terça-feira, 25 de setembro de 2012

Brasileirão Série B

19h30 ABC 1x1 ASA
21h00 Joinville 3x1 Boa Esporte Clube
21h00 América-MG 1x2 Grêmio Barueri

Copa Sul-Americana

19h15 Deportivo Quito 2x0 Tigre
21h30 Independiente 2x1 Liverpool-URU

Italiano

16h00 Fiorentina 0x0 Juventus

Alemão

15h00 Bayern de Munique 3x0 Wolfsburg
15h00 Schalke 04 3x0 Mainz 05
15h00 Greuther Fürth 0x2 Fortuna Düsseldorf
15h00 Eintracht Frankfurt 3x3 Borussia Dortmund

Musas do Esporte


Bernardinho não aceita reatar com Zé Roberto via imprensa

s declarações públicas de José Roberto Guimarães querendo se reaproximar de Bernardinho ainda não comoveram o treinador da seleção brasileira masculina de vôlei. Apesar do discurso do companheiro de profissão, o técnico carioca garantiu que não foi procurado pelo desafeto para reatar a relação estremecida há quase uma década.

Os maiores treinadores do vôlei nacional estão brigados desde os Jogos Olímpicos de Atenas de 2004, mas Zé Roberto declarou repetidamente após a Olimpíada de Londres que gostaria da reconciliação para o crescimento da modalidade no país.
Reuters
Bernardinho (foto) e Zé Roberto estão brigados desde 2004
Bernardinho (foto) e Zé Roberto estão brigados desde 2004


“Eu prefiro não falar sobre isso. Se ele reviu sua posição e quer falar alguma coisa, teria que vir conversar comigo. Não com vocês (jornalistas)”, disse Bernardinho durante a apresentação do elenco da Unilever para a temporada 2012/2013 da Superliga feminina, nesta segunda-feira.

Na competição nacional, os dois treinadores voltarão a se enfrentar após longo período, já que o carioca continua comandando a equipe de sua cidade e Zé Roberto Guimarães assumiu o recém-criado Vôlei Amil, time com sede em Campinas e que promete ser uma das novas forças do cenário brasileiro.

“Não será problema nenhum jogar contra ele. É um grande treinador, não dá para dizer o contrário, e dirigirá uma grande equipe”, salientou Bernardinho, que promoveu uma reformulação no elenco da Unilever para esta temporada. Depois das saídas de Sheilla e Mari, o treinador apostou na contratação das estrangeiras Logan Tom e Sarah Pavan para reforçar seu time.

Na temporada passada da Superliga, a Unilever chegou à decisão da competição nacional pela oitava vez consecutiva, mas caiu diante do Sollys/Nestlé, novo time de Sheilla.

Quem pode parar Jon Jones?


O dia 5 de fevereiro de 2011 é conhecido no mundo do MMA por um motivo dos mais nobres: a "Luta do Século", entre Anderson Silva e Vitor Belfort. A luta do chute frontal, de Steven Seagal no octógono, a luta que colocou o esporte de vez no dia a dia do brasileiro médio. Ali, o UFC virou conversa de buteco - com todas as vantagens e desvantagens que isso costuma causa.

Mas o UFC 126, naquele 5 de fevereiro, no Mandalay Bay, em Las Vegas, é histórico por outro motivo. Duas lutas antes de Anderson acertar o golpe do ano em Belfort, uma disputa entre duas jovens promessas dos meio-pesados: Jon Jones e Ryan Bader. Quem vencesse subiria um degrau importante e seria o próximo na fila da disputa pelo cinturão, que aconteceria dali a seis semanas, entre Maurício Shogun e Rashad Evans.

Jones venceu o até então invicto Bader com uma guilhotina, ganhou o prêmio de finalização da noite e o direito de ser o primeiro da fila. Mas aquele dia reservava uma notícia ainda melhor: Evans havia se machucado, e Jon Jones seria o desafiante ao cinturão de Shogun, no dia 19 de março. Apesar do pouco tempo de preparação, ele aceitou a luta.
Getty
Jon Jones encaixa Kimura que finalizou Vitor Belfort no UFC 152
Jon Jones encaixa Kimura que finalizou Vitor Belfort no UFC 152


Após aquele 5 de fevereiro, a carreira de Jones decolou. No UFC 128, ele ganhou o cinturão com facilidade, ao passar por cima de um irreconhecível Shogun. Em setembro, foi a vez de finalizar Quinton Rampage Jackson, outro ex-campeão da categoria. Em dezembro, a maratona continuou contra Lyoto Machida - vitória impressionante no segundo round, com direito a uma finalização por guilhotina de pé e ao prêmio de luta da noite.

