Europa League 2011/2012 é do Atlético de Madri. A equipe da capital levou a melhor na final espanhola com Athletic Bilbao ao vencer por 3 a 0, nesta quarta-feira, na Arena Nacional de Bucareste, na Romênia, e assegurou o título da segunda principal competição de clubes do continente europeu. Campeão também na temporada 2009/2010, os Colchoneros conseguem o seu segundo título do torneio em três anos. Já a equipe basca, que voltou à decisão da competição depois de 35 anos, segue sem um título continental. Os gols foram anotados por Falcao García (duas vezes) e pelo brasileiro Diego.
Com a conquista da taça, o Atlético de Madri só fica atrás de Liverpool, Juventus e Inter de Milão que possuem três troféus do torneio. Em relação aos países, a Espanha chega ao seu sétimo título. Somente a Itália possui mais vitórias, com nove.
O grande destaque da decisão foi o atacante Falcao García. Autor de dois belos gols, o colombiano, que balançou a rede de todas as equipes que enfrentaram o Atlético de Madri nesta Europa League, terminou como artilheiro, com 12 tentos anotados. Com isso, ele se tornou o primeiro jogador da história a ser o goleador do torneio em duas temporadas consecutivas.
Em 2010/2011, Falcao fez 17 gols pelo Porto - inclusive o da vitória por 1 a 0 sobre o Braga, na final - e foi o maior marcador em uma mesma edição da competição. Além disso, com 29 gols marcados em 28 jogos, ele se tornou o segundo maior goleador da história da Europa League ao lado de Dieter Muller.
O triunfo, além do título ao Atlético de Madri, ainda simbolizou um recorde no continente. Afinal, os Colchoneros chegaram à sua 12ª vitória consecutiva em competições europeias, algo que jamais havia ocorrido. A série, que foi toda construída nesta edição da Europa League, teve seu início em 3 de novembro de 2011, quando o time goleou a Udinese por 4 a 0. O último revés ocorreu justamente para a equipe italiana, em 20 de outubro daquele ano, por 2 a 0, fora de casa. O Barcelona, na temporada 2002/2003, e o Ajax, entre 1987 e 1988, conseguiram uma sequência de 11 triunfos seguidos e tinham até hoje a melhor marca.
A final desta edição da competição ainda teve um aspecto histórico, já que o Atlético foi fundado por um grupo de estudantes bascos que viviam em Madri e queriam montar uma filial do Athletic Bilbao. O jogo ainda marcou o duelo entre os técnicos argentinos Marcelo Bielsa e Diego Simeone, que foram treinador e jogador, respectivamente, juntos na seleção argentina. Melhor para o mais novo.
Agora, o Atlético de Madri foca no Campeonato Espanhol, no qual disputa uma vaga na Champions League com o Málaga. No domingo, a equipe enfrentará o Villarreal, fora de casa. Já o Athletic Bilbao, em nono na liga nacional, volta suas atenções para a Copa do Rei, na qual enfrentará o Barcelona na decisão, no Vicente Calderón, no próximo dia 25. Vale lembrar que as duas equipes já estão garantidas na próxima edição da Europa League.
O jogo
Campeão da competição há dois anos, o Atlético mostrou estar acostumado à decisão e iniciou a partida se lançando mais ao ataque do que o adversário. Com um minuto, Adrián aproveitou cruzamento de Arda Turan e cabeceou para fora, levando perigo. O bom início seria recompensado logo aos sete minutos, quando Falcao García escapou da marcação, aproveitou patinada de Amorebieta na área e chutou com categoria no ângulo direito da meta defendida pelo goleiro Iraizoz.
Atrás no placar, o Athletic reagiu ao gol e passou a mostrar o futebol característico do técnico Marcelo Bielsa: ofensivo e com muita posse de bola. Aos 18, Ander Herrera levantou na área e Llorente, marcado por Miranda, cabeceou com perigo à esquerda do alvo. Cinco minutos depois, Muniain arricou de longe e exigiu boa defesa de Courtois. Porém, como já havia comentado o treinador do time basco antes da partida, os Colchoneros davam espaços ao adversário e contra-atacavam com perigo.
Equlibrado, o duelo tinha as duas equipes alternando jogadas no ataque e, aos 33 minutos, os comandados de Diego Simeone ampliaram a vantagem, novamente com Falcao. Amorebieta errou novamente ao ser desarmado dentro de sua própria área e Ardan Turan tocou para o atacante colombiano que deixou Aurtenetxe no chão e concluiu para o fundo das redes.
Após o segundo gol, o Athletic mostrou ter sentido o golpe e, apesar de manter sua postura ofensiva, não tinha inspiração e criava poucas chances reais. Já a equipe da capital espanhola passou a adotar uma postura mais defensiva e assustava em alguns ataques rápidos. Com esse panorama, o placar de 2 a 0 se manteve até o final do primeiro tempo.
