domingo, 31 de julho de 2011

Emirates Cup

PSG 3 x 0 Boca Juniors
Arsenal 1 x 1 New York Red Bulls

Super Copa de Dublin

Manchester City 3 x 0 Inter de Milão
Celtic 5 x 0 Irish XI

Mundial Sub-20


17h00 Costa Rica 1x4 EspanhaGrupo C
17h00 Nigéria 5x0 Guatemala Grupo D
20h00 Austrália 1x1 EquadorGrupoC
20h00 Croácia 0x2 Arábia Saudita Grupo D

Brasileirão Série A


16h00 São Paulo 0x2 Vasco
16h00 Fluminense 4x0 Ceará
16h00 Internacional 0x0 Atlético-GO
16h00 Avaí 3x2 Corinthians
18h30 América-MG 1x3 Coritiba
18h30 Atlético-PR 3x2 Santos
18h30 Bahia 3x1 Figueirense

Brasileiro Série D


10h00 Guarani-CE 0x1 Alecrim Grupo 3
16h00 Comercial-PI 2x1 Sampaio Correa-MA Grupo 2
16h00 Porto-PE 2x2 Santa Cruz-PE Grupo3
16h00 Bahia de Feira 1x2 Treze-PB Grupo 4
16h00 Tocantinópolis 3x2 Itumbiara Grupo 5
16h00 Metropolitano-SC 2x1 Brusque Grupo 8
16h00 Cianorte 2x1 Juventude Grupo 8
16h00 Cerâmica 1x1 Operário Grupo 7
17h00 Gama 1x1 Tupi Grupo 5

Brasileiro Série C


15h00 Santo André 1x0 Caxias Gruo D
16h00 Ipatinga-MG 4x1 Marília Grupo C
16h00 Joinville 2x1 Chapecoense Grupo D
19h00 Rio Branco-AC x Luverdense

sábado, 30 de julho de 2011

Mundial Sub-20


19h00 Mali 0x2 Coreia do Sul Grupo A
19h00 Camarões 1x1 Nova Zelândia Grupo B
22h00 Colômbia 4x1 França Grupo A
22h00 Portugal 0x0 Uruguai Grupo B

Brasileirão Série A


18h30 Flamengo 2x0 Grêmio
18h30 Cruzeiro 0x1 Botafogo
21h00 Palmeiras 3x2 Atlético-MG

Brasileiro Série D


15h30 Nacional-AM 1x2 Penarol-AM Grupo1
16h00 Villa Nova-MG 1x0 Formosa Grupo 6
16h00 CENE-MS 4x1 Mirassol Grupo 7
18h00 São Mateus 1x4 Sendas Grupo 6
19h00 Plácido de Castro 1x0 Cuiabá-MT Grupo 1
20h00 Coruripe-AL 2x1 Vitória da Conquista  Grupo 4

Brasileiro Série C


15h15 América-RN 1x0 Campinense-PB Grupo B
16h00 CRB 2x0 Guarany-CE Grupo B
16h00 Brasiliense-DF 2x0 Macaé Grupo C

Brasileiro Série B


16h20 Ponte Preta 0x3 Portuguesa
16h20 São Caetano 1x1 Paraná Clube
16h20 Grêmio Barueri 1x2 Guarani
16h20 Vitória 0x1 Boa
16h20 Icasa 2x0 Bragantino

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mundial Sub-20

16h30 Inglaterra 0x0 Coreia do Norte
19h30 Áustria 0x0 Panamá
19h30 Argentina 1x0 México
23h00 Brasil 1x1 Egito

Brasileiro série B

19h30 Criciúma 1x0 Americana
19h30 ASA 4x3 ABC
21h00 Vila Nova-GO 1x0 Salgueiro
21h50 Duque de Caxias 2x3 Goiás

Campeão da Libertadores-2009 será o novo técnico da Argentina

Quase cinco dias após a demissão de Sergio Batista, Alejandro Sabella, 56, campeão da Libertadores-2009 com o Estudiantes, foi confirmado como novo técnico da Argentina, segundo o secretário-geral da AFA (Associação de Futebol Argentino), José Luis Meiszner.

Cèsaro de Luca-5.mai.10/Efe
Alejandro Sabella durante jogo do Estudiantes na Taça Libertadores-2010
Alejandro Sabella durante jogo do Estudiantes na Taça Libertadores-2010

"Sabella foi o escolhido. A decisão já foi tomada", disse o dirigente à agência argentina "Télam", que também confirmou que o diretor técnico Carlos Bilardo foi desvinculado do cargo e será o novo assessor do presidente da AFA, Julio Grondona.
Sabella vai firmar contrato até a Copa de 2014, mas só deve ser apresentado oficialmente na próxima semana, pois aguarda ainda o rompimento de seu antecessor com a AFA. O novo treinador terá também de romper um acordo que tinha com o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos.
A estreia no comando da seleção argentina será em setembro, com dois amistosos na Ásia. O primeiro jogo será contra a Venezuela, no dia 2, e o segundo contra a Nigéria, dia 6. Em outubro, vai iniciar a disputa das eliminatórias sul-americanas contra o Chile.

Mourinho faz conferência telefônica com Neymar para contratá-lo

 O Real Madrid ataca em várias frentes para tentar a contratação do atacante Neymar, do Santos. O técnico da equipe espanhola, o português José Mourinho, até já conversou com o jogador através de uma conferência telefônica, que também teve a participação do presidente do clube madrilenho, Florentino Pérez, e do agente do atleta, Wagner Ribeiro.
A informação está na coluna Painel FC, assinada por Eduardo Ohata e Bernardo Itri, publicada nesta sexta-feira pela Folha. A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
No contato, Mourinho abriu as portas do Real para receber Neymar neste momento. "Garoto, vem pra cá" foi uma das frases que o treinador português disse a Neymar, que estava próximo a seu pai e respondeu que estava analisando a proposta.
A conferência telefônica envolveu três países. Florentino Pérez, que colocou Mourinho na conversa, estava na Espanha. O treinador, nos Estados Unidos, realizando pré-temporada com o elenco do Real. E Neymar já estava no Brasil, após disputar a Copa América.
Neymar, porém, continua com vontade de disputar o Mundial de Clubes, no fim do ano, pelo Santos. É irredutível também a posição do Real Madrid, que pressiona para ter o atacante já para a temporada 2011/2012. O clube já aceitou pagar a multa rescisória de 45 milhões de euros (R$ 102 milhões) para ficar com o jogador.
O Real Madrid sofre a concorrência do Barcelona, que também já aceitou pagar a multa rescisória.

Um GP, Hungria, e seis candidatos à vitória

O atual campeão do mundo, líder do campeonato e vencedor de seis das dez etapas disputadas este ano, Sebastian Vettel, da Red Bull, afirmou, resignado, ontem no circuito Hungaroring, em Budapeste, quanto ao GP da Hungria: “É só ver a tendência das últimas três, quatro corridas. Vamos lutar com Ferrari e McLaren aqui”. Hoje começam os treinos livres.
  A primeira derrota da Red Bull na temporada foi em Nurburgring, domingo, quando Vettel e o companheiro, Mark Webber, se classificaram em quarto e terceiro. E disseram: “Era o máximo possível”. Venceu Lewis Hamilton, McLaren, seguido por Fernando Alonso, Ferrari. “Fui para casa, na Alemanha, permaneci dois dias lá e refleti bastante”, comentou, ontem, Vettel.
  “Está todo mundo na equipe trabalhando o tempo todo e já para esta prova temos novidades no carro”, disse o alemão. “Precisamos reagir já, não somos mais os mais velozes. Uma coisa é a classificação outra é a corrida”, emendou Webber. A Red Bull estabeleceu as dez poles do campeonato. Restando com o GP da Hungria nove etapas para o encerramento do calendário, a Red Bull tenta evitar maior aproximação dos adversários. Vettel lidera com 216 pontos seguido por Webber, 139, Hamilton, 134, e Alonso, 130.
  Contra o que se imaginava, Ferrari e McLaren desenvolveram seus modelos mais que a Red Bull e já a partir de hoje é possível que seis pilotos, desses três times, iniciem a disputa que reúne elementos para ser a melhor do ano até agora. “É um grande momento da Fórmula 1”, declarou Jenson Button, da McLaren. “Tivemos quatro vencedores distintos nas últimas quatro etapas e aqui são seis pilotos com chance de ganhar.”
  O cenário para a segunda metade do Mundial é alentador. Lewis Hamilton, da McLaren, era outra pessoa, ontem, depois de vencer em Nurburgring. Conversava solto: “Se essa temperatura se mantiver assim será maravilhoso para nós. Nós sofremos no calor”. Choveu o dia todo, ontem, e a temperatura máxima ficou em 22 graus Celsius. Na Alemanha, domingo, não passou dos 13 graus.
  Falou mais, Hamilton: “Sou daqueles que tira tudo de si e mais um pouco. Às vezes é minha equipe que tenta me manter sob controle”. Esse ímpeto todo já provocou incidentes com outros pilotos que valeram punições a Hamilton. Mas é um piloto imprescindível para a competição por conta de sua vontade contagiante de dar o melhor de si em qualquer condição. E sempre com enorme competência.
  Com exceção do bom quarto lugar no ano passado, Felipe Massa, companheiro de Alonso, sempre se viu envolvido em algo que comprometeu melhor resultado na Hungria. “Em 2007, na classificação, tive um problema na classificação e larguei lá atrás. Em 2008, liderava até três voltas do fim quando quebrou o motor e em 2009 sofri o acidente.”
  Mas nunca este ano suas perspectivas de lutar pelas primeiras colocações foram tão boas. “Com os pneus macios e supermacios temos boas chances aqui.” Alonso acredita que vários fatores ajudaram a McLaren ser supercompetitiva em Nurburgring. “Nesta pista (Hungaroring) penso que seremos mais rápidos que eles, não faz o frio da Alemanha que tanto os ajudou.”