Depois de vencer três ex-campeões da categoria, Jones teria pela frente o grande responsável - mesmo que indireto - por sua subida meteórica: Rashad Evans. Ex-companheiros de treino, eles viram a amizade se esfacelar quando Jones aceitou a luta com Shogun. No UFC 145, ambos eram rivais. Jones, mesmo sem o brilhantismo das outras lutas, venceu por pontos.

Jones havia vencido três dos quatro adversários com melhor ranking da categoria. Restava apenas Dan Henderson para que ele "limpasse" os meio-pesados do UFC. Mas veio a lesão de Henderson e, no UFC 152, um outro campeão caiu diante do incrível norte-americano: Vitor Belfort, possivelmente o segundo melhor peso médio do mundo.

O que Jon Jones fez em menos de dois anos é algo inédito na história recente do UFC. Nem mesmo Anderson Silva, o melhor lutador peso-por-peso da atualidade, teve uma sequência de oponentes tão dura. Chuck Liddell, Randy Couture, Mark Coleman... Todos eles perderam, foram surpreendidos, tinham pontos fracos.

Jon Jones parece não falhar. O campeão jamais foi derrubado e esteve em perigo pela primeira vez na chave de braço de Vitor Belfort, ainda no primeiro round. Depois de se livrar de uma finalização, mesmo com o braço lesionado, dominou por completo o brasileiro.

Pensar em uma derrota de Jon Jones em curto prazo é difícil. Bem difícil, na verdade. Uma derrota do campeão passaria por uma atuação de gala de Lyoto Machida, por um swing certeiro de Dan Henderson ou por um Shogun como nos tempos do Pride (será que ele ainda existe?). Talvez, num futuro não tão distante, Alexander Gustafsson, Phil Davis ou Glover Teixeira ganhem a oportunidade de tentar o cinturão - mas todos entrarão como azarões.

Divulgação
Anderson Silva e Jon Jones: uma luta que talvez jamais aconteça
Anderson Silva e Jon Jones: uma luta que talvez jamais aconteça
O sonho de um combate entre Jones e Anderson Silva também parece distante. No UFC 148, em Las Vegas, Jones disse aoESPN.com.br que nada teria a ganhar com uma luta como esta. Disse, ainda, que gostaria de ter Anderson como um tutor, um mestre, quando o brasileiro se aposentar. Além disso, aos 37 anos, o campeão dos médios ainda ter um par de lutas pela frente na categoria - uma revanche com Belfort e combates com Chris Weidman, Michael Bisping ou Alan Belcher, por exemplo. A superluta mais provável em curto prazo é outra: contra Georges St-Pierre.

Em médio prazo, Jones pode subir para os pesos pesados, e aí o número de rivais que poderiam vencê-lo aumenta. Mas não muito: Junior Cigano, Cain Velasquez e quem mais? Alistair Overeem com os exames em dia? Fabricio Werdum, que conseguiu algo parecido ao vencer Fedor Emelianenko? Talvez. E a lista não aumenta muito mais.

Para quem acompanhou o auge de Mike Tyson, a comparação parece pertinente. Um a um, os principais adversários foram caindo. Até que o próprio Tyson resolveu se derrubar - passou a se preparar mal para os combates, envolveu-se em escândalos, foi preso e jamais voltou, de fato, à velha forma.

Jones, por mais que seja um sujeito de modos menos rudes e vida pregressa muito menos complicada do que Tyson, já teve problemas por dirigir embriagado e causou um mal-estar terrível com Dana White, presidente do UFC, por não aceitar uma luta com Chael Sonnen. Mas, até hoje, nem uma coisa nem outra afetaram o desempenho no octógono.

Nos próximos anos, o maior adversário de Jones dificilmente estará no outro córner. É contra os próprios deslizes que o campeão terá de lutar para se manter no topo. 

Que Tyson sirva de lição e possamos ver Jones no auge por muito tempo. É sempre um prazer ver os melhores em ação.


O bom duelo tático no Independência


O Fluminense agradece o empate sem gols em Belo Horizonte. Mas quem assistiu ao duelo entre os outros dois candidatos ao título brasileiro de 2012 não pode reclamar do que viu. Principalmente no duelo tático entre times e treinadores.

