segunda-feira, 16 de setembro de 2013

'Bando de loucos', mais um papelão; soberano São Paulo de 'Muriçoca' fora da degola

Depois de jogar a toalha na briga pelo caneco, o Corinthians deu também mais um grande e glorioso passo para ficar chupando o dedo na luta por uma vaga na próxima Libertadores.
Pela bolinha de gude que apresentou nas últimas rodadas do Brasileirão, o ‘bando de loucos' terá que se agarrar com unhas, dentes e incontáveis preces a São Jorge para beliscar a Copa do Brasil e chegar ao torneio continental.
O time voltou a decepcionar na casa alugada do Pacaembu, cada vez com menos fiéis (21.354 pagantes), e levou chumbo do Goiás (2 a 1). Uma atuação que mereceu cânticos de apoio da torcida: ‘Ai que saudade do Corinthians que jogava com vontade'.
Na verdade, a equipe até que se empenhou, mas faltou-lhe competência para aproveitar as oportunidades criadas. Um ataque de pernas-de-pau na cara do goleiro Renan. Só Pato perdeu dois gols.
Hugo abriu o caminho da vitória do Verdão do cerrado. Pato deixou tudo igual. Amaral garantiu os três pontos do time goiano, além de mergulhar o campeão do mundo numa crise - quatro jogos sem vencer.
Em São Januário (7.815 pagantes), o soberano São Paulo quebrou um longo jejum: sapecou duas chicotadas no Vasco, com Rodrigo Caio e Antônio Carlos, e faturou a segunda vitória consecutiva, o que não acontecia desde maio.
Também saiu da zona do agrião queimado depois de sambar 49 dias entre os quatro piores do campeonato. ‘Muriçoca' Ramalho 100% colocou a equipe em 15º, com 24 pontos, utilizando uma inovação tática: a bola parada, o chamado ‘Muricybol'. Se não tem tudo, vai tu mesmo. Azar dos vascaínos, que agora estão no subsolo, produto de três jogos sem vencer.
No aquário da Vila Belmiro, Botafogo fisga o Peixe com dois gols de Elias (Cícero descontou), segue no cangote da Raposa (tem quatro pontos a menos) e implode uma invencibilidade de 382 dias da equipe santista em casa (não era derrotada desde agosto de 2012) - havia 12 anos que o vice-líder Botafogo não vencia na Vila.
As outras cacetadas e caneladas da 21ª rodada do Brasileirão:
1) Com um gol de Fernandinho, Galo rouba a cereja do bolo do imortal Grêmio (110 anos), completa 10 jogos sem levar chumbo, atinge 28 pontos e fica mais longe do caldeirão do diabo - time gaúcho está a nove pontos da Raposa boa de bola;
2) Urubu empata no fim, festeja 1 a 1 com a Ponte, mas tem que colocar as asas de molho, pois continua ameaçado pelo fantasma do rebaixamento - Macaca completa oito jogos sem ganhar;
3) Alex brilha mais uma vez, marca golaço na bacia das almas e salva o Coxa da derrota diante do Bahêa (2 a 2) - com o genial meia, time paranaense fez 25 pontos em 15 jogos, e sem ele, apenas quatro em seis partidas;
4) Carrinho de Otávio alivia a barra do ‘professor' Dunga no Saci colorado: time bate Criciúma (1 a 0) e encosta no G4 - está um ponto atrás do Furacão;
5) Dinei marca dois, um de letra, e comanda virada do Vitória sobre o lanterna Náutico (2 a 1), mais enterrado no campeonato que caranguejo no mangue - primeiro triunfo de Ney Franco à frente do time baiano, que quebrou jejum de seis jogos sem vencer;
6) De enxoval novo (laranja) e sem o 'pofexô' Vanderlei Luxemburgo no banco (foi expulso), Fluminense derruba a Lusa no segundo tempo (2 a 1), de virada, e respira mais aliviado na tabela - time paulista segue no subsolo.
