Que o presidente Giovanni Luigi está certo ao anunciar a permanência de Dunga, não há dúvida. O treinador da seleção na Copa do Mundo de 2010 faz seu primeiro trabalho em clube, ganhou o Gauchão, pode vencer a Copa do Brasil. É justo cumprir o contrato, eventualmente estendê-lo para 2014.
Mas essa não é a posição única no Internacional. Minutos depois de o presidente assegurar Dunga como treinador até o fim do Brasileirão, uma fonte de dentro do clube informou que a posição do departamento de futebol não é essa.
Havia quem quisesse a demissão de Dunga mesmo em caso de vitória contra a Portuguesa. Com derrota, tanto pior. As críticas ao treinador incluem os seis pontos perdidos contra o Bahia e os três perdidos para o Náutico. Com esses nove pontos, o Internacional seria vice-líder, um ponto acima do Botafogo.
Como Giovanni Luigi garantiu ontem a permanência do treinador até o final do ano, é improvável a demissão antes de quinta-feira, data do jogo contra o Atlético Paranaense pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. Mas nem a garantia do presidente dá total segurança de cumprir o contrato.