terça-feira, 2 de junho de 2015

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Zico confirma chance de buscar presidência da Fifa: 'Agora a possibilidade é real'

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Zico, herói do Flamengo e da seleção, é a solução para a Fifa?
Zico, herói do Flamengo e da seleção, é a solução para a Fifa?
Horas depois de Joseph Blatter renunciar ao cargo de presidente da Fifa, um importante nome do futebol mundial manifestou certo desejo de ocupar a vaga. Na noite desta terça-feira, ninguém menos do que Zico manifestou-se sobre o assunto e, em contato com o ESPN.com.br, tratou a possibilidade como 'uma possibilidade real'. Na página oficial do craque no Facebook, o ex-camisa 10 do Flamengo e da seleção refletiu: 'por que não me candidatar à presidência da entidade?'.
"Por que não? Minha vida sempre foi dentro do futebol. Uma paixão que exerci com seriedade e respeito no Brasil e em outros países. Jantando com Sandra pensei nisso. Minha mulher e meus filhos me apoiaram", escreveu o 'Galinho', que se apega a experiências anteriores para manifestar o desejo de ocupar o cargo mais desejado da política do futebol mundial.
"Fui Ministro dos Esportes, tenho experiência com meu clube e no apoio ao Kashima, ao Japão. Penso no futebol acima da política. Não tenho apoio ainda, mas se é aberto eu posso me candidatar à Fifa. Ainda é uma idéia... Quem sabe?", escreveu.
Em contato com a reportagem do ESPN.com.br, Zico trata a candidatura como uma possibilidade 'real'. "É, por que, não? Agora a possibilidade pode ser real, pois antes era impossível como é na CBF e em outras confederações e federações pelo mundo", respondeu o eterno camisa 10 da Gávea.
A 'possibilidade real' descrita por Zico passa exclusivamente pela saída de Joseph Blatter. Nesta terça-feira, quatro dias depois de ser reeleito para o quinto mandado na presidência da Fifa, o suíço abandonou o cargo sem maiores justificativas. Toda a crise que culminou na renúncia ocorre após denúncias do FBI sobre a corrupção na entidade máxima do futebol mundial.
Sem o suíço, Zico acha que agora o caminho ficou aberto, ao contrário da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), presidida atualmente por Marco Polo Del Nero. "Lá (CBF), é impossível, assim como em outras federações e confederações", repetiu o agora possível candidato à presidência da Fifa.
 

Romário quer reunir ídolos do futebol para limpeza no esporte

O senador Romário (PSB-RJ) anunciou que vai reunir apoio de grandes nomes do futebol nacional em prol da moralização do esporte. O parlamentar, que propôs uma CPI para investigar corrupção no futebol, pretende chamar ex-jogadores que defenderam o Brasil nas décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000 para uma conversa após a instalação da CPI. A ideia é encontrar soluções para os atuais problemas do enfrentados pelo esporte.
Da geração de 1970, Romário cita Pelé, Tostão, Gerson e Carlos Alberto Torres. De 1980, Zico, Falcão e Cerezo. Da geração de 1990, cita Bebeto, Branco, Ricardo Richa, Raí e Leonardo. Já dos grupos de 1999/2000, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Cafú.
“Acho que chegou a hora de a gente sentar. O futebol deu tanta coisa para a gente. Nós demos muito dentro de campo, mas agora chegou a hora tentarmos reverter tudo isso de ruim que está acontecendo no esporte”, defende. “Não quero fazer o papel de mãe da noiva. Só quero tentar unir, ouvir, falar, ver o que podemos fazer paralelamente, enquanto este presidente (da CBF) não se demite ou é preso”, acrescenta.
Para o senador, a prisão do vice-presidente da CBF, José Maria Marin, e agora a renúncia de Joseph Blatter da presidência da FIFA mostram que este é o momento para uma grande limpeza na CBF e federações estaduais de futebol. “Agora mais do que nunca esta luta não pode ser em vão. Tem que ser de todo brasileiro. Precisamos abrir a caixa preta do futebol brasileiro. A esperança é que o Brasil volte a sorrir, amar e curtir o futebol”.
Romário destaca que a luta não é só do Senado Federal, que está instalando a CPI do Futebol. O senador conta ainda o apoio do Ministério Público, Política Federal e a sociedade civil.

