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Shogun na entrada do octógono: treinos nos EUA devem ajudar
Shogun enfrentará James Te Huna nesta sexta-feira, na Austrália.
Mauricio Shogun não vive boa fase no UFC.
Desde sua estreia no evento não conseguiu acumular três vitórias consecutivas. Conquistou o cinturão dos meio-pesados, é verdade, mas sua irregularidade no show vem marcando seus últimos anos.
Shogun é um dos melhores meio-pesados de todos os tempos. Está entre os cinco da história, sem dúvidas, junto com nomes como Wanderlei Silva, Chuck Liddell, Jon Jones e Dan Henderson.
Suas últimas atuações, no entanto, foram bem abaixo do que se espera dele. A derrota para Alexander Gustafsson, onde não soube lidar com a envergadura do sueco, e o surpreendente revés por finalização para Chael Sonnen, foram duchas de água fria naqueles que sonhavam vê-lo novamente em ação contra Jon Jones. Até mesmo a vitória diante de Brandon Vera foi numa atuação ruim.
Vou repetir aqui o que já foi escrito várias vezes sobre o atleta curitibano: é um dos mais talentosos lutadores do MMA. É muito versátil, ótimo em pé e com um bom chão, possui muitas armas e criatividade nessas duas áreas.
E, não vale ser esquecido, tem muito "sangue no olho". É o tipo de lutador que não se entrega durante a luta, vide seu antológico confronto contra Dan Henderson no UFC 139. No quesito coração, disputa o topo da categoria com Wanderlei Silva facilmente.
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Mas a fase não é boa mesmo. Seu estilo de jogo solto e variado no Muay Thai anda meio perdido. Shogun provocava uma verdadeira tempestade em pé nos seus bons tempos. Quem não se lembra de suas atuações no Pride ou de sua revanche contra Lyoto Machida?
Seja por uma mudança de estilo devido às regras do UFC, ou apenas por má-fase mesmo, Shogun não vem conseguindo soltar seu jogo.
Contra James Te Huna, nesta sexta-feira, na Austrália, o brasileiro terá sua chance de iniciar uma retomada ao topo da categoria. Ele terá pela frente um bom adversário, que gosta da luta em pé, mas que não possui o mesmo nível que o seu no esporte.
Shogun tem apenas 32 anos, apesar da já longa carreira que possui no MMA. Ninguém desaprende a lutar, não é mesmo?
Então, o desafio contra Te Huna servirá para o campeão do Pride GP 2005 se apresentar bem, ganhar confiança e se motivar para voltar a brigar pelo topo de sua categoria.
Talento para isso ele tem de sobra.