Ao contrário do que o blog tentou prever (RELEIA AQUI), Cuca começou com Carlos César na lateral direita, Leonardo na frente e Guilherme pela direita. Provavelmente para não mudar as características dos substitutos de Marcos Rocha e Jô, mas fazendo uma alteração em função do adversário.
O treinador atleticano definiu as perseguições individuais: Pierre pegava Elano e Leandro Donizete cuidava de Zé Roberto. Richarlyson se juntava a Leonardo Silva e Rever para marcar Marcelo Moreno e Kléber com sobra. Pela direita, Carlos César batia com Anderson Pico, já que Guilherme ficava mais centralizado, dividindo com Ronaldinho a atenção de Souza e Fernando.
A movimentação defensiva mudou a dinâmica de ataque do Galo e confundiu o Grêmio de Luxemburgo. O 4-4-2 “híbrido” dos últimos jogos – duas linhas de quatro sem a bola e muita movimentação do quarteto ofensivo em um típico 4-2-2-2 na transição ofensiva – deixava muitos espaços às costas dos volantes (ou meias centrais) e Carlos César voava para cima do lento Anderson Pico, com Fernando atento a Guilherme sem poder auxiliá-lo e Zé Roberto sem saber a quem marcar.


As perseguições individuais do Galo confundiram o Grêmio de Luxa
As perseguições individuais do Galo confundiram o Grêmio de Luxa

Depois de 15 minutos de pressão e muita intensidade dos donos da casa, Luxa corrigiu invertendo o posicionamento de Elano e Zé Roberto e quebrando o ritmo com jogo de passes curtos, ganhando metros de campo e obrigando o adversário a marcar de forma menos agressiva. O primeiro tempo seguiu intenso, pegado e mais igual, apesar dos 63% de posse atleticana. Inclusive nos chutes no travessão: Carlos César ganhando de Pico e batendo forte; Elano em cobrança de falta.

Na segunda etapa, foi a vez de Luxa confundir o técnico do oponente. Abriu Kléber pela esquerda e repaginou o tricolor gaúcho numa espécie de 4-2-3-1, centralizando Zé Roberto. Para não prender Carlos César, Cuca abriu Leonardo Silva quase como lateral para acompanhar o Gladiador, centralizou Richarlyson e abriu Pierre pela esquerda para seguir acompanhando Elano. Não funcionou e o Grêmio cresceu no jogo.

Também pela ótima atuação de Pará, que anulou Bernard e ainda apareceu na frente para roubar bola de Richarlyson na intermediária atleticana e servir Moreno, que perdeu gol feito em uma das nova conclusões erradas dos gremistas – apenas duas na direção da meta de Victor contra cinco do Atlético-MG (sete no total). Pouco antes, Cuca tentou melhorar a produção ofensiva com Neto Berola na vaga de Guilherme, mas o time mineiro perdeu força. 

Com Marquinhos, Léo Gago e André Lima nas vagas dos exaustos Elano, Zé Roberto e Kléber, o Grêmio ficou preso atrás nas duas linhas de quatro e perdeu a saída para os contragolpes. Mas Cuca também não foi feliz nas mexidas. Serginho não manteve a força ofensiva de Carlos César nem Ronaldinho foi a esperada referência na frente com a troca de Leonardo por Escudero. O Galo ficou com a bola (terminou com 53% de posse), mas pouco criou.

De notável, apenas as duas faltas na entrada da área sofridas por Neto Berola que Heber Roberto Lopes não marcou provavelmente pelo histórico de simulações do atacante. Pouco para times que precisavam tanto da vitória para não verem o líder abrir vantagem e pela expectativa do reencontro de Victor com o Grêmio e Luxemburgo com Ronaldinho.

Mas não o suficiente para entrar em desespero. A disputa segue aberta e interessante. Tão boa quanto a partida e o duelo tático no Estádio Independência.

De Neymar a Ganso: a cotação das estrelas no Brasileirão cheio de 'craques'

Ainda falta 1/3 do Brasileirão. 12 rodadas. Mas a janela de inscrições já fechou. Dá para fazer uma primeira avaliação do desempenho dos principais jogadores no campeonato mais 'estrelado' no país nas últimas décadas. Tem Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Fred, Seedorf, Forlán, Lucas... Quem diria... Vamos avalia-los?

