124537m
Faltas 11 x 20

Os números e o jogo em si mostram que a Alemanha foi superior. Mesmo assim, a Argélia criou muitas situações perigosas, estando melhor na primeira etapa. Slimani infernizou a vida da defesa alemã e Feghouli esbanjou qualidade. Rais M'Bolhi foi o grande destaque da partida, levando-a para a prorrogação e protagonizando defesas maravilhosas.

O jogo, mais uma vez, apontou falhas no sistema defensivo alemão. É quase desnecessário lembrar que os dois laterais foram mal. No caso, o improvisado Shkodran Mustafi pela direita - que atuou no lugar do lesionado Mats Hummels - e Benedikt Höwedes pela esquerda. Ao menos, Jérôme Boateng teve um bom rendimento, já que atuou como zagueiro.

Toni Kroos e Bastian Schweinsteiger não repetiram as boas atuações, mas neste caso vejo mais méritos da marcação desenhada pelo excelente Vehad Halihodzic do que qualquer outro fator. Medhi Lacen e Mehdi Mostefa, os dois volantes do 4-2-3-1, foram implacáveis na perseguição aos alemães.

A Alemanha só melhorou quando, primeiro, entrou Andre Schürrle no intervalo no lugar de Mario Götze, o que deixou o time bem mais vertical; segundo, e consideravelmente, quando Mustafi se machucou, Philipp Lahm foi para a lateral-direita e Sami Khedira entrou no meio-campo, já na metade da segunda etapa do tempo regulamentar.

ESPN
Boa presença no setor ofensivo de Götze (depois Schürrle), Kroos, Schweinsteiger e Müller
Boa presença no setor ofensivo de Götze (depois Schürrle), Kroos, Schweinsteiger e Müller
Há esperança de que Joachim Löw tenha percebido que essa mudança fará bem demais à equipe, por mais que, com Hummels recuperado, ele volte a jogar com os quatro zagueiros em linha.

Como pontos positivos, além dessa mudança de posicionamento de atletas mas mantendo o 4-3-3, vejo a paciência que os alemães tiveram contra a defesa argelina. Em momento algum a Alemanha se mostrou desesperada com o empate e muito menos com a prorrogação. Respeitou o adversário do início ao fim, mostrou maturidade. Cabe o elogio para Mesut Özil, que apesar da irregularidade e instabilidade, teve brilhos em momentos importantes.

Contra França, nas quartas de final, no Maracanã na próxima sexta, a equipe alemã precisa melhorar. Joachim Löw sabe e disse justamente isso na coletiva de imprensa pós-classificação suada contra os argelinos. Ele tem, em mãos, o que precisa para fazer o time melhorar consideravelmente.

Adendo: nesta terça publico as curiosidades desse jogo e da transmissão da partida na ESPN. Incluindo o narrador catariano maluco e mais uma foto com ídolo

Se o Brasil for campeão, o choro da "depressão" será cinicamente rotulado como "estilo Felipão"