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Numerologia. Dos 15 pontos em disputa, paulistas ganharam apenas quatro na 21ª rodada; placar da ponte aérea: RJ 2 x 1 SP; dos oito embates do domingo, apenas o Vitória como mandante conseguiu vencer: os donos da casa perderam cinco e empataram dois; dos seis jogos que já fez contra o imortal Grêmio, Ronaldinho Gaúcho faturou quatro, empatou um e perdeu um; Botafogo conquistou a quarta vitória consecutiva; apenas cinco pontos separam o Corinthians da Libertadores... e seis da zona de rebaixamento.
Saravá! À medida que a corda no pescoço fica mais folgada que biquíni de popozuda, um importante reforço dá as caras em pequenas ou grandes equipes. Entra em campo o carismático sal grosso. Há poucos dias, o soberano São Paulo recorreu ao disputado atacante numa das escadas do Morumbi e chinelou o Fluminense. Derrubou um jejum de 12 jogos sem vitória. Na sexta-13, ele voltou a atacar, com direito a velas, no Serra Dourada. O Dragão goiano precisava da vitória sobre o Boa Esporte para respirar mais aliviado na Série B. Saiu perdendo, mas virou o jogo. Quem está preocupado com a supervalorização do sal grosso é o governo. Teme uma disparada da inflação.
Sugismundo Freud. A intenção é que conta.
Pinguim-rei. Temerosos de que o ‘pé-frio' Pelé aponte novamente a Colômbia como uma das seleções favoritas à Copa de 2014, os torcedores começaram uma campanha contra a bola de cristal do ‘rei'. O time colombiano está a uma vitória da classificação para a grande festa da mamãe Fifa. A galera ficaria eternamente grata se Pelé não incluísse o país entre os bambambãs do Mundial. Só assim teria certeza de que a equipe não cairia outra vez na ‘maldição de Edson Arantes, o Nostradamus do futebol'. Um vídeo implora para Pelé se manifestar nas redes sociais. Quem faz a fama deita no gelo.
Dona Fifi. Os alto-falantes do Peixe informam: o muro do CT foi carimbado com o hino ‘Alvinegro da Vila Belmiro'. Ele ocupa o lugar em que havia uma homenagem ao cantor Chorão.
Gilete press. De Jorge Nicola, no ‘Diário de S. Paulo': "Atualmente no Goiás, o gordinho Walter é o primeiro nome da lista de reforços alvinegros para o ataque em 2014. A indicação foi do técnico Tite, que o conhece desde 2008, quando ambos trabalharam no Internacional. Walter tem apenas 24 anos e pertence ao Porto. O artilheiro está emprestado ao Goiás até dezembro. Contratado pelo Porto em 2010, Walter está no Brasil desde 2012 - passou por Cruzeiro e Goiás, sempre emprestado." Um reforço de peso.
Tititi d'Aline. Um dos soldados da tropa do 'sargento' Felipão, o volante Luiz Gustavo largou muito bem na corrida pelo troféu 'fair play' da Bundesliga: duas expulsões em três jogos pelo Wolfsburg, seu novo time.
Você sabia que... o chinês Zizao é o melhor finalizador nos treinos do Corinthians?
Bola de ouro. Floyd Maywheater Jr. O americano voltou a dar um show no ringue. Dominou a maior parte da luta contra o mexicano Saul Canelo Alvarez e reforçou a poupança em mais de R$ 100 milhões.
Bola de latão. Preço do ingresso. Já está na hora de os 'gênios' se tocarem e deixarem de lado a ganância. É simplesmente melancólico ver as áreas centrais dos novos estádios com meia dúzia de gatos pingados.
Bola de lixo. CBV. A milionária confederação de vôlei transformou as meninas de ouro em sardinhas: colocou a seleção na classe econômica em viagem de cinco horas até o Peru. Com mais de 1,90m, as garotas se esbaldaram entre um banco e outro. Por direito adquirido, teriam de sentar na primeira classe.
Bola sete. "Não me ofendo com os gritos de burro. É um dos animais que mais trabalham e o único que teve a humildade de carregar Nossa Senhora. É sinal de que trabalhamos muito" (do bíblico 'professor' Dunga, sobre os elogios da torcida ao seu desempenho no comando dos anões colorados).
Dúvida pertinente. Cruzeiro x Botafogo, quarta: decisão do título brasileiro?