segunda-feira, 8 de abril de 2013

Periquito com a macaca, 'bando de loucos' e rei Leão baiano roubam a cena

Em meio a tantas e absolutamente indiferentes emoções, há que se destacar pelo menos três na rodada das chuteiras furadas do fim de semana.

Primeira: o periquito está mesmo com a macaca. Depois de deixar o Tigre sem bengala na Libertadores, voou bonito mais uma vez e implodiu a Ponte.

Na raça e na dedicação, derrubou o invicto primata (16 jogos) da insossa árvore do Paulistinha, a pré-temporada da FPF com ingresso pago.

Novo xodó dos palmeirenses, Leandro saiu de campo como herói. Após marcar um gol pela amarelinha desbotada, sábado, em Santa Cruz de la Sierra, não fez beicinho de ‘craque cansado’, entrou como titular e meteu a segunda e mortal bala na Macaca. Com a vitória, o Palmeiras carimbou vaga nas quartas de final.

Segunda: na casa alugada do Pacaembu, o Corinthians também confirmou a classificação, com duas chicotadas no São Bernardo.

Mesmo sem vários titulares, o time dominou o adversário e até se deu ao luxo de perder um pênalti (Guerrero).

Nas arquibancadas, 21.302 fiéis. Uma goleada do ‘bando de loucos’ na soma das testemunhas dos quatro jogos dos grandes no Carioquinha.

O quarteto atraiu 8.605 torcedores, assim distribuídos: 929 no duelo Flamengo 1 x 1Duque de Caxias; 2.947 no embate Fluminense 2 x 0 Resende, 2.884 no confronto Botafogo 3 x 0 Olaria e 1.845 na partida Vasco 2 x 1 Friburguense.

Terceira: na inauguração da Fonte Nova, o rei Leão simplesmente devorou o Bahêa e confirmou a freguesia: oito jogos sem perder do coirmão no estádio de Salvador, reconstruído para a festa da mamãe Fifa.

Renato Cajá, Maxi Biancucchi, Michel, Vander e Escudero não só enlouqueceram a torcida do Vitória como também derrubaram o ‘professor’ Jorginho no Bahêa. O Rubro-negro manteve 100% de aproveitamento na segunda fase do Baianinho. Já o Tricolor de Aço virou papelão.
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Pitacos da rodada 1. Frango do goleiro Rafael Santos abre as portas para misto do soberano São Paulo, com um a mais, detonar o Botafogo e disparar na liderança do Paulistinha – quatro pontos a mais que a Ponte e um jogo a menos; na base do banho-maria, líder Botafogo liquida Olaria, com show de Vitinho, e chega ao sexto triunfo consecutivo no Carioquinha; Fluminense, uma histórica vitória sobre o Resende: Rhayner desencanta após mais de dois anos sem marcar, ponta na chave B, vaga nas semifinais bem encaminhada e pontapé no coirmão Flamengo para fora do campeonato; salve, salve: já eliminado, Vasco bate Friburguense e fatura a primeira na Taça Rio, sob protestos da galera.

Pitacos da rodada 2. Mesmo sem Ronaldinho, Réver, Bernard e Tardelli, Galo bom de bico deixa Boa Esporte de quatro, com Guilherme, Luan e Jô infernizando o adversário, e conquista a 13ª vitória seguida; Raposa engole fácil o Coelho e segue invicta na ponta do Mineirinho; imortal Grêmio quebra Cerâmica com martelada de Fernando e garante vaga nas quartas do Gauchinho; Saci colorado erra o pulo, sucumbe diante do Veranópolis e leva chumbo após 12 jogos sem derrota.

Sugismundo Freud. Sem talento não há promessa que dê jeito.

Porta da esperança. A caravela de São Januário tem prazo de validade para continuar com Paulo Autuori no comando. A cartolagem prometeu colocar a casa em ordem, financeiramente, até junho, e Autuori já avisou que paciência tem limite. Não dá para cobrar nada de quem não recebe nem tíquete pãozinho com manteiga. Ou seja: se calor fosse dinheiro, vascaínos seriam urso polar.

Dona Fifi. Dinamite ‘euricou’? Flamengo: salve o Jorge?

Gilete press. Do blog do Menon, no ‘Uol’: “Neymar é a nova Geni do futebol brasileiro. Não se torce para ele acertar, evoluir, decidir. Todas as energias são para que erre, estacione, falhe na hora agá. Não adianta, será assim mesmo que Neymar nos dê a Copa-14. E, se não ganhar, aqueles que adoram os Jorges Henriques da vida, dirão, sofregamente: 'Eu não falei?' É a aposta na mediocridade.” Há controvérsia?

Só pra contrariar. Felipão deve estar de brincadeira ao levar a sério o amistoso com a Bolívia para definir algumas posições, como o improvisado Jean na lateral direita e Leandro Damião no ataque.

Tititi d’Aline. Ivete Sangalo e Cláudia Leite soltaram a voz na festa da Fonte Nova. A primeira cantou o hino do Bahia, e a loira, o do Vitória. Balanço final no estádio de R$ 591 milhões: Ivete 5 x 1 Cláudia.

Você sabia que... o meia Felipe, do Fluminense, aplicou parte da poupança numa rede de supermercados?

Bola de ouro. Unilever/Rio. Depois de tomar duas cortadas do Sollys/Nestlé/Osasco, o time carioca virou o jogo e ganhou a Superliga feminina de vôlei no tie break, com direito a ‘lek lek’ de Bernardinho.

Bola de latão. Flamengo/Vasco. Difícil saber quem está pior. E, muito mais, quem poderá sobreviver no Brasileirão se não reforçar o time. Decentemente.

Bola de lixo. PM/Rio. Lidera ranking da extorsão policial no país, segundo pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça e ONU. Do total de pessoas achacadas, 30,2% são do estado. Que venha a Olímpiada!

Bola de sete. “O futebol brasileiro precisa de um choque. Tem muita coisa que não queremos mais ver: falta de transparência, calendários ruins, brigas de torcidas… E se o Marin não consegue fazer isso… Tem de trocar. A CBF precisa se modernizar” (do fofo Ronaldo, no ‘Globo’: aleluia, irmão).

Dúvida pertinente. O que os patrocinadores da amarelinha desbotada acham da ligação do carismático Zé da Medalha com a ditadura?