quarta-feira, 7 de agosto de 2013

'Dívida' de Ricardo Teixeira deve render evento pré-Copa a Florianópolis

Reuters
O ex-presidente da CBF prometeu um evento do Mundial para os catarinenses
O ex-presidente da CBF prometeu um evento do Mundial para os catarinenses
Deixada de fora da lista de cidades-sedes, Florianópolis deve receber o segundo maior evento pré-Copa do Mundo, em fevereiro do ano que vem, graças a uma ‘dívida' do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, com a federação catarinense.
O seminário de preparação das seleções fica atrás em termos de importância somente do sorteio da competição, previsto para acontecer em Costa do Sauípe (Bahia), em dezembro, e conta com a participação de técnicos e presidentes das confederações de cada um dos 32 países classificados, além da arbitragem. Na pauta do evento, estão todos os detalhes que os envolvidos no torneio precisam ter conhecimento para o Mundial.
Na semana passada, uma comitiva da Fifa esteve na cidade para visitar hotéis e selecionar possíveis locais para o encontro. As negociações estão sendo feitas diretamente com o Governo do Estado.
Divulgação/Federação catarinense
Delfim Peixoto e sua família em encontro com Marin
Delfim Peixoto e sua família em encontro com Marin

"Ainda não está definido, mas quando Santa Catarina ficou de fora das sub-sedes, perdendo para Natal, como se sabe, o presidente Ricardo Teixeira prometeu que ganharíamos um dos eventos antes da Copa, o sorteio ou a reunião técnica", afirma o mandatário da federação catarinense, Delfim Pádua Peixoto Filho, ao ESPN.com.br.
"Como o sorteio foi para a Costa do Sauípe, ficou esse comprometimento", prossegue.
Mesmo com a saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF, a relação entre a entidade e os catarinenses não mudou. Nos últimos Jogos Olímpicos, Delfim Peixoto foi o escolhido por José Maria Marin para chefiar a delegação da seleção masculina em Londres. Ele esteve também na última Copa das Confederações acompanhando a seleção.
Aliado antigo de Teixeira, o representante catarinense chegou a proibir protestos contra o ex-presidente da CBF nos estádios locais, em 2011.
"Muito antes de o Ricardo renunciar, ele falou dessa possibilidade e teve uma reunião com o governador e o secretário de esportes em que disse que poderia vir algo. Ficamos tristes, mas me parece que agora vai acontecer", diz Peixoto.
Em contato com a reportagem do ESPN.com.br, a assessoria de imprensa da Fifa negou a previsão de batida de martelo até o fim do mês e afirmou que as negociações ainda "devem se desenrolar pelos próximos meses".
A projeção põe um freio no otimismo catarinense, impulsionado não só pela ‘dívida' de Ricardo Teixeira, mas também pela presença do suíço Eric Lovey, braço-direito do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, no Brasil e morador da cidade. Ele vem intermediando todas as conversas.
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