segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sessão de terapia e colo de mãe restauram campeã Natália

Um dos destaques do Rio de Janeiro na conquista do título da Superliga sobre o favorito Osasco, de virada, por 3 sets a 2, ontem pela manhã, Natália lançou mão de terapia e colo da mãe, Lucimar, para recuperar a confiança.
"Há quatro jogos, minha filha me ligou para contar que precisava de ajuda psicológica", diz Lucimar. "Ela estava abatida, não conseguia jogar. A cabeça falava uma coisa, só que seu corpo fazia outra."
Moradora de Santa Catarina, Lucimar, que conversa com a filha diariamente por telefone, se referia aos efeitos psicológicos de duas cirurgias na canela para a retirada de um tumor benigno.
As cirurgias foram bem-sucedidas, mas a ponteira de 1,84 m e 80 kg perdeu uma temporada e, ao retornar à quadra, suas performances foram alvo de críticas, e ela passou a ter dúvidas.
"Eu parava e ficava me perguntando se conseguiria voltar a ser a Natália de sempre.", relembra a jogadora.
A mãe agiu prontamente. "Ela fez seis, sete sessões com uma psicóloga, recomendei que lesse 'O Poder do Subconsciente', de Joseph Murphy, e também falei para ela orar. A cabeça manda no corpo", contou Lucimar.
Divulgação
Natália comemora ponto na vitória do Rio de Janeiro sobre o Osasco
Natália comemora ponto na vitória do Rio de Janeiro sobre o Osasco
"Hoje [domingo] eu tive a certeza de que minha filha está curada", comemorou.
O esforço pela superação não passou despercebido.
"Deixei que [a Natália] fizesse o último ponto. Ela merecia", disse a levantadora Fofão, que aos 43 anos é outro exemplo de superação.
Quem dá a fórmula da vitória do Rio sobre o Osasco, quase uma réplica da seleção feminina brasileira, é Fabi.
"Você viu que na cerimônia de encerramento só uma de nossas atletas foi eleita a melhor da Superliga em seu fundamento. O que ganhou esse jogo foi o grupo", diz.