quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Rivalidade com Prost conduz documentário sobre a vida de Ayrton Senna

AP Photo/Pierre Cleizes
Ayrton Senna e Alain Prost foram companheiros na McLaren em 1988 e 1989


Para organizar a coletânea de imagens raras sobre a vida e a carreira de Ayrton no documentário “Senna”, os produtores britânicos usaram como fio condutor a rivalidade do brasileiro com Alain Prost. O filme estreia nos cinemas no dia 12 de novembro, com 120 cópias espalhadas pelo Brasil, e foi apresentado à imprensa nesta quinta-feira.
O francês tetracampeão aparece como “vilão” de Ayrton durante os dois anos em que eles foram companheiros de equipe na McLaren, e até depois dessa convivência. Prost é apresentado como um piloto que buscava o título a qualquer custo, enquanto Senna priorizava as vitórias na pista.
A guerra de bastidores entre os dois é constantemente explorada. A amizade de Prost com o compatriota Jean-Marie Ballestre, então presidente da FIA, é usada para explicar o episódio em que o piloto francês bateu em Senna no GP do Japão de 1989. O brasileiro voltou à prova, mas foi punido, e o título ficou com o rival.
A conturbada relação com Ballestre é mostrada pelo filme através de imagens raras de reuniões dos comissários com os pilotos antes das provas. Ayrton era um dos poucos que contestavam o dirigente francês. Em uma das cenas, depois que Nelson Piquet usa até palavrão para protestar contra a direção de prova, Senna chega a se retirar da sala.
Por isso, para Viviane Senna, Prost não chega a ser o vilão do filme. “O inimigo era essa situação política da Fórmula 1, que ele enfrentava durante todo o tempo”, declarou a irmã do piloto, que também participa do filme e colaborou com o projeto.

VIVIANE NÃO QUIS FICÇÃO



A irmã de Ayrton explicou que a primeira ideia de um filme sobre o piloto foi sugerida pelo ator Antonio Banderas, que desejava interpretar Senna.

"Ele nos procurou depois de rodar o filme 'Evita' na Argentina. Na volta, passou pelo Brasil e tentou nos convencer a fazer um filme sobre o Ayrton. Achamos a ideia boa, e ele levou para a Warner".

Mas a resposta da distribuidora não agradou Viviane. "A abordagem deles não refletia o Ayrton. Era uma proposta comercial demais, que não dava para aprovar, então não chegamos a um acordo.
A narrativa é conduzida pelo próprio Ayrton, através das suas entrevistas para a televisão brasileira e estrangeira. O próprio Prost se pronuncia, tanto em imagens de arquivo quanto no áudio que gravou especialmente para o documentário. Ron Dennis e Frank Williams também foram ouvidos, mas nenhum eles aparece no filme.
Os maiores desentendimentos entre Senna e Prost aparecem em apimentadas declarações dos dois à época, em meio à opinião de jornalistas e de Ron Dennis, que acompanhou de perto essa rivalidade enquanto esteve no comando da McLaren.
Momentos históricos de Ayrton, como o primeiro título, a primeira vitória no Brasil e a sua morte, são documentados com imagens históricas que apelam à emoção. Além dos arquivos de TV, vídeos da FIA e do acervo pessoal dão um ar de exclusividade ao material apresentado.
E esse foi o objetivo do diretor Asif Kapadia. “Quisemos mostrar imagens que as pessoas nunca tinham visto. Para isso, contamos com tempo, porque uma produção para a TV não teria tanta disponibilidade para achar todo esse material”, comentou o cineasta, que completou o trabalho após mais de cinco anos de produção.
Filmagens de família foram cortesia de Leonardo Senna, irmão do piloto, enquanto as imagens dos bastidores de corrida foram cedidas por Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1. Mas boa parte do material é da Rede Globo, e até o comentarista Reginaldo Leme é um dos entrevistados.
Dessa coletânea de imagens da TV, chama a atenção um trecho em que Ayrton Senna participa do programa da Xuxa. Nem o piloto nem a apresentadora fazem questão de disfarçar, no meio da criançada, a relação amorosa que tinham. Adriane Galisteu, última namorada do piloto, aparece apenas em uma rápida citação.
Mas o lado pessoal é apenas um adorno à história de sua carreira, focada em sua paixão pelo esporte em oposição à politicagem. E a rivalidade com Prost não chega a ser negativa, já que suscita saudades de uma disputa tão intensa entre dois campeões.
O próprio Senna chegou a declarar que sentiu falta de Prost depois que o rival se aposentou, e essa fala foi omitida pelo filme. Pelo menos, o francês vira mocinho nos créditos, com seu nome citado entre um dos colaboradores do Instituto Ayrton Senna.