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Luxemburgo acerta para ganhar menos e será substituto de Marcelo Oliveira no Cruzeiro

GILVAN DE SOUZA/FLA IMAGEM
Vanderlei Luxemburgo será o substituto de Marcelo Oliveira no Cruzeiro
Vanderlei Luxemburgo será o substituto de Marcelo Oliveira no Cruzeiro
Vanderlei Luxemburgo acertou com o Cruzeiro para substituir Marcelo Oliveira, que foi desligado do clube celeste na tarde desta terça-feira. O treinador campeão brasileiro com o time mineiro em 2003 é aguardado em Minas Gerais para assinar contrato.
Conforme apuração do ESPN.com.br, o treinador é aguardado em Belo Horizonte para, se todos os trâmites forem feitos, poder até treinar a equipe celeste na noite desta quarta-feira, justamente contra o Flamengo, seu ex-clube, no Mineirão. Sua presença no duelo, no entanto, ainda não está garantida.
O técnico foi a saída encontrada para o espaço deixado após a saída de Alexandre Mattos ao Palmeiras e também para substituir Marcelo Oliveira no cargo de técnico da equipe, já que Vanderlei Luxemburgo terá amplos poderes no clube celeste, exercendo a função de manager.
Luxemburgo ainda chega para ter salário menor do que o do antecessor, que venceu os dois últimos Campeonatos Brasileiros com o Cruzeiro. Marcelo Oliveira tinha remuneração de cerca de R$ 600 mil, e Vanderlei aceitou ir à equipe de Belo Horizonte por um valor menor.
Vanderlei Luxemburgo dirigiu o Cruzeiro entre 2002 e 2004 e conquistou a Tríplice Coroa - Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro - em 2003, fazendo história com a temporada perfeita. Em 107 partidas pelo clube, seu aproveitamento superou 70%.

Prisão de Marin é a chance de recomeçar tudo de novo no futebol brasileiro

BRUNO DOMINGOS/MOWA PRESS
Jose Maria Marin foi preso na Suíça
Jose Maria Marin foi preso na Suíça
Foram necessários 83 anos de vida para finalmente conhecer a lei. Em um país estranho, quando mais do que nunca se achava acima do bem e do mal, acima dos homens, acima da justiça. Inimputável. Por trás, milhões de dólares ganhos por caminhos tortos. E um rastro de dor, sombra e morte. 
Parece atual? Parece óbvio? De quem estamos falando? Estamos falando de José Maria Marin, é claro. Mas poderia ser perfeitamente Augusto Pinochet. Os mesmos 83 anos ao ser preso. Também em terra estrangeira. A mesma certeza da impunidade, a mesma certeza de estar acima de qualquer coisa. Os mesmos milhões de dólares subtraídos na calada da noite. Certamente não é o mesmo rastro de dor, sombra e morte. Mas deixo para outro a tarefa de quantificar a canalhice e a vilania. Tortura é tortura, barbaridade é barbaridade, seja com um ou um milhão. Seja mandando alguém para a morte no Estádio Nacional do Chile ou nas masmorras da rua Tutóia .
Viverei cem anos e não vou esquecer daquele canto do estádio no pé dos alpes. Os gritos lancinantes de dor ainda parecem ecoar. A escuridão permanece ali como marca indelével daqueles anos de chumbo. Não é diferente quando se anda pela ESMA argentina, ali, a 700 metros de onde se jogava uma final de Copa do Mundo em 78 e gente morria. Os lugares de memória são assim. Fundamentais, pedras da democracia, mas com vozes pertubadoras que o tempo não leva. Se mais cem tiver, também não terei como esquecer da visita no DOI-CODI da Tutóia. Herzog estava ali, tantos anos depois. Foi Marin que o mandou para lá. Sabia o que estava fazendo naquele 9 de outubro de 1975 quando subiu na tribuna e apontou o dedo para os "comunistas da TV Cultura". Naqueles dias era como decretar a morte de alguém. O deputado da Arena, ex-membro do PRP de Plínio Salgado como lembra Mestre Luis Claudio Cunha, deve ter vibrado com o resultado de sua alcaguetagem. Dedo-duro, uma das mais abomináveis faces de um homem. Nenhum pai cria um filho para ele ser um delator. Duas semanas depois, Herzog estava morto numa cela. Marin nunca demonstrou qualquer traço de arrependimento. Não devia mesmo. Tinha convicção no que estava fazendo. E ainda tem.
A mesma convicção que tem quando pensa futebol. Porque ninguém tenha dúvida. A aberração e o caos que vivemos, sintetizados num 7 x 1 que será eterna ferida em nossa alma, esse desgoverno que vai tornando o futebol nossa paixão de toda vida em espaço onde somos incapazes, tudo isso é para ser assim mesmo na cabeça dessa escumalha. De Marin, Del Nero, Teixeira. Ou alguém imagina que estão muito aborrecidos com a tragédia que viraram nossos jogos, nossas competições? Ou alguém acha que se incomodam com tanto passe errado, com tanta bola parada, com tanta falta? Não tem tempo para isso. Estão contando dinheiro. Dinheiro roubado. Querem que se dane o futebol.
E vocês vão pagar e é dobrado mesmo. Marin, Teixeira, Del Nero. Um preso aos 83 anos. Como se explica a um neto que "vovô foi preso porque é ladrão"? O outro vivendo nas sombras. Foi tanto dinheiro e eis que já não serve para nada. Vale a pena se não pode dar um passo na rua? Nem mesmo em Boca Raton. E o terceiro saindo corrido da Suíça, tal qual um trânsfuga. Vivendo de sobressalto. Na idade em que se vive de leveza.
Mas, como disse o poeta, "apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia"... A história não tem pressa...Nesta Porto Alegre que me acolhe neste domingo, tenho certeza de que esta mesma história reserva o lixo para Pedro Seelig. E que um dia Jair Krischke, brasileiro maior, homem de ação que salvou tantos em silêncio, ainda estará nos compêndios escolares.
Hora de começar tudo de novo por aqui. Sem essa turma. Botar a bola no chão novamente, povo na arquibancada e não nos camarotes que esses nos empurraram goela abaixo e que agora vamos entendendo onde foi parar essa montanha toda de dinheiro.
Se até aqui só teve agenda para contar dinheiro, agora Marin vai ter muito tempo para refletir enquanto olha pro teto da cela. Sobre essa existência medíocre de alcagueta, sobre a estupidez que é alguém de 83 anos querendo amealhar milhões. Sobre o que fizeram com nosso jogo. Que seja o primeiro de muitos. E que, como castigo, tenham que assistir um jogo do atual campeonato brasileiro no domingo.