Kleber, Ronaldinho e Thiago Neves no tribunal é exagero por Antero Greco

Tribunal Esportivo é importante, mas às vezes exagera no zelo. Na pauta da sessão marcada para hoje está o julgamento de Kleber por falta de fair-play no jogo em que Palmeiras e Flamengo empataram por 0 a 0 na semana passada. O atacante foi denunciado porque não colocou uma bola pra fora, como cortesia. Em vez de ceder o lance para o adversário, resolveu arriscar o chute a gol. O gesto provocou início de tumulto. A atitude de Kleber foi tosca – eu disse isso na tevê, além de escrever aqui e na coluna no Estadão. Faltou-lhe cavalheirismo, picardia, elegância. Em seu favor, alegou no dia seguinte que os jogadores do Fla também não se comportaram com altivez em diversos momentos. Citou cotoveladas, faltas ríspidas e abuso de cera.
Erros, sem dúvida. Mas que não justificavam sua reação. Kleber seria diferente – e superior – se mostrasse desprendimento e não se mantivesse no nível dos demais, que considerou baixo e antidesportivo. Perdeu oportunidade de dar lição e agir como verdadeiro “Gladiador”.
Daí a ser levado para o tribunal há um disparate. O fair-play é bonito e o defendo. A Fifa sempre prega cortesia e lisura como partes integrantes do jogo, embora nem sempre faça uso dessas qualidades. Só que não há regra escrita determinando que um atleta que, numa bola ao chão, não possa ganhar a dividida. Kleber fez papelão, mas não descumpriu regulamento, apesar de ser denunciado no artigo 258 do Código de Disciplina (assumir atitude contrária à disciplina e moral esportiva).
Da mesma forma, considero severa demais a perspectiva de Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho pegarem até 10 jogos de suspensão por terem forçado terceiro amarelo, no mesmo jogo, e assim evitarem o confronto com o Ceará. Ambos acharam mais conveniente zerarem logo a série e trataram de levar a arbitragem à punição que lhes interessava.
Ok, é falta também de fair-play, mas nenhum crime contra o esporte. O ‘erro’ de Thiago Neves foi o de ter sido sincero, ao admitir a manobra, aliás tão comum, nem por isso uma lindeza. O procurador do tribunal, Paulo Schimitt, disse que o futebol não pode ser um vale-tudo – e assino embaixo. Mas esse é um pecadilho, um pecado venial, diante das botinadas, carrinhos, entradas criminosas, cotoveladas muitas vezes ignoradas.
Um pito – e olhe lá! – nos dois rubro-negros já estará de bom tamanho. Carga pesada, de fato, deveria ocorrer sempre contra os desleais e violentos. Esses têm de ser combatidos. Meu maior sonho, porém, é ver um dia um tribunal  punir cartolas e afins que não agem com fair-play e transparência com um bem cultural e público tão importante como o futebol. Aí, sim, será um festival e tanto de condenações, suspensões, afastamentos.
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A magia da bola

Numa dessas conversas de fim de expediente, recentemente, o amigo e jornalista Wilson Baldini Jr. fez observação com a qual concordo: "O futebol passa por crise técnica". Quem, por exemplo, elegeríamos para concorrer com Messi ao título de craque do ano, como faz a Fifa? Hoje temos grandes jogadores, mas pouquíssimos superastros internacionais. Nem por isso ele tem perdido emoção ou contabilizado redução no número de seus fanáticos seguidores. Ao contrário! Dois jogos do Brasileirão anteontem atestaram, novamente, por que se trata do esporte mais popular do mundo.

Gols, grandes jogadas, erros incríveis, alternância no placar. Numa mesma noite - épica, por sinal -, a bola criou heróis e vilões, personagens que viverão dias distintos pelo menos até a próxima rodada. Refiro-me, claro, a Santos 4 x 5 Flamengo e Coritiba 3 x 4 São Paulo. No Couto Pereira, 26 mil pessoas prestigiaram o Coxa, apesar do frio, e, na Vila, 13 mil assistiram a uma das partidas mais espetaculares dos últimos tempos.
Numa época em que a informação chega cada vez com mais velocidade e as notícias são precocemente descartadas, um jogo de meio de semana cai, em algumas horas, no esquecimento. Certamente não é o que ocorrerá com os dois citados acima.
Ronaldinho Gaúcho e Neymar encheram os olhos do torcedor. O flamenguista jogou como nos tempos de Barcelona, com lances notáveis e três gols, um deles genial - aliás, vale a pena guardar a brilhante atuação, rara nos últimos cinco anos. E o santista humilhou a defesa adversária, com dois belos gols (um de placa) e passes precisos. Um clássico para ficar na eternidade!
Pode parecer antipático falar em vilão num confronto como o da Vila. Mas não dá para ignorar a cobrança de pênalti displicente de Elano, dez dias depois de ter falhado com a seleção na Copa América. O meia, em tom humilde, reconheceu o erro e se desculpou com a furiosa torcida alvinegra. O goleiro Felipe, após a defesa na "cavadinha" do adversário, também não precisaria ter feito embaixadinhas com a bola. Não sou daqueles que acham que tudo tem de ser politicamente correto, mas bom senso e responsabilidade não fazem mal a ninguém. Ele havia sofrido três gols em menos de meia hora. Felipe, embora seja um respeitável camisa 1, peca muitas vezes por seu comportamento imaturo.
Assim como pecaram os santistas após terem aberto 3 a 0 no placar. Um time com a categoria do Santos, atuando em casa, não pode permitir uma reação tão impressionante do oponente. O Flamengo, claro, teve méritos e contou com Ronaldinho Gaúcho em apresentação iluminada, mas a equipe da Baixada relaxou, afrouxou na marcação e deixou a simplicidade de lado. Pagou caro e, no futuro, vai lamentar os 3 pontos perdidos.
Ao mesmo tempo em que premia craques como Ronaldinho e Neymar, a bola pune. Foi por pouco que o São Paulo não saiu de Curitiba com um resultado desastroso numa partida memorável. Por ter também se acomodado. Vencia o Coritiba por 4 a 0 (com um bonito gol do menino Lucas) até a metade do segundo tempo e tinha um jogador a mais em campo. O espectador que desligou a TV aos 20 minutos da etapa final e foi para a cama provavelmente levou um susto ontem pela manhã. Os curitibanos fizeram três gols e tiveram chance de igualar o marcador no fim. O empate seria um justo castigo para os são-paulinos e um merecido prêmio para o valente time da casa. A torcida, em reconhecimento ao esforço, aplaudiu de pé os atletas.
A magia do esporte bretão foi celebrada também na Europa anteontem. Se não tivesse assistido à final da Supercopa da França, eu não acreditaria no que ocorreu na cidade de Tanger, no Marrocos. O Olympique de Marselha conquistou o título ao vencer o Lille por 5 a 4. Até os 40 do segundo tempo perdia por 3 a 1. Isso significa que cinco dos nove gols surgiram nos minutos finais.
Por mais que muitos dirigentes de clubes, entidades nacionais e da Fifa usem a bola como meio para tirar proveito pessoal, o futebol deu mais uma mostra, nesta quarta-feira, de que é imortal.


Procuradoria do STJD pode propor transação disciplinar para RG e TN

Conversei com o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, que ofereceu denúncia ao Tribunal envolvendo Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho e Kleber. Os jogadores foram incursos no Art. 258 (Assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva, em relação a componente de sua representação, representação adversária ou de espectador). A pena varia de uma a dez partidas, provas ou equivalentes.

Dependendo do andamento das provas processuais apresentadas pela Defesa, a transação disciplinar pode ser feita pela Procuradoria, com base na pena prevista no artigo a que responde o denunciado. Caso o departamento jurídico do clube a que pertence o jogador aceite a proposta, assim como o auditor e o relator, o processo se encerra.

Se isso não acontecer, o julgamento prossegue naturalmente para que os auditores do STJD possam decidir o caso.

No entendimento de Paulo Schmitt, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho vivem situação diferente a do atacante Kleber. Os jogadores do Flamengo estariam mais próximos de alcançar a transação disciplinar.

“Até mesmo uma advertência pode ser proposta como forma de alerta, isso no caso dos atletas do Flamengo. Com relação ao Kleber, considero mais difícil este tipo de transação devido às declarações dele após a partida”, avaliou o Procurador do STJD.

A inusitada entrevista de Thiago Neves causou estranheza a Paulo Schmitt. “A gente sempre ouve história de mala branca, preta, armação de resultado, mas ninguém admite. Agora, quando alguém vem a público falar do tema, isso merece um julgamento, pois é algo que fere os princípios desportivos”, destacou Schmitt.

Se houver acordo com relação a punição, mesmo que seja um jogo, os atletas terão que cumprir a pena, pois a suspensão automática não configura que os jogadores já foram punidos.

O julgamento dos atletas acontece nesta sexta-feira, na Quarta Comissão Disciplinar do STJD. No entanto, Paulo Schmitt não é o Procurador nesta Comissão. Ele atua somente no pleno, o STJD.



Veja a entrevista de Paulo Schmitt!
O que é a Transação Disciplinar Desportiva?
O Código Brasileiro de Justiça Desportiva, no Art. 80-A, prevê a possibilidade de o Procurador propor ao infrator uma transação, aplicando-lhe uma pena que não ficará registrada na sua ficha para efeitos de reincidência, mas apenas para não utilizar o benefício novamente no prazo de um ano.

Essa transação é semelhante à Transação Penal, aceita para os crimes de menor potencial ofensivo.

Mourinho chega em silêncio para julgamento na Uefa; decisão deve sair ainda hoje

O técnico do Real Madrid, José Mourinho, já está dando suas justificativas junto ao Comitê de Apelação da Uefa na sessão que analisa o pedido do clube merengue de que a entidade anule a suspensão de cinco partidas e 50 mil euros (cerca de R$ 112 mil) imposta ao treinador por suas “declarações inapropriadas” depois do primeiro jogo das semifinais da Champions League da última temporada diante do Barcelona.

Mourinho não deu nenhuma declaração aos jornalistas no momento de sua chegada ao tribunal. Acompanhado por dirigentes e advogados do Real Madrid, o português chegou ao local cerca de dez minutos antes do horário estipulado para o início da sessão.