Bernard (Atlético-MG): Revelação do Campeonato Brasileiro. Rápido, inteligente, imprevisível. Vai ser de fato testado nesta reta final. Nota: 8

Ronaldinho Gaúcho (Atlético-MG): Superou as expectativas. Mais interessado, mais magro, mais focado, mais participativo que no Flamengo. Voltará a ser de fato decisivo? Nota: 7,5

Kléberson (Bahia): Longe de ser o jogador protagonista do penta em 2002. Jamais se firmou como titular, e conviveu com lesões. Nota: 5

Mancini (Bahia): Outro que decepcionou, e nunca foi de fato titular da equipe. Mostra dificuldade de adaptação aos sistemas táticos brasileiros. Nota: 5,5

Renato (Botafogo): Começou bem. Caiu. Se lesionou. Não tem mais posição garantida no time, com a ascensão dos jovens no meio-campo da equipe. Nota: 6,5

Seedorf (Botafogo): Veio como grande estrela. Estranhou no início. Penou com a sequência de jogos, mas engrenou. Mostra vitalidade, comprometimento e talento. Nota: 7,5

Douglas (Corinthians): Só virou titular com a saída de Alex. Emagreceu, entrou em forma, e voltou, aos poucos a brilhar. Mas ainda falta muito. Nota: 6

Emerson (Corinthians): Confusões, lesões, falta de interesse. Fez (e como...) seu papel na Libertadores e no Brasileiro, assim como o time, vive momento discreto. Nota: 6,5

Lincoln (Coritiba): Só virou titular recentemente. Alterna boas e más partidas e ainda tem dificuldade em manter o ritmo durante um jogo todo. Nota: 6

Deivid (Coritiba): No Flamengo, foi mal este ano. Entrou bem na equipe do Coxa, mas sua missão nesse campeonato ainda é maior. Ainda está devendo. Nota: 5,5

Montillo (Cruzeiro): Depois de ser disputado a tapa no início do ano, não repetiu no mexido Cruzeiro o desempenho da temporada anterior. Nota: 6

Tinga (Cruzeiro): Vem tendo a sequencia de jogos que tanto desejava, mas, como volante ou meia, não brilhou como se esperava. Nota: 6

Vágner Love (Flamengo): Joga (quase) todas, faz gols, dá assistências. Falta melhor companhia. Mas está fazendo o dele. Nota: 7,5

Ibson (Flamengo): Discreto no Santos, continua discreto no clube de coração. Não consegue ser armador e nem volante. Nota: 5,5

Fred (Fluminense): Um dos artilheiros do campeonato. Quando não está machucado, resolve. E, além de tudo, é líder nato da equipe. Nota: 8

Deco (Fluminense): O problema é o de sempre: excesso de lesões. Quando joga, joga bem. Carece de maior sequência. Nota: 7

Thiago Neves (Fluminense): Mais regular que seus companheiros de time, porém menos decisivo. Tem feito bom campeonato. Nota: 7,5

Zé Roberto (Grêmio): Ainda tem fôlego e talento de sobre. Tem jogado melhor como volante do que como meia de criação. Nota: 7,5

Elano (Grêmio): Visto como 'acabado' no Santos, voltou a jogar bem sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Nota: 7

Kléber (Grêmio): Cartões, gols, polêmicas. É o Kléber de sempre. Para o bem, para o mal. Ainda carece de maior constância. Nota: 7

D´Alessandro (Inter): Mais confusões e reclamações do que boas partidas. Tenta nesta parte final uma sequência boa. Nota: 6,5

Forlán (Inter): Demorou a se adaptar. Custou a fazer o primeiro gol. Mas parece estar engrenando. Nota: 6,5

Leandro Damião (Inter): Não repete o brilhantismo da temporada anterior, mas continua fazendo gols importantes. Nota: 7

Valdívia (Palmeiras): Ausências, cartões, lesões. Demorou a engrenar. Tem a missão de livrar o time do rebaixamento. Nota: 5,5

Barcos (Palmeiras): Não foi tão atingido assim com a queda abrupta da equipe. Chegou a ser convocado para a seleção argentina. Nota: 6,5

Marcos Assunção (Palmeiras): Sem as bolas paradas dele, o time simplesmente não funciona. Voltou de lesão recentemente. Nota: 6,5

Dida (Portuguesa): Um tempão sem jogar, uma escolha 'estranha'. Mas vem sendo um dos melhores goleiros do campeonato. Nota: 7,5

Neymar (Santos): E não é que ele ficou 'sozinho'? Quando não joga, o time é um desastre. O problema é que joga pouco (por conta da seleção). Nota: 8

Rogério Ceni (São Paulo): Voltou de lesão e emendou sequência de jogos. O time ficou mais seguro com ele, mas vem de atuações 'normais'. Nota: 6,5

Lucas (São Paulo): Entre idas e vindas pela seleção, alguns bons jogos. Vive seus últimos momentos no clube. Nota: 7

Luís Fabiano (São Paulo): Um dos artilheiros do campeonato, mas muitas lesões e algumas suspensões. Quando está em campo, é decisivo. Nota: 7

