sexta-feira, 29 de julho de 2011

Um GP, Hungria, e seis candidatos à vitória

O atual campeão do mundo, líder do campeonato e vencedor de seis das dez etapas disputadas este ano, Sebastian Vettel, da Red Bull, afirmou, resignado, ontem no circuito Hungaroring, em Budapeste, quanto ao GP da Hungria: “É só ver a tendência das últimas três, quatro corridas. Vamos lutar com Ferrari e McLaren aqui”. Hoje começam os treinos livres.
  A primeira derrota da Red Bull na temporada foi em Nurburgring, domingo, quando Vettel e o companheiro, Mark Webber, se classificaram em quarto e terceiro. E disseram: “Era o máximo possível”. Venceu Lewis Hamilton, McLaren, seguido por Fernando Alonso, Ferrari. “Fui para casa, na Alemanha, permaneci dois dias lá e refleti bastante”, comentou, ontem, Vettel.
  “Está todo mundo na equipe trabalhando o tempo todo e já para esta prova temos novidades no carro”, disse o alemão. “Precisamos reagir já, não somos mais os mais velozes. Uma coisa é a classificação outra é a corrida”, emendou Webber. A Red Bull estabeleceu as dez poles do campeonato. Restando com o GP da Hungria nove etapas para o encerramento do calendário, a Red Bull tenta evitar maior aproximação dos adversários. Vettel lidera com 216 pontos seguido por Webber, 139, Hamilton, 134, e Alonso, 130.
  Contra o que se imaginava, Ferrari e McLaren desenvolveram seus modelos mais que a Red Bull e já a partir de hoje é possível que seis pilotos, desses três times, iniciem a disputa que reúne elementos para ser a melhor do ano até agora. “É um grande momento da Fórmula 1”, declarou Jenson Button, da McLaren. “Tivemos quatro vencedores distintos nas últimas quatro etapas e aqui são seis pilotos com chance de ganhar.”
  O cenário para a segunda metade do Mundial é alentador. Lewis Hamilton, da McLaren, era outra pessoa, ontem, depois de vencer em Nurburgring. Conversava solto: “Se essa temperatura se mantiver assim será maravilhoso para nós. Nós sofremos no calor”. Choveu o dia todo, ontem, e a temperatura máxima ficou em 22 graus Celsius. Na Alemanha, domingo, não passou dos 13 graus.
  Falou mais, Hamilton: “Sou daqueles que tira tudo de si e mais um pouco. Às vezes é minha equipe que tenta me manter sob controle”. Esse ímpeto todo já provocou incidentes com outros pilotos que valeram punições a Hamilton. Mas é um piloto imprescindível para a competição por conta de sua vontade contagiante de dar o melhor de si em qualquer condição. E sempre com enorme competência.
  Com exceção do bom quarto lugar no ano passado, Felipe Massa, companheiro de Alonso, sempre se viu envolvido em algo que comprometeu melhor resultado na Hungria. “Em 2007, na classificação, tive um problema na classificação e larguei lá atrás. Em 2008, liderava até três voltas do fim quando quebrou o motor e em 2009 sofri o acidente.”
  Mas nunca este ano suas perspectivas de lutar pelas primeiras colocações foram tão boas. “Com os pneus macios e supermacios temos boas chances aqui.” Alonso acredita que vários fatores ajudaram a McLaren ser supercompetitiva em Nurburgring. “Nesta pista (Hungaroring) penso que seremos mais rápidos que eles, não faz o frio da Alemanha que tanto os ajudou.”