segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ronaldinho "centrovante" foi decisivo e fez sua parte. E ele ainda pode mais

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Vanderlei Luxemburgo puxou o mérito de motivar Ronaldinho Gaúcho para o desafio de ser protagonista ou coadjuvante. Bobagem. Se Luxemburgo tem um acerto no início de Ronaldinho foi ter percebido que ele se torna mais decisivo jogando solto, no ataque, em vez de armar a equipe por trás do centroavante. Contra o Muricy, no segundo tempo do clássico contra o Botafogo e na partida contra o Boavista, Ronaldinho foi o mais livre da equipe. Em outras palavras, foi o "centroavante", ainda que não tenha cacoete para jogar nessa posição e funcione mais como um ponta-de-lança do que como referência do ataque.

Ainda assim, o jogo contra o Boavista foi o de maior participação de Ronaldinho Gaúcho. Ainda é o tático, não o craque. Mas foi capaz de uma arrancada no início do primeiro tempo que resultou em cruzamento, de bons passes, de retornos ao meio-de-campo para fazer tabelas.

No Barcelona, Ronaldinho chegou a atuar por períodos de vários jogos nessa posição. Na decisão da Liga dos Campeões de 2006, contra o Arsenal, iniciou o jogo centralizado, com Samuel Eto'o pela esquerda. Depois, os dois inverteram suas posições. Ali, no meio, Ronaldinho fica mais perto do gol.

No início do Flamengo, seis jogos, três gols, não se pode negar o valor de Ronaldinho decisivo. Se ele está no Flamengo para resolver jogos, com um toque, uma cobrança de falta, um passe preciso, ele fez isso na decisão da Taça Guanabara. Seu melhor futebol estará entre a lembrança do que fazia no Barcelona e a realidade atual. Ele pode um pouco mais do que tem feito. Pode participar um pouco mais dos jogos. Mas está em evolução.

E se a pressão será mesmo para que decida partidas e troféus, isso Ronaldinho conseguiu fazer