quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Copa Sul-Americana


21h50 Tigre 0x0 São Paulo

Copa do Brasil sub-20

20h30 - Grêmio 2x1 Vitória

Liga dos Campeões

16h45 Shakhtar Donetsk 0x1 Juventus
16h45 Chelsea 6x1 Nordsjælland
16h45 Lille 0x1 Valencia
16h45 Bayern de Munique 4x1 BATE Borisov
16h45 Barcelona 0x0 Benfica
16h45 Celtic 2x1 Spartak Moscow
16h45 Manchester United 0x1 Cluj
16h45 Braga 1x2 Galatasara

Brasileiro sub-17,

16h00 (3) Cruzeiro 2x2 Figueirense (4)
18h30 - Internacional 3x0 Ponte Preta

Participantes da Copa do Nordeste receberão cota de R$ 300 mil, revela dirigente do Fortaleza

Ceará e Fortaleza serão os representantes cearenses na Copa do Nordeste (Foto: Banco de Dados do O POVO )Ceará e Fortaleza serão os representantes cearenses na Copa do Nordeste (Foto: Banco de Dados do O POVO )
Uma tarde de definições sobre a Copa do Nordeste 2013. Nesta terça-feira (4), em Recife-PE, dirigentes dos clubes que participarão do campeonato estiveram reunidos e definiram os valores das cotas e premiações que os times vão receber por disputar o torneio.
Representante do Fortaleza na reunião, o diretor de publicidade e relações públicas, Fábio Mota, participou de entrevista no programa Trem Bala, da Rádio Globo / O POVO, e falou sobre os detalhes conversados: “A reunião foi muito proveitosa, pois conseguimos definir todos os assuntos abordados: cotas, premiação, transmissão. O futebol nordestino está cada vez mais forte”, disse.
Em seguida, o dirigente falou dos valores de cotas e premiação: “Cada clube receberá R$ 300 mil por participação na competição. O campeão da Copa do Nordeste receberá R$ 800 mil. Algumas equipes já receberam sua cota adiantada”, revelou.
Fabio Mota disse ainda que as partidas serão televisionadas e que os primeiros jogos em casa de Fortaleza e Ceará vão acontecer no estádio Presidente Vargas: “A TV Esporte Interativo fará a transmissão dos jogos e arca com valores de hospedagens e viagens das equipes. Já as partidas cogitadas para a inauguração do Arena Castelão, entre Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia acontecerão no PV. O Arena Castelão deverá receber um clássico-rei em sua partida de abertura”, encerrou.

Fla muda de mãos. O desejo da torcida foi uma ordem. "Abramovichs'" não compram a paixão

Patrícia Amorim recebeu o Flamengo campeão brasileiro e com um bom time. Deixa a presidência após três tenebrosos anos que tiveram o pior momento quando Zico, maior ídolo do clube, foi embora, e da maneira que tudo aconteceu. Não sei se o novo presidente Eduardo Bandeira de Mello e aqueles que o apóiam serão melhores. Ao mesmo tempo sei que será difícil serem piores. Esse pessoal ao chegar terá que "caprichar" muito para "superar" seus antecessores.

Claro que alguns pontos positivos existem na administração que se encerra. Os avanços no Centro de Treinamentos, por exemplo. Mas com apoio de uma empresa privada, diga-se de passagem. O Fluminense não tem um mecenas personificado como o Chelsea e o seu Roman Abramovich, mas conta com um patrocínio que vai além do convencional. O Palmeiras foi mais ou menos assim com a Parmalat. E o campeão brasileiro alcança resultados indiscutíveis. Já o seu maior rival...

Muitos criticam o modelo do campeão brasileiro, que realmente é questionável ao extremo e cria uma dependência perigosíssima. Mas nada é pior do que uma administração ruim que não explora o potencial de um clube poderoso e apenas o afunda. Os rubro-negros sentem o que é isso na pele. Se você conversa com torcedores do Chelsea aqui em Londres, eles em geral não reclamam de Abramovich, tampouco apóiam todas as decisões do russo.

A contração de Rafael Benítez é o maior exemplo disso. O espanhol que foi algoz dos Blues quando treinava o Liverpool é detestado pela torcida do campeão europeu, que exige sua saída. E então, dane-se o que pensa o russo endinheirado. Fica claro que o milionário que veio de Moscou é o detentor das ações, mas não é nem jamais será dono do Chelsea. Se ele for embora, o clube e seus torcedores continuarão aqui, em Stamford Bridge.

