quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O amargo dia seguinte do colorado

A nação colorada acorda hoje de ressaca, sorumbática, humilhada, como quem desperta de um sonho que virou pesadelo sem mais, de repente.
Perder é do jogo, já dizia o conselheiro Acácio.
Mas há derrotas e derrotas.
A tal ponto que tem torcedor maldizendo a hora em que o time ganhou o bicampeonato da Libertadores, o passaporte para o vexame de ontem em Abu Dhabi, diante do surpreendente Mazembe.
Perder a final, para a Inter de Milão, não seria nada agradável, mas seria aceitável, normal.
Ser, no entanto, o primeiro time das América do Sul eliminado antes da decisão de um Mundial de clubes é nódoa que o Inter carregará para sempre.
E perdeu sem perdão, sem bola na trave, sem erro de arbitragem, sem azar, sem apelação.
Agora, se para milhões de colorados está difícil encarar o dia em Porto Alegre, em Caxias do Sul, em Livramento, pelo Rio Grande e pelo Brasil afora, imagine aqueles quase 10 mil que foram para os Emirados Árabes Unidos.
Fazer o que em Abu Dhabi até sábado, ao meio-dia, horário da disputa do melancólico terceiro lugar?
E depois voltar, cheio de prestações para pagar.
Comentário para o Jornal da CBN desta quarta-feira, 15 de dezembro de 2010.