quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Apoteose de Gerrard "exorciza" a Polônia e a Inglaterra é mais uma grande que vem ao Brasil

No primeiro tempo em Wembley, foram vinte e cinco minutos com o drama do "fantasma" de 1973, quando a Polônia de Lato tirou a Inglaterra do Mundial da Alemanha num jogo histórico - veja maisAQUI no blog do nosso Mauro Cezar Pereira.
Também de organização da atual seleção polonesa, negando espaços a Baines, o lateral apoiador pela esquerda que busca o fundo, e Townsend, o canhoto habilidoso do Tottenham que atua como "winger" pela direita e corta para dentro para passar ou chutar. Em vários momentos a seleção visitante se defendeu com linha de cinco atrás quando Blaszczykowski, do Borussia Dortmund, recuava e o lateral Celeban fechava com Welbeck.
Com Carrick plantado e Lampard no banco, a seleção inglesa dependia de Gerrard para fazer a bola chegar aos flancos ou a Rooney, o meia central do 4-2-3-1 de Roy Hodgson. Faltava profundidade pela direita, já que Townsend centralizava e Smalling, mais zagueiro que lateral, não ultrapassava. Os donos da casa avançavam as linhas com ansiedade e deixavam espaços que Robert Lewandowski, também do Dortmund, aproveitou para entrar na área, mas errar a conclusão.
A bomba de Townsend no travessão começou a mudar a tendência do jogo. A Inglaterra ganhou fluência ofensiva e rondou a área adversária até Baines centrar na cabeça de Rooney. Gol no final do primeiro tempo e alívio no intervalo. Também um resultado condizente com os 68% de posse de bola e as 14 finalizações inglesas contra cinco do rival.
Olho Tático
Inglaterra e Polônia no 4-2-3-1 com Baines mais ofensivo pela esquerda, mas bem marcado até centrar na cabeça de Rooney.
Inglaterra e Polônia no 4-2-3-1 com Baines mais ofensivo pela esquerda, mas bem marcado até centrar na cabeça de Rooney.
Polônia que voltou mais ousada em um 4-1-4-1 com o meia ofensivo Klich na vaga de Lewandowski - o Mariusz, volante - e finalizou duas vezes em dois minutos. O suficiente para aumentar a tensão que chegou ao pico em incompreensível contragolpe cedido que Lewandowski recebeu entre Cahill e Jagielka, mas novamente foi infeliz na finalização.
A Inglaterra respondeu recuando Townsend e Welbeck pelos lados deixando Rooney mais livre para acionar Sturridge na transição rápida que falhava no último passe. Com Gerrard preocupando com a marcação, o meio-campo perdeu posse e qualidade.
Hodgson então mandou a campo Lampard na vaga de Carrick. Depois trocou Sturridge por Wilshere. Perdeu combatividade, mas ganhou técnica e ficou mais com a bola. Avançou Rooney e sinalizou ao adversário que não iria recuar. Só se defendeu no final, com Milner no lugar de Townsend para combater à direita.
Olho Tático
No final, meio inglês mais técnico para ficar com a bola e conter o ímpeto da Polônia mais agressiva buscando empate até o gol de Gerrard.
No final, meio inglês mais técnico para ficar com a bola e conter o ímpeto da Polônia mais agressiva buscando empate até o gol de Gerrard.
Faltava o gol do alívio completo, que veio com Steven Gerrard, veterano que foi o jogador que mais tocou na bola ao longo dos pouco mais de noventa minutos. Teve fôlego para ganhar do zagueiro Glik e categoria para tirar do alcance de Szczesny. Apoteose do camisa quatro e da torcida no lendário estádio.
Trumedia
Movimentação de Gerrard, procurando o lado direito e centralizando a organização da seleção inglesa.
Movimentação de Gerrard, procurando o lado direito e centralizando a organização da seleção inglesa.
Classificação sofrida, mas segura. Afasta um trauma de 40 anos e mais uma seleção tradicional vem ao Brasil. Melhor assim.