terça-feira, 23 de outubro de 2012

Duelo dos craques


Cuca é o técnico do Brasileirão que mais muda jogos em alterações. Dos 54 gols do Atlético, ataque mais positivo, oito foram marcados por reservas que saíram do banco. A comparação com Abel é covarde. No Flu, 53 gols, três de quem saiu da suplência. Mas há jogos em que o craque precisa resolver. O papel do técnico na decisão de Belo Horizonte era mostrar aos principais jogadores a necessidade de vencer. Derrota para o Flu era sinônimo de vice-campeonato. Ronaldinho Gaúcho comprou a ideia.
Marcou o primeiro gol, de falta, pessimamente anulado por Jaílson de Freitas. No segundo, Abel ajudou o Fluminense a equilibrar. Trocou Thiago Neves de função. Saiu do meio, foi jogar pela esquerda, bloquear a subida de Marcos Rocha, principal válvula de escape dos mineiros.
Antes da mudança de posicionamento, Deco jogava mais recuado, mas era bem marcado por Pierre. Leandro Donizete cuidava bem de Thiago Neves e ninguém acompanhava o lateral-direito atleticano. A alteração tática do Flu transformou a supremacia atleticana da primeira etapa em equilíbrio.
Os times se espelharam no mesmo sistema 4-2-3-1. Em vez de um duelo tático, passou a haver um confronto de craques. Vitória parcial de Fred até os 35 do segundo tempo, por causa de um gol e uma assistência. Virada de Ronaldinho Gaúcho com dois passes decisivos para a virada do Atlético.
O Atlético virou também pelas opções pela velocidade de Neto Berola e por colocar mais um atacante, com Leonardo perto de Jô, na grande área. O sistema do Galo muda do 4-2-3-1 para o 3-4-3 no meio da partida. Confunde o rival. Por isso, porque teve Ronaldinho Gaúcho e Bernard também de atuação excelente, o Atlético mereceu vencer o jogo e reabrir o campeonato.