quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nos acréscimos, Vasco arranca empate com Santos na Vila

Gazeta Press
Estreante, o colombiano Montoya, do Vasco, disputa bola com Cicinho, do Santos
Estreante, o colombiano Montoya, do Vasco, disputa bola com Cicinho, do Santos: tudo igual na Vila Belmiro
Um estrangeiro para cada lado como destaque da equipe. O argentino Montillo, no Santos, e o estreante colombiano Montoya, no Vasco. Duelo equilibrado, chances perdidas. Não há motivo para dizer que o empate em 1 a 1, na Vila Belmiro, não tenha sido justo. E ele quase não saiu. Nos acréscimos, Rafael Vaz empatou a fatura para o Vasco. Com o resultado, os cariocas chegaram aos 19 pontos e à nona posição na tabela. O Santos chegou a 15 pontos e está em 15º lugar. 
Fora de casa e com um estreante, Montoya, sem jogar há quase dois meses, Dorival Júnior achou por bem fechar o meio de campo vascaíno. Estavam lá três volantes (Abuda, Fillipe Soutto e Wendel) para dar liberdade para o reforço. Pelos lados, Fagner e Henrique teriam liberdade para atacar. Pois bastou um minuto de jogo para essa formação entrar em xeque.
Em disparada pelo lado direito, Montillo cruzou para a área na medida para William José, mas o atacante chegou atrasado. Retraído, o Vasco aceitou a pressão santista e Cícero, de cabeça, quase marcou aos quatro minutos. Mas o confronto entre cariocas e paulistas contava com muitos jovens e, consequentemente, fôlego. O jogo tornou-se, então, uma correria desenfreada. Nem sempre com qualidade, é verdade. 
Rápido e habilidoso, Montoya começou a mostrar seu cartão de visitas. Dribles, jogadas agudas para cima do adversário. E chutes de longe. Em um deles, caprichado, Aranha salvou a pátria santista com uma boa espalmada. Mas se o Vasco tinha o seu gringo, o Santos respondia com o conhecido Montillo. Rápido, era ele o responsável por comandar a criação do Peixe. Principalmente pelo lado direito, setor mais carente do time adversário. 
Mas, embora o Santos tivesse mais posse de bola, as chances mais claras eram do Vasco, que rondava a área adversária com alguma insistência. E a mais cristalina do primeiro tempo ocorreu com Montoya, aos 31 minutos. Após boa jogada pelo meio, Eder Luis lançou o colombiano cara a cara com Aranha, que saiu bem e fechou o ângulo. O camisa 20 vascaíno se atrapalhou e mandou a bola para fora. Com o bom momento, o time carioca partiu para cima e quase marcou em chute de Fagner, aos 41 minutos. Aranha, de novo, fez bela defesa. Veio, então, o intervalo.
No segundo tempo, a conversa do técnico Claudinei Oliveira pareceu ter dado resultado. O Santos voltou mais organizado e, principalmente, mais efetivo. Willian José, até então figura nula em campo, passou a ser mais participativo. Aos sete minutos, Léo invadiu pelo lado esquerdo, dividiu com a zaga, levou a melhor e, quando ia completar para o gol vazio, Jomar chegou para travá-lo.
O jogo na Vila, então, perdeu em velocidade. Montilo e Montoya apareceram mais em cobranças de falta para a grande área do que em jogadas pelas laterais do campo. Só mesmo aos 16 minutos, uma jogada parecia com o primeiro tempo. Eder Luis, de novo, lançou o colombiano frente a frente com Aranha, mas, novamente, o vascaíno parou no goleiro. Cansado, acabou substituído por Dorival Júnior. No contragolpe, Cícero fez o Diogo Silva trabalhar e buscar uma bola no ângulo, evitando o primeiro gol santista. Mas por pouco tempo.
Sem fôlego e sem Montoya, o Vasco passou a ceder mais campo para o time do Santos. Montillo apareceu mais. Bola na direita, cruzamento na área, a zaga vascaína afastava. As jogadas passaram a ser reprises uma das outras, dada a insistência santista. Mas água mole em pedra dura....aos 31 minutos, o cruzamento de Montillo saiu caprichado. Edu Dracena, gigante, apareceu sem marcação e subiu sozinho para testar, com firmeza, no canto direito inferior de Diogo Silva. Sem perdão. Santos 1 a 0. Alegria na Vila. Abatimento carioca.
Dorival Júnior tentou dar mais poder de ataque ao Vasco com Willie e Tenorio, mas parecia não adiantar. Ainda mais exposto, o time foi vítima dos contra-ataques tramados por Montillo, que por duas vezes quase ampliou. Mas o Campeonato Brasileiro não permite o quase. Aos 46 minutos, Fagner cobrou escanteio para a grande área e, no bate-rebate, a bola sobrou para Rafael Vaz tocar para o gol. 1 a 1 na Vila Belmiro. Os sentimentos, então, se inverteram. Com o apito final, vaias na arquibancada, desânimo dos santistas e sorrisos nos cariocas.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1X1 VASCO
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 14 de agosto de 2013
Horário: 19h30
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (PR)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Nadine Schramm Câmara Bastos (SC)
Gols: Edu Dracena (SAN), aos 31 e Rafael Vaz (VAS), aos 47 minutos do segundo tempo. 
SANTOS: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Durval e Léo; Alison, Alan Santos (Leandrinho), Cícero e Montillo; Neilton (Thiago Ribeiro) e Willian José
Técnico: Claudinei Oliveira
VASCO: Diogo Silva; Fagner, Jomar, Rafael Vaz e Henrique; Abuda, Fillipe Soutto (Willie), Wendel e Montoya (Marlone); Eder Luis e André (Tenorio)
Técnico: Dorival Júnior