quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A TV, Kaká revela conversa 'decisiva' com Mourinho para selar permanência no Real Madrid

Contratado em 2009, Kaká teve momentos delicados dentro do Real Madrid, sendo acometido por lesões graves e ficando pouco tempo em campo. Nesta temporada, porém, o meia-atacante está conseguindo retomar a boa forma e tem sido constantemente escalado como titular por José Mourinho.

E foi exatamente o técnico português o responsável pela permanência do brasileiro no clube, segundo o próprio atleta disse em entrevista ao programa 'Kajuru Pergunta', na TV Esporte Interativo.

"Depois da partida contra o Villarreal, me sentei com Mourinho, e ele me perguntou o que queria fazer. Ele disse que me queria, mas se eu quisesse sair me ajudaria, que não queria jogadores insatisfeitos. É mentira que Mourinho não me quis. Disse a ele: 'Mister, não quero sair do Madrid'", afirmou Kaká.

"Falei depois com Florentino Pérez, que me contou que tinha falado com o treinador e que queria que seguisse, que não tinham necessidade de vender e que eu devia ter paciência e tranquilidade. Saí tranquilo dessa reunião", continuou.

"A conversa com Mourinho foi decisiva: se ele me dissesse que não queria que eu ficasse, teria buscado outra coisa. Seguir aqui é um desafio, uma motivação, porque os outros dois anos não existiram para mim. Fiz a pré-temporada, comecei a me sentir bem. Antes sentia dor, e agora estou conseguindo ter um bom rendimento", explicou o melhor do mundo de 2007.

Sobre o período de inatividade, Kaká garantiu que nunca pensou em aposentadoria, mas admitiu ter chorado muito. "Tinha a certeza de que voltaria ao alto nível. Passei por dias de desânimo, fisicamente não conseguia mobilidade, tinha dores no púbis. Não sabia o que acontecia comigo".

"Me tornei um jogador superprevisível e normal, e não tinha sido por isso que tinham me contratado. Treinava, trabalhava, me cuidava, mas não sabia o que acontecia. Pouco a pouco tudo foi se aclarando. Teve momentos em que me sentia um robô, com movimentos de campo muito mecânicos. Não sentia alegria, tinha dores depois dos treinamentos. Não sabia que ia acontecer comigo, mas nunca pensei em parar. Chorei muitas vezes, só e com minha família", revelou.