Na volta para a etapa final, Marcelo Bielsa promoveu duas mudanças na equipe para tentar oferecer mais perigo ao adversário. Saíram o volante Iturraspe e o lateral esquerdo Aurtenetxe e entraram o meio-campista Íñigo Pérez e o meia-atacante Ibai Gómez. A mudança pareceu ter surtido efeito, pois com menos de um minuto, Muniain cruzou da direita e Miranda colocou pela linha de fundo, mandando próximo à trave esquerda de sua própria meta.
No entanto, após os primeiros minutos, o Atlético se mostrou mais tranquilo e passou a dominar a partida, inclusive, criando mais oportunidades do que o adversário. Com o passar do tempo e a proximidade do final da partida, os bascos se lançaram todos ao ataque e passaram a pressionar, ainda mais depois de Bielsa colocar o atacante Toquero na vaga do meio-campista Ander Herrera.
Aos 25, Ibai Gómez aproveitou corte mal feito por Miranda e concluiu sobre o gol. Três minutos depois, o meia-atacante exigiu defesa de Courtois e, no rebote, De Marcos finalizou para fora. Aos 31, Susaeta assustou o goleiro adversário com um chute fora da meta e, três minutos mais tarde, fez Courtois praticar nova intervenção. Porém, logo em seguida, Falcao respondeu com um chute na trave direita da meta defendida por Iraizoz.
Apesar da pressão e da maior posse de bola, o Athletic Bilbao não conseguiu superar a defesa e o goleiro do Atlético de Madri. Os Colchoneros aproveitaram e consolidaram o título aos 40 minutos. Diego fez jogada individual, invadiu a área, escapou de Amorebieta e chutou cruzado no canto esquerdo da meta adversária para alegria de seu torcedor que começou a festa de vez na Romênia.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO DE MADRI 3 X 0 ATHLETIC BILBAO
Local: Estádio Nacional Arena, em Bucareste (Romênia)
Data: 9 de maio de 2012 (quarta-feira)
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Cartões amarelos: Amorebieta, Íñigo Pérez, Ander Herrera e Susaeta (Athletic Bilbao). Falcao (Atlético de Madri)
Gols: Falcao García, aos sete e aos 34 minutos do primeiro tempo, e Diego, aos 40 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO DE MADRI: Courtois; Juanfran, Miranda, Godín e Luis Filipe; Gabi, Mario, Arda Turan (Álvaro Domínguez), Diego (Koke) e Adrián (Salvio); Falcao
Técnico: Diego Simeone
ATHLETIC BILBAO: Iraizoz; Iraola, Javi Martínez, Amorebieta e Aurtenetxe (Ibai Gómez); Iturraspe (Íñigo Pérez), De Marcos, Ander Herrera (Toquero), Susaeta e Muniain; Llorente
Com a conquista da taça, o Atlético de Madri só fica atrás de Liverpool, Juventus e Inter de Milão que possuem três troféus do torneio. Em relação aos países, a Espanha chega ao seu sétimo título. Somente a Itália possui mais vitórias, com nove.
Leia Mais
O grande destaque da decisão foi o atacante Falcao García. Autor de dois belos gols, o colombiano, que balançou a rede de todas as equipes que enfrentaram o Atlético de Madri nesta Europa League, terminou como artilheiro, com 12 tentos anotados. Com isso, ele se tornou o primeiro jogador da história a ser o goleador do torneio em duas temporadas consecutivas.
Em 2010/2011, Falcao fez 17 gols pelo Porto - inclusive o da vitória por 1 a 0 sobre o Braga, na final - e foi o maior marcador em uma mesma edição da competição. Além disso, com 29 gols marcados em 28 jogos, ele se tornou o segundo maior goleador da história da Europa League ao lado de Dieter Muller.
O triunfo, além do título ao Atlético de Madri, ainda simbolizou um recorde no continente. Afinal, os Colchoneros chegaram à sua 12ª vitória consecutiva em competições europeias, algo que jamais havia ocorrido. A série, que foi toda construída nesta edição da Europa League, teve seu início em 3 de novembro de 2011, quando o time goleou a Udinese por 4 a 0. O último revés ocorreu justamente para a equipe italiana, em 20 de outubro daquele ano, por 2 a 0, fora de casa. O Barcelona, na temporada 2002/2003, e o Ajax, entre 1987 e 1988, conseguiram uma sequência de 11 triunfos seguidos e tinham até hoje a melhor marca.
A final desta edição da competição ainda teve um aspecto histórico, já que o Atlético foi fundado por um grupo de estudantes bascos que viviam em Madri e queriam montar uma filial do Athletic Bilbao. O jogo ainda marcou o duelo entre os técnicos argentinos Marcelo Bielsa e Diego Simeone, que foram treinador e jogador, respectivamente, juntos na seleção argentina. Melhor para o mais novo.
