A comissão de arbitragem da CBF entedeu como equívoco de Marcelo de Lima Henrique não marcar falta na barreira no gol de Thiago Neves, na última rodada do primeiro turno, entre Vasco e Fluminense. Aquele lance foi o estopim para que todos os árbitros recebessem a recomendação expressa de prestar atenção aos empurrões dos jogadores nas barreiras. A informação é do presidente da comissão de arbitragem, Aristeu Tavares: "Aquele lance de Vasco x Fluminense foi importante, sim, para pedirmos atenção especial nesses casos. A atuação de Jaílson de Freitas foi, de maneira global, muito boa", elogiou Aristeu.

Essa também foi a avaliação do delegado especial que acompanhou o jogo, o ex-árbitro Antônio Pereira da Silva.
No segundo turno, o delegado especial tem uma função extra. Antes de cada jogo, acompanha o árbitro do jogo no hotel onde ele se hospeda. Lá, faz uma palestra e apresenta vídeos com recomendações da Fifa.

Duas das recomendações feitas com mais cuidado no segundo turno dizem respeito às faltas na barreira e à invasão de área nas cobranças de pênaltis. Houve polêmica sobre a invasão da área na cobrança de pênalti de Borges, na partida Cruzeiro 0 x 0 Internacional, pela 27a rodada. O árbitro Paulo César de Oliveira mandou repetir a cobrança.
Certo ou errado, seguiu a recomendação da comissão de arbitragem.

OPINIÃO - Apesar de minha avaliação ser de que há rigor excessivo na marcação das faltas na barreira, é ótimo haver uma tentativa de padronização, ao menos. Ao saber que a CBF recomenda a marcação desse tipo de infração, sabe-se o que pensar desse tipo de jogada. Se o árbitro marca, segue a recomendação. Se não marca, erra, por não seguir o que a comissão de arbitragem deseja.
Eu não marcaria falta de Leonardo Silva na barreira. Hoje, se fosse árbitro, eu levaria um pito da comissão.