Ainda não há confirmação oficial, mas fontes ligadas à Uefa garantem que a decisão do Comitê de Apelação será conhecida ainda nesta sexta-feira por meio de um comunicado publicado no site da entidade, “provavelmente antes do meio-dia” (horário local).

O técnico do Real Madrid foi punido por cinco partidas (das quais já cumpriu uma, no jogo de volta da semifinal contra o Barça) por ter afirmado durante entrevista coletiva após o primeiro confronto entre os dois times que o time azul-grená era beneficiado pela arbitragens na Liga dos Campeões.

Entenda o jogo político que move a virada de mesa no futebol argentino

Presidente da Associação de Futebol (AFA) desde 1979, Julio Grondona é um desses cartolas que deveriam desaparecer do futebol. Não por acaso hinchas argentinos tocam o movimento @chaugrondona no twitter. É evidente que o dirigente é o principal personagem da virada de mesa em curso no futebol argentino.

O sanguinário general Jorge Rafael Videla, que deu golpe de Estado em 1976, e Grondona
O sanguinário general Jorge Rafael Videla, que deu golpe de Estado em 1976, e Grondona

Grondona sinalizou que a mudança era certa, mas agora já diz que a alteração no sistema do campeonato não é algo garantido. Alega, ainda, que o descenso do River Plate não é a razão principal desse absurdo. E aí faz sentido. Grondona vem defendendo a chamada “federalização” do futebol, com mais times do interior na elite.

O site Futebol Portenho reproduz trechos de uma entrevista na qual o cartola diz: “Desde que cheguei à AFA, uma das minhas prioridades é a federalização. Há muitas coisas que precisam mudar, e é preciso ajudar os clubes. O River não tem nada a ver com isso. Faz tempo que pensamos em um novo torneio”.

Tamanha desfaçatez não surpreende. Soa patética tal frase se lembrarmos que Grondona comanda a AFA há 32 anos, chegou ao comando da entidade uma década antes de Ricardo Teixeira assumir a CBF. O artifício pretende incluir a B Nacional (segunda divisão) no projeto Futbol para Todos, que pode ser traduzido como "dinheiro público gasto com direitos de televisão".

Se a virada de mesa se concretizar, os times da segundona também passarão a ter suas partidas exibidas pela TV pública, ou seja, canal aberto bancado pelo governo, como já acontece com a divisão principal. E isso é de grande interesse da presidenta Cristina Kirchner, que usa e abusa do futebol como plafaforma política.

Até lances de arquibancadas de pequenos estádios são erguidos com apoio presidencial. Quando estava na presidência, seu marido, Nestor, que morreu em outubro de 2010 e torcia pelo Racing, jamais se inibiu diante das possibilidades de projeção que o esporte propociona aos políticos.

Já a Copa América foi espalhada pelo país não apenas para levar as seleções participantes a outras cidades argentinas, mas também para agradar eleitores e dar sequência à estratégia presidencial. Agora Grondona deve ajudá-la a conduzir os principais times do país pelo interior, algo que o River Plate já vai fazer de qualquer forma por ter caído.

O dirigente afirma que os clubes não serão sobrecarregados, que jogarão os mesmos 38 jogos por temporada e que clássicos seguirão acontecendo. Pode ser, mas é evidente que para isso o campeonato argentino terá muitas partidas sem atrativos, mesclando equipes mais fortes com outras que não teriam condições de disputar a primeira divisão sem virada de mesa.

E isso ajuda a entender que a manobra é muito mais ambiciosa, ampla e asquerosa do que um simples movimento para recolocar um time importante na elite, tanto que o River jogará a segundona. O presidente da AFA diz que tudo depende do ok da assembléia, em outubro, mas não passa de conversa fiada, especialidade de políticos e cartolas aqui e lá.

Torcedores programam uma manifestação para quarta-feira, dia 2. A indignação popular e a péssima repercussão que tal medida gerou provocaram o recuo. Kirchner não seria tola de seguir à frente disso nesse momento. Melhor esperar as coisas se acalmarem. E seus eleitores distantes de Buenos Aires curtirem a ideia. Até por ser ano eleitoral na Argentina.

A mesa do futebol argentino já foi virada.

Grondona com a presidenta Cristina Kirchner: sempre ao lado do poder
Grondona com a presidenta Cristina Kirchner: sempre ao lado do poder






quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mais de 150 torcedores compareceram ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para receber a delegação do Flamengo, na tarde desta quinta-feira, um dia depois da épica vitória sobre o Santos por 5 a 4 na Vila Belmiro. Houve também muito empurra-empurra entre jornalistas e fotógrafos além de segurança reforçada, principalmente sobre Ronaldinho Gaúcho.

ESTOCOLMO - Com exceção da polonesa Anna Rogowska, atual campeã mundial, todas as principais atletas do salto com vara vão se reencontrar em uma competição outdoor na etapa de Estocolmo da Diamond League, que acontece nesta sexta-feira. Entre elas estará a brasileira Fabiana Murer, que encara a competição na Suécia como uma prévia do Mundial de Daegu. Será a primeira chance de comparar seu desempenho ao ar livre com as maiores rivais.
Leif R Jansson/AP
Leif R Jansson/AP
'Vai ser uma prova muito forte', afirma Fabiana Murer

"Vai ser uma prova muito forte, com as líderes do ranking. Todo mundo está em preparação para o Mundial e é para isso que servem essas etapas da Diamond League", disse Murer, que vai poder reencontrar Yelena Isinbayeva. A recordista mundial ficou 18 meses afastada das provas ao livre e voltou a competir no final de semana passado, na Bélgica. Saltou 4,60 m, mas sob chuva, o que impede qualquer comparação com as melhores marcas das adversárias.
A líder do ranking no ano é a alemã Martina Strutz, que já saltou 4,78 m. Fabiana tem 4,70 m como sua melhor marca, igual desempenho da russa Svetlana Feofanova. Quem lidera a Diamond League, porém, é a alemã Silke Spiegelbur. Todas estarão em Estocolmo.
Fabiana tem treinado em Fórmia, na Itália, com o ucraniano Vitaly Petrov, ex-técnico de Isinbayeva. Ela acredita que o período de preparação vai surtir efeito já nas vésperas do Mundial de Daegu. "Gostei bastante dos meus treinos em Fórmia e me sinto mais confiante e preparada para competir. Acredito que posso melhorar minha marca da temporada, de 4,70 m, mas vai depender dos acertos e das condições na hora da prova", disse a brasileira, que ainda competirá em Londres antes de viajar à Coreia do Sul. O Mundial começa no dia 27 de agosto.


Desembarque do Flamengo causa tumulto no Rio; Ronaldinho celebra melhor jogo no clube

Mais de 150 torcedores compareceram ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para receber a delegação do Flamengo, na tarde desta quinta-feira, um dia depois da épica vitória sobre o Santos por 5 a 4 na Vila Belmiro. Houve também muito empurra-empurra entre jornalistas e fotógrafos além de segurança reforçada, principalmente sobre Ronaldinho Gaúcho.

Autor de três gols na partida de ontem, o melhor do mundo em duas oportunidades foi escoltado por seus seguranças e também por homens contratados pelo Flamengo. Ainda assim, o jogador deu uma rápida resposta quando questionado se este foi seu melhor jogo pelo clube: "No Flamengo, sim".

Enquanto isso, o volante Renato Abreu parou para conversar com os jornalistas, elogiou Ronaldinho e a partida disputada na Vila Belmiro. "Foi um jogo que marcou a minha vida e acredito que a dos torcedores também. Mostramos que somos um time que se recusa a perder. Tivemos muito poder de superação para nos recuperarmos depois de estar perdendo por 3 a 0", afirmou.

Ronaldinho é abraçado por Felipe; cercado por seguranças, pouco falou no desembarque
Ronaldinho é abraçado por Felipe; cercado por seguranças, pouco falou no desembarque
Crédito da imagem: Vipcomm
"As duas equipes jogaram bem, teve nove gols... Mais um prova de que a nossa equipe pode ser brilhante. Se é outro time, desistiria, mas nós somos guerreiros", disse o experiente jogador, que também agradeceu a recepção da torcida: "O Flamengo sempre nos surpreende. Muita gente deve ter deixado de vir ao trabalho para vir nos apoiar aqui".

"Ronaldinho a gente sabe que é gênio. Ajuda a marcar, a finalizar, com um toque a mais e ontem foi brilhante. Fez um gol bonito de falta, que eu já tinha visto ele fazer antes. O conjunto da obra foi brilhante e saiu essa joia: Ronaldinho com três gols", continuou Renato Abreu.

Agora, o Flamengo começará a se preparar para o jogo de sábado contra o Grêmio, no Engenhão.

Minhas desculpas a Ronaldinho

Antes de tudo, vou deixar claro aqui: nunca fui fã de carteirinha de Ronaldinho Gaúcho. Sempre achei um 'craque super-estimado'. Foi melhor do mundo? Foi, mas por um curto período - no Barcelona. Sempre ficou devendo na seleção brasileira? Também - sua melhor partida pela seleção foi a vitória contra a Inglaterra, na Copa de 2002, quando foi expulso e quase enterrou o time.

Uma das grande batalhas teóricas da minha vida de jornalista esportivo foi travada quando começaram a comparar Ronaldinho com os imortais do futebol, como Maradona. Heresia! Ronaldinho não fica entre os cinco maiores do futebol brasileiro em todos os tempos. Não fica mesmo...

Ronaldinho sempre se divertiu jogando. Habilidade imensa. Mas entre o malabarismo e o protagonismo, sempre optou pela primeira opção.

A partir de 2006, então, parece ter se desinteressado pelo futebol, pela 'profissão'. Nem se divertir, se divertia mais.

Foi muito mal na Copa da Alemanha. Encontrou guarida no Milan, onde teve alguns bons momentos, sempre acima do peso, sem mobilidade, sem grandes sorrisos.