Agora, o Atlético de Madri foca no Campeonato Espanhol, no qual disputa uma vaga na Champions League com o Málaga. No domingo, a equipe enfrentará o Villarreal, fora de casa. Já o Athletic Bilbao, em nono na liga nacional, volta suas atenções para a Copa do Rei, na qual enfrentará o Barcelona na decisão, no Vicente Calderón, no próximo dia 25. Vale lembrar que as duas equipes já estão garantidas na próxima edição da Europa League.
Clique no player para assistir!
O jogo
Campeão da competição há dois anos, o Atlético mostrou estar acostumado à decisão e iniciou a partida se lançando mais ao ataque do que o adversário. Com um minuto, Adrián aproveitou cruzamento de Arda Turan e cabeceou para fora, levando perigo. O bom início seria recompensado logo aos sete minutos, quando Falcao García escapou da marcação, aproveitou patinada de Amorebieta na área e chutou com categoria no ângulo direito da meta defendida pelo goleiro Iraizoz.
Atrás no placar, o Athletic reagiu ao gol e passou a mostrar o futebol característico do técnico Marcelo Bielsa: ofensivo e com muita posse de bola. Aos 18, Ander Herrera levantou na área e Llorente, marcado por Miranda, cabeceou com perigo à esquerda do alvo. Cinco minutos depois, Muniain arricou de longe e exigiu boa defesa de Courtois. Porém, como já havia comentado o treinador do time basco antes da partida, os Colchoneros davam espaços ao adversário e contra-atacavam com perigo.
Equlibrado, o duelo tinha as duas equipes alternando jogadas no ataque e, aos 33 minutos, os comandados de Diego Simeone ampliaram a vantagem, novamente com Falcao. Amorebieta errou novamente ao ser desarmado dentro de sua própria área e Ardan Turan tocou para o atacante colombiano que deixou Aurtenetxe no chão e concluiu para o fundo das redes.
Após o segundo gol, o Athletic mostrou ter sentido o golpe e, apesar de manter sua postura ofensiva, não tinha inspiração e criava poucas chances reais. Já a equipe da capital espanhola passou a adotar uma postura mais defensiva e assustava em alguns ataques rápidos. Com esse panorama, o placar de 2 a 0 se manteve até o final do primeiro tempo.
Na volta para a etapa final, Marcelo Bielsa promoveu duas mudanças na equipe para tentar oferecer mais perigo ao adversário. Saíram o volante Iturraspe e o lateral esquerdo Aurtenetxe e entraram o meio-campista Íñigo Pérez e o meia-atacante Ibai Gómez. A mudança pareceu ter surtido efeito, pois com menos de um minuto, Muniain cruzou da direita e Miranda colocou pela linha de fundo, mandando próximo à trave esquerda de sua própria meta.
No entanto, após os primeiros minutos, o Atlético se mostrou mais tranquilo e passou a dominar a partida, inclusive, criando mais oportunidades do que o adversário. Com o passar do tempo e a proximidade do final da partida, os bascos se lançaram todos ao ataque e passaram a pressionar, ainda mais depois de Bielsa colocar o atacante Toquero na vaga do meio-campista Ander Herrera.
Aos 25, Ibai Gómez aproveitou corte mal feito por Miranda e concluiu sobre o gol. Três minutos depois, o meia-atacante exigiu defesa de Courtois e, no rebote, De Marcos finalizou para fora. Aos 31, Susaeta assustou o goleiro adversário com um chute fora da meta e, três minutos mais tarde, fez Courtois praticar nova intervenção. Porém, logo em seguida, Falcao respondeu com um chute na trave direita da meta defendida por Iraizoz.
Apesar da pressão e da maior posse de bola, o Athletic Bilbao não conseguiu superar a defesa e o goleiro do Atlético de Madri. Os Colchoneros aproveitaram e consolidaram o título aos 40 minutos. Diego fez jogada individual, invadiu a área, escapou de Amorebieta e chutou cruzado no canto esquerdo da meta adversária para alegria de seu torcedor que começou a festa de vez na Romênia.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO DE MADRI 3 X 0 ATHLETIC BILBAO
Local: Estádio Nacional Arena, em Bucareste (Romênia)
Data: 9 de maio de 2012 (quarta-feira)
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Cartões amarelos: Amorebieta, Íñigo Pérez, Ander Herrera e Susaeta (Athletic Bilbao). Falcao (Atlético de Madri)
Gols: Falcao García, aos sete e aos 34 minutos do primeiro tempo, e Diego, aos 40 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO DE MADRI: Courtois; Juanfran, Miranda, Godín e Luis Filipe; Gabi, Mario, Arda Turan (Álvaro Domínguez), Diego (Koke) e Adrián (Salvio); Falcao
Técnico: Diego Simeone
ATHLETIC BILBAO: Iraizoz; Iraola, Javi Martínez, Amorebieta e Aurtenetxe (Ibai Gómez); Iturraspe (Íñigo Pérez), De Marcos, Ander Herrera (Toquero), Susaeta e Muniain; Llorente
