terça-feira, 11 de março de 2014

CBV suspende contratos e diz que vai investigar gestão Ary Graça

Divulgação
Presidente da CBV diz que reivindicações de atletas serão atendidas
Presidente da FIVB, Ary Graça Filho teve seus contratos à frente da CBV suspensos
Após as denúncias apresentadas pelo jornalista dos canais ESPN Lúcio de Castro no Dossiê Vôlei, a confederação brasileira do esporte (CBV) anunciou nesta terça-feira que contratou uma auditoria externa para avaliar os contratos firmados pela gestão anterior, sob o comando do atual presidente da federação internacional (FIVB), Ary Graça Filho. Como forma de precaução, a entidade que rege o voleibol nacional suspendeu todas as parcerias firmadas até 2012.
Nas últimas semanas, Lúcio revelou que dois ex-dirigentes da CBV - Marcos Pina e Fábio André Dias Azevedo - ganharam R$ 10 milhões cada em comissões de um contrato assinado diretamente pela entidade com o Banco do Brasil. Após a denúncia, Pina deixou a superintendência geral da CBV.
Ary Graça Filho comandou o vôlei brasileiro de 1997 a 2012, quando foi eleito presidente da Federação Internacional. O atual mandatário da CBV é Walter Pitombo Larangeiras.
Leia abaixo a nota divulgada pela Confederação Brasileira de Voleibol:
CBV contrata auditoria externa para avaliar contratos
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) decidiu contratar auditoria externa, de reputação reconhecida, para avaliar contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior. A auditoria, que complementará processo de revisão interna já iniciado pela instituição, irá incluir a apuração de denúncias publicadas pela imprensa sobre supostas irregularidades em alguns desses contratos.

O objetivo é ter um diagnóstico preciso do impacto desses contratos para a instituição. E, a partir dos resultados da auditoria, definir as medidas que serão adotadas. A escolha da empresa de auditoria deverá ser definida nos próximos dias.

A atual gestão da CBV informa ainda que todos os contratos mencionados nas denúncias tiveram seus pagamentos suspensos preventivamente ou já foram cancelados. Ressalta ainda que solicitou o pronto afastamento do ex-superintendente-geral, Marcos Pina.

Será realizada também uma avaliação jurídica dos referidos contratos.

"Iremos realizar uma revisão completa de todos os contratos de terceirização de serviços para tomar as providências necessárias caso problemas sejam detectados", explica o novo superintendente-geral da CBV, Neuri Barbieri.

A CBV reafirma seu compromisso com o voleibol e reforça que sua atuação é mundialmente reconhecida como exemplo de boa gestão esportiva. Em razão do trabalho profissional desenvolvido pela CBV, instituição fundada em 1954, o voleibol brasileiro é referência mundial. A CBV entende que a defesa do esporte está atrelada à adoção de atitudes transparentes e de rigor em relação à sua gestão.