segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sofredor e campeão!

Deveria ter sido tudo como no segundo tempo e o Corinthians não passaria nenhum susto. Apesar de Tite não ter trocado Wallace por Edenilson, quando Valdivia foi expulso - e certamente evitaria a expulsão do volante -, o Corinthians do segundo tempo foi corajoso, como um campeão brasileiro deve ser. Foi ao ataque pela direita, com Willian, pela esquerda, com Jorge Henrique, subiu Paulinho como segundo volante, ameaçou o goleiro Deola. Coisa que, na primeira etapa, só fez quando Willian invadiu a área e tropeçou no joelho de Henrique, num lance em que Wilson Seneme acertou em não marcar pênalti.

Mas o Corinthians do primeiro tempo foi diferente do que o campeão brasileiro deve ser. Em vez da marcação por pressão, característica da maior parte da campanha, marcou atrás. Do pé perigoso de Marcos Assunção, o Corinthians descuidou. Parou dez vezes a bola nos arredores da grande área, para Assunção levantar. E foram mais quatro no segundo tempo até os 25, quando Assunção alcançou a cabeça de Fernandão e a bola tocou na trave esquerda de Júlio César.
 
Digamos, então, que o Corinthians jogou pouco para vencer o clássico. Mas jogou para ser campeão. Jogou nos 5 x 0 sobre o São Paulo do primeiro turno, no 1 x 0 sobre o Inter, no primeiro turno, jogou contra o Flamengo, o Grêmio, nas três vitórias da reta de chegada, contra Ceará, Atlético-MG e Figueirense.
Contra o Palmeiras, o primeiro tempo serviu, então, para deixar o gostinho da esperança na boca dos adversários. Ou talvez também para adaptar um velho lema da nação: corintiano campeão brasileiro e sofredor... graças a Deus!