Ficha Técnica

Nome: Senna
Direção: Asif Kapadia
Roteiro: Manish Pandey
Gênero: Documentário
Canções originais: Antonio Pinto
Estreia nos cinemas: 12 de novembro
Site oficial: www.sennaofilme.com.br

Brasil usa Mundial para preparar líbero Camila Brait para o futuro

Lello Lopes/UOL
Fabi e Camila Brait participam de treino da seleção feminina de vôlei em Nagoya

A posição de líbero é a que menos tem rotatividade na seleção brasileira feminina de vôlei. Com Fabi dona incontestável da posição desde 2005, poucas meninas tiveram chance de brigar por uma vaga na equipe. Mas agora o Brasil trabalha para o futuro da posição. E esse futuro tem nome e sobrenome: Camila Brait.

Mineira de Frutal, cidadezinha de 50 mil habitantes na divisa de São Paulo, Camila foi convocada graças à mudança de regra imposta pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), de que as equipes podem inscrever duas líberos no Mundial.

Com isso, a comissão técnica resolveu chamar para a reserva de Fabi alguém que possa substituí-la no futuro, mesmo que a possibilidade de entrar em quadra agora seja pequena. E, pelo que tem apresentado nos últimos anos com a camisa do Sollys/Osasco, Camila Brait é a aposta mais certeira.
“A Camila ajuda muito porque é a ‘regra três’ da Fabi. Ela tem muita qualidade, é uma das melhores líberos do mundo. É muito rápida de reflexos, chega com facilidade em bolas que estouram. É uma jogadora que defende muito bem e tem um bom passe”, elogia o técnico da seleção, José Roberto Guimarães.
Nos treinos, Camila, de 22 anos, está enturmada. Ela brinca bastante com as outras jogadoras, especialmente a ponteira Natália, com quem divide o quarto, e a líbero Fabi. A atleta admite que quando chegou à seleção, no ano passado, via a companheira de posição como um certo distanciamento.
“Sempre vi a Fabi como um ídolo. Agora a nossa relação ficou mais próxima porque ficamos mais amigas, tenho mais intimidade com ela”, disse Camila Brait, que durante os treinamentos sempre fica no time adversário de Fabi.
Para a titular, oito anos mais velha que Camila, a hora é de passar um pouquinho de experiência para a novata. E aproveitar esse contato com um sangue novo na seleção para evoluir.
“Estou sempre enchendo o saco dela, brincando, dando os toques que eu acho que posso dar e tentando aprender alguma coisa também. Ela é desencanada, está sempre com um espírito bacana. É importante essa troca. O que eu puder fazer para passar alguma coisa que acrescente na carreira dela hoje e para o futuro eu vou fazer”, promete Fabi.
E o futuro de Camila Brait pode ser bem próximo. Em 2011, o técnico José Roberto Guimarães pretende montar uma equipe B para jogar alguns campeonatos. A líbero é nome certo no time. E aguarda ansiosa a sua vez.
“Líbero é mais ou menos como o goleiro no futebol. A pessoa joga ou não joga, não tem como ficar duas meninas na quadra. Mas sempre me dei bem com isso”, disse Camila, que sentiu o gostinho de entrar em quadra no Mundial ao disputar alguns pontos contra o Quênia na estreia do Brasil.