Ronaldinho só tinha uma saída: voltar ao futebol brasileiro. O caminho mais óbvio. Voltar ao Grêmio. Resgatar uma história inacabada.

Optou pelo Flamengo, numa negociação que desgastou ainda mais sua imagem. Ronaldinho optou pelo Rio, pela Cidade Maravilhosa, de tantos atrativos. O Flamengo parece ter se esforçado pela contratação, mais pela questão do marketing do que pela questão do campo. Tudo para dar errado, certo?

Errado. Ronaldinho, evidentemente, curtiu e tem curtido a noite carioca - que jogador de futebgol não vai para a noite; a não ser os Atletas de Cristo?

O fato é que, baladeiro sim, Ronaldinho voltou a ser um jogador de futebol profissional, comandado pelo contestado Vanderlei Luxemburgo.

Não rendeu grandes patrocínios. Sua resposta é no campo. Entrou no peso, está em forma invejável. Jamais vestiu o chinelinho. Está disponível em todas as partidas. E voltou a ser decisivo.

Ronaldinho é o artilheiro do equilibradíssimo Brasileirão, minha gente. E isso não é pouco! Contra o Santos, no aguardado duelo contra Neymar, foi espetacular, decisivo, objetivo, competitivo. Ronaldinho não jogava assim há muuuuuuuito tempo.

Não é veterano. Nunca teve lesão séria na vida. Tem muita lenha para queimar. Basta querer. Neste vazio de ideias que é a seleção brasileira, pode até voltar, para reescrever uma história de final triste. Basta querer...

Você daria uma nova chance para Ronaldinho na seleção? 

VIDEOBLOG: Salve o futebol. Ele voltou!

Enfim, o futebol voltou. Não é todo dia que você tem um 5 a 4, como o da vitória do Flamengo sobre o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, ou um 4 a 3, no triunfo do São Paulo sobre o Coritiba. Não é sempre que temos um Ronaldinho Gaúcho jogando como nos tempos do Barcelona, e Neymar fazendo gol de Pelé.

Estou muito satisfeito, porque a gente gosta de futebol em função disso, para ver coisas como essas. Foi um grande jogo, que nos enche de orgulho, e quem assistiu pode se sentir um privilegiado. Entretanto, como em toda grande partida, há, também, as falhas.

Houve problemas defensivos, de goleiro, de centroavantes. Existiu até mesmo a omissão do Ganso, o que me preocupa. Além disso, não há desculpa para o Elano ter cobrado um pênalti como aquele. Ele tinha a obrigação de fazer uma cobrança como profissional. Porém, existiu muita coisa maravilhosa. Salve o futebol, ele está de volta!



Clique no player para assistir ao videoblog desta quinta-feira

Brasileirão Séria A

19h30 Vasco 1x1 Bahia
21h00 Ceará 2x1 Atlético-PR

Eliminatória Asiática

08h00 Tadjiquistão 0x4 Síria
08h00 Quirguistão 0x3 Uzbequistão
08h00 Filipinas 1x2 Kuait
09h00 Indonésia 4x3 Turcomenistão
09h00 Hong Kong 0x5 Arábia Saudita
09h00 Bangladesh 2x0 Líbano
09h15 Vietnã 2x1 Qatar
09h45 Malásia 1x1 Cingapura
10h30 Índia 2x2 Emirados Árabes Unidos
12h00 Palestina 2x2 Tailândia
13h00 Iêmen 0x0 Iraque
13h00 Maldivas 0x1 Irã

Eliminatória Asiática para a Copa 2014

Segunda fase
Jogos de volta
Laos 1 x 6 China
Mianmar 0 x 2 Omã
Nepal 1 x 1 Jordânia

Felipão diz que disque-denúncia é 'frescura'; Assunção se defende após ser chamado de cachaceiro

A maior organizada do Palmeiras criou na internet um anúncio pedindo que os torcedores denunciem os jogadores do clube que forem vistos à noite na balada. Na última semana, Luan e Marcos Assunção foram chamados de "cachaceiros" por parte da torcida. Nesta quarta-feira, depois da vitória sobre o Figueirense, por 1 a 0, em Florianópolis, o técnico Luiz Felipe Scolari e o volante Marcos Assunção rebateram as críticas.

Felipão foi curto e grosso ao comentar o disque-denúncia criado pelos torcedores: "É frescura".

Já Marcos Assunção explicou bem o seu ponto de vista se defendeu e garantiu não consumir bebidas alcoólicas.

"Quem me conhece sabe que eu não bebo nada, e não é porque eu não quero, é porque eu não gosto mesmo. Saio quando posso, mas jamais vão me ver enchendo a cara. Não sou evangélico, mas se me verem por aí, vou estar com minha coca-cola ou com minha água", disse o volante palmeirense.
Por outro lado, Assunção disse que os jogadores têm o direito de aproveitar a noite também, nos dias certos, desde que isso não atrapalhe o desempenho nas partidas. O volante mostrou entender o protesto dos torcedores, mas foi firme ao mostrar que os atletas também têm a sua vida pessoal.

"Esse disque-denúncia é para achar os jogadores à noite, mas quem sai é na folga, nós temos nossas vidas fora do Palmeiras, não vivemos só do trabalho. Os torcedores têm razão em cobrar dois dias antes de um jogo, temos que ter respeito. Mas três, quatro dias antes de uma partida não tem problema sair. Temos amigos, alguns no meio da música, que muitas vezes chamam a gente para sair, para jantar. Quando a gente tem folga, tem que sair, se divertir mesmo. Eu já tenho 35 anos, mas a maioria é novo, tem que ter o momento de descontração", afirmou Assunção.

Abel reclama da arbitragem e levanta suspeita de perseguição contra os cariocas

O técnico Abel Braga, do Fluminense, reclamou bastante da arbitragem na derrota de sua equipe para o Atlético-MG, por 1 a 0, nesta quarta-feira à noite. Na opinião do treinador, o adversário foi beneficiado por uma falta marcada no início do lance que originou no gol de André, no segundo tempo.

"Não houve nem contato. Ele bateram rápido a falta e depois aconteceu o gol. O juiz também não foi bom para o Atlético em alguns momentos, mas ele influenciou no resultado final", protestou o comandante do Flu.

Abel Braga ainda lembrou o fato de dois clubes do Rio de Janeiro terem sido campeões brasileiros em 2009 e 2010, Flamengo e Fluminense, respectivamente, para seguir reclamando do árbitro e levantar uma suspeita de perseguição contra clubes cariocas.

"Além deste jogo, houve um situação contra o Flamengo, a situação no jogo passado (contra o Palmeiras). Não sei se existe uma preocupação excessiva por dois times cariocas terem ganho o Brasileiro nos dois últimos anos", afirmou Abel.

Quando analisou o confronto, Abel aprovou a postura do Fluminense em algumas parte do jogo, mas também deu méritos ao oportunismo do Atlético-MG, que ganhou com um gol de cabeça do estreante André.

"O adversário teve momentos de pressão e foi feliz na oportunidade que teve. Mas nós também tivemos chances, e o gol não saiu. Eles colocaram dez jogadores atrás da linha da bola, e tivemos dificuldades, afimou Abel.

VÍDEO: Botafogo sai atrás, mas vira sobre o Avaí e dá folga a Caio Júnior

Depois de quatro rodadas de jejum, o Botafogo virou o jogo sobre o Avaí em 2 a 1, nesta quarta-feira, no Engenhão, e fez o técnico Caio Júnior respirar aliviado. O treinador sentia a pressão da torcida e cogitou-se até sua demissão.

Dirceu marcou para o Avaí logo de casa. Apesar dos muitos desfalques, a equipe da casa correu atrás da desvantagem. Maicossuel, outro que também estava recebendo críticas, e Herrera fizeram os gols da equipe da casa.

O jogo foi caracterizado por muitos erros cometidos pelas duas equipes. E a torcida do Botafogo, insatisfeita com a situação da equipe, não escondeu seu desagrado com o técnico Caio Júnior, hostilizado durante a maior parte do jogo. O Avaí teve maior posse de bola mas não soube transformar o domínio em gols.

Na próxima rodada o Botafogo vai enfrentar o Cruzeiro na Arena do Jacaré. O Avaí receberá o Corinthians, na Ressacada. O Botafogo soma 19 pontos, temporariamente na sexta colocação. O Avaí tem sete e é o penúltimo. 

 Alívio: Maicossuel deixou sua marca na vitória; veja!
Crédito da imagem: Agência Estado
O jogo

Diante de um público muito pequeno, Botafogo e Avaí iniciaram a partida de forma cautelosa. Quando os dois times ainda estavam se estudando, o time visitante marcou o primeiro gol aos seis minutos. A bola foi levantada na área, Welton Felipe desviou e Dirceu entrou livre para tocar com o pé direito e colocar nas redes de Jefferson que não teve a menor chance de defesa.

O gol deixou o time alvinegro mais nervoso e aos oito minutos, depois de cometer três faltas, o atacante Herrera recebeu cartão amarelo. O time dirigido por Caio Junior mostrava muito nervosismo e não conseguia armar jogadas de ataque, insistindo nos cruzamentos que eram facilmente bloqueados pela defesa catarinense.

Aos 18 minutos, o Avaí saiu em velocidade e Pedro Ken foi lançado nas costas dos zagueiros alvinegros. O atacante catarinense entrou livre e chutou para fora, perdendo uma grande chance de ampliar o marcador.

A torcida tentava empurrar o time, mas os gritos de incentivo eram logo substituidos por vaias quando a equipe errava as jogadas. Aos 27 minutos, o Botafogo empatou a partida. Márcio Azevedo fez grande jogada pela esquerda, se livrou da marcação e rolou para Maicossuel que bateu de primeira no ângulo esquerdo do goleiro Felipe.

O Avaí não se abalou e aos 31 minutos, quase desempata em cabeçada de Welton Felipe que passou raspando. Na cobrança do tiro de meta, Jefferson saiu jogando errado e proporcionou nova chance ao Avaí. A bola acabou nos pés de William que chutou por cima quando estava livre diante do goleiro alvinegro.

