A Caixa Econômica Federal assinou nesta segunda-feira o contrato de R$ 10 milhões para a realização do Campeonato Brasileiro feminino. O acordo foi celebrado com a Sport Promotion, que vai executar a realização do torneio, que será aberto na quarta-feira.
Nesta edição, os 20 clubes participantes não terão direito a uma porcentagem do contrato. Segundo Paulo Roberto Bastos, diretor da empresa, o patrocínio vai garantir o custeio de transporte e hospedagem dos times durante a competição.
Pelo acordo, as viagens acima de 500 quilômetros de distância serão feitas de avião. Deslocamentos menores serão feitos de ônibus leito.
De acordo com Paulo, além de banca as despesas, os clubes receberão R$ 5 mil por "ajuda de custo" nos jogos que tiver o mando de campo.
A Sport Promotion é dona dos direitos de transmissão da competição nos próximos três anos. Mesmo assim, o acordo com a Caixa terá validade para somente esta edição.
"Fico feliz pela iniciativa, mas espero que tenha continuidade. O campeonato não pode morrer no final do ano", afirmou a zagueira Tânia Maranhão, do Vasco. Com cinco Mundiais na carreira e quatro Olimpíadas, ela tem como fonte de renda o salário de cerca de R$ 3 mil mensais da Marinha. Sargento, Tânia faz parte da seleção militar.
As partidas serão transmitidas ao vivo pela FoxSports. A BandSports exibirá apenas os tapes em horários alternativos. Os jogos ocorrerão às quartas e domingos. A final será disputa no dia 4 de dezembro. O último Campeonato Brasileiro feminino aconteceu em 2001. Desde 2007, a CBF organiza a Copa do Brasil.
"Organizar um torneio com tabela longa e correta, times e empresas estruturadas trabalhando. Isso já é uma grande coisa. E também é a base sobre a qual pode se apoiar o estímulo e realizações futuras", afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que participou da solenidade na sede da CBF. O presidente da CBF, José Maria Marin, que está fora do país, não compareceu.
A Caixa vai poder estampar a sua marca no uniforme dos 20 times participantes.
