terça-feira, 26 de novembro de 2013

Com presidente irredutível, tendência é Gílson Kleina deixar Palmeiras

O presidente Paulo Nobre trabalha com as regras do mercado financeiro. A lógica é ganhar bônus por vitórias e ter salário mais baixo. A insatisfação de Gílson Kleina com a proposta de redução salarial até foi driblada com a tentativa de aumentar um pouco a proposta inicial do Palmeiras. Mas o presidente é irredutível quanto aos valores.
Para ter ganhos semelhantes aos da temporada passada, não bastaria a Kleina ganhar um título, o Paulistão. Teria de ganhar a Copa do Brasil e colocar o clube na zona de classificação da Libertadores. A parte profissional da diretoria, Omar Feitosa e José Carlos Brunoro, negocia a ampliação desses ganhos. Julgam que o melhor caminho é a permanência do treinador campeão da Série B.
A conversa longa também gera desgaste. Especialmente porque as notícias da negociação têm vazado, como o Palmeiras não gostaria que estivesse acontecendo.
Mesmo entre eles, há argumentos favoráveis aos ganhos por resultados. Julga-se que o mercado brasileiro compromete os treinadores com as derrotas. Os salários são altos e a as multas maiores. Perder leva à demissão e à rescisão unilateral do contrato. Ou seja, o técnico ganha mais para perder do que para vencer.
Não deixa de ser verdade.
A questão é como mudar essa tendência isoladamente. O Palmeiras pode perder Kleina e não ter técnicos de primeiro escalão no mercado. Jorginho e Caio Júnior são as alternativas do que (talvez) aceitem receber o valor proposto a Gílson Kleina. Técnicos empregados em clubes menores e que levaram seus clubes à parte de cima da tabela já sinalizaram que não aceitariam a pressão do Palmeiras nem sequer pelos R$ 300 mil que Kleina recebeu este ano. Uma coisa é trocar Gílson Kleina por Felipão, por Marcelo Bielsa, por Pep Guardiola.
Outra é fazer a mudança sem ter um plano B.