terça-feira, 23 de outubro de 2012

Galo x Flu e a falta com a bola fora de jogo. Coisas do apito brasileiro

Marcar faltas é um vício dos árbitros brasileiros. Jaílson Macedo de Freitas até que não assinalou tantas no Atlético 3 x 2 Fluminense de Belo Horizonte. Foram 29, poucas se comparadas às 47 apitadas por Paulo Henrique Godoy Bezerra no sábado, no empate sem gols entre Grêmio e Coritiba. Mas foi o baiano que, no Estádio Independência, apontou a mais polêmica falta da rodada.

Ele não validou o gol de falta cobrada por Ronaldinho Gaúcho. Mas a bola sequer havia entrado em jogo quando Leonardo Silva se embrenhou em meio aos homens da barreira tricolor. Um excesso do apitador, uma intervenção cruel no andamento da peleja. Um crime contra o futebol. Uma demonstração de absoluta falta de bom senso para interpretar o que se passa na cancha.


Reprodução TV
Ronaldinho ainda não colocou a bola em jogo e Leo Silva já se mete entre os tricolores
Ronaldinho nem colocou a bola em jogo e Leo Silva já se mete na barreira
Quando lance semelhante ocorreu na vitória do Fluminense sobre o Vasco por 2 a 1 considerei correta a interpretação de Marcelo de Lima Henrique, que na ocasião nada marcou. Jogadores se enroscando uns aos outros antes de faltas e escanteios fazem parte da rotina de um jogo. É como a bola que sobrevoa a área em meio a empurrões recíprocos. De vez em quando um árbitro "escolhe" dar pênalti.

Reprodução TV
Thiago Neves ainda não bateu a falta e Edinho já se embola com os vascaínos
Thiago Neves ainda não bateu a falta e Edinho já se embola com os vascaínos
Não acho que exista um complô contra o Atlético. Se fosse assim não teríamos erros que beneficiaram o time mineiro ao longo do campeonato, e eles aconteceram, inclusive no confronto com o Fluminense no primeiro turno, quando um gol de Fred foi mal anulado. Sim, o lance teve origem confusa, com uma falta cobrada enquanto o árbitro mostrava cartão amarelo a Pierre. Mas o impedimento mal assinalado aconteceu, é fato.

Áribtros ruins erram, quando cometem falhas sucessivas a favor de um determinado clube ou contra outro, cabe a todos nós admitir isso, observar, constatar o fato. Caso específico dos seguidos lances recentes nos quais o apito prejudicou adversários do Fluminense. Mas daí a afirmar que está "armado" para este ou aquele time vai boa distância. Seis pontos separam líder e vice-líder.

Temos um campeonato disputado e que poderá ser muito emocionante para acompanhar. Que o apito atrapalhe menos e deixe os jogadores decidirem.

PS: no blog de Paulo Vinicius Coelho, o chefe da arbitragem defendeu o apitador do jogo disputado em Belo Horizonte — clique aqui para ler. Disse que marcar esse tipo de falta faz parte da lista de itens que recomenda desde o duelo entre Fluminense e Vasco. Para que todos possam acreditar nisso sem imaginar que tal discurso apenas protege Jailson, deveria Aristeu Tavares ter tornado de conhecimento geral tal recomendação há tempos. Não somos obrigados a engolir essa. Fica com jeito de chefe querendo defender os seus subordinados para não assumir sua parcela de culpa nos erros da equipe. Coisas do tal mundo corporativo?