sexta-feira, 29 de junho de 2012

O "filho" de Romário

É o que alguns jornais argentinos publicaram. O Corinthians foi a Buenos Aires com o “filho” de Romário na delegação, o dono da virada sobre o Palmeiras, no domingo.

Descobrir que aquele garoto de 21 anos, de cabelo espetado, não era o filho do rei da área deve ter sido uma tremenda decepção, além de um erro de informação.

O gol, entretanto, deixou algumas dúvidas.

Romarinho parece ainda não entender o que está acontecendo. Como quem disputa um Bragantino x Mogi Mirim, entrou aos 40 minutos do segundo tempo e tocou por cima do goleiro para empatar, aos 42.

O futebol tem dessas coisas. O Corinthians não estava bem. Não marcava como de costume e permitia a Riquelme circular de um lado para o outro.

O camisa 10 argentino escapava da marcação e fazia o que se esperava dele, o passe.

É preciso entender também que havia uma instituição de dez finais de Libertadores contra o peso da ansiedade corintiana. Não é simples enfrentá-la.

A equipe de Tite não conseguiu adiantar a marcação porque o Boca simplesmente não saia jogando, tocando a bola a partir da defesa.

A transição ao ataque era feita por bolas longas. Então, marcar a quem? Se o time subisse muito, seria batido em velocidade. Ofereceria espaço.

É uma estratégia, também adotada pelo Corinthians. A bola é lançada em direção à defesa contrária, o time avança um pouco e tenta ganhar a segunda bola. Se recuperá-la, evita o risco e a pressão na última linha.

Chicão deveria ter sido expulso por ter colocado a mão na bola antes do gol argentino? Se tivesse evitado o gol, sim. Não foi o caso.

O empate é bom resultado, mas ainda não definiu o título para o Corinthians. O Boca joga bem fora de casa.

A vantagem corintiana é que agora não basta esperar e marcar. É necessário jogar.

Se for o caso, até com o “filho” de Romário, o fato novo.

O que parecia loucura para um time organizado, com um sentido de justiça muito bem definido por Tite, pode virar solução.