O Botafogo desempatou aos 37 minutos. Elkeson cobrou falta na entrada da área e lançou para Herrera que tocou de cabeça fora do alcance do goleiro Felipe. A vantagem acalmou a equipe carioca que passou a tocar a bola com mais constância e saindo sempre com Márcio Azevedo que sempre levava vantagem sobre seus marcadores.

O Avaí voltou mais ofensivo e logo aos dois minutos, ao tentar aliviar o perigo, Gustavo chutou a bola em cima do volante Léo e a bola quase sobrou para o atacante Wiliam. O time catarinense seguiu pressionando em busca do gol de empate, e o Botafogo apenas se preocupar em afastar o perigo da sua área.

O time catarinense seguia trocando bolas na intermediária carioca e um chute de Pedro Ken obrigou Jéfferson a uma boa defesa. Para aumentar a força do ataque, o técnico Gallo trocou o meia Fabiano pelo atacante Rafael Coelho.

Já o Botafogo não conseguia trocar três passes e apelava para os lançamentos longos em direção aos atacantes sem o menor sucesso. Só aos 14 minutos é que o Botafogo chegou na área em cabeçada de Alexandre Oliveira que Felipe defendeu sem dificuldade. Aos 19 minutos,o Avaí chegou a marcar mas a arbitragem anulou o lance.

O técnico Caio Júnior decidiu substituir Maicossuel por Felipe Menezes e foi chamado de burro pela torcida botafoguense. Os protestos contra o treinador se intensificaram quando o treinador alvinegro tirou Herrera e colocou Alex.

As modificações feitas por Caio Júnior não surtiram efeito e o Avaí continuou com o domínio das ações, embora sem mostrar competência para aproveitar a maior posse de bola. Aos 34 minutos, o atacante Caio sofreu uma entorse violenta e acabou sendo obrigado a deixar o campo.

Com um jogador a menos e sem qualquer inspiração, o time alvinegro se limitava a defender o resultado. Aos 39 minutos, Pedro Ken cobrou falta com grande perigo para o gol de Jéfferson. O Botafogo teve uma grande chance de marcar o terceiro gol aos 43 minutos quando Alessandro e Elkeson arrancaram livres para a área catarinense mas o meia errou a conclusão.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO-RJ 2 X 1 AVAÍ-SC


Local: Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 27 de julho de 2011 (Quarta-feira)
Horário: 19h30(de Brasília)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Assistentes: Jossemmar Moutinho (PE) e Thiago Brigido (CE)
Cartão Amarelo: Herrera, Márcio Azevedo, João Filipe(Bota); Marcos Paulo. Welton Felipe, Fabiano(Av)
Gols:
BOTAFOGO: Maicosuel aos 27 minutos e Herrera aos 37 minutos do primeiro tempo
AVAÍ: Dirceu aos seis minutos do primeiro tempo

BOTAFOGO: Jéfferson; Alessandro, João Filipe, Gustavo e Márcio Azevedo; Léo, Renato, Maicosuel(Felipe Menezes) e Elkeson; Herrera(Alex) e Alexandre Oliveira(Caio)
Técnico: Caio Junior

AVAÍ: Felipe, Welton Felipe, Bruno e Dirceu; Daniel, Marcos Paulo(Batista), Pedro Ken, Fabiano(Rafael Coelho), Cleverson(Estrada) e Romano.
Técnico: Alexandre Gallo

Com show e três gols, Ronaldinho resgata futebol dos tempos europeus e ganha elogios

A atuação de gala de Ronaldinho Gaúcho nos 5 a 4 do Flamengo contra o Santos teve um quê de nostalgia. Inspirado, o atacante parecia ter saído de uma máquina do tempo, vindo direto de seus melhores dias no futebol europeu.

O camisa 10 fez seu melhor jogo pelo Flamengo. Mais do que isso, fez sua melhor partida em muito tempo. E não faltam elementos para lembrar, no jogador de quarta-feira, o craque que se tornou o melhor do mundo.

A primeira, e mais subjetiva, é a qualidade técnica: contra o Santos, Ronaldinho driblou, passou, chutou com maestria. Não parecia o jogador que chegou a ser vaiado pela torcida e que levou um ultimato do técnico Vanderlei Luxemburgo.

A segunda, os três gols. Conseguir hat-tricks é algo raro na carreira do gaúcho. A última vez que ele havia balançado a rede três vezes fora em 17 de janeiro de 2010, na vitória do Milan por 4 a 0 sobre o Siena, no Campeonato Italiano.

Um, dois, três: Ronaldinho teve uma noite de gala na Vila Belmiro
Um, dois, três: Ronaldinho teve noite de gala na Vila Belmiro
Crédito da imagem: Agência Estado

Mesmo no Barcelona, não era fácil ver o craque marcar tantas vezes. Em outubro de 2003, foram três nos 8 a 0 sobre o Pushov, da Eslováquia, na Copa da Uefa; dois anos depois, mais três diante da Udinese, nos 4 a 1 pela Champions League.

Na seleção, Ronaldinho marcou três vezes em um amistoso contra o Haiti, no Amistoso da Paz. O Brasil venceu por 6 a 0 em Porto Príncipe. Em 18 de agosto de 2004.

Para completar a lista de semelhanças com o “Ronaldinho europeu”, o quarto gol do Flamengo. Ronaldinho cobrando falta com inteligência, por baixo da barreira que saltaria. Como em 5 de dezembro de 2006, na vitória sobre o Werder Bremen, pela Champions League.

Agora, para falar de três gols do atacante, ou de uma grande atuação, ou mesmo de uma cobrança de falta inteligente, ninguém terá de buscar os arquivos de clubes europeus. Os feitos de Ronaldinho na Vila Belmiro foram um marco na consagrada carreira do camisa 10. E mereceram elogios de todos os lados, principalmente de Neymar – considerado o futuro da seleção brasileira.

“Fico feliz pelo Ronaldinho ter feito esse belo jogo, representando o que ele sempre foi no futebol, Infelzmente foi contra o Santos, mas ele merece. Foi um jogo que todo mundo gosta de ver, com muitos gols", afirmou o craque santista.

O técnico Vanderlei Luxemburgo, que chegou a cobrar boas atuações e dizer que sua paciência tinha limite, mudou o discurso. “Para um jogador como ele, a gente precisa ter paciêcia, calma”, disse o treinador.

Josh Sheehan tem participação confirmada no Freestyle e Best Trick dos X Games 17


Josh Sheehan backflip lazyboy Josh Sheehan, australiano vem conquistando bons resultados no Mundial e no X-Fighters. Próximo desafio confirmado: X Games 17Foto: Pedrag Vuckovic/Red Bull
Josh Sheehan competirá nas provas Best Trick e Freestyle, na décima sétima edição dos X Games. A participação foi confirmada há poucas horas, surpreendendo o piloto. Inicialmente o australiano estava inscrito como suplente, e recebeu a importante novidade no momento em que registrava sua inscrição. A vaga surgiu em razão do abandono de Robbie Maddison. Desde a semana passada o compatriota de Sheehan vem se empenhando para se recuperar de uma compressão na espinha. Mesmo com todo o esforço, Maddison ainda não está em condições de pilotar sua moto.
Apesar da “promoção” repentina, Sheehan se diz pronto para o desafio. Passou duas semanas treinando na casa de ninguém menos que Travis Pastrana, e revelou que mantinha certa ponta de esperança quanto à possibilidade de entrar no Freestyle. Dose de fé que manteve a intensidade de sua preparação.
Sheehan domina o Mundial de Freestyle Motocross, e figura como candidato à vitória de uma das etapas Red Bull X-Fighters em médio prazo. Possibilidade embasada por duas características essenciais para os freestylers nos dias de hoje: progresso constante de manobras associado à compreensão dos aspectos esportivos das competições. Por sinal, um dos pontos que o piloto destaca em suas declarações como motivo de atenção nos X Games 17.
“A maior diferença é que os X Games têm um sistema de julgamento diferente dos cinco critérios do Red Bull X-Fighters, mas acredito que não haverá problemas para detonar.”
O australiano comentou ainda que aprimorou seu repertório, além de acrescentar algumas manobras. Talvez Sheenan se refira ao double backflip, que lhe rendeu notoriedade quando anunciado que faria a dupla rotação ao lado de Pastrana e companhia no Nitro Circus Live, em Las Vegas.
X Games 17HOME X Games - 17 HOME X Games - 17 HOME X Games - 17 HOME X Games - 17 HOME X Games - 17

VÍDEO: Virada de mesa é enorme retrocesso no futebol argentino

Nesta semana, a Argentina deu passo enorme para marcar um retrocesso histórico no seu futebol ao pré-aprovar uma 'virada de mesa' que será, na verdade, a fusão de suas primeiras divisões, criando um 'monstro' de, até mesmo, 40 equipes na disputa da principal competição do país.



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Novas regras do acordo coletivo de trabalho da NFL forçam times a tomar decisões interessantes

O Natal chegou mais cedo para o torcedor do Carolina Panthers. O novo acordo coletivo de trabalho, que força times a gastar 99% do novo teto salarial de 120,4 milhões de dólares, está rendendo em Carolina. O time começou a semana 47 milhões de dólares abaixo do teto salarial e agora está jogando dinheiro para todos os lados. Sem o novo acordo coletivo, é provável que Carolina (que está em um mercado pequeno) não gastaria tanto. Com o novo acordo, os Panthers foram muito ativos nos últimos dois dias, assinando o Defensive End, Charles Johnson (6 anos,
72 milhões de dólares), o Running Back, DeAngelo Williams (5 anos, 43 milhões de dólares) e alguns outros atletas.

