sexta-feira, 27 de abril de 2012

São Paulo critica ministro que liberou Oscar por dar entrevista antes de julgar

Guilherme Caputo Bastos, ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) não tinha condições de decidir sobre a liminar em habeas corpus pedida por Oscar, segundo integrantes da direção são-paulina e membros do estafe do presidente Juvenal Juvêncio.
Em conversas informais, os são-paulinos classificam Bastos como impedido de se envolver no caso por ter dado uma entrevista três dias antes de anunciar decisão favorável ao jogador. Na opinião dos tricolores, o ministro deveria ter se mantido em silêncio.
Bastos deu entrevista ao blog Dupla Explosiva, ligado ao grupo Zero Hora, do Rio Grande do Sul. Afirmou que o caso deveria ser julgado rapidamente e que o jogador tem o direito constitucional de trabalhar, mas que deve explicações a seu empregador, o São Paulo, segundo o TST paulista.
“Não havia impedimento do ministro pelo simples fato de que na entrevista ele não fez juízo de valor. Só externou a preocupação do TST em resolver logo o caso”, disse ao blog André Ribeiro, um dos advogados de Oscar.
Para Ribeiro,  a decisão é um marco no caso. “Até então, o Oscar talvez fosse o único jogador do mundo impedido de jogar. A decisão é um novo parâmetro nessa discussão toda. Oscar tem o direito de trabalhar onde quer enquanto o caso não chega ao fim na Justiça. Se no final o São Paulo for vitorioso, ele terá o direito de receber a indenização”, disse o advogado do atleta.