Segundo as casas de apostas, Rafa Benítez é o segundo mais cotado a ser demitido no futebol inglês

O mesmo vale para o Fluminense e para qualquer outro time de futebol que receba enormes injeções financeiras, mas que tenham suas histórias e fiéis seguidores. O Milan de Silvio Berlusconi confirma a tese. O magnata italiano diminui os aportes de euros, mas nem por isso os rossoneros vão acabar. E nem se ele sair fora o time sete vezes campeão da Europa sumirá do mapa, pois tem história, torcida, títulos, peso. Pode passar por dificuldades, mas seguirá.

O Flamengo ainda não acabou pelos mesmos motivos. Apesar de dirigentes comprovadamente incapazes de corresponder às expectativas da torcida. Como resistiu, ou melhor, renasceu o pequeno Wimbledon, daqui de Londres, cuja história, belíssima, foi manchete dos jornais da segunda-feira e está em nosso blog - clique aqui para ler. O dinheiro permite a alguém obter o direito de administrar um clube, mas não consegue comprar a paixão de seus torcedores, sua história. E sem isso o futebol nada seria.

A torcida do Fla em sua maioria não votou. Mas desta vez ficou claro que seu desejo foi uma ordem.

Veja a reportagem EXCLUSIVA sobre a presidenta Patrícia Amorim que fo

Com gol histórico de Kaká, 'mistão' do Real Madrid goleia 'freguês' Ajax


Kaká comemora após marcar diante do Ajax
Kaká comemora após marcar diante do Ajax
Mesmo com uma equipe repleta de reservas, o Real Madrid não teve problemas para golear o Ajax por 4 a 1, nesta terça-feira, no Santiago Bernabéu, pela última rodada do grupo C da Champions League. Cristiano Ronaldo, Callejón, duas vezes, e Kaká marcaram os gols dos vencedores. Boerrigter descontou. 

A partida ficou marcada por um feito histórico de Kaká. Afinal, com o gol que fez, o meia-atacante chegou a 28 bolas na rede pela Champions League, ultrapassando Rivaldo, que tem 27, e se tornou o brasileiro com o maior número de gols na principal competição de clubes do Velho Continente.

Com o resultado, o time espanhol, que já tinha assegurada a segunda posição,ficou com 11 pontos. O clube holandês encerrou com quatro pontos e, na terceira posição, disputará a segunda principal competição de clubes do continente.

No outro jogo do grupo, o Borussia Dortmund, que já havia garantido a liderança, venceu o Manchester City por 1 a 0 e terminou com 14 pontos. Já os ingleses, sem vitórias nos seis jogos da fase de grupos, estacionou nos três pontos e ficou na vexatória lanterna.

O triunfo ainda manteve o status de “freguês” do Ajax diante do Real Madrid. Isso porque nas últimas três temporadas os dois clubes se enfrentaram na fase de grupos, e os espanhóis triunfaram nos seis confrontos. A última vez que os holandeses bateram o adversário na Champions ocorreu na fase de grupos da edição 1995/1996,quando, inclusive, ganhou as duas partidas naquela ocasião.
EFE
Atletas do Real Madrid comemoram durante goleada sobre o Ajax
Atletas do Real comemoram durante goleada sobre o Ajax


A freguesia da equipe de Amsterdã não se limita ao Real Madrid, mas também envolve Cristiano Ronaldo. Isto porque, o português, autor do primeiro gol da partida, chegou a sete diante do Ajax e se tornou o jogador que marcou mais vezes contra um mesmo time pela Champions League.

Já garantido na próxima fase da competição, mas sem chances de conseguir a liderança da chave, o Real Madrid entrou com um time bastante modificado, só contando com quatro titulares absolutos (Pepe, Khedira, Cristiano Ronaldo). Modric, que atua com frequência entre os 11 iniciais, também começou o duelo. O restante do time foi formado por reservas (Adán, Varane, Ricardo Carvalho, Nacho e José Callejón). O brasileiro Kaká também foi titular e, de quebra, foi capitão da equipe.

O Ajax, por sua vez, ainda lutava por uma vaga na Europa League e entrou com força máxima em campo. Mesmo assim, a equipe holandesa não impediu mais uma derrota diante dos madrilenhos.

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o Real Madrid se aproveitou de um contra-ataque para abrir o marcador. Modric roubou a bola, fez ótimo lançamento longo, e Benzema dominou na área, com liberdade. O francês só rolou para Cristiano Ronaldo concluir para o fundo da rede. O segundo gol dos mandantes também sairia após bela assistência do meio-campista croata. Modric acionou Callejón, que dominou com categoria e concluiu na saída do goleiro Vermeer, aos 27.

Na volta do intervalo, o Real Madrid ampliou com um gol de Kaká. O meia recebeu passe de Cristiano Ronaldo na entrada da área, chutou com categoria no canto direito e viu a bola acertar a trave antes de entrar, aos três minutos.

