quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Grêmio segue vivo à sua maneira; Vasco caiu com a queda de Marlone

Gazeta Press
Jogadores comemoram o gol de Rhodolfo na Arena Grêmio
Jogadores comemoram o gol de Rhodolfo na Arena Grêmio.
Na noite de protestos dos jogadores em nome do Bom Senso F.C., Renato Portaluppi desfez o esquema com três zagueiros para buscar o gol que o Grêmio não marcava há seis partidas. Adilson Batista surpreendeu ainda mais e repaginou o Vasco no mesmo 3-1-4-2 do adversário em boa parte da campanha.
A proposta era clara: um trio de defensores para encaixar a marcação e garantir a sobra contra Kléber e Barcos, os atacantes do 4-3-1-2 da equipe gaúcha que tentou criar com Zé Roberto como "enganche" e forçando pela esquerda com Alex Telles. Sem sucesso.
O time cruzmaltino, mesmo disposto a se defender e desarmando oito vezes contra quatro do rival, conseguiu articular na frente por contar com a única centelha de talento na Arena gremista: Marlone. Sem a bola, a jovem revelação voltava com o volante Souza. Nas ações ofensivas, procurava o solitário Edmilson ou tentava decidir sozinho. Quase conseguiu em bela conclusão que Dida evitou com muita dificuldade.
Uma das duas finalizações do Vasco na direção da meta, contra apenas uma do Grêmio, que teve 58% de posse de bola (Footstats). Empate sem gols no placar, vitória estratégica dos cariocas no primeiro tempo.
Olho Tático
Vasco no 3-1-4-2 garantindo a sobra contra Kléber e Barcos e encaixando a marcação sobre o 4-3-1-2 gremista que pouco criou com Zé Roberto na armação.
Vasco no 3-1-4-2 garantindo a sobra contra Kléber e Barcos e encaixando a marcação sobre o 4-3-1-2 gremista que pouco criou com Zé Roberto na armação.
O time sem ideias precisou da bola parada para enfim ir às redes e mudar o cenário desfavorável: cobrança de escanteio de Zé Roberto, falha de Renato Silva no tempo de bola e gol de Rhodolfo logo as cinco minutos da segunda etapa. O suficiente para Adilson desmanchar o esquema com três zagueiros ao trocar Jomar por Willie. Depois tirou Guiñazu e colocou Sandro Silva. No 4-2-3-1, tentou ocupar o campo de ataque e trocar passes com Pedro Ken centralizado e Marlone pela esquerda.
A vantagem deixou o Grêmio confortável nos contragolpes. O meio-campo ganhou dinamismo na transição ofensiva com Maxi Rodríguez na vaga de Zé Roberto. Mas Kléber não conseguia dar sequência às jogadas - chegou a tropeçar na bola de forma constrangedora. Renato arriscou Elano como atacante na vaga do "Gladiador". Com espaços e toque mais qualificado na frente, o time gaúcho criou duas boas chances. Mas falta contundência.
Adilson tentou sua última cartada com André na vaga de Edmilson. Mais presença física na área que fez Renato trocar Barcos por Werley. O Vasco recuperou posse de bola - terminou com 49%. No entanto, a queda de produção de Marlone matou a criatividade. Sem o passe diferente, o ataque reforçado foi pouco acionado. O tetracampeão brasileiro segue à perigo.
Olho Tático
No final, Grêmio voltou ao esquema com 3 zagueiros e tentou contra-atacar com Elano e Maxi Rodríguez; Vasco pouco criou com a queda de Marlone.
No final, Grêmio voltou ao esquema com 3 zagueiros e tentou contra-atacar com Elano e Maxi Rodríguez; Vasco pouco criou com a queda de Marlone.
No apito final, o Grêmio tinha três zagueiros em campo. O triunfo que não vinha há sete partidas chegou com gol de defensor. O time de Renato sempre deixa a impressão de que exagera no pragmatismo e tem material humano para fazer mais e melhor. Mas à sua maneira segue vivo no G-4.