Mas o atacante que atua como um ponta esquerda das antigas se adaptou bem à dinâmica da equipe de Cuca. Continua jogando aberto durante boa parte do tempo. Também segue cavando faltas em lances nos quais poderia ser contundente e finalizar. Mas já circula mais pelo ataque, preparando ou finalizando.
Fernandinho foi o personagem e destaque da vitória atleticana no clássico mineiro. Não só pelo belo gol aos 40 minutos do segundo tempo que matou o rival Cruzeiro, mas por ter levado vantagem quase o tempo todo sobre a defesa adversária.
Inicialmente pela esquerda, passando com facilidade por Ceará, que não tinha o auxílio de Everton Ribeiro nem dos volantes Nilton e Lucas Silva, muito preocupados com a movimentação de Diego Tardelli, o substituto de Ronaldinho na articulação. Depois mais centralizado, onde decidiu o clássico.
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Mas o que impressionou no Independência foi a imposição do modelo de jogo atleticano sobre o líder absoluto do Brasileiro. Mesmo sem Victor, Réver, Ronaldinho e Jô. Intensidade máxima, jogo vertical que não se importa com posse de bola: domínio absoluto no primeiro tempo com 46% e superioridade na segunda etapa com 48%. Nem erros nos passes. Como tenta sempre definir a jogada da forma mais rápida e objetiva, arrisca mais e acerta menos. Foram 65 passes errados em 90 minutos.
Acuado, o Cruzeiro não conseguia acionar o quarteto ofensivo. A zaga, sem Dedé e pressionada, rifava a bola e inviabilizava o pivô de Borges ou a criação de Everton Ribeiro. Bola roubada, a equipe de Cuca acelerava a transição ofensiva quase sempre procurando Fernandinho. No primeiro tempo concluiu apenas uma vez. Mas conseguiu algo inédito: impedir que o time que mais finaliza no campeonato chutasse ao menos uma vez. Na direção da meta ou não.
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No primeiro minuto da segunda etapa, a primeira chance cruzeirense. Mas Giovanni impediu o chute de Ricardo Goulart. O time celeste ganhou mais volume e experiência no meio-campo com Henrique no lugar de Lucas Silva, mas logo o Atlético voltou a se impor na velocidade e fazer Fabio trabalhar.
Cuca trocou Josué por Leandro Donizete para recuperar ritmo entre as intermediárias. Depois arriscou uma mudança pouco usual: abriu mão da referência no ataque com Neto Berola no lugar de Alecsandro. O substituto e Luan ficaram abertos e Tardelli e Fernandinho alternavam no centro do ataque.
Marcelo Oliveira mexeu na frente. Tirou Borges e Willian, colocou Alisson e Dagoberto e adiantou Ricardo Goulart como referência. Ganhou rapidez, mas não contundência. Times sem típicos centroavantes e o jogo caminhava para um empate sem gols.
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Fernandinho não deixou com linda conclusão. Da meia direita! A 13ª contra apenas três cruzeirenses. Afirmação do camisa onze e também do campeão sul-americano, que mantém a competitividade no Brasileiro pensando no Mundial.
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Se transportar a intensidade e do estilo vertical no Independência para o Marrocos, é possível sonhar. Com
Ronaldinho ou não. Apesar do poderoso Bayern de Munique.
Divulgação/Atlético-MG
Quando Bernard foi negociado com o