Os holandeses ainda marcaram seu gol de honra aos 14, quando Boerrigter aproveitou saída ruim do gol de Adán, que socou a bola de maneira estranha e concluiu para o gol vazio. Aos 43, o time da casa ainda transformou a vitória em goleada, quando Callejón aproveitou boa jogada de Morata e concluiu de cabeça no contrapé após cruzamento vindo da direita.

O Real Madrid voltará a campo no sábado, quando visitará o Valladolid, no sábado, às 17h (de Brasília), pelo Campeonato Espanhol. No mesmo dia, o Ajax receberá o Groningen, às 17h45, pelo Campeonato Holandês. Em relação à Champions, o sorteio dos confrontos das oitavas de final ocorrerá no dia 20 de dezembro.

Em nome de Zico

“Sob Fogo Cerrado” é um empolgante filme de amor, ação, política, ótimas discussões sobre o jornalismo, tudo ao mesmo tempo agora. Na Nicarágua do final da década de 70, os sandinistas estão para tomar o poder depois de anos da sangrenta ditadura de Anastácio Somoza. Uma das cenas mais significativas que já vi sobre um processo de transição e mudança de poder talvez seja secundária no enredo. Mas quem já viu cena dessas tantas vezes na vida, seja no mundo corporativo, na cidade ou até no prédio não se esquece de enxergar o paralelo: um assassino sujo, escroque, mercenário pró-Somoza, passa a vida boicotando a Frente Sandinista, matando com requinte de crueldade e sabotando. Quando a Revolução vira uma realidade sem volta, um fato consumado, e os revolucionários adentram a capital Manágua na marcha para o poder, quem está com a bandeira sandinista na mão? Ele, claro!

Quem nunca viu isso? Aquele puxa-saco, geralmente os mais fieis aos chefes, que quando muda o poder desandam a falar mal do chefe antigo pra agradar o poder que se constitui, quem nunca viu?! O oportunista de plantão! Pois muito bem: na última semana, quando a vitória da oposição do Flamengo se desenhava com tons azuis mais fortes, um monte como aquele sujeito de “Sob Fogo Cerrado” foram vistos com a bandeira azul na mão. Especialistas em perpetuação no poder, entra administração e sai administração. Estiveram em todas as administrações do clube nos últimos 20 anos pelo menos. Cada uma pior do que a outra. E já viravam a casaca, desfraldando a bandeirinha.

A cena é definitiva quanto ao futuro do Flamengo. A capacidade de identificar os oportunismos definirá os rumos da nova gestão. Muito mais do que isso: a vontade política de recontar a história do Flamengo nessas duas últimas décadas é a coisa mais importante e o maior desafio da nova gestão. Entenda-se como recontar a história principalmente rever culpados pelos malfeitos. Tenho escutado muita coisa nos últimos tempos. Algumas preocupantes. A última delas provavelmente a mais preocupante. Na última sexta-feira, em entrevista no jornal O Globo, o então candidato Eduardo Bandeira de Mello afirmou que o mandato teria o “retrovisor quebrado, que não olharia para trás e sim para frente”. 

Se verdade for, esqueçam toda a modernidade prometida. Será a condenação do Flamengo a seguir sendo o triste retrato que foi ao longo das últimas décadas: uma instituição carcomida por dentro, com gente sem o menor compromisso e ligação com as cores, apenas com interesses pessoais.

Muito se fala em gestão, planejamento. Aumentar a receita. Tudo isso é normal e desejável, como diz a bula. E óbvio. Mas o xis da questão, o drama do Flamengo no momento nem é esse. Afinal, o volume de dinheiro do futebol cresce a cada dia. O alto valor do contrato de direitos de transmissão somado a receitas de patrocínio garantem por eles mesmo voos ousados (claro, pode ser muito mais, ninguém precisa lembrar. Afinal, o potencial da marca Flamengo até hoje foi trabalhado por amadores). Vale a ressalva: o valor do contrato de direitos de transmissão nada teve a ver com Patrícia Amorim, que chegou ao limite de se arvorar por ter conquistado esses valores dos novos contratos. (é algo como um prefeito do Rio querer os louros pela beleza da cidade!). 

A questão do Flamengo mais urgente, a maior, acima de qualquer outra, é a transparência. Criar mecanismos para uma gestão transparente. Acima dos homens porque eles são falíveis, independente do nome. O império da lei está acima dos nomes. Prestação de contas abertas para o torcedor. Fiscalização interna eficiente e não aparelhada. E acima de tudo, passar a limpo a história recente do Flamengo. (Numa eleição onde as redes sociais e a tal da webcam foram muito importantes, que elas sigam e façam esse papel também. Tenho imensa admiração por essa galera. Da militância por paixão, o amor incondional por uma camisa. Serão muito mais relevantes se estiverem atentos do que se optarem pela adesão fácil. Até porque o papel de adesão incondicional já é preenchido por alguns na grande imprensa. E adesão incondicional se faz nos 90 minutos de um jogo, na arquibancada. Antes e depois o torcedor deve virar cidadão e cobrar, fiscalizar). 