Bicampeão brasileiro, Marcelo Oliveira é demitido do Cruzeiro

GETTY IMAGES
Libertadores Cruzeiro River Marcelo Oliveira
Marcelo Oliveira tem quase 70% de aproveitamento no comando do clube 
Marcelo Oliveira não é mais o técnico do Cruzeiro. Bicampeão brasileiro, o treinador foi demitido na tarde desta terça-feira (2). O anúncio foi feito no site oficial do clube mineiro. 
O comandante se despediu poucos minutos após o comunicado oficial. Emocionado e sem responder perguntas, Marcelo agradeceu aos torcedores e fez um balanço positivo sobre sua passagem.
"Vivemos coisas muito boas aqui. Tivemos muito mais alegrias do que chateações nestes dois anos e cinco meses. Tive dois atritos com atletas em treinamento, que são perfeitamente normais", disse. 
"Saio absolutamente tranquilo e consciente de que fiz o meu melhor. Agradeço demais o carinho de todos os torcedores, a homenagem que fizeram para a minha mãe ficará marcada na minha vida. Espero que seja um até logo e que um dia eu possa voltar", completou. 
Marcelo chegou ao Cruzeiro em dezembro de 2012 e foi comandante nas campanhas que terminaram com os títulos brasileiros de 2013 e 2014, além da conquista invicta do Campeonato Mineiro. 
A demissão já havia sido especulada na última semana, após a queda nas quartas de final da Libertadores diante do River Plate. 
Vale destacar que Marcelo Oliveira tem um aproveitamento de quase 70% de aproveitamento. Só que o desempenho não foi o mesmo em 2015. Com a equipe reformulada, sem nomes como Lucas Silva, Nilton, Egídio, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno.
Veja o anúncio do Cruzeiro na íntegra:
Marcelo Oliveira deixa o comando do equipe celeste. O anúncio aconteceu na tarde desta terça-feira, pelo presidente do Clube Gilvan de Pìnho Tavares. Sob o seu comando, desde dezembro de 2012, o Cruzeiro conquistou o Bicampeonato Brasileiro, em 2013 e 2014, além do Campeonato Mineiro de 2014, de forma invicta.
Os números do ex-treinador Marcelo Oliveira são espetaculares. Foram 169 jogos no comando da equipe estrelada, com 105 vitórias, 32 empates e 32 derrotas, atingindo um aproveitamento de 68,44%, um dos maiores da história do Clube. O futebol mágico apresentado pelo Cruzeiro nos anos de 2013 e 2014 somados ao primeiro semestre de 2015 teve a incrível marca de 321 gols feitos e 147 sofridos, totalizando 174 gols de saldo.
Por todos estes números e conquistas alcançadas, o Cruzeiro Esporte Clube agradece o treinador pelos serviços prestados à frente da equipe estrelada e o deseja sorte nos próximos desafios