É realmente impressionante ver a discrepância entre alguns mercados da liga. Alguns gastam muitos, outros nem tanto. O que fica claro é que gastar mais não quer dizer vencer mais. Os Cowboys, por exemplo, começaram a semana 18 milhões de dólares acima do teto. O time perdeu 10 jogos e ganhou 6 no ano passado. No outro lado do espectro, o Tampa Bay Bucs está 60 milhões de dólares abaixo do teto. Mesmo assim, o time venceu 10 jogos em 2010. O Tampa recebeu contribuições importantes de vários calouros e contou com a evolução do jovem quarterback, Josh Freeman. Os Cowboys sofreram contusões na linha ofensiva, na posição de quarterback e receberam pouco de jogadores milionários como o Wide Receiver, Roy Williams, que já foi dispensado.
O Running Back DeAngelo Williams: contrato de 5 anos e 43 milhões de dólares
O Running Back DeAngelo Williams: contrato de 5 anos e 43 milhões de dólares
Crédito da imagem: Divulgação

Nem tudo está perdido para times que estão acima do teto salarial. Os Cowboys decidiram dispensar Marion Barber, Roy Williams e Leonard Davis. Isso economizou 16,6 milhões e aproxima o time dos 120,4.

Outros times buscam reestruturar contratos existentes pra atingir o limite. Os Jets, por exemplo, estavam mais de 2 milhões acima do teto.

Mesmo assim, a equipe renovou com Santonio Holmes por 5 anos, 10 milhões de dólares e está muito interessado no melhor jogador disponível, Nnambi Asomugha, atleta que comandaria perto de 15 milhões anuais. É obvio que se NYJ fechar com Asomugha, o clube terá problemas de renovar com Braylon Edwards e Antonio Cromartie (Asomugha e Cromartie jogam na mesma posição, então não seria um problema), e outros jogadores terão de ser dispensados. Mark Sanchez, quarterback do time, já ofereceu para reestruturar seu contrato para viabilizar mais contratações. Isso permite que NYJ seja ativo na contratação de novos jogadores.

O inverso também pode ocorrer. O Tampa Bay Buccaneers, provavelmente, não vai sair e contratar Nnambi Asomugha, Plaxico Burress, Sidney Rice, Terrell Owens e Tyson Clabo. O time até que poderia fazer algo parecido mas é provável que o clube mexa com o salário de alguns jogadores já contratados para não acrescer muito o gasto desse ano.

Davin Joseph, por exemplo, é um jogador que Tampa gostaria que permanecesse com o time. O atleta é uma peça fundamental da linha ofensiva do time e deve ganhar um salário de perto de 7 anos 56 milhões. Invés de dividir o salário em 7 parcelas de 8 milhões, os Bucs poderiam pagar 20 nessa temporada e depois dividir os outros anos. Isso já diminuiria a responsabilidade dos Bucs para 40 milhões em 2011 e não forçaria os Bucs a arriscarem tanto com free agents. O Tampa também precisa assinar contratos com seus calouros, etc. Tudo isso aproximaria os Bucs do teto salarial.

Depois de dois dias loucos, várias coisas já têm acontecido no mundo das transações da NFL. Vamos dar uma olhada nas que mais chamaram a atenção até agora.

Movimentação de Jogadores da NFL

Quarta-feira, 27 de julho, 2011

Buffalo Bills chega a um acordo de 3 anos com o QB Tyler Thigpen.
Carolina Panthers chega a um acordo com o DT Ron Edwards, RB DeAngelo Williams (5 anos, 43 mi), TE Ben Hartsock e K Olindo Mare.
Já está tudo certo para a ida de Donovan Mcnabb ao Minnesota Vikings; Redskins vão receber uma escolha no draft.
O Houston Texans renovou com WR Jacoby Jones e OT Rashad Butler.
Jacksonville Jaguars chega a um acordo com o LB Paul Posluszny num contrato de 6 anos New York Jets renova com Santonio Holmes (5 anos, perto de 50 milhões) Washington Redskins trocou o DE Jeremy Jarmon para o Denver e recebeu WR Jabar Gaffney.
Tennessee Titans chega a um acordo com o QB Matt Hasselbeck QB Jake Delhomme mandado embora do Cleveland Browns; QB Matt Leinart renova com o Houston Texans GB Packers renova com o K Mason Crosby Robert Gallery chega a um acordo de 3 anos com o Seattle Seahawks S Eric Weddle renova com o SD Chargers por 5 anos, 40 milhões LB Stephen Nicolas fica em Atlanta com um contrato de 5 anos DL Tony Mcdaniel renova com o Miami Dolphins por 2 anos.
Tampa Bay renovou com o LB Quincy Black por 5 anos, 29 milhões de dólares.

Terça-feira, 26 de julho, 2011

R Baltimore Ravens renovou com o OL Marshal Yanda. Contrato de 5 anos Carolina Panthers renovou com DE Charles Johnson (6 anos) e o S Kevin Payne (um ano).
O QB Matt Hasselbeck não volta para os Seahawks. Seattle acerta uma troca com os Vikings e vai receber o QB, Tavaris Jackson Colts dispensam RB Mike Hart, DB Mike Richardson, TE Gijon Robinson, TE Tom Santi and DB Jamie Silva.
Patriots anunciam que Tully Banta-Cain não faz mas parte dos planos do time.
NY Giants assina com o calouro LB Mark Herzlich.
Pittsburgh Steelers renova com o CB Ike Taylor por 4 anos SD Chargers chega a um acordo com LB Takeo Spikes, T Jeromey Clary e o TE Randy McMichael.
Barry Cofield, ex- Giants, chega a um acordo de 6 anos com o Washington Redskins; Santana Moss renova por 3.
St.Louis Rams chega a um acordo de 4 anos com o S Quintin Mikell Willis Mcgahee, Todd Heap e Derrick Mason saindo do Baltimore Ravens; G Rich Seubert e C Shaun O'Hara dos Giants WR Roy Williams, RB Marion Barber, e o OL Leonard Davis não jogam mais nos Cowboys

VÍDEO: Santos 4x5 Fla, Neymar gênio, mas Ronaldinho parecia o do Barça

O futebol é tão espetacular, tão sensacional, que não depende de muitos gols para proporcionar um grande jogo. Que torcedor não tem um 1 a 0 suado guardado na memória, e até no coração? Mas com jogadores técnicos em campo, belas jogadas e muita bola na rede e viradas de placar o nosso esporte fica ainda melhor. Foi assim o histórico jogo da Vila Belmiro, Santos 4 x 5 Flamengo.

Não é normal um time treinado por Muricy Ramalho sofrer meia dezena de tentos em 90 minutos. Não parecia normal Ronaldinho Gaúcho jogar de tal forma que em alguns momentos parecia o do Barcelona. Como no gol de falta, semelhante ao assinalado contra o Werder Bremen, pela Liga dos Campeões, há cinco anos (veja o vídeo abaixo). Jogo raro, raríssimo, por isso tão especial.





Na volta para o segundo tempo, perguntado sobre no que achou dos primeiros 45 minutos, quando o Santos abriu 3 a 0 e levou o empate depois de perder um pênalti, o técnico santista foi direto: "Para o público está muito bom". Claro que pare ele não estava, seu time não funcionou com o meio-campo sem "pegada" formado por Arouca, Íbson (que estreou mal), Elano e Ganso.

Com o setor fundamental do time marcando pouco (fez apenas 12 desarmes), o Santos tornou o jogo mais equilibrado porque tem Neymar. A vitória do Flamengo não ofusca a noite de espetacular futebol desse rapaz. Passe sensacional para o segundo gol de Borges e um de almanaque.

Os santistas fizeram dez faltas a mais que os rubro-negros (19 a 9), que roubaram a bola 27 vezes. Juntos os times alcançaram 39 desarmes. O Corinthians, líder do campeonato, já chegou a mais de 40 nesse Brasileiro. Esses números ajudam a entender o que vimos em campo. Times agressivos e com muitos bons e ótimos jogadores.

Ganso ficou devendo, Elano também, apesar do belo passe para Borges abrir o placar. Ronaldinho foi ben coadjuvado por Thiago Neves e até Deivid, que perdeu gol incrível, mas fez um e roubou a bola no ataque na jogada do quinto tento. Por sinal, o quarto do Flamengo também nasceu de bola recuperada no campo ofensivo. Pelo incrível e incansável Williams, perfeito na metade final do segundo tempo, quando parou Neymar.

Não acredito que Muricy mantenha esse meio-campo, especialmente diante de adversários mais fortes, como o Flamengo. Henrique e Adriano pedem passagem, Elano e Íbson que abram os olhos. Vanderlei Luxemburgo faz seu melhor trabalho nos últimos anos. Se parar de tropeçar, vai brigar pelo título.

Sei que um dia eu contarei aos netos que testemunhei Santos 4 x 5 Flamengo na Vila Belmiro. Inesquecível.