Sem esse absurdo e furado discurso de “quebrar o retrovisor”. Olhar para frente é conhecer o passado. Expurgar todos os aventureiros sim, mostrar o que houve para que nunca mais aconteça. A comparação é óbvia: a do país que não consegue recontar sua história, a história da barbárie dos anos da ditadura, e vê a impunidade explodindo a cada esquina, a tortura seguindo em cada delegacia. Sempre com o discurso do olhar pra frente. “Quebrar o retrovisor” é alimentar a impunidade. E isso não é negociável.

Na série de documentários que vai ao ar entre os dias 18 e 21 próximos sobre as relações ditaduras x futebol no continente (Memórias do Chumbo- O Futebol Nos Tempos do Condor), tive a honra de mais uma vez estar com mestre Eduardo Galeano, que fala no episódio sobre o Uruguai. O que ele fala abaixo está no documentário. Poderia ser sobre a necessidade de contar essa história recente do Flamengo, combater a impunidade. (Obviamente, nem é preciso dizer, no caso de lá muito mais grave, estamos falando de vidas humanas).Poderá sempre ser para qualquer caso onde se quer “quebrar o retrovisor”. Fala, Mestre:


“ Esse silêncio é o preço da impunidade do poder, que calando consegue repetir a história. Porque se você não aprende com o que aconteceu, está condenado a repetir. E aí então o problema do medo. O poder militar daqueles anos conseguiu impor uma cultura do medo. A ideia de que a denúncia do que aconteceu é um convite para retornar ao passado, para que o passado volte. A ideia de que só calando se evita o retorno a esses tempos duros, ruins, essa longa noite dos nossos países. Isso é uma infame mentira, porque na verdade só encarando a coisa como foi, recuperando a memória, você pode evitar a repetição da história. “

Vejam isso a seguir. Fala mais, Mestre: “Quer dizer, a impunidade estimula o delinquente, seja um delinquente militar, civil, seja individual, seja coletivo, a impunidade é o motor maior para a repetição dos crimes”. 

“A única maneira de você evitar que a criminalidade do sistema dominante possa seguir atuando é a recuperação da memória. Não numa homenagem ao passado, ao contrário, para evitar que o passado volte. Porque quando volta, volta repetido, de maneira muito ruim. É muito terrível, eu não quero isso de volta não.” 

O clima é de euforia entre os rubro-negros. Faz sentido. Mas entender que críticas e fiscalização são partes fundamentais do processo abreviam o caminho. 
Nenhum rubro-negro certamente quer de volta a noite sombria onde um torcedor de outro time comandou o clube. Onde a truculência deu o tom. O cinismo, as calúnias. Onde ninguém sabe das contas. Onde o Flamengo foi usado para aventuras pessoais, aparelhado para uso pessoal, interesses políticos. E acima de tudo, reflexo disso tudo, onde o ídolo maior, símbolo, história e memória, foi destratado pelo poder, diante da omissão cúmplice dos mandatários. Por interesses menores. Impunemente.

Zico deve voltar. E para que nunca mais seja desrespeitado em sua grandeza, é preciso, no mínimo em nome dele, de que tudo seja passado a limpo. Exposto. Assim o malfeito não volta. Já disse Eduardo Galeano, um Zico das palavras.

O primeiro ato da nova gestão deveria ser simbólico desses novos tempos: finalmente botar a estátua de Zico na Gávea. Inaugurar no primeiro dia. Gávea lotada, campo aberto. E o segundo ato, passar a limpo centavo por centavo que por ali entrou nesses anos. E como saiu. Isso é uma obrigação moral. O contrário disso é ser mais um a compactuar com o malfeito. Criar mecanismos para que nunca mais aventureiros tomem de assalto o clube como nas últimas décadas, mandato atrás de mandato.

 Para que a estátua viva em paz, cultuada com o devido respeito através dos séculos.



Ps- No texto sobre a relação Caixa/Corinthians, publicarei a resposta da Caixa ao recurso. Em breve voltarei ao assunto com outras questões da Lei de Acesso e outros pedidos. Curioso é saber de alguns questionamentos e cobranças sobre pedidos para outros clubes, manias de perseguições. Sem saber se o pedido já foi feito ou não...Mas só voltarei ao assunto possivelmente depois de "Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor". Nos próximos dias, será prioridade aqui. Existem várias reportagens novas e reveladoras sobre o assunto que não entraram nos documentários e serão vistas aqui.