Investigação mostra farra de ingressos da CBF na Copa; procurador do STJD foi grampeado

DIVULGAÇÃO - CBF
Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, durante evento de futebol feminino
Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, durante evento de futebol feminino
As relações entre CBF e Judiciário Desportivo foram alvo de investigação da Polícia do Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo. Um dos investigados foi o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt. De acordo com escutas telefônicas às quais a ESPN teve acesso, ele recebeu ingressos da CBF durante o evento no Brasil, e a suspeita da polícia era de que ele estivesse revendendo as entradas.
As conversas foram gravadas com autorização da Justiça, por ocasião daoperação Jules Rimet, realizada pela 18ª DP (Praça da Bandeira) que desbaratou uma quadrilha de cambistas que atuava em Copas do Mundo. Paulo Schmitt não foi denunciado. Os policiais não conseguiram avançar nas investigações sobre ele e outros suspeitos relacionados à CBF. À reportagem, o procurador negou estas acusações.
Entre os pontos que chamaram a atenção da Polícia estão diversas conversas de Paulo Schmitt com uma funcionária da CBF chamada Luciana. Era ela a responsável por distribuir os ingressos entre os agraciados pela entidade.
"Oi, Lu, a Joyce pega com você amanhã que horas e onde?", pergunta o procurador, que recebe como resposta: "Fala pra ela amanhã ao meio-dia aqui na sede da CBF", diz a funcionária da entidade.
 
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Ouça escutas que relacionam procurador do STJD a ingressos da CBF na Copa
Em outras conversas, Schmitt foi perguntado sobre os valores e a disponibilidade de ingressos para jogos, entre eles, a final entre Alemanha e Argentina. Num dos trechos, com um homem não-identificado pela Polícia, trava-se o seguinte diálogo:
"Fala presidente, o valor da final é aquele ali que eles estão praticando?", pergunta 
o homem, que recebe como resposta do procurador: "É, esse era o que eu tinha categoria 1, mas daí os procuradores já quiseram ficar, eu não posso... Não sei qual vou ter, se vou ter. A uma da tarde vou ter uma resposta. De qual categoria e o quê que eles vão me disponibilizar. Aí te aviso se for alguma coisa razoável, né".
REUTERS
Raymond Whelan, diretor da Match, durante sua prisão no Rio de Janeiro
Ray Whelan, um dos detidos na Jules Rimet
Havia trechos em que o procurador era questionado sobre como fazer o "pagamento". E em outros dizia já ter esgotado bilhetes para determinadas partidas. As investigações mostram que em alguns jogos Schmitt chegou a receber seis entradas. 

Em entrevista, o procurador confirmou que recebeu doação de ingressos da CBF, mas que não os revendeu. Segundo ele, a entidade criou um sistema para que membros dos tribunais e de federações comprassem entradas para a Copa.

