sexta-feira, 27 de abril de 2012

Barrichello, um veterano paulista perdido no Anhembi


Rubinho e Hélio Castroneves se abraçam na coletiva de imprensa
Foto: Marcos Alves / O Globo
Rubinho e Hélio Castroneves se abraçam na coletiva de imprensa Marcos Alves / O Globo
SÃO PAULO — Rubens Barrichello ainda está perdido na Fórmula-Indy. Além das dificuldades para se adequar a uma nova categoria, o piloto paulista se perdeu nesta quinta-feira, em São Paulo, quando tentava chegar à área do circuito do Anhembi, para encontro dos pilotos brasileiros com os jornalistas. Foi o último. Ele admitiu que achava que a adaptação seria mais rápida e reclamou do volante, sem direção hidráulica.
— Depois de pegar esse trânsito, será um prazer andar a 300km/h na Marginal Tietê, a reta mais veloz dos circuitos de rua. Estou ansioso e sei que será a melhor coisa do mundo descer por ela sem radar — declarou Rubinho, que não conhece o traçado misto de São Paulo, onde disputará a quarta etapa da temporada, no domingo — Foi um barato me perder. Estava acostumado a chegar ao Autódromo de Interlagos. Ali, me virava.

Reconhecimento a pé

Nesta sexta-feira, ele fará o reconhecimento da pista, a pé. Entrará no carro apenas no sábado para os treinos livres. A prova acontece no domingo, com largada às 12h30m
Após 19 anos na F-1, sendo o piloto que mais correu na categoria, Rubinho afirmou ter subestimado sua transição para a Indy. Como nesse ano a categoria estreou novo carro, pensou que teria mais facilidade para se adaptar. Agora, os modelos da Indy são V6 Turbo, com três opções de motor, mas os volantes permaneceram duros.
— Devo admitir que achei que seria um pouco mais fácil. A minha grande dificuldade é o volante, que é pesado. Não adianta fazer musculação e ficar mais forte. O problema é a sensibilidade. O Tony Kanaan é o Incrível Hulk e já quebrou o pulso. Quando se passa sobre uma zebra, ninguém consegue segurá-lo porque ele pula da sua mão — explicou Rubinho, que após a última corrida, em Long Beach, postou foto no Twitter mostrando o cotovelo sangrando, por causa do apoio dentro do carro.
Ele pediu um volante maior para a equipe, a KV, a mesma de Kanaan, mas só o receberá para as 500 Milhas de Indianápolis, próxima etapa, no dia 27 de maio, sua estreia em ovais.
— Estou como uma esponja, absorvendo todas as informações possíveis. Dario Franchitti me falou que a grande diferença dos ovais é que não vou sentir a desaceleração. Terei a asa nula, algo que nunca aconteceu comigo — disse o piloto.
Após três etapas, Rubinho é o nono colocado, com 59 pontos. Foi 17º e penúltimo colocado em St. Petersburg, oitavo no Alabama e nono em Long Beach. O melhor brasileiro na tabela de classificação até agora é Hélio Castroneves, em segundo lugar, com 106 pontos, atrás de Will Power, líder com 127 pontos


Leia mais