sexta-feira, 13 de julho de 2012

Brasilerão Série B


21h00 Goiás 2x0 América-MG
21h00 Ipatinga-MG 0x3 Grêmio Barueri

Amsterdã 2012 - De longe, mas de olho em tudo

Depois de zanzar por Munique e Londres, o lobo solitário passou por Paris e veio para Amsterdã a fim de carregar as baterias para a cobertura olímpica que começa daqui a pouquinho.

Estou numa terra que tem rei e rainha, que foi sede da Olimpíada de 1928 (o Brasil não enviou nenhum representante) e onde morreu misteriosamente o genial Chet Baker. Que também me lembra Nelson Rodrigues (dizia que jogador tal tinha saúde de vaca holandesa premiada) e que praticamente tem mais bicicleta do que gente (85% dos maiores de 12 anos andam de magrela).

Antes de ir aos finalmentes, quero mandar um forte abraço de felicitações aos palestrinos, enfim campeões. O mundo do futebol gira mais rápido do que o mundo lá fora. Quem diria que fosse chegar julho e ver Betinho e Luan chamados, com justiça, de heróis. Uma coisa é certa: time do Felipão em Copa do Brasil é fogo na jaca. E a prova está aí mais uma vez.

Queria falar é da dupla Havelange e Ricardo Teixeira. Certa vez, quando fui pela primeira e, acredito, última vez ao Congresso Nacional para participar da famosa CPI da Nike, junto com Tostão, Juca Kfouri e Flávio Prado, quase fui linchado por alguns deputados ao colocar em dúvida a honestidade do presidente de honra da Fifa.
Arquivo Pessoal
José Trajano em Amsterdã

E eu apenas li trechos do sensacional livro “Como eles roubaram o jogo”, do inglês David Yallop. O escritor responsabiliza Havelange por ter transformado o futebol em negócio e descreve, com todas as letras, o envolvimento de Jean Marie com o então ditador Jorge Videla (muito bonzinho, acaba de ser condenado a 50 anos de cadeia, acusado de roubo de bebês de pessoas desaparecidas durante a ditadura na Argentina). Havelange teria recebido terras em solo argentino para levar a Copa aos hermanos.

É bom lembrar também que Havelange deu total apoio à ditadura uruguaia, que sediou a Copa Ouro, o Mundialito de 1980, quando arquitetou um financiamento inédito para a competição, que contou até com grana de Silvio Berlusconi. O belíssimo filme “Mundialito”, do cineasta uruguaio Sebastiã Berdnarik, às vezes exibido no Canal Brasil, conta tudo direitinho, com um depoimento patético e irritante de Havelange, sempre com aquele discurso que “política e futebol não se misturam”.

Vou parar por aqui, o blog está longo demais. Voltarei ao assunto outro dia... Da janela de meu hotel, vejo dezenas de louras, que põem a Sharapova no bolso, ziguezagueando pelos canais. Estou feliz. O resultado da batalha de outro lobo solitário, mais velho, mais combativo, mas um desses caras necessários, Andrew Jennings, deu no que deu. Obrigado, Andrew, você lavou nossa alma.

Quanto ao Ricardo Teixeira... deixa para lá. Não vou chutar cachorro morto. Muito menos os que o bajularam e puxaram seu saco durante anos e anos a fio.

Mudando de pato para ganso... O Ajax lançou a nova camisa, numa espécie de museu por aqui. Que mostra, entre outras coisas, a preparação da equipe desde as categorias de base até o time principal, com direito ao torcedor de mudar num painel as peças. Incrível.

Juvenal assume o risco e diz que não deve vender Lucas para Internazionale

Os jornais italianos seguem informando que a Internazionale pode pagar 25 milhões de euros para levar Lucas para a Itália. Em entrevista à Gazzetta dello Sport de hoje, o presidente Massimo Moratti elogia o atacante são-paulino.

Juvenal Juvêncio ainda descarta vender Lucas pelo valor divulgado na Itália. "Há dois meses, mais ou menos, estive com o diretor esportivo da Inter, Marco Branca. Ele falou sobre o Lucas, não citou números e eu também não quis ouvir", diz Juvenal. "O risco de não vender é inexorável, mas nós vamos assumi-lo", afirmou o presidente, ao ouvir que a Inter poderia também incluir Phillippe Coutinho, além dos 25 milhões de euros.

Juvenal Juvêncio derreteu-se em elogios a Lucas Falou sobre o cidadão, o atleta e o profissional. Também disse que, ano passado, havia propostas melhores para tirar Casemiro do São Paulo, do que Lucas. "Chegamos a receber proposta de 18 milhões de euros da Fiorentina. O mercado falava mais do Casemiro no exterior."

Agora, fala-se em Lucas.
A Inter tem um acordo pré-estabelecido para contratar Paulinho. Pagaria 8,5 milhões de euros ao consórcio formado por BMG, Pão de Açúcar e Corinthians. Mas, se fechar com Paulinho, não poderá contratar outro extra-comunitário. Isso ainda pode atravancar o negócio.

Lucas é mais difícil, mais caro e o São Paulo não pretende negociá-lo