Eliminatória Asiática para a Copa 2014

Segunda fase
Jogo de volta
Mianmar 0 x 2 Omã

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Brasileirão Série A


19h30 Botafogo 2x1 Avaí
19h30 Grêmio 1x1 América-MG
19h30 Atlético-MG 1x0 Fluminense
19h30 Atlético-GO 2x0 Cruzeiro
21h50 Santos 4x5 Flamengo
21h50 Figueirense 0x1 Palmeiras
21h50 Coritiba 3x4 São Paulo

Amistosos


13h15  2 Internacional 2x2 Milan 0
15h45 Bayern de Munique 0x2 Barcelona

Filha de Teixeira leva apreensão à temida 1ª aparição pública como executiva de 2014

O início da programação de eventos da Copa de 2014 nesta semana no Rio de Janeiro, que terá como desfecho o sorteio de grupos das eliminatórias no sábado, marcou a primeira aparição pública de Joana Havelange como executiva do Mundial brasileiro. Até então protegida de exposições, a filha de Ricardo Teixeira venceu a relutância em assumir uma posição de relações públicas da organização ao comandar evento na terça-feira em que apresentou detalhes da festa programada para o final de semana, que será levada a todo o mundo. Na ocasião, alternou instantes de postura confiante com apreensão.
  • Bruno Freitas/UOL
    Executiva Joana Havelange durante a apresentação dos detalhes da festa do sorteio da Copa 2014
Apesar do semblante que sugeria alguma tensão e economia de sorridos, Joana conduziu bem a apresentação dos detalhes da festa do sorteio, inclusive liderando uma visita guiada para imprensa nacional e internacional através da estrutura montada na Marina na Glória. No passeio, fez explicações em português e em inglês sobre o protocolo do evento. No fim, concedeu breves entrevistas para rádios.
Assim como Ricardo Teixeira, a diretora-executiva do COL (Comitê Organizador Local) nunca mostrou predisposição para estar nas primeiras filas, para aparecer como porta-voz da Copa. Pelo contrário, manifestava corriqueiramente às pessoas próximas desejo de evitar tal papel. Além disso, Joana acabou estrategicamente em plano secundário desde sua designação para o cargo porque entendia-se que a neta de Havelange também poderia virar alvo de contestações dirigidas ao pai. No ano passado, ela esteve quase como uma figurante em evento na África do Sul que apresentou a logomarca do Mundial.
Durante a coletiva de imprensa na terça, a estreante Joana deu uma leve derrapada ao ser confrontada com uma situação inédita, a contestação da imprensa. A executiva titubeou ao responder sobre a cifra de R$ 30 milhões destinada à empresa responsável pela organização da festa do sorteio das eliminatórias, pediu para a pergunta ser repetida. Em seguida, a filha de Teixeira ainda ofereceu um pequeno testemunho a respeito de sua entrega pessoal à ideia da Copa no país.
“Estamos há mais de um ano com todo o planejamento. Começamos as construções há dois meses. Estamos trabalhando até de madrugada, praticamente morando na Marina (da Glória)”, afirmou.
Desde cedo, Joana convive no mundo da cartolagem. A  filha de Ricardo Teixeira foi na infância e adolescência muito ligada a João Havelange, então presidente da Fifa. A futura executiva da Copa no Brasil viajou diversas vezes para a Suíça para acompanhar o avô e testemunhou de perto uma série de situações de caráter administrativo. Há quem diga que ela inclusive entende mais de futebol do que o pai.
Dentro do grupo de organização da Copa, a princípio, Joana era conhecida mais como uma espécie de garota de recados do pai. Mas aos poucos conseguiu ganhar uma certa autonomia na função de diretora-executiva, principalmente através da mediação de eventos fechados com as cidades sedes do Mundial.
Em ocasiões anteriores na organização da Copa de 2014, Joana teria se mostrado descuidada em relação à maquiagem e a apresentação visual. No entanto, na última terça, no evento de boas-vindas para o sorteio das eliminatórias, a executiva assumiu o papel de anfitriã em condições impecáveis.
Na estreia como relações públicas da organização, também admitiu carregar parte da responsabilidade na primeira exposição internacional do Brasil no calendário de eventos para 2014.
“Esperamos fazer um grande evento. Acho que o Brasil terá muito orgulho da gente. Vamos mostrar ao resto do mundo que o Brasil está preparado para receber este evento. Temos a oportunidade de mostrar um país organizado, que faz grandes eventos, que somos modernos, tecnológicos”, disse.

Joana Havelange concede entrevista em apresentação de evento da Copa 2014 no Rio
Joana Havelange concede entrevista em apresentação de evento da Copa 2014 no Rio

Uma volta em Interlagos no caminhão da Fórmula Truck

Dentro do cockpit de Felipe Giaffone (macacão amarelo) ou de Débora Rodrigues (vermelho), ambos da RM Competições/Volkswagen, confira como é acelerar no circuito paulistano.

Telê Santana, 80 anos


Gosto de efemérides, mas sem fanatismo. Não sou obcecado por números, de nenhuma natureza, principalmente quando usados como verdades definitivas. Há datas, porém, que merecem registro, como a de hoje. Em 26 de julho de 1931, nascia Telê Santana da Silva, cidadão de Itabirito e do mundo. 80 anos de um Mestre do futebol que se foi em abril de 2006.
Telê foi um dos personagens mais marcantes que conheci em três décadas e tanto de profissão. (Se alguém me chamar de veterano, eu brigo…) Acompanhei a fase madura da carreira dele, no período que vai do Palmeiras do fim dos anos 1970 ao São Paulo vencedor de tudo do começo da década de 1990. Nesse meio-tempo, claro, houve o trabalho com a seleção, nos Mundiais de 82 e de 86. Impossível esquecer dele.
Telê tinha cara fechada – e muitas vezes ficava mesmo sisudo. Quando se invocava com um repórter, desviava o olhar, mas não deixava de responder às perguntas que lhe fossem feitas pelo interlocutor desafeto. Resposta breve, mas respondia. Não era curto e grosso. Era gentil a sua maneira. Com a perspectiva que só o tempo concede, a rabugice de Telê hoje soa suave.
Mas Telê era também divertido. Sabia contar histórias e piadas como poucos. Misturado a outras miudezas, guardava um papelzinho no bolso traseiro da calça em que anotava anedotas novas que considerava boas. Fui testemunha de seu talento em conversas de concentração em hotel ou em papo furado depois de treinos. Para ‘amolecer’ Telê, antes de uma entrevista mais brava, nada melhor do que fazê-lo reviver episódios passados de sua carreira. Descontraía.
Telê era afável com quem gostava, mas leal. Nunca passou notícia exclusiva, para beneficiar este ou aquele repórter ou veículo de comunicação. Não mentia, embora mineiramente deixasse pistas no ar. Nem era difícil acertar suas decisões. Bastava observar o que fazia nos treinos, os jogadores que utilizava. Batata! Na cara de todos estava o time que escalaria. Salvo engano, ele não recorria a treinos secretos e outras artimanhas.
Telê era prático. Não havia sofisticação em seus métodos e mesmo assim foi profundo conhecedor dos mistérios do esporte. Ele ensaiava jogadas à exaustão, repetia lances, ensinava os atletas até a bater na bola da maneira mais correta. Transformava profissionais medianos em peças eficientes nas equipes que comandava. O segredo do sucesso dele estava nisso – era um Mestre. E escalava quem mais se empenhasse nos treinamentos. Jogador indolente ou metido a esperto dançava miudinho nas mãos do professor.
A derrota para a Itália, na Copa de 1982, marcou a carreira de Telê. Mas marcou aqui, para alguns oportunistas de plantão, que durante anos o chamaram de pé-frio. Indelicadeza, injustiça e estupidez andam juntas no futebol. O reconhecimento de Telê veio, para o mundo, veio na noite daquele 5 de julho mesmo, na sala de entrevistas do Sarriá. Jornalistas internacionais aplaudiram o técnico brasileiro e um deles resumiu o sentimento geral. “Senhor Santana, obrigado pelo futebol de sua seleção.”
Nós colocamos Telê no devido lugar só depois de colecionar taças no São Paulo. Ainda bem que conseguimos consertar essa injustiça. Por isso, ainda hoje dizemos: “Obrigado, mestre Telê.” Um personagem que faz falta ao Futebol.

Naming rights da futura casa corintiana: Fielzão ou Isenção?

Nada contra, ao contrário. Mas os números do futuro estádio do Corinthians lembram a hora da xepa.

O primeiro tijolinho indicou R$ 400 milhões, sem dinheiro público, para 48 mil fiéis. Depois, subiu para R$ 1 bilhão, e 65 mil lugares, sob o argumento de que receberia o pontapé inicial da Copa-2014, com uma pequena ajuda total do meu, do seu, do nosso rico dinheirinho.

Põe, tira, deixa ficar: R$ 820 milhões para uma arena com 48 mil cadeiras, e não se fala mais nisso. Até a página dois, já que serão investidos mais R$ 70 milhões em 17 mil assentos removíveis, pois o governo estadual exige a abertura da festa.

Graças ao pulo do gato, a conta está em R$ 890 milhões, sem contar os R$ 30 milhões para retirar os dutos – R$ 920 milhões correspondem ao preço da nova Arena do Grêmio e do Beira-Rio reformado, somados.

Vale a pena ler de novo, já que a Copa é deles e a conta é nossa: tudo começou com R$ 400 milhões, sem dinheiro público. Resta definir ainda o naming rights da casa corintiana: Fielzão ou Isenção?

Mudando de gavião para pica-pau... “Toda unanimidade é burra”, dizia o genial Nelson Rodrigues. Mais do que nunca, a frase pode ser aplicada à campanha #foraricardoteixeira. Um movimento absurdo contra um dos raríssimos cartolas que se preocupam com o futuro das pobres empreiteiras nacionais.

É incapaz de negar-lhes as mãos, bem mais calejadas do que as dos folgados operários que se encontram a serviço da construção de ‘elefantes brancos’, também conhecidos como estádios de futebol, produtos de uma fertil imaginação da mamãe Fifa – ou Mafifa, dependendo do filho bastardo.

Não dê bola aos inomináveis apelos da hashtag #foraricardoteixeira. Prestigie, com sabedoria, #cagueimontão.
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Dr. Hollywood. E o soberano São Paulo informa o script de mais um capítulo da emocionante novela ‘Luís Fabiano, o retorno’: o atacante vai fazer uma plástica para acelerar o processo de cicatrização da cirurgia na perna direita. Após a realização da nova operação, o Tricolor promete anunciar o final feliz, a data da reestreia do jogador, contratado em março por módicos R$ 20 milhões.

Sugismundo Freud. O rico pega o carro e sai; o pobre sai e é atropelado.

Pica-Pau. Campo ruim, loteria, maldição... Nunca o esporte bretão nacional utilizou tanto algumas muletas para tentar justificar a incompetência nos pênaltis. Sucumbiram na cal: os manos do Mano (Copa América), as meninas da seleção (Copa da Alemanha), os atletas soldados (Mundial Militar), os garotos sub-17 (Mundial) e o Internacional (Audi Cup). A coleção de bicudas tem uma simples explicação para o ‘professor’ Palermo Baggio: ninguém se preocupa em treinar, pelo menos uma vez por semana, fundamentos básicos. É muito mais importante o Twitter, o Facebook...

