quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A hora de ir para o pau e a grande definição para o árbitro Alício Pena Júnior: babaca!

Há xingamentos para os quais você nem liga. Outros tocam fundo pela exatidão, pela escolha absolutamente precisa sobre aquilo que se pretende dizer. É o caso da definição do zagueiro Chicão sobre a atittude do árbitro Alício Pena Júnior. Ao saber que os 22 jogadores de São Paulo x Flamengo pretendiam cruzar os braços logo após o apito inicial, manifestação contra o descaso da CBF em relação às pretensões do movimento Bom Senso F. C., o que fez Alício Pena Júnior? Ameaçou os 22 com cartões amarelos.
E Chicão, em vez de xingar a mãe do árbitro, tão habituada a ouvir o palavrão das arquibancadas, definiu Alício em um palavra mais sutil: babaca! Não há adjetivo mais ofensivo, porque não há outro mais exato. Alício é parte de um futebol falido, que não leva mais de 14 mil torcedores em média às arquibancadas e que finalmente tem gente movendo-se para melhorar a situação. A dele, inclusive. Alício dá Pena!
Mas se Chicão decidisse xingar sua mãe, provavelmente o árbitro sorriria, sabedor que ela teve a vida mais digna que o destino lhe permitiu. Que o xingamento não faria o menor sentido.
Já quando alguém o chama de babaca e você sabe que acabou mesmo de executar uma imensa babaquice, então o adjetivo aparentemente inofensivo toca o fundo da alma -- dos que ainda a mantêm, é claro. Estes não precisam se intimidar. Se a punição for o cartão amarelo, que seja. E que os clubes ajudem os craques do movimento Bom Senso F.C., assumam os riscos juntos, que os dirigentes insatisfeitos com o modelo atual protestem juntos. E deem cartão vermelho para os tolos, os idiotas, os inocentes, os f.d.p e também para os babacas.
Que expressão bem dita pelo zagueiro Chicão! Alício dá Pena Júnior foi mesmo um babaca!