"Isso não procede, porque eu cheguei a comprar, inclusive, R$ 17 mil em ingressos na Copa do Mundo, como torcedor normal. Entrei no site, comprei os ingressos por um sistema que a própria CBF facultou a membros de tribunal, membros de federações. Eu adquiri ingressos, eu adquiri, comprei ingressos", disse Paulo Schmitt.
Questionado sobre o envolvimento com a quadrilha investigada, o procurador foi taxativo: "Fiquei absolutamente tranquilo porque não tenho nada a ver com isso, não faço parte de nenhuma quadrilha de ingressos. A operação se destinava àqueles operadores que faziam venda de ingresso em camarote, etc. Não tenho nada a ver com isso".
Paulo Schmitt foi grampeado durante os 15 dias finais da operação. Apesar das suspeitas da polícia, ele não foi relacionado entre os envolvidos no esquema. Os agentes planejavam dividir a investigação sobre ele e outros suspeitos numa segunda etapa da operação, que acabou não sendo executada por falta de tempo para produção de provas durante o Mundial.
"Foi facultado aos auditores do STJD, integrantes do Pleno e das Comissões, adquirir, mediante pagamento em cartão de crédito, a quantia máxima de 2 (dois) ingressos para cada um dos jogos do Brasil na Copa do Mundo, em categoria comum, de acesso igual e irrestrito ao público. Os auditores que assim optaram, adquiriram, mediante pagamento, o máximo de 2 ingressos para cada partida. Os que não pagaram, não adquiriram ingressos. Não houve "distribuição de ingressos" para auditores. Não tenho conhecimento da 'existência de portal na internet para venda exclusiva de ingressos a autoridades'. Como não houve benefício, não vejo como a imparcialidade do STJD possa ter sido afetada", disse o presidente do STJD, Caio Rocha.
Já a CBF, não respondeu aos questionamentos sobre como funcionou o sistema de doação e venda de ingressos. A entidade limitou-se a dizer: "A CBF tem convicção de que nenhuma ação ou providência que adote ou venha a adotar possa prejudicar em algum momento os preceitos de imparcialidade e independência dos tribunais".
Veja abaixo a entrevista com Paulo Schmitt
Repórter: Doutor, o senhor recebeu ingressos da CBF durante a Copa?
Schmitt: Recebi, sim. Por quê?
Porque eu estou fazendo uma matéria que mostra isso. O senhor não acha que compromete a sua a isenção e autonomia em relação à CBF sendo o Tribunal responsável por denunciar ou deixar de denunciar a instituição tendo recebido os ingressos?Em nenhum momento deixei de denunciar a instituição quando houve qualquer tipo de cometimento de infração. Eu sou indicado pela CBF, inclusive.
Agora, doutor, as investigações mostram as suspeitas de que o senhor teria revendido os ingressos a partir do recebimento da CBF e o senhor teria revendido. O que o senhor diz a respeito?Isso não procede, porque eu cheguei a comprar, inclusive, R$ 17 mil em ingressos.
Não entendi.
Diretamente do site. Isso não procede porque eu cheguei a comprar, inclusive, R$ 17 mil em ingressos na Copa do Mundo, como torcedor normal. Entrei no site, comprei os ingressos por um sistema que a própria CBF facultou a membros de tribunal, membros de federações. Eu adquiri ingressos, eu adquiri, comprei ingressos.
A suspeita da polícia era de que você revendia esses ingressos, então não procede e essa é a sua explicação?Não tem o menor sentido, não tem o menor fundamento. Embasamento algum, zero.
O senhor sabia que estava sendo grampeado durante as investigações da Operação Jules Rimet, doutor?Não... eu sabia por cima, assim. Alguém falou alguma coisa que tinha uma série de grampos. Fiquei absolutamente tranquilo porque não tenho nada a ver com isso, não faço parte de nenhuma quadrilha de ingressos. A operação se destinava àqueles operadores que faziam venda de ingresso em camarote (inaudível), etc ... E conheço essas pessoas, não tenho nada a ver com isso.
Então só para encerrar: o senhor não acha que há aí um conflito de interesses em o senhor receber estes ingressos...Não. Todos os membros de tribunais do Brasil inteiro, pelas federações, pelo próprio STJD tiveram acesso aos ingressos...
É, eles foram doados...
Inclusive alguns doados e a maior parte, como no meu caso, né. Alguns doados, especificamente, e a maior parte aqueles que eu adquiri. Na época, acho que foram 17, 16 mil reais que eu adquiri ingressos, porque a gente tinha esse direito franqueado pela CBF.

Blatter renuncia à presidência da Fifa

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Blatter Presidente Fifa Entrevista 30/05/15
Joseph Blatter, presidente da Fifa: renúncia ao cargo após reeleição
Poucos dias após ser reeleito para um quinto mandato como presidente da Fifa, Joseph Blatter renunciou ao cargo, nesta terça-feira. Ele convocou o Comitê Executivo de forma extraordinária para escolher um novo mandatário.
"Vou continuar a exercer minha função como presidente até um novo ser escolhido. O próximo congresso demoraria muito. Esse procedimento será de acordo com os estatutos", afirmou o dirigente suíço, desde 1998 à frente da Fifa.
Blatter disse que não estava com o apoio necessário para seguir como presidente do órgão mais importante do futebol mundial. Assim, o comitê executivo extraordinário será convocado entre o final deste ano e o começo do próximo para a escolha do novo mandatário.
A entidade caiu em descrédito na última quarta-feira, dois dias antes da eleição presidencial, quando sete membros do comitê executivo foram presos acusados de corrupção. Muitas federações pediram o adiamento do pleito, o que não aconteceu.
Blatter acabou vencendo o único candidato de oposição, o príncipe da Jordânia Ali bin Al-Hussein, depois de a eleição não ter acabado no primeiro turno e o adversário ter desistido de uma nova rodada de votação.
O suíço afirmou que as prisões ajudavam a limpar a Fifa, mas na última segunda-feira seu principal braço-direito, Jerome Valcke, foi acusado de ter dado autorização para que 10 milhões de dólares de um fundo da Associação de Futebol da África do Sul (Safa) fossem para o vice-presidente da Concacaf, Jack Warner, um dos detidos pelo caso de corrupção revelado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.