‘Twitface’. Era o que faltava: o presidente do Santos, Luís Álvaro Ribeiro, sonha com um encontro com a presidenta Dilma Rousseff. Motivo: pedir o patrocínio de uma estatal para manter Neymar na Vila. Fala sério!

Grito de campeão... Após 11 rodadas e muitos cálculos, o site ‘Chance de Gol’ deposita 84,2% de probabilidades de o Corinthians faturar o Brasileirão. Depois, aparecem Cruzeiro (6,5%), São Paulo (3,5%), Vasco (1%), Coritiba (1%), Palmeiras (0,9%), Flamengo (0,8%), Santos (0,5%), Grêmio (0,5%), Fluminense (0,4%), Internacional (0,3%) e Botafogo (0,2%).

... e de SOS. Os números do site para um mergulho na bacia das almas, a segundona, indicam o América/MG como o mais cotado, com 97%. Os outros candidatos à guilhotina: Avaí (86,9%), Furacão (71,1%), Bahia (45,2%), Atlético/GO (42,3%), Galo (37,6%), Figueirense (11,1%) e Ceará (5,2%).

É brincadeira! O STJD vai julgar os rubro-negros Thiago Neves e Ronaldinho por forçarem o terceiro amarelo. Já Kleber, o periquito gladiador, sentará no banco dos réus por falta de fair play. Se condenados, poderão pegar até 10 jogos de gancho. Os engravatados de colarinho branco não têm mesmo que fazer.

Gilete press.
De Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “Um carioca que alugou por temporada sua casa de vereaneio num tradicional condomínio no Recreio para um grupo de famosos jogadores de futebol quase caiu para trás ao checar o imóvel após recebê-lo de volta. Havia pelos cômodos um mar de calcinhas, DVDs pornô, fantasias e objetos eróticos. Sem falar em móveis destruídos e manchados por bebida. O advogado da turma saliente prometeu bancar a reforma.” E vai rolar a festa...

Tititi d’Aline. O hermano Lionel Messi chapelou fácil o brasileiro Neymar em popularidade no Twitter. Ao longo da Copa América, o argentino foi citado 20.736 vezes, contra 7.626 do garoto de ouro santista.

Você sabia que... o aeroporto Santos Dumont deverá ficar fechado por quatro horas (das 14h às 18h) em razão do sorteio das eliminatórias da Copa na Marina da Glória – caos à vista?

Bola de ouro. Telê Santana. Que saudade do mestre!

Bola de latão. Sorteio da Copa. Festa: 1h40. Preço do minuto: R$ 300 mil.

Bola de lixo. Joseph Blatter. O presidente da casa mamãe Fifa é só alegria: por onde passa, vaias.

Bola sete. “Não sei explicar direito o que aconteceu. Perdi a cabeça. Quero me encontrar com o Elivélton e me desculpar pela burrada” (do goleiro Gustavo, ex-Sport, sobre a voadora no vascaíno – o garoto merece apoio).

Dúvida pertinente. A presidenta Dilma Rousseff nomeou o rei Pelé ou o empresário Edson Arantes do Nascimento embaixador da Copa no Brasil ?

Covardia na Taça BH

A redação da ESPN, no Rio, parou para ver a covarde agressão do goleiro Gustavo ao volante Elivélton. Estávamos conversando, preparando a participação carioca no Bate Bola 2ª edição, quando todos pararam para entender o que acontecia em Itabira (MG).

Todos se olharam e ninguém entendeu o motivo para tanta violência. Uma discussão entre jogadores que culminou com uma voadora do goleiro no volante vascaíno.

O primeiro comentário foi seguido de revolta e repulsa pelo ato covarde que estava sob os nossos atentos olhares.

Sempre entendi que esporte é para buscar desafios, testar os limites do corpo, traçar objetivos e alcançar marcas, mas sempre dentro do respeito ao ser humano, ao próximo e, em muitos casos, colegas de profissão.

Defendo a exclusão do goleiro Gustavo do futebol. Ele deu uma demonstração clara de que não está apto a disputar o esporte. Por mais que o jogador seja jovem, este episódio não pode ser tratado como um ato isolado ou como “coisa de garoto”.

O afastamento imediato do jogador, por parte da diretoria do Sport, foi um claro sinal que não vai ter aquela famosa passada de mão na cabeça. É uma forma de ensinar e educar o rapaz, mas não dá para deixá-lo no futebol.

O volante Elivélton perdoou o agressor, mas considera que ele não deve mais jogar futebol. A diretoria do Sport vai dar apoio psicológico e jurídico ao atleta.

A exemplar punição servirá de demonstração dos Tribunais que campo de futebol é lugar para prática do esporte.



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"Casa Turuna, Imperador. O senhor não vai entender nunca"

Santuário de fé, festa, palco dos nossos rituais, lugar onde reinventamos a vida, nossa cultura e arte. E a fantasia que ajuda a esquecer das mazelas da vida. Já falamos disso tudo por aqui ao tratar do Maracanã que vai embora em cada picaretada dos picaretas e se esvai nas cinzas cada dia mais nebulosas. Por mais que seja difícil, tento entender como sempre o contraditório, o diferente, os argumentos de quem, salvo os envolvidos com as tenebrosas transações, acha que a modernidade se descortinará num palco iluminado, de almofadas, para almofadas. Mas continuam sem me explicar onde o povo e a gente humilde que andava por ali vai ficar. Onde estão contemplados nesse projeto de Maracanã da Fifa a gente humilde, que sempre foi o sal daquela terra. Já sei onde serão os 110 camarotes novos, mas os lugares com preço popular, bem, estes, ainda aguardo explicação. Mas tento entender o diferente.

Meu alento definitivo para tentar entender os que acham normal tudo isso demolido entre licitações não feitas e números que gritam em nossas caras veio de uma cena antológica. Corriam os últimos capítulos de “Anos Rebeldes”, recentemente reprisados, uma das melhores produções da tv brasileira, e que além do mais tinha trilha sonora monumental. Heloísa, vivida magistralmente por Cláudia Abreu, presenteava o embaixador suíço seqüestrado por ela e seu grupo com uma coroa nos momentos que precediam a libertação. Tinham desenvolvido algum laço de amizade, algozes e vítima nos dias de cativeiro, nessa lógica sem lógica tão brasileira. Heloísa admirava a sensibilidade do embaixador, por ela batizado de “Imperador”. Mas sabia que não era possível para um gringo entender nossa complexidade, o mais profundo de nossa alma, por mais que ele quisesse. Entender o sonho, a fantasia, a festa mesmo quando o pão é pouco, pra tudo se acabar na quarta-feira..
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É aí que Heloísa cunha uma das maiores frases da teledramaturgia brasileira. Entrega a coroa que simboliza a fantasia, o sonho de carnaval, o mais profundo de nossa alma, aquele sonho de papel capaz de transformar qualquer um em “um rei no meio dessa gente tão modesta” ou o “dono desta festa”, como no samba insulano. E dá a dica da casa onde se compram as fantasias, a senha onde todos os sonhos viram realidade por alguns dias: “Casa Turuna, Imperador. O senhor não vai entender nunca”.
É assim. Quem não viveu, quem não é afeito as coisas de sua gente, não vai entender nunca. Casa Turuna, imperador. Ou Maracanã, se preferir. Onde uma tarde de domingo decide quem é rei, onde todos eram iguais, onde todo mundo viveu um abraço com um desconhecido que nada tinha a ver com sua história e vida, onde todo mundo se sentiu Imperador por algum momento. Gari e empresário juntos no mesmo grito de gol e abraço.

Mas como disse Heloísa, quem não é do pedaço não vai entender nunca, que bobagem seguir falando em sonho, fantasia, fé, gente. Vale a “modernidade”. (Como se também não fosse sujo o argumento de que alguém não quer conforto para todos, geraldinos, desdentados. (Só não mostram onde eles estarão no novo projeto, repetirei sempre).

Se é assim, deixemos mesmo o subjetivo de lado, o sonho e a fantasia. Agora já não falamos mais disso. Agora falamos das relações promíscuas entre um governador e um empreiteiro, que toca as obras dessa modernidade gozando de fórum privilegiado para suas concorrências (ou ausências delas), que bate o martelo sobre a condenação da cobertura do estádio e por isso avisa que a obra ficou mais cara. Agora estamos falando do objetivo, do real. Se alguns não podem mesmo, tal como o Imperador, entender a nossa Casa Turuna de cada dia, ao menos deveriam se chocar e escandalizar com as notícias que se avolumam nos jornais a cada dia.

Que pode bem ser contemplada por uma outra frase de antologia do tal seriado. Trinta anos depois, a história do Brasil tendo voado, exílios, mortes, sofrimento, Maria Lúcia, vivida por uma linda Malu Mader, dá conta ao antigo e eterno amor que volta do exílio do que aconteceu com cada um. E fala dos arautos da modernidade daqueles tempos, dos escroques de antes, do que aconteceu com cada um. E então sai a outra frase antológica, que bem poderia ter sido dita por mim ou por você, pensando nos escroques que cercam nossas vidas e nossas histórias, no trabalho, na rua: “De todos os sacanas que conheço, não conheço nenhum que esteja mal”.

A mais pura verdade. Rindo um pouco, concluo que talvez essa seja uma das grandes razões para que nos apeguemos a coisas que transcendem a razão, seja a fé ou o que o valha. Afinal, é duro conviver com essa dura realidade. Algo mais forte, alguma justiça deve aguardar essas figuras! E a graça de tudo é que o jogo continua, a luta segue e os dados ainda estão rolando. Amanhã, uma turma combativa, a Frente Nacional dos Torcedores, tem audiência com o Ministério Público sobre o estupro do Maracanã. A mobilização pode mostrar a esta turma que só pensa nos lucros que nossa Casa Turuna tem que ser respeitada. No blog do Mauro já saiu o convite, mas segue para quem quiser.

DATA: 28 DE JULHO (QUINTA-FEIRA)
HORÁRIO: 14HS – até – 18HS
LOCAL: AUDITÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
ENDEREÇO: AVENIDA NILO PEÇANHA, 31, CENTRO DO RIO DE JANEIRO