PH Ganso (São Paulo): Não jogou pelo novo clube e fez pouquíssimo pelo antigo (Santos), até porque esteve muito com a seleção. Nota: 5

Juninho Pernambucano (Vasco): Cérebro do time. Ótimo início de campeonato. Uma pequena queda, até pela sequência de jogos. Nota: 8

Felipe (Vasco): Algumas desavenças, poucos jogos em sequência, sem o fator decisivo de outros tempos. Nota: 6

Dedé (Vasco): Zagueiro ilustre na lista. Não repete a temporada passada, mas faz um bom campeonato. Nota: 7


Investimento e experiência: perigos africanos para o Corinthians

O futebol africano foi o responsável por acabar com uma das máximas que imperavam sobre o Mundial de Clubes da Fifa, desde que assumiu o atual formato. Antes de 2010, quando o Mazembe eliminou o Internacional e chegou à decisão do título, as semifinais do torneio eram vistas como meras formalidades para os representantes de Europa e América do Sul.

A lembrança de dois anos atrás tem de estar viva para o torcedor do Corinthians, que pode ver seu time enfrentar o campeão africano na luta por uma vaga na final. Será o caso se o vencedor da CAF Champions League superar, em seu primeiro compromisso, o vencedor do duelo entre o campeão japonês da temporada e o Auckland City, campeão da Oceania.

O torneio de clubes africano está na fase semifinal, que terá seus jogos de ida no primeiro fim de semana de outubro. O Mazembe pega o Espérance, da Tunísia, enquanto os egípcios do Al Ahly medem forças com o Sunshine Stars, da Nigéria.

Bicampeão africano em 2009 e 2010, o Mazembe só não teve a oportunidade de buscar o tricampeonato em 2011 por causa da escalação de um jogador irregular nas fases classificatórias. 

A principal força do time é o entrosamento do elenco, que mantém a base há várias temporadas, incluindo o folclórico goleiro Kidiaba, que chamou a atenção por suas curiosas celebrações. Os defensores Sunzu e Sinkala ajudaram a Zâmbia a conquistar a Copa Africana de Naçoes no início do ano e também são peças importantes.

O Mazembe, que já havia sido bicampeão continental nos anos 60, voltou a ser uma potência continental graças ao investimento do empresário Moise Katumbi Chapwe, governador da província de Katanga, sul da República Democrática do Congo. 

O encontro com o Espérance na semifinal é motivo para boas lembranças. Foi justamente o time tunisiano o adversário na última conquista, em 2010, quando o Mazembe goleou por 5 a 0 na primeira partida e confirmou o título com um empate por 1 a 1 na volta. 

O Espérance, que deu a volta por cima com o troféu em 2011, espera se vingar dos congoleses e confia muito no futebol do talentoso meia-atacante Youssef Msakni, que aos 21 anos já é figura importante na seleção nacional. Caso vá ao Mundial, terá reforço importante no ataque: Emmanuel Clottey, artilheiro da CAF Champions League pelo Berekum Chelsea, de Gana.

Do outro lado da chave, o Al Ahly tem alguns dos jogadores mais experientes do futebol africano. O momento do futebol egípcio, porém, não é dos mais animadores. O clube ainda vive o trauma do massacre que vitimou 74 torcedores em Port Said, no início do ano, e provocou o cancelamento da temporada 2011/12. A seleção ficará fora da CAN pela segunda edição consecutiva.

A temporada egípcia começa em outubro e o Al Ahly, de nomes como Aboutrika, Barakat e Gomaa, espera recuperar algum ritmo de competição. O clube é recordista em participações no Mundial da Fifa, com três, e tem o terceiro lugar de 2006 como melhor colocação, alcançada com a vitória sobre o América do México após perder a semifinal contra o Internacional.

O Sunshine Stars, adversário do Al Ahly, fica atrás dos concorrentes em termos de estrutura e já é vitorioso por alcançar as semifinais em sua primeira participação no torneio. Discussões entre jogadores e dirigentes por pagamentos atrasados têm afetado a preparação da equipe para o confronto.

Assim como o Mazembe, o Sunshine Stars tem um político como investidor. De acordo com a imprensa nigeriana, porém, Olusegun Mimiko tem deixado a equipe de lado em prol de sua campanha pela reeleição ao governo de Ondo State.

Em tempo: no Japão, faltando oito rodadas para o final, o líder é o Sanfreece Hiroshima, com 50 pontos. Os principais concorrentes são o Vegalta Sendai, com 48, e o Urawa Red Diamonds, com 45. Dos três, apenas o último tem experiência prévia em Mundiais.