terça-feira, 11 de março de 2014

Após denúncias, Murilo cobra CBV: 'É um descaso com jogadores e população'

"Estou tentando medir minhas palavras".
O ponta Murilo Endres revelou ao ESPN.com.br ter sido pego de surpresa pelas denúncias reveladas por Lúcio de Castro em série de reportagens sobre a bonificação a ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) por causa do contrato de patrocínio assinado com o Banco do Brasil. O jogador do Sesi-SP pediu apuração e disse estar se contendo para não fazer maiores críticas.
Pelo Twitter, Murilo e seu irmão Gustavo se pronunciaram com indignação à denúncia.
Ao ESPN.com.br, Murilo disse esperar que as denúncias sejam apuradas e cobrou o posicionamento da CBV através de seu presidente, Walter Pitombo Larangeiras, ainda nesta terça.
"Fui pego de surpresa, é uma coisa que a gente não espera. São denúncias sérias envolvendo a nossa instituição máxima. Gostaria e vou fazer o possível para ser apurado. Para o bem do vôlei, dos atletas, as denúncias têm que ser investigadas e resolvidas. O que vai acontecer com os envolvidos, com o dinheiro? Vai para o ciclo olímpico mais importante do nosso país, para a formação de atletas, fomento do vôlei, os clubes que passam dificuldades? Envolve muito mais coisas além do meu conhecimento. Vou torcer, vou fazer todo o possível. Pelo choque da notícia, às vezes a gente fala coisa que não deve. Tem que investigar e punir aqueles que forem culpados", falou.
Questionado se o grupo de jogadores que cobra melhorias no vôlei nacional, "Unidos por um Voleibol Melhor", está repercutindo a reportagem, o ponta da seleção brasileira respondeu: "O grupo mantém contato, está criando a associação para que os atletas tenham mais força. Falei com Gustavo por WhatsApp, mandei o link da primeira matéria, mas dessa ainda não deu tempo. São denúncias sérias. São valores expressivos. Já deve estar havendo alguns comentários no grupo, não tive tempo de ler".
"É um descaso, falta de respeito com nós, jogadores, mas por se tratar de dinheiro público, pois é um contrato com o Banco do Brasil, é também com a população. Estou tentando medir minhas palavras. Tem que investigar os contratos, o presidente precisa se pronunciar hoje, não adianta soltar uma nota pedindo esclarecimento. Ele tem de vir a público falar", cobrou Murilo.