Ivanovic atropela em Bali, só deixa rival fazer um game e vai à semi

EFE
Musa sérvia Ivanovic saca na sua vitória pelas quartas de final do torneio de Bali

A tenista sérvia Ana Ivanovic não está na melhor de suas fases, mas conseguiu mais um bom resultado nesta quinta-feira. Campeã em Linz, em outubro, ela está na semifinal do torneio de Bali com uma vitória arrasadora, com direito a "pneu".
A rival nas quartas de final foi a russa Anastasia Pavlyuchenkova, que pecou nos erros e permitiu que a ex-número 1 do mundo fechasse o placar em 6-0 e 6-1, após 56 minutos de disputa.
Pavlyuchenkova atualmente está melhor rankeada que a sérvia, na 20ª posição da lista da WTA, quatro melhor que Ivanovic. Mas, com sete duplas faltas e apenas 50% de aproveitamento no primeiro serviço, a russa não ofereceu dificuldades.
Ivanovic sacou bem e conseguiu seis aces na partida, aproveitando muito bem suas chances de quebra. Ela venceu cinco dos sete break points conquistados, facilitando seu caminho para a vitória em sua estreia no reduzido torneio, com apenas oito jogadoras.
Com o resultado, Ivanovic enfrentará a japonesa Kimiko Date Krumm, que passou pela chinesa Na Li, por 6-4, 3-6 e 6-4.

Sobre final da Davis, Djokovic reconhece: "Não podemos perder essa chance!"



Mais uma vez no ano, a grande estrela da equipe comandada por Bogdan Obradovic será Novak Djokovic, atual número três do ranking. A equipe sérvia ainda contará com Victor Troicki ou Janko Tipsarevic como segundo jogador de simples. O último, inclusive, foi peça fundamental para o triunfo por 3 a 2 diante da República Tcheca, vencendo os dois jogos de simples no confronto na capital. E, diante de uma enorme chance de conquistar o campeonato por jogar a final em casa, o melhor jogador do país não esconde - a Sérvia não pode desperdiçar o fator casa em um duelo desses. "Esta é uma oportunidade que não podemos ter toda hora nas nossas vidas. Nós realmente queremos ganhar essa final da Davis. É o sentimento de todos os jogadores. Nós temos uma grande amizade fora da quadra e a atmosfera também nos dá bastante sucesso", declarou o vencedor do Australian Open de 2008.

O carismático jogador de 23 anos também comentou sobre o crescimento do esporte no país e ainda comentou sobre a sensação de disputar um evento como a Copa Davis. "Nosso país não tinha tradição há uns dois ou três anos. Eu joguei a Davis nas últimas temporadas, e posso dizer que sinto uma sensação diferente. É a única ocasião onde você pode sentir o espírito de equipe e orgulho por representar o país", finalizou o atual vice-campeão do US Open nessa temporada.

A campanha da Sérvia em 2010 na Davis começou com triunfo em casa diante dos Estados Unidos por 3 a 2, mandando os norte-americanos para a repescagem do Grupo Mundial. Nas quartas, foi um visitante indigesto para os croatas, arrancando uma grande vitória por 4 a 1 no piso rápido e coberto de Split. E, finalmente, nas semifinais, a torcida sérvia foi testemunha da grande virada diante da equipe tcheca, no mesmo palco da decisão contra os franceses.



Confira mais fotos da campanha sérvia até a final da Copa Davis...



Tipsarevic foi fundamental no confronto diante da República Tcheca, em setembro


Time sérvio em êxtase após vitória de virada por 3 a 2 contra os tchecos pela semifinal da Davis


Confira as últimas notícias sobre a Copa Davis...


ESPECIAL: Na trave, de novo... - Brasil abre 2 a 0 no primeiro dia, mas toma virada espetacular dos indianos e perde mais uma chance de ouro de voltar ao Grupo Mundial  (Confira!)
 
Sérvio Djokovic era só alegria depois de triunfo diante dos norte-americanos, na primeira rodada do Grupo Mundial
Djokovic comemora vitória contra os tchecos em Belgrado
Pela primeira vez na decisão de uma Copa Davis, a Sérvia tenta aproveitar a grande chance de jogar em seu país para ficar com o sonhado título da maior competição entre equipes do tênis mundial. Entre os dias 3 e 5 de dezembro, a Arena Belgrado estará no centro das atenções do esporte, onde sediará o confronto entre os donos da casa diante da França, no piso rápido e coberto do ginásio com capacidade para mais de 16 mil pessoas.