Mauro Cezar não vê motivo para Brasil reclamar da arbitragem e analisa questão emocional
Não sou psicólogo. E se fosse não teria condições de avaliar o estágio emocional de alguém à distância. Poderia chegar a uma opinião, algo que até quem não tem tal formação evidentemente pode ter. Mas essa sensação não terá obrigatoriamente qualquer conexão com a realidade. Algo como um palpite, fruto de uma percepção possivelmente errada.
A seleção voltou a jogar o seu "verdadeiro" futebol na Copa do Mundo, que não é o da vitoria sobre a Espanha em 2013, uma exceção. Um time cujo coordenador técnico, Carlos Alberto Parreira, de cara rotulou de favorito — também disse que a CBF é o Brasil que deu certo. Depois do que ele falou sobre a força da equipe, como justificar vê-la jogando tão mal? Era preciso uma explicação. Propaganda enganosa?
Então surge das profundezas sei sabe-se lá de onde a tese de que jogadores brasileiros estão fragilizados mentalmente. Gente acostumada a grandes jogos por seus clubes, com experiência na própria equipe nacional. E de uma hora para outra não passam de um bando de fracos. Uns manteiga derretidas, diriam os mais antigos.
É evidente que o aspecto emocional pesa demais em momentos de grande pressão profissional. E pode ser uma das razões para as atuações ruins. Mas não é razoável que esse componente seja colocado no topo entre os problemas do selecionado canarinho. Só que esse discurso ganhou força, passou a repercutir, virou uma grande onda.
Uma onda capaz de encobrir os problemas técnicos e táticos de um time mal armado. Uma equipe sem meio-campo, como dizíamos no Linha de Passe da ESPN Brasil durante a Copa das Confederações. Falávamos que o time só saia jogando com zagueiros e laterais, apelando, além da conta, para as exageradas bolas esticadas por Thiago e David.
Ouvi opiniões diferentes que devem ser respeitadas, claro. Mas me alegra constatar, um ano depois, que mais gente reclama da fraca saída de bola do time da CBF. Contudo, não esqueçamos que isso não é uma novidade. E a pelota não sai redondinha lá de trás porque o meio-campo do Brasil nesta Copa segue tão deserto como em 2013.
O técnico Luiz Felipe Scolari não é o único responsável pelo atual estado de coisas. Quem o contratou, seu staff e o da CBF também levam fatia de culpa por esse time tão desorganizado. Mas cabe a ele a maior parcela. Especialmente pela incapacidade de se reciclar, se modernizar, de ver o futebol de outras maneiras. Uma pena.
É o Felipão de sempre, sem novidades, sem técnicas ou táticas diferentes, desprovido de repertório. Um desperdício. Quem dera o futebol brasileiro na Copa em nosso país levasse a campo uma equipe competitiva, com identidade. Há jogadores para isso. Dá pena ver Neymar ali. Ele merecia um time melhor. E isso não é por causa dos jogadores.
A tese que esconde os problemas do time nasceu em algum lugar, fruto provavelmente de alguma mente esperta na arte de desviar o foco. Isso acontece há séculos na política e no futebol. Um factóide que "vira" verdade. Se o Brasil não for campeão, parte da torcida atribuirá o fracasso aos atletas de "cabeça fraca". Seria um absurdo, uma covardia.
De psicologia não entendo. Já futebol conheci há uns 45 anos, quando me apaixonei por esse jogo. E olhando o campo, eu, você, muitos de nós, somos capazes de notar que independentemente de cabeças fortes ou fracas, lá está um time mal treinado. Mesmo com um bom material humano à disposição do comando técnico cebeefiano.
O último título do Palmeiras, a Copa do Brasil 2012, foi ganho no "estilo Felipão". Mas os palmeirenses, com aquele time, não tinham outra opção. Era aquilo ali ou nada. Naquele cenário, valeu a pena, é evidente. Bizarro perceber que, sem precisar, o Brasil virou refém disso. E essa é uma discussão que independe dos resultados.
Fato é que, bem sucedidos, os jogadores da seleção brasileira não precisam calar enquanto tentam transformá-los em bananas. Por que se o time ganhar o troféu (e tudo é possível quando se trata do Brasil em Copas do Mundo, até ser campeão sem um bom técnico), atribuirão o sucesso ao comando de Scolari. E o choro da depressão será cinicamente transformado em choro da vitória. Vitória ao "estilo Felipão".
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Zagueiro Thiago Silva, capitão da seleção brasileira: qualquer reação vira motivo de análise
Zagueiro Thiago Silva, capitão da seleção brasileira: qualquer reação vira motivo de análise

Mauro Cesar Pereira

Parabéns para Mauro por critica a seleção que está super.
Rim mesmo tem que critica sim se melhora se elogia

Ele esta coreto em criticar sempre sim.