domingo, 15 de setembro de 2013

Que venham todas

Restabelecida a confiança na seleção, não há o que temer: o melhor que pode acontecer para a Copa no Brasil é a presença dos oito países que compõem o fechado clube dos oito campeões mundiais.
Com o pé nas costas, a bicampeã Argentina de Lionel Messi se classificou com antecedência.
A Itália, que é tetra, também, sem tanta facilidade, e os pentacampeões brasileiros estão garantidos por serem os anfitriões.
Só uma catástrofe impedirá a vinda dos tricampeões alemães, com o que temos a metade assegurada e, quase certamente, a Espanha, com a vaga mais que encaminhada.
Como a França deu o azar de cair no grupo da Espanha, aos tricolores está reservada a luta por vaga na repescagem, roteiro que os franceses conhecem e que trilharam, para chegar à África do Sul, eliminando a Irlanda com um gol irregular, depois de mão na bola de Henry e gol de Gallas, na prorrogação.
A Inglaterra ainda depende só de seus resultados e com os dois duros jogos que lhe restam em casa.
Resta o Uruguai, candidato a jogar nova repescagem, agora contra a Jordânia, embora possa se safar do incômodo, apesar de enfrentar o candidatíssimo Equador, em Quito, e a Argentina, em Montevidéu.
É engraçado o que se ouve de torcedores brasileiros, divididos entre não querer uruguaios por aqui outra vez, por causa de 1950, e os que, ao contrário, querem revanche.
Ambos estão equivocados.
Revanche, à altura, só haverá se no estádio Centenário e na decisão de outra Copa, quem sabe em 2050.
Claro que uma eventual decisão com eles, no Maracanã, terá sabor especial, mas, convenhamos, vingança não será, será apenas cumprir com a obrigação que o ufanismo impediu então.
Por ora, o melhor será tê-los aqui, como os demais campeões, porque uma Copa sem um de seus vencedores fica menor, como ficará o Mundial de basquete sem o Brasil.
Além do mais, bem sabemos como tem gosto diferente ganhar a taça ao derrotar um gigante, como foi em 1970 e 1994, contra a Itália, e em 2002, contra a Alemanha.
Nada contra a Suécia, derrotada em 1958, ou contra a velha Tchecoslováquia, o rival de 1962. Mas vimos agora, na Copa das Confederações, como foi bom vencer o Uruguai na semifinal e a Espanha, depois.
Provavelmente se alguém perguntar ao Felipão o que ele acha disso tudo sua resposta será pragmática, nada romântica. "França, Inglaterra, Uruguai, quero que se danem, que venham as Jordânias e que tais" dirá nada diplomático.
Ele quer ganhar. Há quem queira também desfrutar.
A CBF INFORMA


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