Ivanovic estreia contra Pavlyuchenkova em Bali

Arquivo
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Ivanovic venceu os dois encontros anteriores

Bali (Indonésia) - Ex-número 1 do mundo, a sérvia Ana Ivanovic irá abrir o torneio de Bali, que começa nesta quinta-feira. Ela vai estrear contra a russa Anastasia Pavlyuchenkova, contra quem já jogou duas vezes na carreira, uma nas quartas de final em Brisbane, neste ano, e outra nas semifinais em Indian Wells, em 2009, triunfando em ambas.
“Não há adversárias fáceis nesse campeonato. Todas querem ir longe aqui e o fato de ter apenas dois jogos em um dia é algo bastante relaxante”, comentou a musa sérvia, já em ritmo de férias. Pavlyuchenkova, sua adversária na estreia também comentou sobre o fim do ano iminente. “Embora as oito competidoras sejam capacitadas, todas devem estar bem cansadas, já que estamos no fim da temporada. Mesmo assim, cada uma deve brigar o máximo pelos pontos”, afirmou.
Quem passar da estreia vai testar a vencedora do embate asiático entre a japonesa Kimiko Date Krumm e a chinesa Na Li, que se enfrentam pela primeira vez. “Eu já treinei com Kimiko, mas nunca joguei contra ela. Será um grande desafio para mim. Vamos ver como eu me saio”, avaliou a chinesa sobre sua primeira adversária.
Do outro lado da chave estão a russa Alisa Kleybanova, a francesa Aravane Rezai, a belga Yanina Wickmayer e a eslovaca Daniela Hantuchova. Segunda favorita, a francesa tenta diminuir a desvantagem no retrospecto contra Kleybanova de apenas duas vitórias em seis encontros, enquanto que Hantuchova defende a invencibilidade contra Wickmayer.
“Enfrentei Daniela quatro vezes e nunca consegui vencê-la. Todas aqui tiveram um ano bom e por isso é uma honra para mim poder estar ao lado de jogadoras tão qualificadas”, comentou a belga. “É o último torneio do ano e é muito boa esta mistura do tênis com outras divertidas atividades, podendo aproveitar também a vida fora das quadras”, finalizou Kleybanova

Aposentada do tênis, russa Dementieva quer constituir família e ter filhos

  • Elena Dementieva chora ao anunciar sua despedida do tênis, na última semana. Nesta quarta-feira, a russa revelou que um dos motivos para tomar tal decisão foi a vontade de ter filhos Elena Dementieva chora ao anunciar sua despedida do tênis, na última semana. Nesta quarta-feira, a russa revelou que um dos motivos para tomar tal decisão foi a vontade de ter filhos
A russa Elena Dementieva surpreendeu os fãs de tênis na última semana ao anunciar sua aposentadoria do esporte. Nesta quarta-feira, a atleta revelou à imprensa russa que um dos motivos que a levaram a tomar a decisão foi a vontade de constituir uma família.
Na semana passada, Dementieva anunciou sua aposentadoria do tênis depois de ser derrotada pela italiana Francesca Schiavone e ser eliminada do WTA Championships, em Doha.
Em entrevista a um jornal da Rússia, a jogador revelou que o motivo para a decisão que surpreendeu tantos admiradores do tênis foi a vontade de começar uma família. “É verdade que eu espero algumas mudanças na minha vida pessoal no futuro”, revelou a campeã olímpica de Pequim-2008. “Eu não quero dar todos os detalhes porque eles são muitos pessoais, coisas íntimas, mas eu tenho que admitir que eu tomei a decisão de me aposentar principalmente porque eu quero começar uma família, ter filhos”, revelou a tenista.
Dementieva sempre foi muito discreta ao discutir sua vida pessoal publicamente, mas é sabido que a ex-tenista está noiva de um ex-jogador de hóquei no gelo, o russo Maxim Afinogenov.
A jogadora também negou a chance de fazer um retorno ao tênis depois de ter o filho, assim como fez a belga Kim Clijsters. “Foi muito difícil e emocional, mas eu decidi abandonar o tênis, foi isso. Eu não vou voltar”, afirmou Dementieva.